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sexta-feira, 27 de maio de 2016

Glória Menezes e Paulo Autran foram cotados para "Baila Comigo"

Denis Derkian fala sobre a novela "As Três Marias" e o assédio de fãs


Quem diria que Glória Menezes e Paulo Autran chegaram a ser cotados para a novela "Baila Comigo" em 1981? Pois é, "Coração Alado (1980)", de Janete Clair, ainda estava na metade, mas já começava a escalar o elenco de sua substituta, com autoria de Manoel Carlos. Juntar em outra novela, Glória Menezes, Paulo Autran e Tony Ramos, tinha um propósito: os atores fizeram sucesso em "Pai Herói (1979)" – que em outubro será reprisada pelo canal Viva – conquistando o público da época. Glória Menezes e Paulo Autran acabaram não participando de "Bailo Comigo" e Tony Ramos ficou para viver um duplo papel que também marcaria sua carreira: os protagonistas Quinzinho e João Vitor, gêmeos que não se conheciam. Glória Menezes foi parar na novela das sete, "Jogo da Vida", de Silvio de Abreu; já Paulo Autran recusou voltar à TV, o que só aconteceria em 1983, para estrelar "Guerra dos Sexos" ao lado de Fernanda Montenegro. 
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domingo, 13 de maio de 2012

As Mães Nas Novelas (CURIOSO)

Mãe, significado importante na vida que qualquer pessoa. Não poderia ser por menos também na ficção, principalmente na teledramaturgia brasileira, que tão bem criou inesquecíveis mães nas novelas, séries, minisséries e seriados.

É por isso que o CURIOSO de hoje, faz uma bela homenagem aqui no MUNDO NOVELAS, recordando algumas das mães que mais se destacaram nos folhetins.



Em 1977, Gilberto Braga trouxe a história de “Dona Xepa” para as seis da Globo. A novela foi uma adaptação da peça homônima de Pedro Bloch. A saudosa atriz Yara Cortes viveu brilhantemente o papel-título. Sua personagem era uma mãe determinada, corajosa e batalhadora, que trabalhava como feirante para cuidar dos filhos a quem desejava uma posição melhor na vida. Porém, os filhos de dona Xepa, começavam a desprezar a mãe à medida que iam conseguindo subir na vida.


Em 1991, foi realizado também pela Globo, uma adaptação de “Dona Xepa”. Dessa vez a novela se chamou “Lua Cheia de Amor” e foi exibida às 19h. Uma história cheia de humor, protagonizada por Marília Pera, que fez a supermãe. A nova versão da história de Pedro Bloch, foi adaptada por Ana Maria Moretszohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa, com supervisão de texto de Gilberto Braga. Os autores fizeram algumas mudanças no texto, criaram novos personagens, mas mantiveram a essência da novela.


Eva Todor viveu uma ex vedete que virava empresária de um famoso salão de beleza em “Locomotivas”. Novela do saudoso Cassiano Gabus Mendes, grande sucesso em 1977 na Globo. Kiki Blanche era seu nome. Um exemplo de alegria e mãe dedicada. Kiki Blanche (nome artístico de Maria Josefina Cabral), seu salão de beleza, sua filha Milena e os filhos adotivos - Paulo, Renata, Fernanda e a pequena Regina - conduzem a história de encontros, desencontros e namoricos.


Geraldo Vietri escreveu e dirigiu o sucesso “Vitoria Bonelli”, novela produzida pela extinta TV Tupi, nos anos de 1972 e 1973. A novela era protagonizada por Berta Zemmel. Vitória Bonelli era uma mulher firme, decidida e de grande personalidade. Por uma série de circunstâncias, fica enclausurada durante vinte anos em seu quarto, vivendo fora da realidade, num mundo particular. De repente, sai do seu refúgio para enfrentar um ambiente hostil, vivendo através dos problemas de seus quatro filhos Tiago (Toni Ramos), Mateus (Carlos Alberto Ricceli), Lucas (Flamínio Fávero) e Verônica (Annamaria Dias).

Vitória irá protegê-los usando toda a sua garra numa luta para vencer a depressão econômica que se abateu sobre a família.


Baseada no romance de Maria José Dupret, “Éramos Seis” narra a vida de Dona Lola, ao lado do marido Júlio e dos quatro filhos (Carlos, Alfredo, Isabel e Julinho) desde quando estes eram pequenos até a idade adulta, quando Dona Lola termina seus dias sozinha numa casa para idosos. A história transcorre todos os fatos marcantes de sua vida: a dura luta para criar os filhos; a morte do marido; a morte de Carlos, o filho mais velho, vítima na Revolução de 1932; os problemas com Alfredo, metido com movimentos políticos e badernas; a união precoce de Isabel com um homem bem mais velho e casado; o casamento de Julinho com uma moça da sociedade que culmina com a ida de Dona Lola para um asilo.

Entre tanto sofrimento, alguns momentos leves, como a amizade de Lola com a vizinha Genú, casada com Virgulino, e os passeios à casa de sua mãe, Dona Maria, no interior, onde moram suas duas irmãs, Clotilde e Olga, e sua tia doente, Candoca.

A versão do SBT em 1994, com Irene Ravache no papel de Dona Lola, é considerada a melhor novela da história da emissora, porém, já teve algumas outras versões como à produzida pela TV Tupi em 1977, com Nicette Bruno vivendo Dona Lola.


Impossível falar das mães da ficção e deixar de homenagear aquela corajosa e determinada, porém muito dramática: a italiana Bina, vivida brilhantemente pela saudosa Georgia Gomide em “Vereda Tropical”, novela de Carlos Lombardi, exibida às 19h na Globo entre os anos de 1984 e 1985. A personagem tinha uma sensualidade que despertava paixões, ao mesmo tempo que prevalecia uma imensa proteção e dedicação pelos filhos Luca (Mário Gomes), Francesco (Paulo Guarnieri), Angelina (Angelina Muniz) e Marcão (Paulo Betti). Claro que Bina se esforçava para esconder a preferência pelo filho Luca, que era jogador de futebol. Mesmo assim, ela foi uma grande e inesquecível mama!


E quando duas mães são obrigadas a unir suas vidas pelo mesmo filho? Que polemica, em! Assim foi o tema de “Barriga de Aluguel”, novela das seis escrita por Glória Perez entre os anos de 1990 e 1991 na Globo. A novela trouxe o drama de Clara (Claudia Abreu) e alugava sua barriga para gerar o filho de Ana (Cássia Kiss). Meses depois, Clara decidia não entregar a criança para Ana, depois que o bebe nascesse e assim começava uma grande batalha pela guarda do filho, envolvendo muita gente na história. Ao mesmo tempo, Clara e Ana, indiretamente iam descobrindo o verdadeiro sentimento materno e percebendo que elas estavam expondo uma vida, mesmo sabendo que aquela criança era muito importante em suas vidas. No final, uma certa trégua era selada entre as ansiosas mães que desejavam exclusividade com o mesmo filho.


Fernanda Montenegro era a autentica “Zazá”, uma milionária, moderna e revolucionária mãe apesar da idade, na novela escrita por Laura César Muniz em 1997. Zazá também era cheias de ideias, afirmando que era neta de Santos Dumont, o pai da aviação. Por isso, tinha um propósito, construir um avião atômico. Mãe de sete filhos, cujo os nomes eram em homenagem as sete notas musicais: Do era Dorival (Cécil Thiré), Re era Renata (Fafy Siqueira), Mi era Milton (Antõnio Calloni), Fa era Fabiana (Julia Lemmertz), So era Solano (Alexandre Borges ) e Si era Sissy (Racuel Ripani). Todos os filhos era motivo de preocupação para Zazá, que se empenhava em patrocinar o rumo nas vidas deles.


A Helena vivida por Regina Duarte na novela “Por Amor (1997/98)” de Manoel Carlos, exagerava na prova de amor pela filha Eduarda (Gabriela Duarte), chegando a contrariar regras. Helena e Eduarda engravidavam na mesma época e por ironia do destino também davam luz no mesmo dia. O filho de Eduarda nascia morto. Sabendo disso, Helena logo fazia um acordo com o médico César (Marcelo Serrado) para trocarem os bebes, antes que Eduarda soubesse da morte do filho. Por amor, Helena foi capaz de dá o próprio filho para não vê a filha sofrer. Uma questão que gerou polemica e envolveu outras pessoas como vítimas da história, entre elas, os pais Marcelo (Fábio Assunção) e Atílio (Antônio Fagundes). Este último mantinha um caso com Helena e era pai do suposto filho morto, que na verdade seria criado por Eduarda e Marcelo.


“Laços de Família (2000/01)” foi outra novela de Manoel Carlos que apresentava o sacrifício de uma mãe para comprovar todo amor por um filho. Helena (Vera Fischer) engravidava de Pedro (José Mayer) na intenção de gerar uma criança para salvar a vida de sua filha Camila (Carolina Dieckmann). Esta, por sua vez, descobria uma leucemia e precisava de um doador compatível de medula. Uma novela que envolveu alguns segredos dos personagens. Helena também abria mão de seu amor pelo jovem médico Edu (Reynaldo Gianecchini), para que o galã pudesse ficar com sua filha, depois que ambos se apaixonavam.


Maria do Carmo foi uma mãe guerreira em “Senhora do Destino (2004/05)”, novela de Aguinaldo Silva. A personagem vivida por Susana Vieira, representou muito bem a coragem, determinação, proteção e o amor de uma mãe pelos filhos. Retirante nordestina, vinda para o Rio, Do Carmo enfrentou a ditadura militar na década de 1960, foi presa e ainda teve a filha mais nova raptada pela vigarista Nazaré Tedesco (Renata Sorrah).


Com o passar do tempo tornou-se empresária e fez fortuna no Rio. Teve condições suficientes para educar e dá boa vida para os quatro filhos homens, mas nunca perdeu as esperanças ou deixou de procurar pela filha raptada. Ainda sobrava espaço para cuidar da empresa e da grande família que formara, com os filhos, noras, netos, amigos e parentes. Maria do Carmo era uma mulher com um grande coração, um exemplo de coragem e fé. Claro que com o passar do tempo, Do Carmo finalmente encontrava sua filha Isabel/Lindalva (Carolina Dieckmann). Um excelente desfecho para esta emocionante história.


“Amor Eterno Amor” de Elizabeth Jhin, comprova que amor de mãe, conseguir viver além tumulo. A história espírita mostrou a aflição de Verbana (Ana Lúcia Torre) em conseguir reencontrar o único filho Rodrigo (Gabriel Braga Nunes), raptado ainda criança. Muitos anos depois, Verbana finalmente consegue encontrar o filho, que agora é um homem e se chama Barão. Mas sua alegria em vida não dura muito, apenas o tempo de Verbana conseguir equilibrar a vida com o filho que não via desde muito criança. Ela acaba morrendo, embora se prepara na vida espiritual, para continuar amando e protegendo o filho que deixara na terra.


Prêmio mesmo merecia a Dona Nenê (Marieta Severo) de “A Grande Família”. Não é a toa que o seriado da Globo está há mais de dez anos no ar. Dona Nenê é uma supermãe dedicada. Ama o marido Lineu (Marcos Nanine), investe e sempre incentiva o filho Tuco (Lúcio Mauro Filho), sempre está ajudando a filha Bebel (Guta Stresser) e ainda segura à barra de Agostinho (Pedro Cardoso), seu genro malandro. Dona Nenê ainda é um exemplo de simpatia e a querida do bairro onde faz a política da boa vizinhança.
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

MUNDO CRIANÇA (ESPECIAL MUNDO NOVELAS)



Neste dia das crianças, o MUNDO NOVELAS, faz uma homenagem para todas as crianças e todos os adultos que também já foram criança algum dia. Vamos fazer uma viagem no tempo, recordando uma época única em nossa vida: o tempo em que fomos criança. Também vamos conhecer a história dos programas infantis da TV brasileira, que tanto nos fizeram sonhar, aguçando a imaginação fértil de criança.

Sejam bem vindos, ao MUNDO CRIANÇA e sempre que precisar ser criança novamente, não pense duas vezes: é só fechar os olhos e imaginar, e logo, você estará numa maravilhosa época de nossa vida.



Boa viagem meninos, boa viagem!

