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domingo, 23 de março de 2014

DANCIN' DAYS (VAMOS RECORDAR)

“Dancin’ Days” é uma novela de Gilberto Braga com direção de Daniel Filho, Gonzaga Blota, Dennis Carvalho, Marcos Paulo e José Carlos Pieri. Direção geral de Daniel Filho. Produzida e exibida pela Rede Globo, às 20h, de 10 de julho de 1978 a 27 de janeiro de 1979 em 173 capítulos.

Apesar de ter como cenário principal o descontraído ambiente de uma discoteca, “Danci’ Days” não pode ser vista como uma história inconsequente. Pelo contrário, a novela mostra de maneira alegre e profunda, a briga de duas irmãs por uma posição na sociedade.

Sônia Braga estrelou a novela que se tornaria um dos grandes clássicos da teledramaturgia brasileira. A trama de Gilberto Braga ainda contou com nomes como Antônio Fagundes que vivia Cacá, o diplomata em crise que se envolve com Júlia, sem saber nem o nome da moça. Reginaldo Faria como Hélio, um playboy mulherengo e dono de discoteca. Cláudio Corrêa e Castro e Beatriz Segall que viviam Franklin e Celina, os pais de Cacá. José Lewgoy era Horácio, o marido de Yolanda. Mário Lago viveu Alberico Santos, um nostálgico que vivia do passado, cultuando a Copacabana dos anos 40. Yara Amaral interpretou a neurótica Áurea, em um trabalho memorável. Pepita Rodrigues e Mílton Moraes formavam o casal de namorados Carminha e Jofre.

Ouça músicas de "Dancin' Days", enquanto recorda a novela:
“Dancin’ Days” é uma crônica de costumes urbana centrada na rivalidade entre duas irmãs: a ex presidiária Júlia Matos (Sônia Braga) e a socialite Yolanda Pratini (Joana Fomm).

Em decorrência de uma juventude transviada, Julia vira mãe solteira e se mete com uma turma da pesada. Na companhia de amigos delinquentes, ela acaba se metendo numa fria. Acusada de atropelar e matar um guarda-noturno, Júlia é condenada a 22 anos de prisão. Depois de cumprir metade da pena, ela consegue liberdade condicional. A partir de então Júlia tem um único objetivo: encontrar Marisa (Glória Pires) e recuperar o tempo perdido. Ela tenta, de todas as formas, livrar-se do estigma de ex presidiária.

Ao sair da prisão, Júlia é uma mulher marcada pelo sofrimento e um pouco antissocial. Ela acha impossível que algum dia consiga despertar o amor de algum homem. E mesmo que tal coisa aconteça, ela tem certeza de que será rejeitada quando o interessado ficar sabendo de seu passado.

Seu primeiro desafio é reconquistar o amor da filha, Marisa. A menina foi criada por Yolanda que, com medo de perder a sobrinha, dificulta a aproximação entre mãe e filha.

Através de Jofre (Milton Moraes), amigo dos tempo da juventude, que é o primeiro a acolhe-la assim que sai da penitenciaria, Julia conhece Carminha (Pepita Rodrigues) e sua família. Ela aluga um quarto no apartamento de Carminha e esconde seu passado para não sofrer preconceito. Carminha e Jofre, são os únicos amigos que sabem que Júlia é uma ex presidiária.

Bom coração, sempre bem humorado, Jofre apresenta Júlia a sua noiva, Carminha (Pepita Rodrigues) e logo as duas viram grandes amigas. Carminha vive com a família, num apartamento em Copacabana e aluga um quarto pra Júlia.

E assim, Júlia fica conhecendo toda família, formada por Alberico (Mário Lago), um velho sonhador; sua compreensiva mulher, Esther (Lourdes Mayer); a empregada Marlene (Chica Xavier); o filho Paulo César (Júlio Luiz) e a sobrinha de Carminha, Verinha (Lídia Brondi), que logo se toma de amores pela ex presidiária. Foi como se Júlia tivesse sentido outra vez o gosto da vida. Agora era entrar na rotina, arrumar um emprego e se tornar gente descente para poder se apresentar à Marisa e dizer que é sua mãe.

É morando na casa de Carminha e sua família, que Júlia faz amizade com a esperta Verinha (Lídia Brondi), sobrinha de Carminha, e arma um plano para que Verinha se aproxime de Marisa e faça amizade na intenção de saber tudo o que acontece com a filha. Verinha fica sendo usada, indiretamente por Júlia, sem que perceba suas reias intenções, porém Júlia, mesmo a usando, admira muito a jovem.

Do lado de fora do presídio, Júlia (Sônia Braga) aperta os olhos num gesto comum de quem não está habituada a tanta claridade. Afinal, foram 11 anos de confinamento, 11 anos sem sol, 11 anos sem carinho. E pensa até que poderia ser pior. Ela estava condenada a 22 anos por atropelamento e morte de um desconhecido e só estava saindo da cadeia graças a liberdade condicional.

Em liberdade, Júlia só tinha mesmo a Marisa (Glória Pires), sua filha. Mas será que tinha mesmo? Como estaria Marisa? Ela não a via há muito tempo. Desde quando fora presa que a garota estava aos cuidados da sua irmã, Yolanda Pratini (Joana Fomm), mulher ambiciosa, fútil, casada com Horácio Pratini (José Lewgoy), muito mais por necessidade de ascensão social que por amor.

Procurada pela assistente social que lhe fala sobre a liberdade de Júlia, Yolanda, imediatamente arma um plano para tirá-la do caminho de Marisa, sem que o marido perceba. Na primeira licença de Júlia, Yolanda a espera no presídio, a trata com falsidade e tenta tirá-la de tempo, para que Júlia não encontre Marisa e revele que é sua mãe. Para levar Júlia no papo, Yolanda ainda é capaz de perguntar se a irmã deseja fazer alguma coisa, e Júlia pede para visitar Copacabana.

É na praia de Copacabana que Júlia rever o mar, depois de 11 anos confinada num presido. Deslumbrada, Júlia tira os sapatos e caminha na beira do mar, enquanto Yolanda observa a cena, próxima ao carro com chofer.

Alguns dias depois, com uma pequena mala nas mãos, Júlia ganha a liberdade e deixa a prisão. A sua espera, no lado de fora, está o amigo Jofre (Milton Moraes), que lhe dá o apoio de que ela necessita.

Yolanda entrega a Júlia, um cheque de 50 mil cruzeiros e pede para que ela não procure Marisa. Pelo menos enquanto não puder se apresentar com dignidade diante da filha. Yolanda exige que Júlia fique longe de Marisa e de sua casa, pois ela e os amigos não sabem que Júlia é uma criminosa.

Magoada com as humilhações de Yolanda, Júlia só se conforma quando descobre que Marisa está bem, bonita e tem tudo o que necessita. A fútil e interesseira mulher criou Marisa num mundo de mentiras, dizendo que sua mãe estava no exterior e nem se lembrava mais dela.

Hélio (Reginaldo Faria) é dono da loja de iluminação e som que faz as instalações da discoteca de Horácio (José Lewgoy). É um homem bonito e envolvente, amante de Yolanda (Joana Fomm). Amigo de juventude de Jofre (Milton Moraes), frequentou a mesma turma que Júlia (Sônia Braga), mas não a reconhece quando ela volta anos depois. Ao longo da trama, compra a discoteca de Horácio e a transforma num point da noite carioca – a Frenetic Dancin’ Days.

A depressão insiste em Júlia. Como é difícil de arranjar um trabalho, quando a ultima referencia que se tem é de ex presidiária. Coisa quase impossível numa sociedade burocratizada e repleta de documentos que exige isso, aquilo e mais além.

Os amigos até que fazem tudo que podem. Jofre faz uma tentativa com Hélio (Reginaldo Faria), pedindo uma vaga pra Júlia na sua casa de som, mas Hélio não topa a parada. Na verdade, ao conhecer Júlia, Hélio fica interessado é no físico dela. Mulherengo, ele não perde a chance de lhe dá uma cantada, mesmo levando um fora. Meio apavorada com os dias que correm, Júlia vive do dinheiro que lhe foi dado por Yolanda e sonha com Marisa, seu grande objetivo.

Hélio fica fascinado com Júlia e ela, Por sua vez, fica cheia de esperanças de que ela a ajude e lhe consiga um emprego. Mas não demora pra Júlia perceber as reais intenções de Hélio, que lhe convida para jantar, lhe leva em boates, mas, o que ela quer mesmo – um emprego – ele não oferece. Certo dia, Hélio pega pesado com Júlia e diz que jamais conseguirá um emprego pra ela, por sua condição de ex presidiária. É um choque pra Júlia.

A amizade com Vera Lúcia é uma das poucas coisas boas na vida de Júlia. As duas sempre conversam muito e Júlia fica sabendo que Verinha é amiga de Marisa. Através de Vera, ela fica conhecendo Marisa e, morrendo de medo, dá um nome falso: Cristina. E se torna amiga da filha.

No dia do aniversário de Marisa, Júlia fica com vontade de ir abraçá-la e contar toda verdade. Mas o medo é mais forte e ela resolve comprar um colar de pérolas e enviá-lo por outra pessoa. O colar vai com um cartão onde está escrito que se trata de um presente de Júlia. Assim que recebe o presente, e ver que se trata da mãe, Marisa fica confusa, num misto de emoções.

