domingo, 13 de maio de 2012

As Mães Nas Novelas (CURIOSO)

Mãe, significado importante na vida que qualquer pessoa. Não poderia ser por menos também na ficção, principalmente na teledramaturgia brasileira, que tão bem criou inesquecíveis mães nas novelas, séries, minisséries e seriados.

É por isso que o CURIOSO de hoje, faz uma bela homenagem aqui no MUNDO NOVELAS, recordando algumas das mães que mais se destacaram nos folhetins.



Em 1977, Gilberto Braga trouxe a história de “Dona Xepa” para as seis da Globo. A novela foi uma adaptação da peça homônima de Pedro Bloch. A saudosa atriz Yara Cortes viveu brilhantemente o papel-título. Sua personagem era uma mãe determinada, corajosa e batalhadora, que trabalhava como feirante para cuidar dos filhos a quem desejava uma posição melhor na vida. Porém, os filhos de dona Xepa, começavam a desprezar a mãe à medida que iam conseguindo subir na vida.


Em 1991, foi realizado também pela Globo, uma adaptação de “Dona Xepa”. Dessa vez a novela se chamou “Lua Cheia de Amor” e foi exibida às 19h. Uma história cheia de humor, protagonizada por Marília Pera, que fez a supermãe. A nova versão da história de Pedro Bloch, foi adaptada por Ana Maria Moretszohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa, com supervisão de texto de Gilberto Braga. Os autores fizeram algumas mudanças no texto, criaram novos personagens, mas mantiveram a essência da novela.


Eva Todor viveu uma ex vedete que virava empresária de um famoso salão de beleza em “Locomotivas”. Novela do saudoso Cassiano Gabus Mendes, grande sucesso em 1977 na Globo. Kiki Blanche era seu nome. Um exemplo de alegria e mãe dedicada. Kiki Blanche (nome artístico de Maria Josefina Cabral), seu salão de beleza, sua filha Milena e os filhos adotivos - Paulo, Renata, Fernanda e a pequena Regina - conduzem a história de encontros, desencontros e namoricos.


Geraldo Vietri escreveu e dirigiu o sucesso “Vitoria Bonelli”, novela produzida pela extinta TV Tupi, nos anos de 1972 e 1973. A novela era protagonizada por Berta Zemmel. Vitória Bonelli era uma mulher firme, decidida e de grande personalidade. Por uma série de circunstâncias, fica enclausurada durante vinte anos em seu quarto, vivendo fora da realidade, num mundo particular. De repente, sai do seu refúgio para enfrentar um ambiente hostil, vivendo através dos problemas de seus quatro filhos Tiago (Toni Ramos), Mateus (Carlos Alberto Ricceli), Lucas (Flamínio Fávero) e Verônica (Annamaria Dias).

Vitória irá protegê-los usando toda a sua garra numa luta para vencer a depressão econômica que se abateu sobre a família.


Baseada no romance de Maria José Dupret, “Éramos Seis” narra a vida de Dona Lola, ao lado do marido Júlio e dos quatro filhos (Carlos, Alfredo, Isabel e Julinho) desde quando estes eram pequenos até a idade adulta, quando Dona Lola termina seus dias sozinha numa casa para idosos. A história transcorre todos os fatos marcantes de sua vida: a dura luta para criar os filhos; a morte do marido; a morte de Carlos, o filho mais velho, vítima na Revolução de 1932; os problemas com Alfredo, metido com movimentos políticos e badernas; a união precoce de Isabel com um homem bem mais velho e casado; o casamento de Julinho com uma moça da sociedade que culmina com a ida de Dona Lola para um asilo.

Entre tanto sofrimento, alguns momentos leves, como a amizade de Lola com a vizinha Genú, casada com Virgulino, e os passeios à casa de sua mãe, Dona Maria, no interior, onde moram suas duas irmãs, Clotilde e Olga, e sua tia doente, Candoca.

A versão do SBT em 1994, com Irene Ravache no papel de Dona Lola, é considerada a melhor novela da história da emissora, porém, já teve algumas outras versões como à produzida pela TV Tupi em 1977, com Nicette Bruno vivendo Dona Lola.


Impossível falar das mães da ficção e deixar de homenagear aquela corajosa e determinada, porém muito dramática: a italiana Bina, vivida brilhantemente pela saudosa Georgia Gomide em “Vereda Tropical”, novela de Carlos Lombardi, exibida às 19h na Globo entre os anos de 1984 e 1985. A personagem tinha uma sensualidade que despertava paixões, ao mesmo tempo que prevalecia uma imensa proteção e dedicação pelos filhos Luca (Mário Gomes), Francesco (Paulo Guarnieri), Angelina (Angelina Muniz) e Marcão (Paulo Betti). Claro que Bina se esforçava para esconder a preferência pelo filho Luca, que era jogador de futebol. Mesmo assim, ela foi uma grande e inesquecível mama!