PALHAÇO CAREQUINHA


George Savalla Gomes nasceu numa família circense, na cidade de Rio Bonito, interior do estado do Rio de Janeiro. Seus pais eram os trapezistas Elisa Savalla e Lázaro Gomes (George literalmente nasceu no circo, pois sua mãe grávida estava fazendo performance de trapézio quando entrou em trabalho de parto em pleno picadeiro). Deu início à sua carreira como palhaço Carequinha aos cinco anos de idade, no circo de sua família, quando este estava em apresentação em Carangola, cidade do interior do estado de Minas Gerais. Aos 12 era palhaço oficial do Circo Ocidental, pertencente ao seu padrasto.

Em 1938, estreou como cantor na Rádio Mayrink Veiga no Rio de Janeiro, no programa Picolino.

Já na televisão brasileira teve como marco o fato de ter sido o primeiro palhaço a ter um programa, o "Circo Bombril" (posteriormente rebatizado "Circo do Carequinha"), programa que comandou por 16 anos na TV Tupi nas décadas de 1950 e 1960.


Ainda nos anos 60, num dia de domingo, Carequinha fez um programa na TV Piratini de Porto Alegre. O produtor do programa o abordou dizendo "os gaúchos conhecem o Carequinha devido ao programa do Rio de Janeiro transmitido em rede. Mas eles querem você ao vivo aqui no Rio Grande do Sul. Queremos fazer seus programas todos os domingos", afirmou. Carequinha, então, entrou em contato com um empresário chamado Nelson e depois do encerramento de cada programa dominical, às 16h, saía para as mais diversas cidades gaúchas, como Caxias do Sul, São Leopoldo, Uruguaiana e até Rivera, no Uruguai, para apresentar o seu circo até terça- feira, quando retornava para o Rio de Janeiro, a realizar o seu programa na TV Tupi, nas quintas-feiras. Aos sábados, apresentava o seu circo na TV Curitiba.


Assim, era comum no final do programa anúncios como "Alô garotada de Uruguaiana, Carequinha e o seu circo estarão aí...". O palhaço e a sua troupe (Fred, Zumbi, Meio Quilo e cia.) costumavam se hospedar em Porto Alegre no antigo Hotel Majestic, hoje a Casa de Cultura Mário Quintana. O vendedor e representante da Copacabana Discos (gravadora do Carequinha) em Porto Alegre, o Jajá (Jairo Juliano), foi convidado por Carequinha a ser o apresentador do seu programa nessa época.

Carequinha também apresentou o seu circo na TV Gaúcha, que foi o embrião da Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS) e finalmente, na TV Difusora (pioneira na transmissão ao vivo de um evento nacional em cores: A Festa da Uva, 1972) anunciando os desenhos animados da garotada, além de apresentar nas tardes de sábado o programa americano "O Circo".

Vale destacar que Carequinha, participante do início da TV Tupi – Rio, também estava no estágio final da citada televisão com o programa local, "O Circo do Carequinha".

Em 1976 o cineasta Roberto Machado Junior fez um documentário sobre Carequinha que teve o próprio palhaço como autor do roteiro.


Nos anos 80, apresentou um programa infantil chamado Circo Alegre, na extinta TV Manchete. O Circo Alegre tinha a assistência da ajudante Paulinha e das professoras da Escola de Dança Sininho de Ouro, de Niterói (RJ). Na TV Manchete, ele gravava um programa de oito horas por dia para uma semana inteira e a empresária Marlene Mattos era a sua assessora. Após dois anos e meio de "Circo Alegre", com a saída de Carequinha, as características fundamentais do seu programa foram incorporados pelo de Xuxa, O "Clube da Criança". "Eu inventei essas brincadeiras com crianças, tão comuns hoje nos programas infantis. Eu as pegava para dar cambalhota, rodar bambolê, calçar sapatos, vestir paletó primeiro, brincadeiras com maçã e furar bolas", conta o palhaço.


CLUBE DO GURI


Estreou em 1955 na TV Tupi oriundo do rádio. Inicialmente chamava-se Gurilândia. Ficou no ar durante 21 anos. Misturava crianças-prodígios e mães corujas vigilantes. A meninada cantava com Ângela Maria e Dalva de Oliveira, declamava versos de Castro Alves e tocava instrumentos.

A abertura de Gurilândia era um hino que todos sabiam de cor: "Unidos pelo mesmo ideal/ Daremos ao Brasil um canto triunfal/ De fé, amor e esperança/ Elevando a alma de criança."


A cantora Sônia Delfino, aos nove anos, foi o cartão de visita do programa. Dava autógrafos para outras crianças, fazia anúncios de produtos. Nessa mesma época outra criança foi contratada no Clube do Guri do Rio Grande do Sul: Elis Regina.

Outras artistas e cantoras famosas se apresentaram na Gurilândia, como Wanderléia, Rosemary, Neide Aparecida, Leni Andrade e Elisângela.



TEATRINHO TROL


Dez anos de sucesso. O Teatrinho Trol tinha bruxas e princesas, castelos e florestas encantadas, gelo seco e neve de sabão, óperas e boas histórias do teatro e da literatura mundial.


No início o Teatrinho Trol era feito ao vivo, com quatro ou cinco cenários diferentes, trocados na maior correria nos intervalos. Depois passou a ser feito em vídeoteipe.


Moacyr Deriquem era ator e produtor do programa. Norma Blum era atriz, que costumava fazer o papel de princesa ao lado de Roberto Cleto, o príncipe. Participaram também como princesas: Carmem Silva Murgel, Íris Bruzzi e Neide Aparecida. A bruxa era Zilka Salaberry, adorada pela garotada.


CAPITÃO AZA


Com seu impecável uniforme da aeronáutica, capacete de piloto com duas asinhas desenhadas, óculos de lentes negras, e diversas medalhas, fez sucesso na TV Tupi.

Wilson Vianna bradava o refrão de abertura de seu programa ".. Alô, alô Sumaré! Alô, alô Embratel! Alô,alô Intelsat 4! Alô, alô criançada do meu Brasil! Aqui fala o Capitão Aza, comandante-em-chefe das forças armadas infantis desse Brasil! ".


Programa diário, de segunda a sexta, ficou no ar durante 14 anos, apresentando desenhos animados e séries hoje consideradas clássicos como "A Feiticeira", "Jeanne É um Gênio", "Speed Reacer" e "Corrida Maluca" .

Capitão AZA, com Z, era para homenagear um herói da FAB que lutou na Segunda Guerra Mundial, que era conhecido entre os aviadores como AZA.



CAPITÃO FURACÃO


O programa infantil comandado por Pietro Mario estreou no mesmo dia em que a emissora foi ao ar e foi o primeiro a registrar altos índices de audiência em meados dos anos 60 .
De Jaqueta azul, quepe e longa barba branca, Furacão girava o leme de um lado para o outro enquanto lia cartas e mandava mensagens, falava sobre os segredos do mar, organizava gincanas e apresentava desenhos animados.





Ao seu lado, a assistente Elisângela, estreando na TV aos 11 anos.



O programa saiu de cena para ceder lugar para Vila Sésamo.
Ir à TV Globo nos anos 60 era um verdadeiro evento para criançada. Elas chegavam à porta da emissora, na Rua Von Martius, 22, Jardim Botânico, às 15h30 para participar do programa infantil do "Capitão Furacão", que só entraria no ar às cinco horas da tarde. Enquanto aguardavam na fila, viviam momentos de euforia com os artistas que entravam ou saiam das gravações nos estúdios da emissora. Nesse entra e sai podiam ver e até encher o saco de Chacrinha, Dercy Gonçalves, Yoná Magalhães, Leila Diniz, Ziembinski, Carlos Alberto, Glória Menezes, Tereza Amayo, Miriam Pérsia, Miriam Pires, enfim, um mundo mágico para elas.

Porém, era no Estúdio C, que fazia parte da sede na Globo na época, que estava o grande barato do evento: o bom e velho Capitão Furacão. Todos sabiam que sua barba azul era postiça, mas aceitavam como se ela fosse verdadeira e branca. Enquanto o Capitão girava o leme de um lado para o outro lia as cartas, mandava mensagens e organizava gincanas. E a criançada se divertia bebendo os refrigerantes Crush, Grapette, Sukita, Fanta Laranja, e os inesquecíveis bolos da confeitaria Gerbô. Estava armada a festança e ainda podia se comemorar o dia do aniversário no programa.


Durante o programa eram exibidos os seriados do “Super-Homem”, “Os Três Patetas” e os desenhos de Hanna-Barbera, como” "Tartaruga Touché”, "Lippi, o Leão”, e “Wally Gator”, entre outros.


O “Capitão Furacão” estreou no mesmo dia que a emissora foi ao ar. Portanto, foi também o primeiro programa infantil a registrar bons índices de audiência da Globo. Ficou no ar de 1965 a 1970, de segunda a sexta-feira, das 17h às 19h.

Nesta época o ator Pietro Mário que vivia o personagem do Capitão, era apenas um jovem de 26 anos, por isso usava a barba postiça. Elizângela foi a mais famosa ajudante do Furacão, passando a dividir a atração a partir do segundo ano.

O sucesso do programa tão grande, principalmente levando-se em consideração que ele alcançava apenas o Grande Rio, Minas e Espírito Santo (nessa época ainda não existia a transmissão por satélite), que motivou a TV Tupi a criar um personagem nos moldes do “Capitão Furacão”: o “Capitão Aza”, interpretado por Wilson Vianna.

Quando o Capitão saiu do ar a Globo lançou o seriado “Vila Sésamo”. Nessa época, Pietro Mário levou o seu Capitão para a TV Rio, onde passou a se chamar “Clube dos Grumetes”, ficando no ar por mais seis meses.



UNI-DUNI-TÊ


Leite e giz todas as manhãs, de segunda a sexta-feira, a partir das 11h, lá estava ela: a professora Fernanda Barbosa Teixeira (a Tia Fernanda) e seus alunos. O cenário do programa era uma típica sala de aula, com quadro-negro, giz e aquelas boas e velhas carteiras escolares de madeira. Na sala de aula do “Uni-Duni-Tê, Tia Fernanda e os alunos, estudavam, brincavam e... rezavam. Tudo isso antes de tomar um revigorante copo de leite no lanche. Os telespectadores mirins participavam enviando cartas e desenhos à produção do programa em idos de 1965, na então iniciante TV Globo. Foram seis anos no ar, repletos de aulas, leite e reza. Bons meninos!



TOPO GIGIO (MISTER SHOW)


Criado na Itália, o simpático ratinho falante desembarcou no Brasil em 1969 e logo se tornou ídolo nacional. “Chove chuva, chove sem parar...”, ele cantava e dançava, como bom marionete, ao lado de Agildo Ribeiro, companheiro de palco no programa de auditório “Mister Show”, produzido pela TV Globo.

Trinta centímetros de altura, oito centímetros de orelha, Topo Gigio fora concebido na Itália por Maria Perego, em 1958, e acabou se transformando em celebridade nacional.

Durante o programa, Topo Gigio ensinava as crianças a cumprir suas obrigações diárias: escovar os dentes, lavar as orelhas, rezar...

Ao se despedir das crianças, ele sempre pedia um “beijinho de boa noite”.

Na versão italiana, o boneco batia papo com celebridades como a atriz Gina Lollobrigida e, nos Estados Unidos, fazia parte do elenco do popularíssimo programa de Ed Sullivan.

Os hits preferidos do Topo Gigio eram:
Meu limão, meu limoeiro
Cai, cai balão
Capelinha de melão
Sonho de papel
Chove chuva


O irreverente jornal "O Pasquim" não perdoou e no segundo ano de vida do Topo Gigio no Brasil, a turma do Pasquim começou a chamar o ratinho falante de homossexual. Para tentar acabar com as insinuações, a Globo escalou uma terceira apresentadora para o programa: Regina Duarte, resultado: o Pasquim passou a chamar o Topo Gigio de Biassexual. Nesta fase, também entrava um novo boneco chamado de Rose, a ratinha dengosa.

A Globo acabou tirando o personagem do ar. No episódio final de “Mister Show”, Topo Gigio foi embora com uma trouxinha no ombro. De vez em quando, para a tristeza das crianças, ele se voltava para câmera e acenava, enquanto se afastava...



VILA SÉSAMO


“Todo dia é dia, toda hora é hora, de saber que esse mundo é seu. Se você for amigo e companheiro, com alegria e imaginação, vivendo e sorrindo, criando e rindo, você será feliz e todos serão também" .

Era essa a música que dava início ao programa que marcou profundamente as crianças e adolescentes entre os anos 1972 e 1976. Depois de um ano na TV CULTURA, passou a ser apresentado na TV GLOBO.