Ao descobrir o presente que Júlia deu pra Marisa, Yolanda se assusta e tenta colocar na cabeça da garota que a mãe a abandonou, que não liga para ela. A irmã de Júlia morre de medo de perder Marisa, ou que o nome de Júlia manche sua reputação, atingindo até os negócios do marido Horácio (José Lewgoy), que vai inaugurar uma nova discoteca: a 17.

Com o passar do tempo, Júlia conhece Marisa através de Verinha e sem contar nada pra Yolanda. Ela se faz passar por outra mulher e esconde toda verdade de Marisa. Júlia e Marisa também se tornam grandes amigas, a ponto de Júlia aconselha-la sempre que possível.

Assim, quando Marisa descobre que Júlia é sua mãe biológica e ainda por cima uma ex presidiária, sua atitude é de revolta e rejeição. A reação de Marisa só aumenta o desespero de Júlia que já tem outro sério problema: encontrar meios de sobreviver e ser aceita por uma sociedade que lhe é completamente hostil.

Em sua luta para se reintegrar à sociedade, Júlia conhece o diplomata Cacá (Antonio Fagundes) e os dois vivem um romance atribulado ao longo de toda a história. O primeiro encontro dos dois é quando Julia está em plena noite de Copacabana – deprimida por não ter coragem de ver sua filha – e ver Cacá atropelar um cão de rua. Ela reage desesperada e obriga Cacá levar o cão num veterinário. Através de um episódio desastroso, eles acabam se conhecendo melhor.

Carlos Eduardo Cardoso, o Cacá (Antonio Fagundes), não sabe bem o que quer da vida. Nunca soube.

Seu irmão, Beto (Lauro Corona), só tem um objetivo: curtir voo livre e, nas horas vagas, namorar Verinha (Lídia Brondi), a quem ele conheceu trabalhando na academia de ginástica de Ubirajara (Ary Fontoura).

Franklin (Claudio Correa e Castro), o pai, casou por interesse com Celina (Beatriz Segall) e o relacionamento dos dois sempre foi tumultuado, com trocas constantes de acusações.

Cacá é um diplomara sem vontades e sem convicções. Pressionado pela família, não tem coragem de romper os padrões familiares e fazer cinema, que é o que realmente tem vontade.

Cacá se arruma rápido, apressa Beto, nos ouvidos ainda guarda todas as palavras agressivas trocadas com os pais por causa de sua insatisfação com a diplomacia. O namorado de Verinha vai a festa de aniversário de Marisa e insiste com o irmão para ganhar uma carona. De saco cheio com as reclamações de Franklin e Celina, Cacá resolve levar Beto.

Júlia (Sônia Braga) deixa Vera na porta do prédio de Marisa e vai saindo quando um carro, à sua frente, atropela um cão. Desesperada, ela se abaixa e apanha o cãozinho ferido. Ainda contrariado, Cacá desce do carro, os dois discutem, mas acabam concordando em levar o cão a uma clínica veterinária. Na sala de espera, enquanto aguardam a decisão do médico, os dois se olham com um misto de raiva e curiosidade. Com muita raiva, Júlia lamenta o ocorrido e se compara ao cão.

Júlia e Cacá começam uma nova discussão. Júlia fica sem jeito ao acabar de falar. Tem a impressão de ter dito mais coisas que deveria. Indecisa, nervosa, dá as costas pra Cacá. Ele toca nos ombros dela e os dois ficam se olhando longamente. Logo um longo beijo surge entre os dois. E se soltam, sem nomes e sem destino, para o mergulho na noite desconhecida.

Júlia e Cacá não marcaram encontros. Mas voltaram a se encontrar. O destino sempre acha um jeito de reunir os dois. Mesmo que seja num lugar impossível, como no calçadão da Avenida Atlântica, em Copacabana. Uma voz chamando Júlia, o sorriso, os dois juntos, sem nomes, sem nada, apenas juntos.

Eles passam a noite se amando, sem que Júlia fale nada de sua vida. Como estragar tudo com histórias tristes? Mas nem precisava. Cacá e Júlia estão ligados, apaixonados, e pra ela esta é sua curta e profunda fonte de alegria. Ela continua afastada de Marisa, embora sua vontade de ver a filha, aumente a cada dia.

Precisando de dinheiro para viver e sem conseguir emprego, Júlia vai trabalhar como autônoma. Ela vira uma espécie de pedóloga, conquistando as amigas e muitas granfinas cariocas. Sua nova tarefa faz com que ela seja muito requisitada e comece a ganhar um bom dinheiro.

A amargurada Áurea (Yara Amaral) não tem absolutamente nada a ver com sua irmã Carminha (Pepita Rodrigues). Com ciúmes de Aníbal (Ivan Cândido), seu marido, ela cisma com a cara de Júlia (Sônia Braga) e sempre implica com a presença da moça na casa de sua família. As ofensas pioram quando ela descobre que Júlia é uma ex presidiária.

Está tudo pronto pra inauguração da discoteca 17. E o envolvimento progressivo das pessoas leva quase todo mundo a saber que Marisa (Glória Pires) é filha de Júlia (Sônia Braga). Mas Yolanda (Joana Fomm) não permite a aproximação da verdadeira mãe da garota. E ainda faz tudo pra afastar Verinha (Lídia Brondi) de Beto (Lauro Corona), porque ao descobrir que a família de Beto tem muito dinheiro, resolve incentivar o namoro do rapaz com sua sobrinha/enteada.

No dia da festa, está todo mundo na discoteca 17. Raul (Eduardo Tornaghi), jovem médico e sua namorada Inês (Sura Berditchevsky ), filha de Aníbal (Ivan Cândido) e Áurea (Yara Amaral), irmã de Carminha (Pepita Rodrigues). Os dois vivem o fim de um romance tumultuado e Inês conhece Cacá (Antonio Fagundes), por quem se apaixona.

Franklin (Claudio Correa e Castro) e Celina (Beatriz Segall) também brigam porque ele demonstra um excessivo interesse por Carminha. Na festa, Ubirajara (Ary Fontoura), dono da academia de ginástica onde trabalha Verinha (Lídia Brondi), se mostra muito interessado por Júlia (Sônia Braga), enquanto Carminha também rompe o seu noivado com Jofre (Milton Moraes).

Um telefonema importante coloca Júlia (Sônia Braga) em sobressalto, Marisa (Glória Pires) quer falar com ela sobre seus problemas com Yolanda (Joana Fomm) e revela que fugiu de casa. Angustiada, sem saber o que dizer, debatendo-se entre a vontade de assumir a filha com todos os grilos possíveis e a sua falta de condições para cuidar de Marisa, Júlia faz a única coisa que lhe parece sensata: manda Marisa voltar para a casa de Yolanda. E as coisas pioram para Júlia. Ela surpreende Cacá beijando Inês e sua depressão aumenta. Agora ela foge dele de todas as maneiras.

Júlia não vê com bons olhos a relação de Marisa com Beto (Lauro Corona). Não que ela não goste do rapaz e sim porque os dois são muito jovens pra se casar. Experiente, ela sabe que o casamento não dará certo e se enfurece ainda mais por saber que Yolanda é a maior interessada neste casamento, já que Beto é de família rica tradicional.Yolanda não gostava de Beto. Ela achava o rapaz um irresponsável. Mas, quando precisou ir na casa do rapaz, para passar a história a limpo e constatou que ele é filho do Dr Franklin, um dos maiores advogados do Rio de Janeiro e da socialite Celina (Beatriz Segall), imediatamente Yolanda Pratini mudou de ideia. Claro que ela ficou interessadíssima na possibilidade de casar Beto com Marisa.

Verinha era namorada de Beto, mas o romance dos dois não ia muito bem. Com intenção de tirar a garota do caminho, Yolanda logo arma um plano para que Marisa e Beto fiquem juntos e o romance com Verinha acabe.

Carminha (Pepita Rodrigues), na tentativa de resolver o problema de cheque sem fundos passado por Alberico (Mário Lago), procura Dr Franklin (Claudio Correa e Castro) em sua casa, levando Vera Lúcia (Lídia BrondI) com ela. Ali a menina conhece Beto (Lauro Corona), filho de Franklin e Celina (Beatriz Segall). Paquerador e desinibido, o rapaz logo começa a dar em cima de Verinha. O interesse de Beto por Verinha aumenta quando sabe que ela, apesar da pouca idade, leva uma vida de adulto: estuda pela manhã e trabalha à tarde – na academia de ginástica de Ubirajara (Ary Fontoura) – para ajudar a equilibrar o instável orçamento da família.

O namoro entre Verinha e Beto, iniciado imediatamente, iria muito bem se Marisa (Glória Pires) não tivesse entrado na história, provocando os ciúmes e a insegurança de Vera, que vê na menina rica uma rival quase invencível. Embora para Marisa, Beto não passe de um bom amigo. Para o rapazinho as coisas não são colocadas assim. O mimado e volúvel jovem, começa a curtir, de verdade, a nova “amiguinha”, deixando Verinha um pouco de lado.