E quando duas mães são obrigadas a unir suas vidas pelo mesmo filho? Que polemica, em! Assim foi o tema de “Barriga de Aluguel”, novela das seis escrita por Glória Perez entre os anos de 1990 e 1991 na Globo. A novela trouxe o drama de Clara (Claudia Abreu) e alugava sua barriga para gerar o filho de Ana (Cássia Kiss). Meses depois, Clara decidia não entregar a criança para Ana, depois que o bebe nascesse e assim começava uma grande batalha pela guarda do filho, envolvendo muita gente na história. Ao mesmo tempo, Clara e Ana, indiretamente iam descobrindo o verdadeiro sentimento materno e percebendo que elas estavam expondo uma vida, mesmo sabendo que aquela criança era muito importante em suas vidas. No final, uma certa trégua era selada entre as ansiosas mães que desejavam exclusividade com o mesmo filho.


Fernanda Montenegro era a autentica “Zazá”, uma milionária, moderna e revolucionária mãe apesar da idade, na novela escrita por Laura César Muniz em 1997. Zazá também era cheias de ideias, afirmando que era neta de Santos Dumont, o pai da aviação. Por isso, tinha um propósito, construir um avião atômico. Mãe de sete filhos, cujo os nomes eram em homenagem as sete notas musicais: Do era Dorival (Cécil Thiré), Re era Renata (Fafy Siqueira), Mi era Milton (Antõnio Calloni), Fa era Fabiana (Julia Lemmertz), So era Solano (Alexandre Borges ) e Si era Sissy (Racuel Ripani). Todos os filhos era motivo de preocupação para Zazá, que se empenhava em patrocinar o rumo nas vidas deles.


A Helena vivida por Regina Duarte na novela “Por Amor (1997/98)” de Manoel Carlos, exagerava na prova de amor pela filha Eduarda (Gabriela Duarte), chegando a contrariar regras. Helena e Eduarda engravidavam na mesma época e por ironia do destino também davam luz no mesmo dia. O filho de Eduarda nascia morto. Sabendo disso, Helena logo fazia um acordo com o médico César (Marcelo Serrado) para trocarem os bebes, antes que Eduarda soubesse da morte do filho. Por amor, Helena foi capaz de dá o próprio filho para não vê a filha sofrer. Uma questão que gerou polemica e envolveu outras pessoas como vítimas da história, entre elas, os pais Marcelo (Fábio Assunção) e Atílio (Antônio Fagundes). Este último mantinha um caso com Helena e era pai do suposto filho morto, que na verdade seria criado por Eduarda e Marcelo.


“Laços de Família (2000/01)” foi outra novela de Manoel Carlos que apresentava o sacrifício de uma mãe para comprovar todo amor por um filho. Helena (Vera Fischer) engravidava de Pedro (José Mayer) na intenção de gerar uma criança para salvar a vida de sua filha Camila (Carolina Dieckmann). Esta, por sua vez, descobria uma leucemia e precisava de um doador compatível de medula. Uma novela que envolveu alguns segredos dos personagens. Helena também abria mão de seu amor pelo jovem médico Edu (Reynaldo Gianecchini), para que o galã pudesse ficar com sua filha, depois que ambos se apaixonavam.


Maria do Carmo foi uma mãe guerreira em “Senhora do Destino (2004/05)”, novela de Aguinaldo Silva. A personagem vivida por Susana Vieira, representou muito bem a coragem, determinação, proteção e o amor de uma mãe pelos filhos. Retirante nordestina, vinda para o Rio, Do Carmo enfrentou a ditadura militar na década de 1960, foi presa e ainda teve a filha mais nova raptada pela vigarista Nazaré Tedesco (Renata Sorrah).


Com o passar do tempo tornou-se empresária e fez fortuna no Rio. Teve condições suficientes para educar e dá boa vida para os quatro filhos homens, mas nunca perdeu as esperanças ou deixou de procurar pela filha raptada. Ainda sobrava espaço para cuidar da empresa e da grande família que formara, com os filhos, noras, netos, amigos e parentes. Maria do Carmo era uma mulher com um grande coração, um exemplo de coragem e fé. Claro que com o passar do tempo, Do Carmo finalmente encontrava sua filha Isabel/Lindalva (Carolina Dieckmann). Um excelente desfecho para esta emocionante história.


“Amor Eterno Amor” de Elizabeth Jhin, comprova que amor de mãe, conseguir viver além tumulo. A história espírita mostrou a aflição de Verbana (Ana Lúcia Torre) em conseguir reencontrar o único filho Rodrigo (Gabriel Braga Nunes), raptado ainda criança. Muitos anos depois, Verbana finalmente consegue encontrar o filho, que agora é um homem e se chama Barão. Mas sua alegria em vida não dura muito, apenas o tempo de Verbana conseguir equilibrar a vida com o filho que não via desde muito criança. Ela acaba morrendo, embora se prepara na vida espiritual, para continuar amando e protegendo o filho que deixara na terra.


Prêmio mesmo merecia a Dona Nenê (Marieta Severo) de “A Grande Família”. Não é a toa que o seriado da Globo está há mais de dez anos no ar. Dona Nenê é uma supermãe dedicada. Ama o marido Lineu (Marcos Nanine), investe e sempre incentiva o filho Tuco (Lúcio Mauro Filho), sempre está ajudando a filha Bebel (Guta Stresser) e ainda segura à barra de Agostinho (Pedro Cardoso), seu genro malandro. Dona Nenê ainda é um exemplo de simpatia e a querida do bairro onde faz a política da boa vizinhança.

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