No Brasil, depois do capítulo 40, foi totalmente nacionalizado. Garibaldo era interpretado pelo ator Laerte Morrone. O elenco contava ainda com Aracy Balabaniam, a Gabriela, que era casada com o personagem interpretado por Armando Bogus. Havia a professorinha, Sônia Braga, em seu primeiro papel na TV, e seu namorado Flávio Galvão.


O seriado infantil começou a ser transmitido em 12/10/1972. A ideia de criar a adaptação do Sesame Street foi de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni), então diretor da Central Globo de Produções (uma divisão da Rede Globo), e de Claudio Petraglia, diretor da TV Cultura de São Paulo. Na época, a Rede Cultura e a Rede Globo estavam bastante interessadas em adaptar o programa norte-americano. Como a Rede Globo inicialmente não tinha estúdios para filmar o seriado, foi criada uma parceria entre as emissoras. Eis o motivo de Vila Sésamo ter sido exibida pelas duas emissoras até 1974, quando a TV Globo assumiu totalmente a produção do programa.

Conseguidos os direitos da Children's Television Workshop, Vila Sésamo teve sua estréia na TV. Era exibido às 10h45 e 16h, e durava de meia a uma hora. Era um programa que trazia noções educativas para as crianças, mas de um modo que não fosse chato, que mesclava a educação com a diversão e uma boa dose de humor. O cenário, era uma vila onde pessoas e bonecos conviviam com crianças. Ao longo das três fases do programa, eram abordados temas diferentes como as letras, os números, as cores,a higiene, o respeito no trânsito, e outros. Tudo isso acompanhado de desenhos animados e canções compostas pelos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle.

Foi a partir de 1973 que Vila Sésamo foi completamente nacionalizada. Foi nesse ano que surgiram as versões brasileiras dos famosos bonecos Garibaldo, Gugu e Funga-Funga. Uma outra novidade era as participações de crianças carentes entre 3 e 10 anos. As únicas cenas não produzidas no Brasil eram as de Ênio e Beto, personagens do Sesame Street, cuja as cenas eram apresentadas no seriado.

Com o tempo surgiam novas temáticas, novos personagens, um grande sucesso infantil na TV brasileira. Vila Sésamo só deixou de ser exibida em 1977, por causa dos altos custos da produção e também pelo fim do contrato com a emissora norte-americana. Sua última exibição foi em 04/03/1977.

O cenário de Vila Sésamo era uma vila operária onde conviviam crianças, adultos e bonecos. Muitos destes personagens são lembrados até hoje pelas pessoas que assistiram o seriado quando crianças.


Havia Garibaldo, um pássaro gigante bastante levado e desengonçado,que adorava aprender coisas novas. Ele vivia discutindo com Gugu, um boneco bem mal-humorado, que não gostava de sair do barril em que morava. Também existia o Funga-Funga, um elefante bem estranho, que adorava cantar e vivia deprimido, pois não o viam como gente. Era o amigo imaginário de Garibaldo, portanto só aparecia para o amigo e para as crianças.

Além dos bonecos, existiam os personagens adultos. Há Juca, um operário que sabia consertar qualquer coisa; ele era casado com Gabriela, uma moça graciosa, que gostava de praticar ginástica e era uma grande cozinheira. Havia Ana Maria, a professora da escolinha de Vila Sésamo, bastante animada e divertida, era a namorada de Antônio, um motorista de caminhão. Ainda existia o Seu Almeida, dono da venda da vila.

Esses eram os principais personagens do programa, mas ao longo das três fases, Vila Sésamo recebia cada vez mais personagens, pois ainda haviam o Edifício, o Professor Leão, o Bruno, o Jujuba, o Marinheiro, o Bidu e muitos outros.


De 1972 a 1977, Vila Sésamo teve ao todo três fases.

Vila Sésamo I (1972 a 1974) - Foi a fase de estréia do programa, quando aida era exibido pela Rede Cultura e pela Rede Globo. Nesta fase, se cumpriam todas a normas da emissora norte-americana.Por isso eram exibidas um maior número das cenas do Sesame Street, e a apresentação de quadros temáticos em ordem repetitiva. Mas foi a partir de 1973, que Vila Sésamo foi totalmente nacionalizada;com novos personagens, novas músicas, novos roteiros... Uma verdadeira "revolução nacional" no programa. Durou até o ano de 1974, quando a Rede Globo assumiu toda a produção do seriado.
Vila Sésamo II (1974 a 1975) - Nesta fase, foram adquiridos novos quadros temático, os cenários foram ampliados e Vila Sésamo contou com aproximadamente 800 crianças!

Vila Sésamo III (1975 a 1977) - Na terceira e última fase do programa foram acrescentados novos personagens, além de mais novas temáticas. As únicas cenas não feitas na produção eram as cenas entre Ênio e Beto (cenas do seriado original). Com o fim desta fase, também veio o fim do programa, que ainda hoje deixa saudades.

Elenco

Laerte Morrone (Garibaldo)
Roberto Orozco (Gugu)
Armando Bógus (Juca)
Aracy Balabanian (Gabriela)
Sônia Braga (Ana Maria)
Flávio Galvão (Antônio)
Manuel Inocêncio (Seu Almeida)
Marcos Miranda (Funga-Funga)
Paulo José (Mágico)
Flávio Migliaccio (Edifício)
Milton Gonçalves (Professor Leão)
Ayres Pinto (Cuca)
Luiz Antonio Angelucci (Bruno)


Bonecos

Teresa Cristina (Pipoca)
Elany Del Vechio (Jujuba)
Sônia Guedes (Marocas)
Antônio Petrin (Marinheiro)
Henrique Lisboa (Sabichão)
Aziz Bajur (Bidu)


TRILHA SONORA


1. Abecedário (The Alphabet) - Trio Soneca
2. Querer e poder (Want and Be Able to) - Trio Soneca
3. Gugu (Gugu) - Trio Soneca
4. Os Bichos (The Bugs) - Trio Soneca
5. Diferença (Differences) - Trio Soneca
6. Classificação (Classification) - Trio Soneca
7. Alegria da vida (Joy of Life) - Orchestra and the Som Livre Choir
1. Funga Funga (Funga Funga) - Trio Soneca
2. Partes do corpo (Parts of the Body) - Trio Soneca
3. Adição-Subtração (Addition and Subtraction) - Trio Soneca
4. Imaginação (Imagination) - Trio Soneca
5. Garibaldo (Garibaldo) - Trio Soneca
6. Pequenos erros (Small Errors) - Trio Soneca
7. Vila Sésamo (Theme Song) - Suzana Machado Ribeiro




OS TRAPALHÕES


Os Trapalhões foi um famoso grupo humorístico brasileiro que obteve sucesso na televisão e no cinema desde meados da década de 1960 até por volta de 1990. O grupo era composto por Didi Mocó (Renato Aragão), Dedé Santana, Mussum e Zacarias; cada um desenvolveu uma persona cênica distinta.


O quarteto tinha um programa de televisão homônimo criado por Wilton Franco, que estreou em março de 1977, antes do Fantástico. Exibido aos domingos, o programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados sem aparente conexão, exceto a presença d'Os Trapalhões. Um dos maiores fenômenos de popularidade e audiência no Brasil em toda a história, Os Trapalhões entrou para o Livro Guinness de Recordes Mundiais como o programa humorístico de maior duração da televisão, com trinta anos de exibição.


O primeiro filme d'Os Trapalhões, Na Onda do Iê-Iê-Iê (1965), contava apenas com a dupla Didi e Dedé. Com o quarteto clássico, foram produzidos vinte e um filmes, começando com Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (1978) até Uma Escola Atrapalhada (1990). Mais de cento e vinte milhões de pessoas já assistiram aos filmes d'Os Trapalhões, sendo que sete destes filmes estão na lista das dez maiores bilheterias do cinema brasileiro.


MUSICAS INFANTIS DOS ANOS DE 1970


Nos anos da decada de 1970, apareceram trilhas sonoras com cantigas de rodas, produzidas especialmente para as crianças daquela epoca. Grupos formados por jovens adolescentes como “A Patotinha” e “As Melindrosas”, foram responsaveis por regravar canções antologicas ainda de muito sucesso na epoca, como: A tirei o pau no gato, Pai francisco entrou na roda, Terezinha de Jesus, entre outras.


As integrantes do “As Melindrosas” eram as irmãs Maria Odete, que logo após os primeiros meses de lançamento do LP abandonaria o grupo para seguir carreira solo adotando o nome de Gretchen e Sula Miranda que na época utilizava o pseudômino de Sueli, e no final da década de 1980 viria a gravar no estilo sertanejo), Yara e a prima Paula.


O palhaço Carequinha também gravou muitas musicas infantis na decada de 1970.


As historias dos contos de fadas como Cinderela, Branca de Neve e os sete anões, A Bela Adormecida, entre outras, também fazia enorme sucesso entre as crianças daquela época. As historias viam gravadas em forma de compactos(Discos pequenos), geralmente coloridos para encantar ainda mais a criançada. A coleção mais famosa se chamava “Disquinho” e era produzida pela gravadora Continental.


Outro LP que também fazia muito sucesso em idos dos anos de 1970, precisamente durante os anos de 1978 a 1980, era o grupo “Os Tres Patinhos”, especializado em cantigas de rodas, cantadas com sotaque que imitava o som de patos.


DOMINGO NO PARQUE


“Domingo no Parque” era um programa de competição, dedicado para as crianças, que fazia parte do Programa Silvio Santos nos anos 70 e anos 80. O programa era exibidos sempre nas manhãs de domingo e com seu jeito divertido, Silvio Santos conquistou as crianças daquela época.

Num cenário de parque de diversões, equipes de duas escolas (que nos anos 80 passaram a ser representadas por times de futebol) se enfrentavam em diversas provas, como a corrida de bebês, o cabo de guerra, o concurso de dança, o foguetinho e, no encerramento do programa, o jogo da cobrinha.

Entre 1977 e 1978, o programa foi dirigido por Homero Salles. De 1978 a 1981, o diretor foi Gugu Liberato.



SÍTIO DO PICAPAU AMARELO


O Sítio do Pica-Pau Amarelo foi um dos mais bem produzidos programas infantis para a tevê que se tem notícia. Na TV Globo o Sítio estreou em 1976 e durou 10 anos.


O elenco mais conhecido foi: Zilka Sababerry (nunca foi substituída no papel de dona Benta); Emília foi Dirce Migliaccio, e contou com mais duas atrizes no papel(Reny de Oliveira e Suzana Abranches); tia Anastácia, a eterna Jaci Campos; Júlio César foi Pedrinho, substituído mais tarde por outro ator mirim; Rosana Garcia foi Narizinho, substituída mais tarde.

Destacavam-se ainda André Valli como Visconde de Sabugosa, Nelson Camargo como Zé Bento e Ari Coslov como Jaboti. Outros personagens importantes do Sítio: CUCA - a maligna, Saci, Tio Barnabé(Samuel Santos), entre outros

O Sítio estreou na TUPI de São Paulo em 1951 e ficou lá até 1963. Os personagens eram os mesmo mas o formato era diferente. Júlio pegava um livro de Monteiro Lobato e começava a contar as aventuras de Pedrinho e Narizinho, de dona Benta e tia Anastácia, e da inteligente Emília. Os atores entravam num palco e representavam as histórias.



GLOBINHO


Foi o primeiro telejornal para crianças e jovens da televisão brasileira. Nos dois primeiros anos não tinha apresentador, era narrado por Sérgio Chapelin. De 1977 a 1983, foi apresentado pela jornalista Paula Saldanha.


No final de cada Globinho eram apresentados desenhos animados e filmes de animação de vanguarda (como a Família Barbapapa, Míu e Mau e a Linha). O Globinho foi um programa que marcou toda uma geração pelo seu caráter de inovação.

Coordenado por Alice-Maria, editado por Theresa Walcacer e escrito por Wilson Aguiar, o Globinho era um programa infantil em formato de telejornal. Noticiava fatos e assuntos do universo adulto utilizando uma linguagem mais acessível a crianças e adolescentes, estimulando seu envolvimento com as artes e atividades educativas em geral. O Globinho estreou em 1972 com uma edição diária de segunda a sexta, às 11h45, tendo 15 minutos de duração. Em setembro de 1973, o programa deixou de ser exibido às sextas-feiras. Ficou no ar até fevereiro de 1974. Retornou à grade em novembro daquele mesmo ano, desta vez exibido em cinco edições diárias, de cinco minutos cada, espalhadas pela programação. O telejornal chegou a apresentar filmes estrangeiros, com locução em off de Ronaldo Rosa. Em 1975, Berto Filho passou a ser o locutor do programa e Fernanda Marinho assumiu o cargo de editora-chefe.