Na verdade, o despeito de Verinha em relação a Marisa não fica apenas restrito à área sentimental. Desde que Júlia (Sônia Braga) foi morar em sua casa, a mocinha se ligou profundamente na inquilina que a trata com carinho de irmã mais velha.

Com isso, Júlia tomou o lugar de Carminha que, ocupada demais com seus problemas financeiros, não pode dar a caçula da casa à atenção de que ela necessita, coisa que Júlia faz com muito prazer.

Envolvida demais com Júlia, Verinha começa a ficar desconfiada e, principalmente, a se sentir enciumada com o interesse que ela demonstra por Marisa. E, dessa maneira, a menina criada por Yolanda (Joana Fomm) passa a ser para Verinha uma dupla rival, pois além de ganhar o interesse de seu namorado, também se torna o centro das atenções de Júlia.

Viver ao lado da filha é o principal objetivo de Júlia (Sônia Braga). Por isso, ela mesma fez questão de declarar á sua irmã Yolanda Pratini (Joana Fomm) e as amigas da penitenciaria que “homem é a última coisa que pretende pensar no momento”.

Mas, como já se pode perceber, Júlia não conseguirá viver de acordo com seus planos. Apesar dos anos que passou atrás das grades, a moça continua bonita e interessante demais para manter pretendentes afastados.

E, para piorar ainda mais a situação, o primeiro a se interessar por ela é Hélio (Reginaldo Faria), o jovem amante de sua irmã.

Bonito, rico e do tipo conquistador, Hélio não está acostumado a receber fora das mulheres, assim, a frieza com que Júlia o trata inicialmente só faz aumentar o interesse que o playboy sente por ela.

Ubirajara (Ary Fontoura) É proprietário da academia de ginástica, um homem solteiro e simples. Seu estilo modesto de levar a vida faz com que ninguém desconfie de sua riqueza. Vive em um apartamento pequeno, com três cadelas que adora. Extremamente tímido, tem dificuldade de se aproximar das mulheres. Quando conhece Júlia (Sônia Braga), fica obcecado por ela, tanto que contrata um detetive para descobrir sua vida e tirar fotos – de preferência mais íntimas, como de biquine – para que possa saciar seu desejo. De repente, num determinado dia, Júlia caba descobrindo todo amor que Ubirajara sente por ela. Ele também revela que sabe de todo passado dela e está disposto a casar com ela e mudar sua vida. Júlia não gosta muito da ideia de se casar com Ubirajara, mas tudo ainda está no começo e reviravoltas irão acontecer.

Júlia (Sônia Braga) não tem mais em quem se segurar. Sem Marisa (Glória Pires) e sem Cacá (Antonio Fagundes), ela acaba encontrando um ombro amigo: Ubirajara (Ary Fontoura), o dono da academia de ginástica que ela passa a conhecer melhor quando resolve ir embora e se despedir de Vera Lúcia (Lídia Brondi). Lá, ela passa mau e Ubirajara lhe dá todo apoio, sem que ninguém saiba onde está. Quando ela fica boa, Ubirajara confessa seu amor e a pede em casamento. Mas Júlia quer viajar, sumir do Rio de Janeiro, quando seus passos são bloqueados por mais uma notícia desagradável: Marisa vai se casar com Beto (Lauro Corona).

O tempo que Júlia passou escondida na casa de Ubirajara, se recuperando de uma doença, serviu para refletir ainda mais sobre Marisa, Cacá e, principalmente, pra deixar seus melhores e inseparáveis amigos com bastante saudade. Esconder sua condição de ex presidiária nunca passou pela cabeça de Júlia, pois sempre teve um principio: jamais conviver com a mentira. No entanto, ao conhecer Cacá ( e se apaixonar) Júlia muda um pouco a sua decisão. Com medo de estragar o romance, ela resolve esconder de Cacá, parte importante do passado e seu verdadeiro nome.

Dividida entre a vontade de ser sincera e a perspectiva de perder seu amor, Júlia acha melhor fugir.

Sincera e bem intencionada, Júlia continua procurando a amizade de Marisa e sendo cada vez mais desprezada pela filha, fato que a faz sofrer muito. Ela tenta avisá-la de que seu casamento com Beto não passa de uma farsa montada por Yolanda. Mas a única coisa que consegue com este gesto é o desprezo de Marisa e sua volta para a prisão.

Acontece que após romper com Verinha (Lídia Brondi), Beto (Lauro Corona) passou a sair com Marisa (Glória Pires), incentivado por Yolanda (Joana Fomm), e a garota fica grávida. No dia do casamento, o ambiente muito tenso pelas circunstancias, Marisa se arruma sem muita empolgação. De repente, Júlia (Sônia Braga) entra, sem que Yolanda perceba, e começa a conversar com a filha, tentando fazê-la desistir do casamento. Conta que tem uma filha da sua idade e fala até dos seus 11 anos de prisão. Durante a conversa, um clima de grande emoção paira no ar e Júlia acaba revelando que é a mãe de Marisa, mas é tratada com desprezo e humilhação pela filha.

Júlia deixa o quarto transtornada. Bebe muito e resolve voltar para onde está Marisa. É nesta hora que Franklin (Claudio Correa e Castro) e Celina (Beatriz Segall) também ficam sabendo de toda verdade sobre a verdadeira mãe de Marisa e pior, seu passado de ex presidiária. O casal discute com Yolanda pela mentira e acabam ofendendo Júlia que, revoltada, dá um tapa na cara do pai de Cacá (Antonio Fagundes).

Aproveitando a situação e sem ir com a cara de Júlia, a amargurada Áurea (Yara Amaral), imediatamente liga pra polícia e Júlia volta pra cadeia, chorando e jurando vingança.

De nada adiante os esforços de Júlia pra impedir que a filha se case muito jovem e inexperiente. Marisa e Beto se casam, para felicidade de Yolanda.

Humilhada pela filha Marisa e por todos, Júlia sai no camburão da polícia, de volta a penitenciária. Mas antes, ela jura vingança!

Sem esperanças de reencontrar Júlia (Sônia Braga) e de muito menos descobrir seu paradeiro, Cacá (Antonio Fagunes) resolve ficar com Inês (Sura Berditchevsky) e, embora não queira confessar, está curtindo uma boa. Afinal de contas, Inês é uma pessoa legal e de muitos atributos, suficientemente qualificada para fazer um homem feliz. O chato da história é que, nessa, quem vai dançar direitinho é o pobre Raul (Eduardo Tornaghi).

Com seu temperamento forte e decidido, Inês vai conseguir transferir tranquilidade, além de fazer com que Cacá descubra dentro de si mesmo sentimentos que estavam adormecidos por falta de oportunidade para colocá-los para fora. Com essa reação madura, os dois vão se ajudar mutuamente. Mas Cacá não esconde de Inês que é apaixonado por uma mulher que viu apenas duas vezes, que não sabe onde está e quando vai voltar; deixando bem claro que a ama muito e que não deixa de pensar nela.

Frustrada no casamento e na vida, Áurea (Yara Amaral) aprendeu a afogar as magoas nas novelas da TV. E, enquanto isso, alimenta seus sonhos de um dia mudar de vida com frequentes visitas à cartomante. E foi numa dessas consultas que as cartas anunciaram sua viuvez. A cartomante ainda revela que ela encontrará um homem capaz de lhe dar todo amor que Aníbal (Ivan Cândido), no seu egoísmo, jamais pôde lhe dar.

E por ironia do destino a fantasia se transforma em realidade. Um inesperado desastre de carro mata Aníbal e Celina (Beatriz Segall). Mas Franklin (Claudio Correa e Castro), que dirigia o veiculo, sofre apenas uma fratura no braço. E com Áurea, que também participou do acidente, nada acontece além de uma violenta crise nervosa.

As frustrações de Áurea, acabaram fazendo com que ela transferisse para a filha toda sua esperança de felicidade. Por isso, quase explodiu de alegria ao ver Inês trocar o ambicioso Raul (Eduardo Tornaghi) pelo indeciso Cacá.

Com isso, dois mortos passaram a garantir o casamento de Inês. Sentindo-se responsável pela morte de sua mulher e do pai da noiva de seu filho, Franklin está disposto a fazer tudo para que Inês seja feliz ao lado de Cacá.

Mas justamente Júlia, a mulher que ela colocou de volta à prisão, poderá acabar com os sonhos de Àurea ver Inês casada com Cacá.

Passam-se seis meses depois da última prisão de Júlia (Sônia Braga). Nasce o filho de Beto (Lauro Corona) e Marisa (Glória Pires). Cacá (Antonio Fagundes) decide viajar para Suécia com Inês (Sura Berditchevsky). Para comemorar tudo isso, Franklin (Claudio Correa e Castro), Celina (Beatriz Segall), Aníbal (Ivan Cândido) e Áurea (Yara Amaral) resolvem sair pra comemorar a união dos filhos. Na volta, um erro de Franklin provoca um acidente que causa a morte de Aníbal e Celina.

No dia do noivado de Cacá (Antonio Fagundes) e Inês (Sura Berditchevsky) estão reunidos na casa de Fanklin (Claudio Correa e Castro), os pais de Inês, Áurea (Yara Amaral) e Aníbal (Ivan Cândido), o próprio Franklin e Celina (Beatriz Segall), pais de Cacá.

Mais tarde eles resolvem juntos, comemorar o noivado dos filhos na até então “Discoteca 17”, convidados por Yolanda Pratini (Joana Fomm ) e Hoarácio (José Lewgoy). Saem os quatro no carro de Franklin e no caminho sofrem um sério desastre no transito. No acidente, Aníbal morre na hora, Celina fica gravemente ferida, Franklin quebra o braço e Áurea não sofre nada.

O acidente e a morte de Aníbal acontecem no capítulo 56. Nos capítulos 57 e 58, Celina, ferida, vai para o mesmo hospital onde acaba de nascer o seu primeiro neto, filho de Beto (Lauro Corona) e Marisa (Glória Pires). É um menino que irá se chamar Edgar. Logo após o nascimento da criança, Celina percebe que vai morrer e pede a presença do marido Franklin, da amiga e copeira Neide (Regina Vianna) e dos filhos Cacá e Beto. Chorando, Franklin diz a Celina que a ama e pede desculpas por tudo que fez de errado. Franklin segura a mão de Celina e ela morre logo em seguida.

A morte de Celina (Beatriz Segall) provoca sérias mudanças na casa de Franklin (Claudio Correa e Castro). Neide (Regina Vianna), a empregada, se apossa de um documento da morta, no qual acusava Franklin, e chantageia o dono da casa com propósitos afetivos: sua intenção é ocupar o lugar de Celina, assim como idolatrou todos os bens da patroa falecida, até mesmo chegando a provar suas roupas, joias, sapatos, perfumes, durante sua ausência.

Franklin (Claudio Correa e Castro) começa a namorar Carminha (Pepita Rodrigues) por quem já tinha uma ligação platônica antes da morte de Celina.

Embora esteja perdidamente apaixonado por Carminha e seja correspondido, o viúvo não poderá viver, conforme pretendia, a realidade de um novo amor. Infelizmente para ele e Carminha, a ambiciosa Neide (Regina Viana) poderá acabar com a felicidade dos dois.

Meses antes de morrer, a esposa de Franklin se sentia sozinha e desamparada. Por isso, acabou colocando a copeira no papel de confidente e amiga. Assim, a moça pôde tomar conhecimento da vida íntima de seus patrões e alimentar o velho sonho de um dia poder se tornar a senhora Almeida Prado Cardoso. Por isso Neide não permitirá que Carminha ocupe um lugar que pertence a ela.

Pouco antes de morrer, Celina (Beatriz Segall) enfiou na cabeça que o marido queria matá-la. Tudo porque, durante uma de suas habituais discussões com a mulher, Franklin disse que queria vê-la morta. Isso passou para que Celina passasse a desenvolver uma verdadeira mania de perseguição.

Neide fica sabendo de um passado obscuro e comprometedor de Franklin, e, aproveitando a morte de Celina, começa a chantageá-lo, continuando a morar na mansão, dessa vez numa posição melhor – quase como uma esposa de Franklin – deixando Cadu e Beto sem entender nada.

Portanto, a menos que Neide desapareça, o romance de Franklin e Carminha não terá paz.

Algum tempo depois, Júlia (Sônia Braga) volta à liberdade, dessa vez decidida a mudar completamente sua vida. Ela se casa com Ubirajara (Ary Fontoura), um homem rico e apaixonado por ela. E, mais uma vez, tenta se reaproximar da filha, mas é maltratada pela jovem, que não a perdoa.

A grande reviravolta na história acontece quando Júlia (Sônia Braga) retorna ao Brasil, após uma viagem à Europa, completamente mudada, bem ao estilo das chamadas “pantera” na época. Sua transformação marca uma nova fase na história. Dessa vez Júlia está decidia a se vingar de quem lhe prejudicou.

Depois de mais seis meses em regime fechado, Júlia (Sônia Braga) vê novamente as portas de prisão se abrirem. Só que ela agora deixou de ser a mulher insegura e envergonhada de antes. Esse último período de sofrimento provocou nela a necessidade de um verdadeiro renascimento. Júlia sai da cadeia disposta a curtir as coisas boas da vida.

Consciente de que sozinha levará muito tempo pra conseguir uma boa posição, a ex presidiária resolve seguir os conselhos das vividas senhoras de Copacabana: arranjar um marido rico, tomar um banho de loja e partir firme pra uma outra.

Por isso, mal sai da penitenciária, procura Ubirajara (Ary Fontoura) e, a queima roupa, o pede em casamento! Não sem antes fazer algumas exigências: quer conhecer a Europa (sem o futuro marido), mesmo depois do casamento eles devem continuar morando em apartamentos diferentes (separados) e, certamente, as despesas das duas casas serão por conta dele. Ela também pede para viajar com Solange (Jacqueline Laurence). Ubirajara aceita tudo como uma autentica dádiva dos céus. Apoiada no amor e no dinheiro de um homem de negócios, Júlia se sente preparada para iniciar uma nova vida.

Júlia viaja para Europa, na companhia da amiga e instrutora Solange, tudo por conta do apaixonado Ubirajara.

A reaproximação com Marisa (Glória Pires) parece cada vez mais difícil. Antes de viajar pra Europa, Júlia (Sônia Braga) procura Marisa novamente, dessa vez na casa de Franklin e pede perdão a filha, mas a garota rejeita seu pedido. Desnorteada, Júlia desmorona e nem percebe que Cacá é filho de Franklin e mora na mesma casa. Finalmente Júlia é surpreendida por Cacá que, enfim, conhece sua verdadeira identidade. Ela se assusta e tenta se desvencilhar. Desesperado, Cacá corre atrás dela e descobre o endereço onde ela está morando.

Toca a companhia e, ao abrir a porta Júlia deixa cair todas as suas barreiras, seus temores e suas mágoas, para se atirar nos braços de Cacá. Eles ficam juntos mais uma noite e ambos decidem acabar seus respectivos noivados. Jogam as alianças fora e juram amor eterno.

Júlia não quer falar muito sobre o futuro. Prefere curtir aquele momento de paz dentro da sua vida angustiada.

E o frágil e inseguro Cacá torna-se forte, corajoso e valente quando está ao lado de Júlia. Uma mulher forte, sofrida, com experiências diferentes das de Cacá, mas tão rica como ser humano.

Entretanto, esta fortaleza de Cacá só acontece quando ele está com Júlia. Ele não tem coragem de romper com Inês. A moça está com sérios problemas financeiros e abalada pela morte do pai. Júlia não aceita as explicações de Cacá e parte para Europa na companhia de Solange (Jacqueline Laurence) as custas do apaixonado Ubirajara (Ary Fontoura).

Aos poucos, Júlia (Sônia Braga) percebe que não vale a pena se humilhar por causa da filha. Aos seus olhos Marisa (Glória Pires) surge exatamente igual a Yolanda (Joana Fomm), cheia de caprichos e falsidades.

Embora tenha consciência disso tudo, Julia nunca perde a esperança de que, um dia, Marisa resolva aceitá-la como sua verdadeira mãe.

Quase ao mesmo tempo em que Júlia, cansada das dificuldades, decide casar-se com Ubirajara, Cacá, seu grande amor, aceita Inês (Sura Berdtchevski) como sua noiva e protetora. Daqui pra frente o confuso rapaz poderá contar com o pulso firme de Inês pra afastar seus muitos grilos. Mais ou menos na mesma de Júlia, Cacá assume um compromisso por conveniência. E, embora seus motivos sejam outros, também procura melhorar sua vida escorado em alguém.

Por amar sinceramente o complicado diplomata, Inês aceita o compromisso sabendo que, no fundo, ele não é seu verdadeiro amor. Com isso Cacá se sente mais preparado para eliminar suas encucações. Afinal, além do apoio de Inês, ainda conta com a ajuda de seu indispensável analista.

“Dancin’ Days”, a nova discoteca de Hélio (Reginaldo Faria), vai ser inaugurada. A festa marca o retorno de Júlia (Sônia Braga). A expectativa é grande para sua chegada da Europa.

Mas como será que Júlia irá voltar? Em nada ela lembra a mulher de antigamente. Hélio não acredita no que vê. Júlia está ainda mais bela, deslumbrante. É outra mulher, dessa vez, com caráter fortíssimo, determinada.

Luminosa, dançando como ninguém, ela se torna a grande sensação da noite, para a inveja maior de Yolanda (Joana Fomm) e espanto de todos os que a conhecem. Agora ela anda na acompanhada de muitos amigos, muitos mesmo. A turma de Júlia agora é imensamente grande. E Júlia reaparece renovada, por cima, linda e dança, dança muito na discoteca Dancin’ Days.

Na verdade ela dá um show de dança. Não liga para Marisa (Glória Pires) e Cacá (Antonio Fagundes), numa versão nova de Júlia, bem pantera, deslumbrante, renovada e vingativa.

Acompanhada do amigo Paulette, Júlia é desenvolta, articulada na dança, para pista para todos verem ela arrasar no meio do salão.