Em março de 1977, o Globinho sofreu as primeiras mudanças. O esquema anterior – com diversas edições sem horários pré-determinados – dificultava a aceitação pelo público infantil. Para mudar esse quadro, o Globinho passou a ter apenas duas edições diárias, de cinco minutos, apresentadas às 11h55 e às 17h55. A primeira edição era a reprise da segunda do dia anterior, o que dava oportunidade às crianças com horário escolar diverso de assistirem ao programa. Outra novidade foi a entrada de Paula Saldanha como apresentadora para assegurar a credibilidade do formato de telejornal. Além de comandar o programa, a jornalista produzia uma seção sobre literatura, mostrando as novidades no mercado de livros para crianças, desde as primeiras letras até a adolescência. A seção explicava a importância da leitura como elemento educativo e de lazer e informava preços e locais onde encontrar os livros. A produção do programa era local e bastante versátil, ilustrando as notícias e reportagens com mapas e filmes educativos. A única seção fixa chamava-se Serviço infantil, com informações de utilidade pública. Às sextas-feiras, ia ao ar um roteiro de programação para o final de semana, com indicações de filmes, peças de teatro e opções de lazer. O Globinho também foi um dos primeiros programas da televisão brasileira a produzir matérias sobre problemas ecológicos. Uma série de reportagens sobre meio-ambiente foi exibida aos sábados sob o nome de Globinho repórter.


A partir de 1978, em edição nacional, Globinho voltou a ter 15 minutos de duração, dos quais cinco eram dedicados a reportagens locais. Esse novo formato abriu espaço para a apresentação de desenhos e animações, todos de grande sucesso como A família Barbapapa, Mio e Mao, Vermelho e Azul, A linha, Areia, Dragetto, Dr. Sinuca, Petratel, Toupeirinha e O patinho Quá-Quá. O programa também iniciou um trabalho de renovação do seu aspecto visual – realizado pela artista plástica Patrícia Gwinner, que introduziu gradativamente mais colorido e movimento aos cenários. Buscando estreitar os laços com o público infanto-juvenil, o Globinho promoveu eventos como uma campanha de arborização e concursos de fotografia e histórias em quadrinhos. A resposta dos telespectadores foi positiva e a audiência média do Globinho no Grande Rio aumentou. A equipe, nessa época, era dividida por estados, onde havia edições locais do programa. No Rio de Janeiro, estavam Paula Saldanha (apresentação e reportagens), Fernanda Marinho (edição), Ricardo Madeira (reportagens), Vilma Gomez, Patrícia Gwinner (arte), Irlandino Silva (montagem) e Laila Andrade (assistência de produção). Em São Paulo, a equipe contava com Sandra Elisa (apresentação), Ubirajara Mateus (arte) e Edith Elek Machado (edição). No Recife, trabalhavam Maria Anunciada (apresentação) e Letícia Dias (edição) e, em Belo Horizonte, Myriam Lúcia (apresentação) e Antonio José Nascimento (edição). Em Brasília, o programa era realizado por Tania Mara (apresentação) e Graça Amorim (editora). A editora-chefe do programa era Fernanda Marinho.


Em outubro de 1981, o Globinho passou a ser apresentado em novos dia e horário – sábados, às 10h –, com 30 minutos de duração. Dividindo a apresentação com Paula Saldanha, estreou no programa um novo personagem: o “Macaquinho”, um boneco de pouco mais de meio metro criado pelo artista Álvaro Apocalypse, do grupo Giramundo, de Belo Horizonte, um dos mais importantes do teatro de fantoches do Brasil. Uma pequena abertura na parte posterior do boneco permitia que se movimentassem a cabeça, os olhos e a boca através de uma trave de madeira. O ator Dirceu Rabello criou a voz do personagem e manipulava o boneco. O programa lançou um concurso nacional para que as crianças escolhessem um nome para o “Macaquinho”, que acabou batizado de Loiola.

Em janeiro de 1982, o Globinho comemorou 10 anos no ar com uma festa na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. O evento foi organizado pela Fundação Roberto Marinho com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado e reuniu autores de literatura infanto-juvenil (que autografaram suas obras em uma feira de livros), contadores de histórias, grupos de teatro e música, personagens do Sítio do pica-pau amarelo e atrações do Corpo de Bombeiros. Nesse período, no Rio de Janeiro, a repórter do programa era Kiki Waissenberg e a assistente de produção era Verônica Mesquita. A direção de TV era de Alexandre Brás, e a edição de imagem era de Irlandino Silva. Em São Paulo, a editora e repórter era Vanessa Kalil, que também apresentava o programa ao lado de Carlos Henrique Corrêa. Em Brasília, a editora era Graça Amorim e a repórter e apresentadora era Carmem Lúcia. Em Belo Horizonte, Myrian Lucia acumulava as funções de editora, repórter e apresentadora, enquanto, em Recife, Anamélia Maciel era editora e repórter e Maria Anunciada era apresentadora.


Esta é a família Barbapapa - vamos brincar!
E cada um dos Barbapapas
Pode mudar de forma e jeito
Muito Barba-satisfeito
Por se transformar...

a família era:
Barbapapa
Barbamama
Barbaploc
Barbaclic
Barbatinta (o peludo)
Barbazoo
Barbalala
Barbabela
Barbacuca



BAMBALALÃO


Transmitido pela TV Cultura, o Bambalalão estreou em 1977, na linguagem de módulos gravados, mas só em 1982 ele passou a ser transmitido ao vivo, direto do Auditório Cultura. Encabeçado por Gigi Anhelli, que fez parte do programa da primeira edição até a última, o projeto tinha como preceito transmitir educação de maneira informal pela televisão. O show era dividido em quadros que estimulavam a imaginação infantil através de atividades de lazer e arte, inseridas em jogos, brincadeiras, mímica, teatro e canções infantis.
Além de Gigi, faziam parte do elenco a apresentadora Silvana Teixeira, o palhaço Tic Tac e os atores Chiquinho Brandão, Gerson de Abreu, João Acaiabe, Helen Helena, entre outros. Em 1990, após ganhar quatro prêmios APCA, o Bambalão saiu da grade da TV Cultura, mas muitos ainda se lembram da frase “Essa história entrou por uma porta e saiu pela outra e quem quiser que conte outra”.



CANTA CONTO


Foi um programa produzido pela TV Cultura, nos anos de 1980, que era apresentado pela cantora e compositora Bia Bedran. Além de inventar e cantar musicas para as crianças, Bia Bedran também contava histórias para um publico infantil que participava do programa. As crianças ainda aprendiam a cantar as musicas e as brincadeiras para quando chegassem em casa, apresentá-las para os amigos. O cenário era simples e bem aconchegante, lembrava o pátio de uma casa e a criançada se reuniam sentada em circulo em volta da apresentadora. Bia Bredan ensinou ao telespectador que a arte de contar historias não se resumia apenas no teatro. Durante o programa, ela contava historias da mais criativa maneira possível, imitando vozes, fazendo sons com instrumentos musicais e abrindo um enorme livro cenográfico feito de espuma.



O SUPER TIO MANECO


Educativa, exemplar e criativa série, protagonizada pelo ator Flávio Migliaccio, no começo da década de 1980. “O Super Tio Maneco”, contava a historia de Maneco, seus sobrinhos e suas invenções, como exemplo: um bule de café falante e um robô feito de ferro velho. A série deu origem através do filme “As Aventuras de Tio Maneco”, também protagonizado por Flávio Migliaccio. Foi produzida pela TV Educativa e marcou época, mesmo contando historias com extraterrestres, mas sem nenhum efeito especial.

Maneco e sua família viviam na Serra do Impossível, localizada na fictícia Vila da Agonia. E tinha um fusca caindo aos pedaços. O combustível do veículo era chamado de bananinha, mistura de gasolina com banana, e gastava 1 litro a cada 1km andado. Cada história continha um número diferente de capítulos. Além dos dois, o elenco principal contava com a menina Fabianne Rocha e o filho de Grande Othelo, José Prata, interpretando Pichulé. Francisco Dantas interpretava o cientista Professor Camargo, pai de Migliaccio, na série.



BOZO


Criado em 1946 no Estados Unidos, o palhaço Bozo só foi aportar no Brasil em 1979, na Rede Record. Em 1981, com a criação da TVS (atual SBT), Silvio Santos, então acionista da Record, levou o Bozo para o seu novo canal. Durante onze anos o palhaço fez parte da emissora paulistana e ganhou cinco troféus Imprensa. Durante um mesmo período, três atores se revezevam como o personagem. Nesta época, o programa era exibido durante três horários, tal a sua popularidade.

Além do palhaço, outros personagens, parte do programa, ganharam o carinho das crianças. Quem não se lembra da Vovó Mafalda, do Papai Papudo e do Salsi Fufu? Ah, e tinha também o garoto Juca e a Bozolina. Além dos teatrinhos com o elenco, Bozo convidava os pequenos por telefone para participar de suas brincadeiras. A mais famosa era a corrida de cavalos, em que miniaturas dos animais disputavam uma corrida para alegria do palhaço, que torcia mais do que o próprio telespectador. Em fevereiro de 1991, Bozo se despediu da telinha, após uma década de sucesso.



BALÃO MÁGICO


Balão Mágico foi um programa infantil da Rede Globo apresentado pelos membros do grupo musical infantil brasileiro Turma do Balão Mágico entre 1983 e 1986. Teve como primeira diretora Rose Nogueira.


A apresentação do programa começou com Simony, Fofão (Orival Pessini) e Cascatinha (Castrinho), logo acompanhados de Tob (Vimerson Cavanillas), Mike (Michael Biggs, filho de Ronald Biggs), Jairzinho (Jair Oliveira), Luciana e Ricardinho.


O programa teve altos índices de audiência. Em meados de 1986 foi substituído no horário pelo Xou da Xuxa. O programa também foi responsável pela exibição de boa parte dos desenhos animados da década de 80.

Balão mágico tinha direção de Rose Nogueira e supervisão de Nilton Travesso. Edi Newton era o responsável pela direção das atrações musicais.
O infantil era uma produção da TV Globo de São Paulo e fez muito sucesso entre as crianças, que adoravam assistir ao programa comandado também por crianças.

Com cerca de uma hora de duração, Balão mágico misturava números musicais , sorteios e desenhos animados. Algumas pequenas histórias eram usadas como gancho para a apresentação de desenhos e dramatizações. Para criar essas histórias, Rose Nogueira contava com a parceria da poeta Lúcia Vilares.

No início, Balão mágico era comandado por dois apresentadores: Simony, com seis anos na época, e Fofão, um misto de homem, cachorro e ser intergaláctico, interpretado pelo artista plástico Orival Pessini. Inicialmente, Fofão não falava, e a doce Simony traduzia os sons que seu inseparável companheiro emitia.


Ainda em 1983, poucos meses depois da estréia, Balão mágico sofreu algumas mudanças: o texto ficou sob responsabilidade de Gabriel Mendes, com direção de Edi Newton, coordenação de Geraldo José Gurjão e supervisão de Nilton Travesso. Além disso, o programa ganhou mais meia hora na programação da emissora, passando a ser exibido também aos sábados. Nessa fase, Simony sempre aparecia em cena envolvida com as lições da escola, enquanto Fofão, sentindo falta de brincar com a companheira, procurava um novo amigo para dividir seu tempo.


Foi então que entrou para a turma do Balão mágico o Fofinho, boneco de pano confeccionado por Fofão, idealizado por Orival Pessini e interpretado por Tob, integrante do grupo musical Turma do Balão Mágico – criado em 1982 e do qual Simony fazia parte. Mike, outro integrante do grupo infantil, também participava da atração.


Em setembro de 1983, Castrinho estreou no Balão mágico com o personagem Cascatinha, lançado no humorístico Chico city (1973), um menino dentuço e barrigudo. Um ano depois, também passou a integrar o programa a menina Luciana, de quatro anos, que inicialmente substituiu Simony durante suas férias e depois começou a comandar a atração ao lado dela. Ainda nesse mesmo ano, Balão mágico ganhou mais uma hora de duração. As brincadeiras e sorteios foram mantidos, e uma nova abertura foi gravada num sítio em São Pedro, São Paulo. A nova abertura do programa contava com a participação de Simony, Luciana, Castrinho e Fofão.