Assim, o playboy e Dom Juan Hélio (Reginaldo Faria) compra a antiga discoteca 17 de Horácio (José Lewgoy) e Yolanda Pratini (Joana Fomm) e a transforma na The Frenetic Dancin’ Days, um fenômeno, sucesso total.

As Frenéticas são responsáveis de abrir a boate com um show pra lá de irreverente.

Mas a atração principal, sem sombra de dúvidas, é a volta triunfal de Júlia (Sônia Braga).

Yolanda quase enfarta de raiva e inveja ao ver Júlia completamente renovada, por cima, brilhante! Júlia é uma nova mulher. Dai pra frente, ninguém mais a segura, para desespero maior de Yolanda.

Claro que Júlia não perde a oportunidade de começar a humilhar e bater de frente com Yolanda, justamente na noite de estreia de The Frenetics Dancin’ Days.

A noite de estreia da discoteca The Frenetics Dance’ Days não foi lá as melhores pra Yolanda, ex Pratini (Joana Fomm). Se não foi a pior noite da sua vida! Não bastasse o retorno triunfal de Júlia (Sônia Braga), ela ainda teve que engolir a surpresa – pra ela desagradável – de vê o ex marido Horácio Pratini (José Lewgoy) na companhia da comerciante Emília (Cleide Blotta). O novo casal eram só sorrisos e não perderam a oportunidade de esnobar Yolanda.

Outro que fica surpreso, mas arrasado com a volta de Júlia (Sônia Braga), é enrolado e não menos apaixonado Cacá (Antonio Fagundes). E ele a vê justamente na hora que ela está dançando, arrasando na pista de danças da The Frenetics Dance’ Days. Cacá ainda faz um esforço para esconder a angustia de Inês (Sura Berditchevsky).

Júlia (Sônia Braga) arrasa e brilha, brilha muito na pista de danças da The Frenetics Dance’ Days. Parece que a noite de estreia tinha sido para ela, em sua homenagem.

Todos paparam para admirar Júlia, a maioria encantados com sua beleza, carisma e performance; enquanto outros poucos, como Yolanda (Joana Fomm), tiveram inveja e Cacá (Antonio Fagunes) surpreso.

O certo é que, se já era um clima contagiante, ficou ainda mais eletrizante com a performance de Júlia. Ela contagiou o clima!

Foi nesta noite de estreia da The Frenetics Dance’ Days, que Júlia (Sônia Braga) também lançou a moda das meias lurex com sandálias de salto. Aquelas meias coloridas e brilhantes que tanto fizeram moda nas discotecas de todo Brasil. Pra falar a verdade, a partir de então, tudo que Júlia usava, virava moda. Imediatamente na mesma hora, todos ficavam desejando aquilo tudo. No outro dia, estava nas lojas de todo Brasil.

Cinta o clima da estreia da discoteca The Frenetics Dance’ Days, através de um show de imagens, exclusivo do portal MUNDO NOVELAS:


Depois que Júlia e sua turma deixam a discoteca, eles esticam a noite numa festa no apartamento dela.

Cacá, muito apaixonado, tira Inês de tempo e vai à procura de Júlia na mesma hora. Só que Júlia lhe dá um fora.

E é esta Júlia que Cacá agora encontra. Suas tentativas são sempre recebidas com demonstração de cinismo. Até que o rapaz, desanimado, passa a tratar Júlia da mesma forma. Ela sente que o está perdendo e os dois voltam a se encontrar. Cacá, amargurado, não quer mais nada com Júlia. Ou, pelo menos, diz eu não quer.

Comprometidos, Cacá e Júlia estão casa vez mais separados. No entanto, eles nunca estiveram tão próximos um do outro. A partir do momento em que passa a ser uma senhora da alta sociedade carioca, Júlia e Cacá se reencontrarão e uma nova paixão irá acontecer.

Mesmo voltando renovada da Europa e depois de unir-se ao frágil Ubirajara, sendo coberta de mimos e presentes caríssimos, Júlia não consegue atingir seu objetivo. A imagem de Cacá, o único homem que ama, continua a ocupar seus pensamentos. O reencontro dos dois é hostil. Ela não gosta de saber que Cacá a trocou por Inês.

Cacá, por sua vez, começa a ir atrás dela e Júlia aproveita para esnobá-lo. Marca encontros que não comparece, fingi-se de ocupada, diz que esqueceu de comparecer e o deixa esperando em vão, até que um dia ele se cansa e ela o procura. Não dá outra, explode uma nova paixão.

Pouco tempo depois, o próprio Cacá inseguro e indeciso, atira Júlia nos braços de outro homem: Arthur.

Arthur (Mauro Mendonça) aparece a partir do capítulo 109. Granfino prospero, boa pinta, editor de uma revista famosa. Arthur vem acirrar os antagonismos de Júlia (Sônia Braga) e Yolanda (Joana Fomm).

Arthur conhece Júlia pouco tempo antes de seu noivado com Ubirajara (Ary Fontoura). E ele fica completamente apaixonado pela ex presidiária, chegando a convidá-la a trabalhar em sua revista, como modelo fotográfico. A princípio ela vacila. Mas, vendo a situação nada boa, resolve fotografar para uma linha de cosméticos.

Com a inesperada morte do marido Aníbal (Ivan Cândido), a insegura Áurea (Yara Amaral) se vê sozinha, sem dinheiro e com uma filha estudando. Diante dessa situação só lhe resta conseguir um emprego.

Por intermédio da solícita Auzira (Gracinda Freire), não demora a arranjar uma vaga na repartição. Isso, porém, não muda o seu jeito de ser. Continua sonhando como uma adolescente até encontrar Dorival, um homem casado e com filhos, mas que se diz viúvo como ela. Ao tomar conhecimento de que foi enganada, Áurea se sente frustrada e culpada.

A amargurada Áurea não deixa de perseguir e difamar Júlia, mesmo depois que esta volta poderosa e se casa com o rico Ubirajara (Ary Fontoura). Numa situação de desespero de Carminha (Pepita Rodrigues) e sua família, por conta de mais um dívida do inconstante sonhador Alberico (Mário Lago), Júlia não pensa duas vez e vende um anel que havia ganhado de Ubirajara, sem que o mesmo perceba, na intenção de ajudar mais uma vez a amiga Carminha.

É ai que Carminha passa tudo na cara de Áurea, revelando o sacrifício que Júlia fez para ajudar sua família, sem ao menos fazer parte dela. Dessa vez, diante de uma situação forte e incontestável, Áurea finalmente percebe o bom caráter de Júlia e resolve se desculpar por toda maldade e preconceitos que até então a julgou.

Ubirajara (Ary Fontoura) não suporta mais a situação. A festa constante em torno de Júlia que sempre está rodeada de muitos amigos festeiros, todos hospedados em seu apartamento. A falsa alegria da noiva, o amor que ela não tem, Ubirajara resolve acabar tudo. Na sua busca desesperada pra esquecer Cacá, Júlia acaba transando com Arthur (Mauro Mendonça), editor de uma revista de modas. É mais um motivo para brigar com Yolanda (Joana Fomm), também interessada no status que Arthur pode lhe proporcionar.

Yolanda (Joana Fomm) só encontra derrotas: perde Hélio (Reginaldo Faria) que está apaixonado e namorando Verinha (Lídia Brondi). Ao seu lado, apenas o fiel mordomo Everaldo, procurando sustentar o luxo que o pouco dinheiro existente não permite. Ela descobre que até Horácio (José Lewgoy) a passou pra trás na venda da discoteca e ainda tem o dissabor de saber do casamento do ex marido com a viúva Emilia (Cleide Blotta), mãe de Raulzinho (Eduardo Tornaghi).

Júlia (Sônia Braga) não está preocupada com as derrotas da irmã. Ela se sente uma fracassada porque Marisa (Glória Pires) está cada vez mais distante e Cacá continua rejeitando-a. Desapontada, ela faz mais uma tentativa. Telefona e o rapaz concorda em um novo encontro. Chega correndo e mal abre as portas, se atira nos braços dele.

Hélio (Reginaldo Faria) e Verinha (Lídia Brondi) começam a se relacionar. Inicialmente eles escondem o romance. Saem à tarde, vão para lugares não muito conhecidos, passeiam de carro e, principalmente, criam um clima de mistério. A primeira grande desconfiança vem através de Júlia (Sônia Braga) que vê Hélio e Vera chegando juntos e dançando na discoteca Dancin’ Days. Ela conta pra Carminha (Pepita Rodrigues) que logo em seguida confirma o fato, ao ver Hélio buscando Vera na porta de casa para uma festa privada em sua discoteca. E, para complicar ainda mais a situação, é justamente nesta festa que Yolanda Pratini (Joana Fomm), vê pela primeira vez, o homem que ama junto com a melhor amiga de sua filha. Logo Verinha, a jovem que fez questão de armar, acabando com o namoro dela e Beto, na intenção de deixar o caminho livre pra Marisa (Glória Pires).

Decepcionado com seu primeiro casamento, Hélio (Reginaldo Faria) estava resolvido a não mais se envolver seriamente com ninguém. Por isso, todas as suas ligações, inclusive com Yolanda, não passaram de romances superficiais.