Em 1984, Balão mágico ganhou novos cenários. Para criar e conceber o novo espaço do infantil, o cenógrafo Jean Philippe Therène se inspirou em antigas ilustrações de livros de histórias infantis. Ele projetou um cenário de 15m de comprimento, onde a trupe do Balão mágico passou a percorrer um gramado com flores, casinhas de abelhas, cachoeira, riachos e montanhas. O fiel balão azul continuava em cena, sempre pronto para subir. Além das brincadeiras habituais, Simony, Fofão e Fofinho passaram a dar dicas de mágicas, crochê e atividades artesanais.


Em 1985, depois de dois anos afastado da televisão, o ator Ferrugem voltou às telas interpretando o boneco Halleyfante, ou simplesmente Fante, um robô que brincava ao lado de Fofão, Simony, Tob, Mike e Jairzinho, que também entrou para o Balão mágico naquele ano. O personagem Fante foi criado pelo publicitário Marcelo Diniz e sua principal missão no programa era defender a ecologia. Ele foi elaborado em função da passagem do cometa Halley pela órbita da Terra.

Uma das principais atrações do infantil era sua abertura. Ao som de Lindo balão azul, sucesso de Guilherme Arantes, Simony e várias crianças viajavam em um balão de 38 metros de altura, criado pelo artista Victorio Truffi.


DESENHOS ANIMADOS DOS ANOS DE 1980


Programas como “Balão Mágico (Rede Globo), Xou da Xuxa (Rede Globo), Clube da Criança (Rede Manchete) e Show Maravilha (SBT)”, foram responsáveis em trazer desenhos animados que encantaram a criançada daquele época e, muitos deles, ainda são exibidos com sucesso, hoje em dia. Entre os melhores clássicos temos: HE-MAN, SHE-HA, THUNDERCATS, CAVERNA DO DRAGÃO, URSINHOS CARINHOSOS, DARTANHAN E OS TRES MOSQUETEIROS, OS SMURFS, CAVALO DE FOGO, entre outros.


DANIEL AZULAY


Daniel Azulay (Rio de Janeiro, 30 de maio de 1947) é um desenhista, músico e arte-educador brasileiro, criador da Turma do Lambe-Lambe. Ídolo de uma geração, trabalhou na televisão nas décadas de 1970, 1980 e 1990.

Foi um dos criadores da vinheta de abertura do Jornal Nacional de 1972-74. No final dos anos 70 apresentou um dos quadros do programa infantil Pirlimpimpim, que era transmitido pelas emissoras educativas como a TV Cultura e a TVE. Entre outros, também fazia parte do programa, com bastante popularidade, o quadro Mãos Mágicas.

Em 1981 Daniel Azulay e a Turma do Lambe-Lambe se transferiram para a TV Bandeirantes, onde apresentou o programa TV Criança, criado por Maurício Sherman, que ocupava as tardes da programação renovada da emissora, quando do lançamento de seu novo logo, criado por Ciro Del Nero.



BRAÇO DE FERRO(NOVELA INFANTIL)


A novela contava a historia de um grupo de crianças que fundam um clube num casarão abandonado em terreno desapropriado. As crianças se metiam nas mais diversas aventuras, sempre motivadas por suas bicicletas, por isso o nome “Braço de Ferro”. A novela escrita por Marcos Caruso e produzida pela Band, contava com um elenco infantil que formava a grande maioria dos personagens. O ator Selton Mello, ainda criança, era um dos destaques da novelinha. A novela contou com a direção de Sérgio Galvão e supervisão de Roberto Talma.


ELENCO
as crianças
SELTON MELLO - Raimundo
MARCOS ROBERTO QUINTELA - Luisão
WALLACE DASCROVE - André
PATRÍCIA SOTOPIETRO - Norma
VIVIANE RIPPI - Mariana
ROSANA FOGAÇA - Berenice
GUSTAVO ARDITTI - Borracha
ULISSES BEZERRA
WENDEL BEZERRA
JOLLY FERNANDES

e
JUSSARA FREIRE - Odete
GERALDO DEL REY
ELIZABETH HARTMANN
MÍRIAN MEHLER
WÁLTER STUART
XANDÓ BATISTA
LINDA GAY
ALCEU NUNES
JANDIRA MARTINI
OSWALDO CAMPOZANA
NOEMI GERBELLI
RÉGIS MONTEIRO - Milton
DANÚBIA MACHADO
PAULO NOVAES
SUZANA LAKATOS
RUY AFONSO
TATIANA BORGES
WESLEY BEZERRA
CÉLIA DE LIMA
LACCO FERNANDES



TV TUTTI-FRUTTI


Esse maravilhoso programa infantil, transmitido pela TV Bandeirantes nos anos 80, está na lembrança de muitos adultos de hoje. A TV Tutti Frutti, tinha como atração principal, a Turma do Girimum, que era formada por vários vegetais. Havia o próprio Girimum, que era o líder do grupo, o Paçoca que comandava um grupo de amendoins cangaceiros, Joelmil, um sabugo de milho, era uma versão vegetal do jornalista Joelmir Betting, que na época apresentava um tele-jornal no canal.

Os personagens foram criados pelo Estúdio Elly Barbosa (irmão do novelista Benedito Ruy Barbosa) e eram uma ótima diversão nas longínqüoas tardes da TV Bandeirantes.
Esse programa ganhou o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) em 1983 como melhor programa infantil do ano. Os amendoins ensaiaram uma volta em 2002 pela Rede Globo, no horário da manhã, em um programa chamada Os Incríveis Amendoins, mas o projeto não foi avante.



LUPU LIMPIM CLAPA TOPO


Com a saída de Xuxa da emissora, em 1986, o "Clube da Criança" passou a ser uma simples sessão de desenhos animados. Para não deixar a sua programação sem representantes para as crianças, a Manchete contratou o casal Lucinha Lins e Cláudio Tovar para apresentar o "Lupu Limpim Claplá Topô". Tratava-se de um infantil bastante diferente daquele apresentado por Xuxa, por não contar com auditório e números musicais. O formato baseava-se em teleteatro com agradáveis curiosidades, além da exibição de desenhos animados. Permaneceu no ar até 1987.


FOFURA NA TV


A "Fofura na TV" é uma série Brasileira de fantoches. As personagens desta série foram criadas em 1976 por Ely Barbosa para livros de Banda desenhada, conhecidos como a Turma da Fofura. Em 1983 o autor começou a trabalhar na primeira série com as personagens da Turma da Fofura. Estreou no Brasil em 1985 a série "Boa noite, amiguinhos". Esta primeira série destinava-se a mandar as crianças para a cama. Mais tarde criou a "Fofura na TV" com intenções didácticas.

Na série "Fofura na TV" as personagens da Turma da Fofura fazem vários programas na TV como o Jornal ("O primeiro a dar as últimas"), o FM Lambão(programa de música) entre outros. Em cada episódio o Nené(um bebé de chupeta, babete e ar espantado) faz algumas perguntas como "Porque é que as vacas mascam?", "Porque é que as mamães que vão ter neném são barrigudas?", "Porque é que as coisas caem?"; outras vezes é a professora Fofura(um coelhinha de voz e olhos doces) quem pergunta diretamente, "Vamos ver o que vocês sabem sobre as grandes invenções da humanidade. Fazem ainda parte da série o coelho Escovão e o cão Lambão.


ZYB BOM


ZYB Bom foi um programa de televisão infantil brasileiro, exibido pela TV Bandeirantes entre 1987 e 1989. O programa, exibido diariamente às 16 horas, era apresentado por um sexteto de crianças e adolescentes: Rodrigo, Samantha, Jefferson, Juliana, e os filhos da cantora Vanusa, Aretha e Rafael,. O nome do programa já era algo no mínimo diferente. Havia um "til" no "B", dando o som de Bem, ou seja, "Zê-Ípsilon-Bem-Bom". Dentre os quadros, destacava-se o "Brincadeira tem Hora", que ensinava a criação de brinquedos com sucata. Em 1988, o sexteto gravou seu único álbum, intitulado ZYB Bom - Caçadores de Aventura. O programa também apresentou um grande número de desenhos animados, praticamente todos da Hannah-Barbera, como Dom Pixote, Esquilo sem grilo, Pac-Man, e Os Herculóides.


TV FOFÃO


Fofão fez tanto sucesso que, com o fim do programa global, ganhou seu programa diário TV Fofão, na TV Bandeirantes, no qual apresentava quadros humorísticos e desenhos animados. Seu programa na Bandeirantes ficou no ar por três anos, de 1987 a 1989. Em sua programação havia desenhos animados, musicais e quadros cômicos. O personagem foi ainda protagonista de um filme longa-metragem chamado Fofão e a Nave Sem Rumo, de 1989.

O programa TV Fofão também foi exibido pela Rede Bandeirantes entre 1994 e 1995. Orival Pessini gerencia a empresa Fofão Produtos e Merchandising, Ltda.



CLUBE DA CRIANÇA


O Clube, que teve a sua estréia no dia 6 de junho de 1983, é conhecido por ter lançado a carreira televisiva da modelo Xuxa Meneghel. Com cenário simples e poucos recursos, os primeiros anos do programa eram basicamente desenhos, sorteios e musicais. Com a ida de Xuxa para a Globo, o programa ficou órfão de apresentadora e passou a ser apenas uma sessão de desenhos.


Um ano depois, Angélica, na época, uma menina de 14 anos, foi chamada para ocupar o lugar que era de Xuxa, no “Clube da Criança”. Angélica, que até então era apresentadora da “Nave da Fantasia”, assumiu brilhantemente o posto de Xuxa no mesmo programa e virou mais um ídolo das crianças, trazendo audiência para o “Clube da Criança” e se tornando mais uma febre no Brasil.


Embalada na fórmula “Xuxa”, o Clube se reformulou e ganhou um grandioso cenário e “angelicats” para auxiliar a menina. O primeiro hit da loira, “Vou de táxi”, entrou nas paradas e ajudou a colocá-la em evidência. Por ser loira, as comparações logo vieram. Angélica ficou a frente do Clube até 1992. O Clube ainda continuou com outras apresentadoras até 1997, mas sem grande sucesso.


Com seu alto astral e grande carisma, Angélica encantou toda uma geração de crianças e logo em seguida, jovens e adultos, com o programa “Milk Shake”, que trazia atrações musicais da época e era exibidos nas tardes de sábados da Rede Manchete. Mas foi para as crianças que a apresentadora dedicou maior parte de seu tempo, durante longos anos na extinta emissora dos Bloch.


Nos anos de 1980 e 1990, Angélica gravou musicas, atuou em filmes e lançou diversos produtos com sua marca, além de estar presente todas as tardes, a frente do programa “Clube da Criança” que concorria com o “Show Maravilha”, apresentado por Mara Maravilha, no SBT.


Atrizes consagradas começaram sua carreira como Angelicats. Entre elas: Camila Pitanga(foto ao lado de Antonio Pitanga, pai de Camila) e Giovana Antonelli.


Em 1993, a apresentadora foi para o SBT comandar a Casa da Angélica, programa que começou a marcar apenas 8 pontos, índice já alto na epóca, e subiu para 12 e depois para 20. O programa era levado ao ar à tarde e tinha desenhos animados, musicais, brincadeiras com a platéia e quadros de humor, dos quais Angélica participava com vários personagens: "Anjôlica", onde ela imitava Jô Soares; "Angélia", imitação da culinarista Ofélia; "Angelicastrid" imitação de Astrid Fontenele, na época apresentado/VJ da MTV Brasil; o "Taxista Bernadão" que recebia diversas celebridades em seu táxi, sua prima malvada "Cycy" que tinha um problema de dicção e pronunciava "Xixí, C-Y-C-Y", que fazia diversas maldades com Angélica por ter inveja da prima, também interpretava outros personagens mais que eram menos frequentes no programa. Ainda satirizava trechos de novelas mexicanas, como a malvada Catarina Cruel, do sucesso Ambição e possuía matérias de interesse infantil, com o repórter Otaviano Costa.


Logo depois Angélica passou a substituir Gugu nos programas Passa ou Repassa e TV Animal. Não demorou muito para para se firmar, ainda mais, como ídolo das crianças e adolescentes e se tornar a menina dos olhos de Silvio Santos. A sequência de programas batia a Sessão da tarde em audiência.


Sua carreira deu uma guinada em 1996 quando ela assinou contrato com a Rede Globo. Sua estréia com Angel Mix, programa inicialmente com apenas meia hora de duração, era exibido após a TV Colosso, às 11h. A partir de janeiro de 1997 o programa ocupa toda a manhã da Rede Globo, entrando no ar das 8h30 às 11h30, quando começava "Caça Talentos". No início o Angel Mix era composto apenas por brincadeiras e gincanas entre as equipes Azul e Laranja, compostas por participantes da platéia, e musicais com artistas convidados.