E essa decisão do seguro dono da discoteca Dancin’ Days parecia inabalável. Até que ele conhece Vera Lúcia (Lídia Brondi), uma garota jovem, meiga e doce que acaba deixando o discotecário tão apaixonado como qualquer adolescente.

Diante desse amor que surge de repente em sua vida, Helio se mostra um homem totalmente diferente do que aparentava ser. De cara liberal e aberto, sempre disposto a ajudar os amigos, ele se transforma num homem possessivo e ciumento.

Perturbado pelos sentimentos, ele chega a tentar impedir que Verinha pose para revistas com o corpo de fora e principalmente ao lado de um garotão “boa-pinta”.

Com muita paciência, porém, Vera Lúcia prova a Hélio que não há motivos para temer. Que o ama apesar da diferença de idade que existe entre eles.

Dessa forma, o quarentão acaba mergulhando de cabeça nessa relação, descobrindo que vale a pena amar e ser amado, mesmo que tudo acabe de uma hora pra outra. Entregue inteiramente a sua grande paixão, Hélio pode sentir, pela primeira vez na vida, a sensação de não ter nada planejado. De estar aberto para o que der e vier.

Ela sempre teve como objetivo ser uma mulher rica e admirada. Nunca aceitou o fato de ter nascido numa família pobre. E para conseguir o que queria, Yolanda Patrini (Joana Fomm) só viu uma solução: casar com Horácio (José Lewgoy), homem que nunca amou, mas que lhe deu muito dinheiro e projeção.

Sempre calculista, Yolanda usa o nome e a fortuna do marido até se sentir em condições de fisgar melhor partido. É quando decide abandonar Horácio no momento em que adquire a certeza de poder “agarrar” Hélio, aquele que ela sempre amou.

Porém, quando percebe que não consegue amarrar o discotecário mulherengo, nem enganar mais ninguém, abandona seu mundo de luxo e fantasias, onde não era perturbada e cai na realidade. Vende seu apartamento, resolvida a trabalhar e continua infeliz por não ter encontrado a solução que acha ideal pra uma mulher: um casamento com um homem rico, bonito e que tenha status.

Ao ser rejeitado por Yolanda (Joana Fomm), Horácio (José Lewgoy) se dá conta que ela amava apenas o seu dinheiro, a sua boa posição social. Por isso mesmo, quando Emilia (Cleide Blotta) cruza sua vida, ele encontra nela a paz que nunca teve com Yolanda.

Ao lado da dona da boutique e antiquários, Horácio descobre a vida simples, o prazer de ser alguém livre de compromissos sociais que só o aborreciam, e aos quais estava preso unicamente por causa da ambiciosa Yolanda.

Em seu novo casamento, ele volta a acreditar no diálogo, no amor sem interesse, sem competição e sem grandes exigências materiais. Enfim, o amor maduro de duas pessoas que acima de tudo se admiram e se respeitam.

O casamento de Beto (Lauro Corona) e Marisa (Glória Pires) sempre teve tudo pra se transformar num fracasso. Afinal, não foi uma decisão deles, mas uma situação forçada por Yolanda. A ambiciosa mulher viu no sobrenome do garoto e na fortuna de sua família a garantia de um bom futuro para Marisa. Entre os dois jovens nunca houve amor. A transa não passou de uma brincadeira de adolescentes, que não precisaram lutar por nada e sempre receberam de bandeja o que desejaram.

Na verdade, logo depois do nascimento do filho, Beto começou a perceber que Marisa era apenas uma criança mimada e inconsequente. Educada em meio a falsidades e mentiras, ela se tornou uma pessoa ambiciosa e cheia de vontades, acostumadas a ver todos os seus caprichos realizados.

Por conseguir tudo o que quer, Marisa (Glória Pires) morre de inveja de Verinha (Lídia Brondi), quando esta resolve ser modelo fotográfico e faz sucesso posando para uma revista. Assim, decide procurar Júlia, a quem sempre desprezou, para que esta a ajude a concretizar seu objetivo: também quer ser modelo fotográfico.

E Marisa consegue, por insistência, cobrando de Arthur (Mauro Mendonça) que resolve lhe dá uma força a pedido de Júlia.

Enquanto Marisa (Glória Pires) se embaralha nesse verdadeiro jogo de interesses, seu avoado maridinho vai amadurecendo aos poucos e tentando convencê-la a adotar um comportamento adulto.

Mas a jovem não acompanha as mudanças que acontece na vida de Beto (Lauro Corona). Diante disso, a separação do precoce e complicado casal surge como única atitude lógica a ser tomada por duas pessoas que não tem mais nada em comum.

Ela dá sempre a nítida impressão de que carrega o mundo nas costas. E sem abandonar seu jeito de vítima, Carminha (Pepita Rodrigues) trabalha como professora de educação física, para sustentar sua casa praticamente sozinha, enquanto se preocupa em evitar que o pai, Alberico (Mário Lago), se meta em alguma enrascada.

Seu ar de cansaço vem desde o inicio. No começo, ela ainda contava com a ajuda de Jofre (Milton Moraes), o noivo, com quem desabafava todas as mágoas. Entretanto se encheu das embrulhadas e da inconsequência do rapaz e pôs um fim em seu longo noivado com ele.

Mas tarde, Carminha se envolve com Franklin (Claudio Correa e Castro), vendo nela toda segurança e maturidade com que ela sempre sonhou. Superapaixonada pela advogado, pediu ajuda a seu ex noivo para descobrir porque Neide o ameaça tanto.

Depois de tudo resolvido, porém, ela percebe que Franklin não tem nada do homem que imaginava: ele é apenas um joguete nas mãos de Neide.

Assim, triste e desiludida, Carminha se vê novamente sozinha. Com parte de seus problemas resolvidos – pois Alberico arranja um modesto emprego de garçom – agora ela pode voltar às boas com Jofre. Afinal, ele demonstrou de sobra que nunca deixou de amá-la e que estaria disposto a partir para uma nova vida a seu lado.

Marlene (Chica Xavier) é empregada da casa de Alberico (Mário Lago), é como uma pessoa da família. Sempre afetuosa, porém com os pés no chão, é a única que não faz concessões às fantasias do patrão. Paulo César (Júlio Luís) é o único filho de Marlene. Criança, é criado pela família de Alberico.

Inês é o exemplo vivo de que na prática a teoria não funciona. Ela sai por ai opinando a respeito de tudo, dando aulas de comportamento humano e fazendo enormes conferencias sobre o papel da mulher na sociedade.

Mas, como sua atitude de dona da verdade não passa de pose, ela desmorona diante da primeira dificuldade séria que encontra pela frente. Por isso, a feminista Inês não demora muito para demonstrar que não passa de uma mulher frágil e dependente, incapaz de segurar suas barras sozinha.

Assim, enquanto tudo era teoria, seu relacionamento com Cacá (Antonio Fagundes) foi numa boa, com ela dando uma de mãe do rapaz. Quando ele abandona o papel de filho, a moça se desespera por não conseguir mais controlá-lo. Cada vez mais insegura, tem uma crise de ciúmes ao saber que seu noivo está de caso com Júlia (Sônia Braga). Essa mudança é tão brusca que surpreende até mesmo Cacá, que demora a criar coragem pra romper com ela.

Depois da separação, Inês se sente totalmente desamparada. Além de ter perdido o homem que ama e está com a mãe doente. Dessa forma procura a Judá de Raulzinho (Eduardo Tornaghi) seu ex noivo – como médico – e de Franklin (Claudio Correa e Castro) que pode lhe dar apoio financeiro, deixando todo seu orgulho de lado.

Com isso ela mostra realmente que não tem nada de mulher forte, segura e super-racional que tentava ser. Como outro ser humano qualquer, Inês precisa da ajuda dos outros para viver e só reconhecendo isso poderá abandonar o seu eterno ar de superioridade.

Raul (Eduardo Tornaghi) é filho de Emília (Cleide Blota), é um médico psiquiatra recém-formado, bonito, namorado de Inês (Sura Berditchevsky). Os dois se separam por incompatibilidade de gênios. É quando ele viaja para a Amazônia, onde passa um longo período trabalhando. No final, Raul e Inês reatam.

Emília (Cleide Blota) é mãe de Raul (Eduardo Tornaghi) e sócia de Solange (Jacqueline Laurence) no antiquário. Ela também é muito amiga de Alzira (Gracinda Freire).

Alzira (Gracinda Freire) é irmã de Jofre (Milton Moraes). Ela é uma mulher sozinha e sem filhos. divertida, super alto astral e funcionária pública, vai à praia todos os dias com um grupo de mulheres.

Anita (Diana Morel) é a assistente social da penitenciária onde Júlia (Sônia Braga) fica presa. Na primeira fase da novela, com Júlia ainda com complexo de inferioridade, Anita é peça fundamental na resocialização da ex presidiária.

Bibi (Mira Palheta) é a charmosa e dedicada amiga de Yolanda (Joana Fomm) e Horácio (José Lewgoy). Mais amiga de Yolanda do que Horácio, sempre está a postos ouvindo confidencias da amiga. Quando descobre que Júlia (Sônia Braga) é irmã de Yolanda – depois que Júlia retorna da Europa completamente diferente e se torna a sensação carioca – ela não pensa duas vezes em fazer amizade com a irmã da melhor amiga, fato que deixa Yolanda morrendo de raiva.

Ricardo (Osmar de Mattos) é um dos muitos alunos da academia de Ubirajara (Ary Fontoura). Ele é amigo de Vera Lúcia (Lídia Brondi), Beto (Lauro Corona), Marisa (Glória Pires) e Leila (Suzana Queiroz). Também frequentador assíduo das discotecas.

Leila (Suzana Queiroz) é a melhor amiga de Marisa (Gloria Pires). Sempre disposta a dar apoio a amiga e confidente.

Everaldo (Renato Pedrosa) é o fiel Copeiro da casa de Yolanda (Joana Fomm) e Horácio (José Lewgoy). Tem uma enorme admiração pela patroa, a quem faz de tudo para agradar. Praticamente vive em função dos caprichos e desejos de Yolanda Pratini.

Hilárias e inesquecíveis, foram as aulas de Everaldo como professor da escola de coperagem de Alberico.

Outra personagem hilária foi a babá Divige (Marina Miranda). Ela é contratada por Marisa (Glória Pires) que cuidar de seu bebê, Edgar. Vale lembrar a cena da entrevista, quando Marisa pergunta o que ela sabe fazer e Divige responde “que não gosta de fazer nada”. Na verdade, sua aparência já era um convite pro riso.

A novela também explorou muito bem os finais de semana, na praia de Copacabana, em pleno 1978/79. Não faltava á praia Verinha (Lídia Brondi), Marisa (Glória Pires), Beto (Lauro Corona), Emilia (Cleide Blotta), Alzira (Gracinda Freire), Solange (Jacqueline Laurence), entre outros.

O esporte com Asa-delta praticado por Beto (Lauro Corona), era mais uma grande sensação da novela.

Se envolvendo com um homem casado, por quem estava apaixonada, Áurea (Yara Amaral) resolve deixar o romance de lado ao mesmo tempo que não tem estrutura para superar a barra.

Não dou outra: Áurea acaba tendo um surto psicótico e enlouquece. Passando um tempo internada, preocupando sua família, ela se recupera e fica pronta para outra.

No final, Áurea descobre um novo amor, como a cartomante havia previsto, e se entrega a paixão.

Atrás da imagem de mulher segura, independente e um tanto debochada, Solange (Jacqueline Laurence) esconde sua angustia e solidão. Mas, embora force um pouco a barra para aparentar uma tranquilidade que não possui, jamais deixa de ser uma pessoa aberta, sensível e completamente livre de preconceitos.

Por isso mesmo, ela se transforma numa amiga íntima de Júlia (Sônia Braga), ensinando a ex presidiária tudo o que precisa pra bancar a madame, quando viajam à Paris as custas do rico e apaixonado Ubirajara (Ary Fontoura).

E é nessa sincera confidente que Júlia sente o apoio necessário para entrar na luta por um lugar na sociedade.

Jofre (Milton Moraes), ainda apaixonado por Carminha (Pepita Rodrigues), se insinua junto a Neide (Regina Vianna) para descobrir porque Franklin (Claudio Correa e Castro) tem tanto medo de sua governanta. Acaba descobrindo tudo, manda Neide embora e conta tudo a Carminha. Ela, então, acaba o romance com Franklin e fica só, apesar da continua atenção de Jofre.

No final, Carminha e Jofre finalmente se entendem de vez.

Depois da morte de Celina (Beatriz Segall), Neide (Regina Vianna), a eficiente copeira e confidente de sua patroa, vê em uma carta que compromete Franklin (Claudio Correa e Castro) sua única chance de conquistar um relativo poder e sentir-se menos só e desprotegida.

Mas todos os planos de Neide caem por terra quando passa a acreditar no amor de Jofre (Milton Moraes) que, na verdade, só quer desmascará-la.

E assim entrega nas mãos do “namorado”, seu segredo e seu frágil troféu. Sabendo-se enganada, entretanto, ela só vê uma saída: obedece a Jofre e some da vista de todos a quem tentou conquistar não através do amor, mas usando como única arma a chantagem.

Alberico (Mário Lago) é um homem marcado pelo fracasso, apesar de todas suas ideias pelo fantástico mundo dos negócios. Alguns de seus planos poderiam até dar certo. Mas, além de ser um sonhador, ele tem contra si o descrédito de todos que o cercam.

Dessa forma o simpático velhote vive das glórias de um passado que, na verdade, nunca foi tão feliz quando quer dar a perceber. Mas se Alberico é um romântico, um saudosista e um requintado, ninguém pode negar que o velho é muito persistente: tem plena certeza de que ainda poderá mostrar o quanto é capaz de fazer.

Com a ajuda de Raul (Eduardo Tornaghi) que lhe empresta uma grande quantia em dinheiro e entra como sócio, Alberico consegue montar uma escola de copeiragem de alto nível, para trabalhar em mansões e grandes empresas. Experiente e esperto, logo ele convida Neide (Regina Vianna) e o mordomo de Yolanda Pratini, Everaldo (Renato Pedrosa) para serem professores na sua escola. Até que o negócio começa a dar considerável lucro no começo, porém, por conta da inconsequência e dos grandes sonhos, quase impossíveis de Alberico, o negócio acaba quebrando e o deixando muito mais endividado.

Por isso, não desiste desesperadamente de correr atrás de um empreendimento que seja uma verdadeira bomba no mundo dos negócios, pois só assim ele poderia se redimir de todos os erros cometidos no passado ao qual está irremediavelmente preso.

No final, com o apoio de Jofre (Milton Moraes) inaugura uma boate com o nome de Copacabana.

Esther (Lourdes Mayer) é mulher de Alberico (Mário Lago) e mãe de Áurea (Yara Amaral) e Carminha (Pepita Rodrigues). Está sempre tentando amenizar o conflito gerado pelas irresponsabilidades de seu marido. Sabe que ALberico é um sonhador, inconsequente, irresponsável, mas que o ama apesar de todo trabalho. Ela reconhece que também é amada por ele. Trabalha vendendo rendas numa feira do Rio. É com este pouco dinheiro, que muitas vezes junta e paga as dividas mais urgentes do apartamento financiado pela filha Carminha e pago com muito sacrifício. Na casa de Esther, além de Carminha e Alberico, moram a empregada Marlene (Xica Xavier) o filho Paulo César (Júlio Luiz) e a sobrinha Verinha (Lídia Brondi).

Madalena/Madá (Neusa Borges) é a grande companheira de Júlia (Sônia Braga) na prisão. Quando sai, torna-se sua grande amiga. Em liberdade, Madá precisa de Júlia pra viver. Só que de uma maneira bastante diferente. Madá não é usada por Júlia, assim como Yolanda (Joana Fomm) usa seus amigos. Júlia lhe dá todo apoio, inclusive o financeiro. O que as une é uma sólida amizade nascida num tempo em que tudo era trevas, em que não parecia existir a palavra “futuro” para nenhuma das duas.

Fiel a este antigo sentimento, Madá encoraja a amiga quando esta parece fraquejar, escuta e aconselha Júlia mesmo tendo, as vezes, que ser dura com ela. Sem Madá, certamente Júlia não teria coragem de assumir seu amor por Cacá (Antonio Fagundes).

No final, Madá enfim, procura os dois filhos que tanto ama.

Madá também se torna uma cantora de sucesso, se apresentando em boates cariocas.

Cacá (Antonio Fagundes), muito apaixonado por Júlia (Sônia Braga), enfrenta o pai e larga a diplomacia, ajudado por um longo tratamento psicanalítico. E vai realizar seu grande sonho que é ser critico de cinema. Ele acaba seu namoro com Inês (Sura Berditchevsky), assumindo definitivamente o seu amor por Júlia.

Ao descobrir o romance entre Cacá e Júlia, Franklin (Claudio Correa e Castro) fica uma fera. Afinal, ele tinha sido derrubado em todos seus desejos. Perdeu Carminha, Cacá abandonou a carreira e Beto (Lauro Corona), além do casamento infeliz, agora quer ser piloto de helicóptero. Franklin nega dinheiro a Cacá para a produção do filme, responsabilizando-o pela situação difícil de Áurea (Yara Amaral) e Inês. Revoltado, Cacá abandona a casa e vai morar só, numa pensão.

Franklin (Claudio Correa e Castro) pressiona Júlia (Sônia Braga) e a acusa de responsável pelo nível atual de vida de Cacá (Antônio Fagundes). Sem saber o que fazer, ela termina com Cacá (Antonio Fagundes) e aceita o convite de Arthur (Mauro Mendonça) para viajar pros Estados Unidos e abandona Cacá, para desespero do homem apaixonado. Mas de nada adianta, ela volta tão deprimida quanto partiu.

No show de Madalena (Neuza Borges), Júlia encontra Cacá e este, transformado, e bebendo constantemente, faz um escândalo, joga dinheiro na cara dela e troca socos com Arthur.