Com a expansão do programa nas manhãs da emissora integraram outros quadros como o da sereia Serena e o polvo Zé Polvolho (já feito por Angélica no Clube da Criança da Tv Manchete), matérias externas onde a apresentadora brincava, conversava, praticava esportes e se divertia com várias crianças, entrevistas com celebridades no palco do programa e ainda por desenhos. Angélica contava com auxilio das quatro "Angels" — Micheli Machado, Juliana Silveira, Geovanna Tominaga e Mirella Tronkos — e mais dois "angelicos" — Caio César Bonafé e Daniel Florenzano.


CONJUNTOS MUSICAIS INFANTIS


Os anos de 1982 a 1990, foram propícios para lançamentos de bandas infantis que conquistaram as crianças brasileiras daquela época. Conjuntos musicais como “A Turma do Balão Mágico, Trem da Alegria e Os Abelhudos, produziram musicas de sucessos que caíram nas paradas de sucessos e agradaram a preferência popular, criando modismo e causando admiração.


XOU DA XUXA


Maria da Graça Meneghel mais conhecida por "Xuxa" começou sua carreira como modelo manequim. A extinta Rede Manchete foi a primeira emissora de TV que a loura trabalhou, ela apresentou o Clube da Criança e teve oportunidade de gravar participações especiais nos discos do grupo Trem da Alegria.


O sucesso não demorou a chegar e a Rede Globo levou Xuxa para animar as manhãs dos baixinhos transformando a ex- modelo na Rainha dos baixinhos.


Por causa deste programa, Xuxa Meneghel tornou-se um dos maiores fenômenos de comunicação da TV brasiliera, ganhando com isso prestígio internacional. Advinda da Manchete, foi convidada por Boni para comandar um programa para as crianças. Aceitaria com uma condição: queria o seu nome no título. Aceito, a loira desceu pela primeira vez da nave no dia 30 de junho de 1986.


Sempre de saia, shorts ou top, encantava também os adultos com os seus 1,77m e olhos azuis, além de virar um ícone da TV brasileira, em relação a programas infantis. Xuxa, não só conquistou as crianças do Brasil, como também, as de outros países.


Durante os sete anos do programa, Xuxa vendeu milhões de discos, brinquedos e produtos em geral. Atuou em filmes de “Os Trapalhões” até lançar seus próprios longa-metragem, que foram campeões de bilheterias. Lançou moda, como as xuxinhas para cabelos e as botas de cano alto, além de emplacar vários hits musicais, como “Ilariê”, “Lua de Crista”l e “Doce Mel”.


Xuxa também era copiada pelos outros canais de TV. Por causa de suas Paquitas, todos os outros programas do gênero adotaram meninas. O mesmo aconteceu com os seus Paquitos. E se a loira chegava toda saltitante em sua nave, outras apareciam de balão ou trem. Ainda hoje a apresentadora insiste no formato infantil em seus trabalhos, obtendo grande sucesso de venda com os seus produtos e DVDs.


As Paquitas foram as ajudantes de palco dos programas de televisão da apresentadora brasileira Xuxa Meneghel, que a acompanharam nas apresentações por todo o Brasil e também no exterior. Sempre estiveram sob comando da diretora e empresária Marlene Mattos. A entrada começava na pre-adolescencia por volta dos 9 aos 15 anos e a despedida vinha no início da vida adulta nos 17 aos 20 anos. Loiras ou Morenas e de pompons nas mãos as Paquitas suavam a camisa para criar a magia dos programas semanais da rainha Xuxa.

A história das Paquitas começou na TV Manchete, quando Xuxa ainda apresentava o programa Clube da Criança. Em uma viagem para Nova Iorque, Xuxa conheceu um papagaio chamado Paquito e se "apaixonou" por ele. Quando voltou para o Brasil, não conseguia tirar aquele papagaio da cabeça e um boneco de papagaio foi criado e chamado de Paquito. Como Xuxa não conseguia dar conta de todas as crianças sozinha, Marlene colocou uma ajudante de palco no programa, a Andrea Veiga, que, no
programa, "namorava" o papagaio, foi chamada de Paquita. Na mesma época, ainda na Manchete, uma segunda assistente foi escolhida. Ela se chamava Heloísa, de paradeiro desconhecido atualmente. Na TV Globo, Heloísa foi substituída por Andréia Faria (Xiquita Sorvetão) e depois veio Louise Wischermann (Pituxa Alemã). Com isso, em 1986, Marlene resolveu contratar mais meninas como ajudantes de palco. Foi quando entrou Ana Paula Guimarães (Catuxa).

Em 1987, o nome Paquita já era considerado uma profissão e o sonho de muitas meninas. Nessa época surgiu a "paquita mirim" Miúxa, a Monique. Em 1987 Marlene resolveu contratar substitutas para as paquitas maiores (Paquita, Xiquita, Pituxa e Catuxa) Assim, entrou para o grupo Roberta Cipriani (Xiquitita Surfista) e pouco depois Tatiana Maranhão (Paquitita Loura) e Priscilla Couto (Catuxita Top Model). No ano seguinte Andréa Veiga deixa o grupo e a última substituta entra para a turma: Anna Paula Almeida (Pituxita Bonequinha).


Em 1989 Ana Paula Guimarães e Louise Wischermann se despedem do grupo e do Xou da Xuxa. Marlene precisava encontrar novas meninas para os cargos de Paquita, Pituxa e Catuxa. Entram no grupo Letícia Spiller (Pituxa Pastel) e, pouco tempo depois, Cátia Paganotte (Miuxa Bruxa). Cátia não foi chamada de Paquita (e sim de Miuxa), pois como todas já eram consideradas Paquitas ela resolveu trocar o apelido. Nesse mesmo ano, as meninas cantaram pela primeira vez a música Fada Madrinha (É Tão Bom), no Xou da Xuxa Especial 3 anos. Com o grupo formado por sete paquitas (Paquitita, Pituxa, Pituxita, Catuxita, Xiquita, Xiquitita e Miuxa) lançaram seu primeiro álbum, que foi um grande sucesso em todo o Brasil. Além da música 'Fada Madrinha', outros sucessos como Alegres Paquitas, Um Ano Sem Você e Playback também caíram no gosto do público. O álbum atingiu a vendagem de 800 mil cópias e as meninas conquistaram o disco de platina triplo. No final de 1989, ainda divulgando as músicas do primeiro álbum, surge uma novidade. Foi feito um concurso para contratar a primeira paquita paulista. A vencedora foi Juliana Baroni (Catuxa Jujuba).

Em 1989, Andréia Faria deixa o grupo e em 1990 entra no lugar de Andréia a paquita Bianca Rinaldi (Xiquita Bibi) e as paquitas estreiam seu primeiro e único filme no cinema juntamente com os paquitos: Sonho de Verão, na época o filme foi sucesso de bilheteria. No mesmo ano, Tatiana Maranhão também sai do grupo e no seu lugar entra Flávia Fernandes (Paquitita Pluft). Nesse ano as Paquitas também participaram do filme Lua de Cristal.


Em 1991, gravam o segundo álbum. Lançaram alguns sucessos como Trocando Energia, Auê, Batatinha Frita, Mangas de Fora e Sonho de Verão, que foi tema do filme Sonho de Verão. Nesse mesmo ano, Ana Paula Guimarães voltou a trabalhar com Xuxa nos programas internacionais e nacionais com o apelido de Catú, porque já havia a Catuxa Jujuba Juliana. Em 1992 Leticia Spiller deixa o grupo e acaba o programa Xou da Xuxa, mas as meninas continuam trabalhando como Paquitas. Em 1993, as Paquitas gravam a música Eu não largo o osso, tema de abertura do programa infantil TV Colosso.

Marlene decidiu renovar o grupo das Paquitas, pois elas já atingiam idades entre 17 e 20 anos e não tinham mais a mesma idade do grande público da Xuxa. Em março de 1995, Anna Paula, Ana Paula Catú, Cátia Paganote, Flávia Fernandes, Priscilla Couto, Bianca Rinaldi, Roberta Cipriani e Juliana Baroni deram lugar a uma nova geração de paquitas.

Já no Xuxa Park, ainda em 1995, a terceira geração é coroada e foi chamada de Paquitas New Generation. Caren, Graziella, Diane, Andrezza, Giselle, Vanessa e Bárbara ganharam apelidos mais "modernos", pois Marlene queria que Xuxa, além de conquistar novos baixinhos, continuasse acompanhando seus baixinhos dos anos 80. Os apelidos eram dados conforme seu porte físico e nomes: Caren era a Chaveirinho (por ser baixinha), Graziella Schmitt era Grazi (ou Modelão), Diane Dantas virou Pupila (ou Lady Di), Andrezza Cruz foi Dezza, Giselle Delaia foi Miss Queimados (ou simplesmente Gi), Vanessa Amaral virou Flashdance e Bárbara Borges virou Babu. Ainda em 1995, lançaram seu primeiro álbum, com o grande sucesso Paquitas Nova Geração. Seus uniformes também se modernizaram. Continuaram com a fardinha no Xuxa Park e usavam roupas colegiais no Xuxa Hits e, mais tarde, roupas variadas no Planeta Xuxa.


Em 1997, gravaram seu segundo álbum. Essa geração lançou sucessos como Telefone Toca, Mar de Rosas, Não se Reprima, Planeta Dance e chegaram até a regravar o clássico Fada Madrinha. Em 1998, Diane deixa o grupo e em 1999, Bárbara também sai para seguir na carreira de atriz. Ainda no mesmo ano, Marlene resolve mais uma vez renovar o grupo abrindo um novo concurso para meninas de todo o Brasil. A quarta geração (Geração 2000) foi composta por Monique Alfradique, Thalita Ribeiro (Thata Bonequinha), Stephanie Gulin, Daiane Almeida (Docinho), Gabriela Ferreira (Paquita Perua), Lana Rodes, Joana Mineiro e Letícia Barros. Com a vontade de Xuxa em trabalhar somente para crianças, esse foi o grupo que mais se assemelhou à geração dos anos 80. Não chegaram a lançar nenhum álbum, mas cantaram sucessos como O Sonho Continua, Em todo lugar, Momento Mágico, Amigo Velho e Pelo Interfone. As meninas entraram em outubro de 1999 e, no começo ficavam apenas no programa Xuxa Park. Tempos depois, marcaram presença no Planeta Xuxa, Planeta Verão e Jogos de Verão. E também dos filmes Xuxa Requebra, PopStar, Xuxa e os Duendes 1 e 2.

Em julho de 2002, o grupo Paquitas foi extinto, após o fim do Planeta Xuxa.



Os paquitos foram a versão masculina do grupo paquitas.

Com o sucesso do grupo das paquitas, a produção do Xou da Xuxa teve a idéia de criar a versão masculina do grupo. Surgiam assim os paquitos. Inicialmente, Robson, Cláudio, Marcelo e Alexandre. O grupo ajudava a Rainha a descer da nave e era responsável por levar o "Café da manhã do xou", e manter as crianças em ordem enquanto as paquitas cantavam. Os paquitos usavam roupas formais (terno e gravata), e raramente usavam a famosa "fardinha". Quando cantavam ou em seus shows usavam uma roupa especial. Depois de pouco tempo da chegada dos paquitos, um novo paquito foi contratado. Seu nome: Egon Junior, o Gigio. Bonitos, jovens e eficientes, os paquitos foram cobiçados por milhões de garotas da época. Por volta da década de 90, o paquito Robson Barros (Rob) saiu do grupo para trabalhar com seu pai em sua terra natal. Àquele tempo, o grupo era formado por Cláudio, Egon, Alexandre e Marcelo. Para substituir Rob foi contratado o paquito Yuri ou Catuxito.


Com o fim do Xou da Xuxa, e a saída das paquitas da segunda geração, os paquitos se despediram de Xuxa e dos baixinhos. Robson continou com seu pai, Cláudio seguiu a carreira de ator e Marcelo a de ator, modelo, cantor e músico. Alexandre (Xandi) tornou-se evangélico e missionário. Egon e Yuri saíram da mídia, não existindo cobertura da imprensa sobre ambos.

Para substituir os paquitos foi contratado o grupo "You Can Dance".



SHOW MARAVILHA


Alheia as loiras da TV, Mara Maravilha tomou a frente do seu programa em 1987 e foi a única apresentadora morena dos shows infantis. Possuía um estilo irreverente e uma alegria única. No entanto, a fórmula do seu show era a mesma do global “Xou da Xuxa”.


Dona de uma voz marcante, a morena embalava as crianças com sucessos como “Liga pra Mim”, “Curumim” e “Foi assim”.


O programa estreou em 6 de abril de 1987, tendo o mesmo formato dos programas infantis com auditório, que na época faziam grande sucesso. A apresentadora Mara Maravilha comandava brincadeiras com o auditório, recebia convidados e atrações musicais, cantava suas próprias canções e apresentava suas coreografias e anunciava a exibição de videoclipes e desenhos animados.


O diferencial do programa estava em ter uma apresentadora morena, com características tipicamente brasileiras e nordestinas, enquanto os outros programas infantis tinham apresentadoras loiras.


De tempos em tempos, o programa passava por reformulações, ganhando novo cenário e abertura, assim como novos quadros e desenhos. O horário de exibição também passou por várias mudanças, sendo a maior delas a que transferiu-o das tardes para as manhãs, passando a concorrer diretamente com o Xou da Xuxa.


Embora poucos saibam, Mara foi pioneira no comando de programas infantis com auditório. Ainda antes de Xuxa se transformar em febre das crianças, Mara já havia comandado o Clube do Mickey e outras atrações infantis na televisão local da Bahia. O Show Maravilha ficou no ar até 28 de fevereiro de 1994, quando a apresentadora resolveu deixar o SBT e partir para a carreira internacional, passando a comandar o Show Mara Maravilla na Argentina. Em 1996, ela voltaria a comandar programas infantis no Brasil, agora na Rede Record, onde apresentou o Mara Maravilha Show e o Mundo Maravilha.


Do Ré Mi Fá Sol Lá SI


O matutino do SBT teve duas fases distintas. A primeira foi em 1988 com a cantora Simony. Após o grande sucesso no Balão Mágico, fazer dupla com Jairzinho e apresentar a “Nave da Fantasia”, na Rede Manchete, a então adolescente ganhou o seu programa no SBT, “Do Re Mi Fá Sol Lá Simony.


Com ela, outros personagens criados por Elifas Andreatto faziam a alegria da criançada, entre eles o palhaço Gargalhada, a fada Cores Cordélia e o Professor Osório. Após um ano, Simony ganhou um outro programa, o Show da Simony.


Com isso, Elifas Andreato selecionou entre diversas meninas a nova apresentadora: Mariane, escolhida por ser uma excelente cantora. Aos 16 anos, assumiu o programa que passou a se chamar “Dó Ré Mi Fá Sol Lá Si com Mariane”. Ao invés de baixinhos e baixinhas, a loira costumava chamar as crianças de bambinos e bambinas. Uma das marcas da apresentadora é que ela sempre dava ênfase a discursos ecológicos. Em 1990 o show acabou e o horário foi passado para Eliana.


ORADUKAPETA


Sérgio Mallandro se destacou entre as apresentadoras infantis, como Xuxa, Angélica e Mara, na época, chegando a concorrer com o “Xou da Xuxa” nas manhãs diárias do SBT. Bordões, como “chuchu beleza” e “vem meu glu-glu”, fizeram parte do apresentador, não podemos nos esquecer do “Olha o avião. Abaixa, abaixa!”, fazendo com que todas as crianças se jogassem no chão. No entanto, a maior lembrança que temos da época é o quadro “A porta dos Desesperados”. Nele, o apresentador escolhia na platéia alguém que tinha de optar entre quatro portas. Antes disso, era preciso mostrar muito desespero: de gritos e pulos, até ilustrar uma fuga imaginária de ferozes tubarões.

Em uma das portas, a felicidade: brinquedos e bicicleta. Nas outras três, desagradáveis surpresas: monstros que saiam correndo atrás da criança, geralmente muito assustada. O programa terminou em 1990, quando o apresentador aceitou uma proposta da Rede Globo.



TV CRIANÇA


Ainda nos anos de 1990, os garotos Bruno, Kanyla, Tiago e Daniela, apresentavam o infantil “TV Criança”, nas tardes de segunda a sexta na Band. O programa tinha desenhos animados, sorteios e o quarteto chegou a lançar um LP com musicas para crianças.


REVISTINHA


Foi um programa exibido pela TV Cultura e apresentado por Ney Piacentini e Luciene Adami, já na segunda fase do programa foi apresentado por Nico Puig, Daniela Barbieri e Ariel Borghi.


O programa tinha vários sorteios de livros e as cartinhas ficavam dentro de um vidro quadrado.



FESTOLANDIA


Festolândia era um programa infantil transmitido pelo SBT. Estreou nas manhãs em 19 de agosto de 1991, apresentado pela Eliana, o programa tinha como cenário um castelo e ainda tinha muitos desenhos. Em 1992 o programa foi extinto, pois Eliana passara a apresentar a Sessão Desenho. O Festolândia voltou ao ar em 1999, na faixa das 11 da manhã, entrando no ar sempre logo após o programa Bom Dia & Cia, na época apresentado pela Jackeline Petkovic. Desde então só apresentadando desenhos. Em 2003, aos sábados, o programa começava após o Sábado Animado, ás 11h30 apresentando desenhos da Disney. O programa foi se ajustando nos horários e em 2005 era apresentado ao meio dia e quarenta e cinco, exibindo cada dia um desenho diferente, como Samurai Jack e outros. A última exibição do programa foi em 12 de agosto de 2005, o horário foi ocupado pelo seriado mexicano Chaves.


BOM DIA & CIA


O Bom Dia & Cia estreou no dia 2 de agosto de 1993, às 9h15 da manhã, sob o comando da apresentadora Eliana, cujo o último trabalho na TV havia sido a "Sessão Desenho", também no SBT. Eliana contava com o Flitz, um computador. O programa a princípio, tinha como cenário uma casa, e seu formato era educativo. No ano seguinte, com um pequeno aumento no cenário, Eliana passa também a ter a companhia de Melocotom. No ano seguinte o programa passou a contar também com Bizuca, uma minhoca que somente a Eliana entendia o que falava, e Recicléia, uma boneca reciclada. Em abril de 1997 o programa passou a se chamar "Eliana & Cia".


Passado quase um ano, a Rede Record demonstra interesse pela apresentadora e Eliana descobre que Silvio Santos queria que ela apresentasse o programa com Jackeline Petkovic. Eliana por sua vez não gostou da ideia e em setembro de 1998 deixa o SBT e assina contrato com a Rede Record.


O último Eliana & Cia. foi ao ar dia 18 de setembro de 1998, e terminou como se nada estivesse acontecendo.


COMETA ALEGRIA E DUDA ALEGRIA


A década de 80 ficou marcada, entre outros fatos importantes, pela passagem do Cometa Halley pela Terra, principalmente as crianças ficaram agitadas com a possibilidade de ver o astro. Os veículos de comunicação exploraram a imagem de sucesso do cometa para vender produtos ligados a ele e uma verdadeira invasão de objetos do espaço aconteceu no mundo infantil, o programa Balão Mágico da Rede Globo ganhou um personagem baseado no cometa e a Rede Manchete dois anos depois ganhou o Cometa Alegria. Apresentado por Cinthia Raquel (a Biba de Castelo Rá-Tim-Bum) com apenas 8 anos estreando na televisão e por Patrick Oliveira com 7 anos, o Cometa Alegria era ambientado em um planeta com objetos exóticos sem auditório de onde as crianças, vestindo roupas futuristas e coloridas anunciavam a "próxima aventura". O modelito do cabelo de Patrick baseado em Chitãozinho e Xororó e os trejeitos de Cinthia Raquel logo conquistaram as crianças de todo o país.


ATCHIN E ESPIRRO


Eles apresentaram um programa chamado "Brincando na Paulista" que foi transmitida pela tv gazeta na década de 80, e depois outro programa chamado "Circo da Alegria" pela tv Bandeirantes. Além disso lançaram LPS e muitas de suas músicas fizeram sucesso como: A dança do elefantinho, King Kong, o Circo da Alegria.


CASTELO RÁ-TIM-BUM


Castelo Rá-Tim-Bum é um programa infantil de televisão brasileiro produzido e transmitido pela TV Cultura, e pela Rede Pública de Televisão. Voltado para o público infanto-juvenil e seguindo uma abordagem pedagógica, o programa estreou no dia 9 de maio de 1994 até deixar de ser produzido em 1997.


Parcialmente inspirado no também educativo Rá-Tim-Bum, deu origem a uma franquia televisiva, da qual também faz parte Ilha Rá-Tim-Bum. Castelo Rá-Tim-Bum é uma criação do dramaturgo Flávio de Souza e do diretor Cao Hamburger, com roteiros de Dionisio Jacob (Tacus), Cláudia Dalla Verde, Anna Muylaert, entre outros.


Ilha Rá-Tim-Bum é um seriado criado por Flávio de Souza em 2001 e indo ao ar até 2004, produzido pela TV Cultura, atualmente exibido pelo canal por assinatura TV Rá-Tim-Bum e dirigido por Fernando Gomes e Maísa Zakzuk.


TV COLOSSO


A estréia foi em 1993. Um programa utilizando bonecos manipulados manual ou eletronicamente. Passado numa emissora de TV, os cachorrinhos vivem a correria diária de colocar a programação no ar. São tipos como a produtora Priscilla; o operador, Borges, um bulldog que é o diretor de imagem e fica apertando os botões para chamar os desenhos – que complementam a TV Colosso.


Outros personagens que se destacaram no programa: Walter Gate, apresentador do jornal, a cadelinha do tempo, o diretor da TV e o Capachildo seu assistente. Sem falar nas pulgas que ficam agitando dentro dos circuitos eletrônicos, que formam o Mega-Trio. A TV Colosso apresentava o noticiário Jornal Colosso; o Clip-cão, com números musicais; a novela mexicana Pedigree, o seriado, As Aventuras do Super-Cão, e as Olimpíadas de Cachorro.


GENTE INOCENTE


Gente Inocente foi um programa infantil exibido nas tardes de domingo, na Rede Globo, comandado pelo apresentador e ator Márcio Garcia. Permaneceu no ar de 1999 até 2002.

A direção do programa passou pelas mãos de Cininha de Paula, Paulo Ghelli, Marco Rodrigo, dentre outros. A cada domingo, um artista (em geral cantores e atores) era convidado a ser entrevistado por Márcio e crianças do elenco fixo (bancada). Os artistas convidados eram também homenageados com esquetes (em que participavam as crianças da bancada e outros atores mirins contratados) e números musicais (executados por cantores mirins contratados juntamente a um grupo de balé infantil).

Foi destaque do programa o quadro "Cantando no Chuveiro", em que jovens talentos tinham a oportunidade de mostrar ao Brasil seus dons musicais, sendo julgados por cantores, atores, músicos, diretores e produtores musicais, enquanto os pais ficavam embaixo de um chuveiro cenográfico. Caso a criança fosse mal em sua apresentação, os pais recebiam uma "chuveirada". Uma das cantoras reveladas no quadro foi Juliana Vasconcelos, que, anos depois, tornar-se-ia a cantora e dubladora Jullie.



SITIO DO PICAPAU AMARELO (VERSÃO 2000)


Em julho de 2000, a Rede Globo assinou um contrato de 10 anos com os herdeiros de Monteiro Lobato, para produzir uma nova adaptação para a televisão, das histórias do Sítio do Picapau Amarelo, e no dia 12 de outubro de 2001, passou a exibi-la. O programa começou sendo exibido dentro da TV Globinho, mas depois ganhou seu próprio horário na grade de programação da Globo.


Nesta versão, a boneca Emília, foi interpretada por uma criança, a atriz mirim Isabelle Drummond, que posteriormente foi substituida pela atriz Tatyane Goulart


SÁBADO ANIMADO


A pequena Maisa, apresentadora do programa infantil “Sábado Animado” no SBT. Nasceu em 22/05/2002 e sempre foi precoce. Começou na TV aos 3 anos, quando pediu aos pais, como presente de aniversário, para conhecer o apresentador Raul Gil.


O que era para ser uma visita rápida virou um trabalho. Maisa, que sempre gostou de dançar e cantar diante do espelho de casa, transformou-se em uma artista de TV.


No programa de Raul Gil, começou dublando sucessos do grupo Rouge, de Ivete Sangalo e de Wanessa Camargo. Em seguida, passou a cantar de verdade. E depois ocupou o posto de secretária de palco do quadro infantil da atração. Logo a menina inteligente, conquistou a simpatia e admiração de Silvio Santos, que depressa a contratou para apresentar um programa infantil no SBT.


BOM DIA & CIA (ATUAL)


“Bom Dia & Cia” é um programa matinal juvenil brasileiro que vai ao ar pelo SBT de segunda a sexta-feira das 8h45 da manhã às 12h00, apresentado por Priscilla Alcântara, Yudi Tamashiro e Maísa Silva.

O programa passou por várias reformas desde a sua estreia em 1993, chegando a ter Eliana como apresentadora, em inicio de carreira e que também conquistou a admiração das crianças brasileiras. Atualmente o programa da prêmios a participantes que vencem ou empatam nas brincadeiras, por telefone.


Priscila e Yudi participaram do programa Código Fama Internacional, apresentado por Celso Portiolli. Priscila foi a grande vencedora desta maratona musical no Brasil e representou o país na competição que foi realizada no México, ficando em 4º lugar.


TV GLOBINHO


Inicialmente, o programa substituiu o infantil Angel Mix, apresentado por Angélica em 1996. O programa tinha a função de estabelecer conexão entre os desenhos animados exibidos dentro da programação Férias Animadas.

A partir de janeiro de 2002, tornou-se um programa independente e, em seguida, passou a ser exibido também aos sábados, substituindo o Festival de Desenhos, programa apresentado por Déborah Secco e Graziella Schmitt.

Entre 2005 e 2007, o programa passou a ser exibido somente aos sábados e em janeiro de 2008 voltou a ser diário, exibido de segunda a sexta-feira, às 9h30, e aos sábados, às 8h com apresentação de Geovanna Tominaga.

A TV Globinho exibe os mais antigos desenhos animados com exceção de alguns distribuídos estrategicamente para nivelar a audiência, alternando títulos e mostrando super heróis, personagens ingênuos aos fúteis e ídolos estereotipados no imaginário americano-cultural dos brasileiros. Stuart Little, Jimmy Neutron, Lilo & Stitch, Kim Possible, Três Espiãs Demais, Os Padrinhos Mágicos, Caverna do Dragão, Yo-Gi-Oh, Bob Esponja, As Aventuras de Jackie Chan, Power Rangers, Digimon, Dragonball Z, Action Man, Luluzinha, X-Men e Homem Aranha são algumas das atrações que já passaram pela TV Globinho.

A partir de abril de 2009 duplas se revezam na apresentação do programa: Bernardo Mendes, Bruno Pereira, Elida Muniz, Fabricio Santiago, Flavia Rubim, Gustavo Leão, Ícaro Silva, Ivo Filho, Marco Antonio Gimenez, Mariah Rocha, Marina Ruy Barbosa, Milena Toscano, Rafael Almeida e Yana Sardenberg.


Atualmente o programa é apresentado pela dupla Flavia Rubim e Paulo Mathias Jr.


Durante as décadas de 1970 e 1980, a Rede Globo produziu especiais infantis, que viraram grandes clássicos da TV brasileira. Vamos rever alguns:

PIRLIMPIMPIM


Pirlimpimpim foi um especial exibido pela Rede Globo em 1982 para comemoração aos 100 anos de Monteiro Lobato e para promover o LP "Pirlimpimpim", lançado pela Som Livre com os temas dos personagens da série Sítio do Pica-Pau Amarelo, que foram interpretados pelos cantores abaixo listados. Antes disso, foi também o nome de um programa veiculado na TVE do Rio de Janeiro, apresentado, entre outros, por Daniel Azulay.


Esse especial foi dirigido por Paulo Netto e Augusto Cesar Vanucci. Recentemente, esse mesmo LP foi relançado em CD no ano de 2006 através da recuperação e remasterização dos Masters originais dos arquivos da gravadora Som Livre pela reedição por Charles Gavin (baterista do Titãs) através do projeto "Masters Trilhas".


Elenco
Aretha
Ângela Ro Ro- Cuca
Baby Consuelo- Emília
Bebel Gilberto- Narizinho
Dona Ivone Lara- Tia Nastácia
Fábio Júnior- Príncipe
Jorge Ben- Saci
Lucinha Lins- Rapunzel
Moraes Moreira- Visconde de Sabugosa
Ricardo Graça Mello- Pedrinho
Zé Ramalho- Profeta
Zilka Zallaberry- Dona Benta
Nelson Camargo- Monteiro Lobato


PIRLIMPIMPIM 2


Pirlimpimpim 2 é a continuação do especial de mesmo nome exibido pela Rede Globo em 1982, para promover o LP "Pirlimpimpim", com os temas dos personagens da série Sítio do Pica-Pau Amarelo. Foi dirigido por Paulo Netto e Augusto Cesar Vanucci.

Elenco
Guilherme Arantes
Nelson Camargo- Monteiro Lobato
Chaguinha
Baby Consuelo- Emília
Mariana Couto
Sandra de Sá
Genivaldo dos Santos- Saci Pererê
Gretchen
Marinela Gaça Mello- Narizinho
Ricardo Graça Mello
Herbert Richers Jr- Visconde de Sabugosa
Cacá Silveira- Besouro
Gabriel Vanucci- Pedrinho


PLUNCT, PLACT, ZUUUM


Plunct, Plact, Zuuum foi um programa especial infantil exibido na Rede Globo em 1983, escrito por Wilson Rocha e dirigido por Augusto César Vanucci, e o primeiro de uma série de musicais infantis que a Globo apresentou no mesmo ano, seguindo a tradição dos programas premiados que deram origem ao projeto: Vinícius para Criança: A Arca de Noé, A Arca de Noé 2 e Pirlimpimpim. O programa foi um resultado de uma criação coletiva.


Proibidos de fazer as coisas que amavam, as crianças Aretha, Bruno Netto, Fabiano Vannucci, Marinela Graça Mello e Paulo Vignolo planejam se mandar. Eles encontram um titereiro que passa a lhes contar histórias. Assistem então à chegada de um Ovni, montado com lixo e tesouro. Assim, começa a aventura da turma, com o apoio de um estranho ser que viaja dentro de um carrinho de bebê. No caminho, as crianças conhecem um burocrata que exige os documentos da nave, o Planeta Doce e o Planeta Formigueiro.

Usaram-se recursos como o chromakey (recurso que permite que a imagem gravada por uma câmera possa se incluir em outra, criando-se impressão de primeiro plano e fundo), que simulava os personagens flutuantes. Stil criou os efeitos visuais de alguns quadros e balés de bonecos. Objetos surgiam entre atores e músicos em cenários sexy.

Raul Seixas compôs e cantou o hit "O Carimbador Maluco". Sérgio Sá criou o tema da "Gruta das Formigas". Já Nelson Motta e Lulu Santos compuseram "Sereia", cantada por Fafá de Belém. O tema principal "Use a Imaginação" foi cantado por José Vasconcelos e pelo côro infantil.

O sucesso do especial rendeu a produção de um disco pela gravadora Som Livre, com sua trilha sonora. A escolha das músicas e dos intérpretes foi feita pelo diretor musical do programa Guto Graça Mello e Ezequiel Neves, os mesmos de Pirlimpimpim.

Elenco
Crianças: Aretha, Bruno Netto, Fabiano Vannucci, Marinela Graça Mello, Paulo Vignolo
Titereiro: José Vasconcelos
Burocrata: Raul Seixas
Mestre-cuca e rei: Jô Soares
Sereia: Fafá de Belém
Mestre da matemática: Eduardo Dusek
Fada: Maria Bethânia


PLUNCT, PLACT, ZUUUM 2


Plunct, Plact, Zuuum... 2 é a continuação do famoso especial de televisão Plunct, Plact, Zuuum, produzida e exibida pela Rede Globo em 1984.

O elenco do programa original, composto por Aretha, Fabiano Vannucci, Marinela Graça Mello, Paulo Vignolo, Gabriel Vannucci, Alessandra Lacet e Bruno Netto, conduz a continuação ao lado dos bonecos de Luiz Ferré e Roberto Dornelles, que viriam a criar a matilha da TV Colosso, e de um balé infantil, acompanhando uma sucessão de fatos, geralmente ocorridos com famílias de pais separados. Todas as situações consideradas mais comums foram escolhidas por psicólogos que assessoraram a produção.



A ARCA DE NOÉ


Apresentado na faixa de programação Sexta super, Vinícius para criança teve direção geral de Augusto César Vannucci, direção de Ewaldo Ruy e produção de Marny Elwis.

O programa acabou conhecido pelo nome do disco infantil que serviu de inspiração para sua criação, A arca de Noé. O disco foi feito por Vinícius de Moraes pouco antes de sua morte, em 1980, e, para criá-lo, o poeta se baseou no livro homônimo que escreveu para seus filhos. O projeto de produzir o álbum, exclusivamente direcionado ao público infantil, era um sonho de Vinícius desde a década de 1970, mas somente se concretizou após sua morte, graças a Toquinho, Fernando Faro e Rogério Duprat, que produziram o álbum. Todas as músicas do disco são de autoria de Vinícius de Moraes, também responsável pela escolha dos cantores que as interpretam. No especial, permaneceram os mesmos arranjos e intérpretes das canções do LP – lançado pela gravadora Ariola no mesmo mês em que o programa foi ao ar.


Vinícius para criança apresentava diferentes quadros com os artistas interpretando as canções de Vinícius de Moraes. Cada quadro recebia um tratamento especial. Para garantir um clima de alegria e descontração ao programa, não foi preparado nenhum script em especial, apenas um roteiro de orientação das gravações, criado por Ronaldo Bôscoli.

As músicas, com arranjos do maestro Rogério Duprat, tiveram os seguintes intérpretes: A arca, Milton Nascimento e Chico Buarque de Hollanda; A porta, Fábio Jr.; A foca, Alceu Valença; A pulga, Bebel Gilberto; As abelhas, Moraes Moreira; O pato, MPB-4; São Francisco, Ney Matogrosso; O gato, Marina Lima; A casa, Boca Livre; Aula de piano, As Frenéticas e Martim Francisco; O relógio, Walter Franco; A corujinha, Elis Regina; e Menininha, Toquinho.


Ao final do programa, Aretha despede-se do “poetinha” e uma foto de Vinícius de Moraes aparece na tela, congelada. Ao fundo, ouve-se sua voz, declamando versos de Poética I: “De manhã escureço/ De dia tardo/ De tarde anoiteço/ De noite ardo./ A oeste a morte/ Contra quem vivo/ Do sul cativo/ O este é meu norte./ Outros que contem/ Passo por passo:/ Eu morro ontem/ Nasço amanhã/Ando onde há espaço: Meu tempo é quando”.

Aretha, filha da cantora Vanusa e do cantor Antonio Marcos, foi a apresentadora do programa. Com apenas seis anos de idade, a desenvoltura de Aretha foi outra agradável surpresa do infantil. Seu desempenho deu tão certo que ela apresentou A arca de Noé II, exibido pela TV Globo no ano seguinte, entre outras atrações infantis da emissora.



A ARCA DE NOÉ 2


A arca de Noé II teve roteiro de Ronaldo Bôscoli, direção geral de Augusto César Vannucci, direção de Ewaldo Ruy e produção de Nalygia Santos.

Depois do reconhecido sucesso do especial Vinícius para criança, realizado pela Rede
Globo no ano anterior, a emissora levou ao ar A arca de Noé II, musical inspirado no segundo disco do álbum A arca de Noé, produzido por Toquinho, Fernando Faro e Rogério Duprat.



O especial apresentava poemas de Vinícius de Moraes musicados por alguns de seus maiores amigos e parceiros. A apresentação de A arca de Noé II ficou a cargo da menina Aretha, que já havia conduzido o primeiro especial.

Com longas barbas e cabelos brancos, o bondoso Noé (Manfredo Colasantti) abria o programa. As músicas cantadas no especial foram: O leão, com Fagner; O pingüim, com Toquinho; O pintinho, com As frenéticas; A cachorrinha, com Tom Jobim; O girassol, com Jane Duboc; O ar (O vento), com Boca Livre; O peru, com Elba Ramalho; O porquinho, com Grande Otelo; A galinha-d’angola, com Ney Matogrosso; Os bichos e o homem, com Céu da boca; O filho que eu quero ter, com Paulinho da Viola; e A formiga, com Clara Nunes.



Fontes:

ARQUIVO MUNDO NOVELAS
REDE GLOBO
O MUNDO MÁGICO DE MONTEIRO LOBATO
WIKIPÉDIA
INFANTV
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