Querendo ajudar Marisa (Glória Pires), Júlia revela pra filha o paradeiro do pai dela. Apaixonada por Cacá (Antônio Fagundes), Júlia termina tudo com Arthur. Muito deprimida e procurando emprego, Júlia se surpreende com a visita de Marisa. Ela conhecera o verdadeiro pai e dá toda razão a mãe por tudo que aconteceu.

Reconhecendo o erro de seu casamento apressado, Marisa (Glória Pires) agora se vê perdida diante da falta de perspectivas de sua vida e da necessidade de assumir, sozinha, a responsabilidade sobre seu filho Edgar. Mesmo ainda com Beto (Lauro Corona), ela sente que a união dos dois está chegando ao fim, e relembra o dia de seu casamento, quando Júlia (Sônia Braga) pediu que não se casasse, alegando sua juventude e inexperiência. Agora, arrependida, Marisa pensa em Júlia com muita frequência. E inicia, aos poucos, uma tentativa de reaproximação da mãe.

É lógico, porém, que Marisa não assume publicamente o seu objetivo. Ela continua tentando se convencer e aos outros também, de que não se importa com a mãe. Mesmo agora, com Júlia bonita e sofisticada. Para os outros, Marisa fala de Júlia como de uma mulher vulgar e sem classe, de quem ela só quer distancia.

Entretanto, a reação de Júlia a reaproximação de Marisa não é negativa. Ela não procura a filha, mas não a rejeita. Embora ainda não a perdoe por completo, Júlia ama a filha e não consegue esconder isso nem de si mesma.

Verinha (Lídia Brondi), guarda a carta que Celina (Beatriz Segall) havia escrito, contando todo envolvimento de Franklin (Claudio Correa e Castro). Na carta, Celina ameaçava Franklin sobre algo que aconteceu há muitos anos. Franklin não era rico quando trabalhava no escritório de advocacia do pai de Celina. O pai de Celina não gostava de Franklin e achava que ele queria dá o golpe do baú, namorando sua filha. Quando estava perto de noivar com Celina, Franklin entrou em conchavo com um homem pra ganhar muito dinheiro. Ele se aproveitou da morte de um velho muito rico, sem herdeiros, falsificando a certidão de nascimento e botando a mão numa grana alta. Depois do casamento, o pai de Celina acabou descobrindo o roubo do genro começando assim, uma enorme discussão. Para evitar um escândalo maior, o pai de Celina acabou abafando tudo. Passado o tempo, o crime de Franklin – falsificação de registro civil – é um dos únicos que não há prescrição e ele pode ser preso por isso. Mesmo que tenha passado muito tempo, a prescrição só começa a contar, na hora em que é feita a denuncia. No caso deste crime, não teve denuncia. Só haverá denuncia se alguém entregar a carta de Celina pra polícia. Carminha (Pepita Rodrigues) e Júlia (Sônia Braga) ficam horrorizadas ao lerem a carta que Verinha escondeu. Carta esta que serviu para Neide (Regina Vianna) ameaçar Franklin por bastante tempo. Não dá outra, Júlia e Carminha vão tomar satisfações com Franklin. Júlia diz que Franklin não tem moral alguma de acusá-la de ex presidiária, já que ele é tão sujo quanto ela.

Carminha liga pra polícia, mas Júlia tem piedade de Franklin, para surpresa maior e tira os policiais de tempo, dizendo que a denuncia foi falsa.

Cacá (Antonio Fagundes), observa toda cena. É o bastante para Júlia procurar Cacá e eles se reconciliarem.

Beto (Lauro Corona) e Marisa (Glória Pires) se separam, o mesmo ocorrendo com Hélio (Reginaldo Faria) e Verinha (Lídia Brondi).

Beto (Lauro Corona) e Verinha (Lídia Brondi) terminam da mesma forma que começaram: juntos e apaixonados. Se bem que, entre o início e o final feliz, muita coisa tinha acontecido. Por situações, as mais surpreendentes possíveis, os então jovens namorados, logo, logo, começam a se desentender. Beto, como resultado de uma chantagem de Yolanda (Joana Fomm), termina com Vera e se casa com Marisa (Glória Pires). Verinha, um pouco depois, conhece Hélio (Reginaldo Faria), se entusiasma e se apaixona. Ainda amigos, os dois, Beto e Vera, mantém seus romances paralelos. Até que as separações começam a acontecer e, novamente, Beto e Verinha se cruzam e renasce o amor.

Alzira e Ubirajara (Ary Fontoura) se tornam grandes amigos até se descobrirem apaixonados. Ela começa a tratá-lo com muito carinho e chega a resolver os problemas em relação aos cães que ele possui, dá a Bira a atenção que ele necessita e, principalmente, tira de sua cabeça a doentia lembrança de Júlia (Sônia Braga), mulher que ele tanto amou. A viúva alegre logo constata que está apaixonada por Bira e ele também. Não dá outra, eles assumem-se apaixonados e se casam.

Claro que, extrovertida e sonhadora do jeito que é, Alzira não dispensa a ideia de casar na igreja, como manda o figurino. Ela se casa em traje de noiva com Ubirajara, chamando a atenção de maioria dos convidados. ===Ninguém mais esperava que Raul (Eduardo Tornaghi) e Inês pudessem ficar juntos. Separados há muito tempo, por decisão de Inês, os dois passaram por uma série de experiência até descobrirem que, na verdade, sempre se amaram.

Durante os dois anos em que estiveram separados, tanto Inês como Raul tiveram romances paralelos. Ela namorou e noivou com Cacá (Antonio Fagundes); ele teve um breve caso com Marisa (Glória Pires), embora insignificante, pois passou a maior parte do tempo sem nenhum romance, trabalhando e vivendo na Amazônia. Vindo apenas para visitar a mãe, de vez em quando.

Yolanda (Joana Fomm) e Hélio (Reginaldo Faria) terminam a novela sozinhos, cada um no seu canto.

Yolanda vai trabalhar na revista de Arthur (Mauro Mendonça) e apesar de ficar apaixonada por ele, não é correspondia. Depois de fazer as pazes com Júlia (Sônia Braga), ela vira uma pessoa melhor, menos esnobe e egoísta.

Hélio não deixa de ser o playboy mulherengo de sempre e, por incrível que parece, começa a levar uns foras das mulheres cujo aplica-lhes cantadas. Sem Verinha (Lídia Brondi) ou Yolanda, num ataque de fúria, quase quebra todinha a The Frenetics Dancin’ Days.

Júlia (Sônia Braga) e Yolanda (Joana Fomm) fizeram as pazes no último capítulo, depois de uma briga na casa de danças comandada por Albérico (Mário Lago) e Jofre (Milton Moraes), bem depois da inauguração do local e assim que ficaram sozinhas. Elas se agrediram fisicamente, entre tapas e puxões de cabelos, até se darem conta do ridículo da situação e se abraçarem, chorando, pedindo perdão uma à outra.

Finalmente Júlia (Sônia Braga) e Caio (Antonio Fagundes) podem viver livres e felizes. Numa conversa com Solange (Jacqueline Laurence), em seu escritório, Arthur (Mauro Mendonça), ainda apaixonado por Júlia, pergunta de ela e Caio terão chances. Cenas em flashback refazem toda trajetória de Júlia, durante toda novela, desde sua liberdade até os dias atuais.

Ao final, abre a cena de Júlia e Caio, felizes, se amando, se abraçando em pleno mar de Copacabana. Eles correm, se jogam na areia, tomam banho de mar e caminham juntos, sem destino, em plena tarde, ao por do sol, com a praia deserta.

“Dancin’ Days” inaugurou o estilo de Gilberto Braga, marcado pela discussão dos valores da classe média e das elites urbanas. Para escrever a história, o autor lançou mão de romantismo e sarcasmo, dois elementos característicos de seu universo ficcional.

A novela aproveitou a febre da discoteca, que reinava nos EUA desde 1977, com o sucesso do filme “Os Embalos de Sábado à Noite”, de John Badham estrelado por John Travolta que levou milhões de espectadores ao cinema e impulsionou o sucesso das discotecas em todo o mundo. Pouco tempo antes de a novela estrear, fazia sucesso no Rio de Janeiro a discoteca fundada pelo jornalista e produtor musical Nelson Motta: a The Frenetic Dancin' Days, que durou de agosto a novembro de 1976, em uma galeria no Shopping da Gávea. Em julho de 78, ao estrear a novela "Dancin' Days" - cujo título se inspirava no empreendimento de Motta -, a Globo jogou mais lenha na fogueira. E assim, no mesmo ano, Nelson Motta reabria o The Frenetic Dancin' Days - desta vez em versão turbinada, no Morro da Urca.

Logo no começo da novela, Horácio (José Lewgoy) cria a discoteca 17, inspirada na nova iorquina Studio 54. Na metade da história, Hélio (Reginaldo Faria) reforma o local, e abre a discoteca Dancin' Days - em cuja noite de inauguração Júlia (Sônia Braga) volta da Europa, e dá um show de dança na pista, ao lado do Dzi Croquette Paulette; uma cena famosíssima.

Há três meses da estreia de “Dancin’ Days” – que significa em português: Dias Dançantes – a Globo estava claramente aproveitando a onda das discotecas. Dessa forma, além de garantir a sua já invejável audiência, ajudou a espalhar ainda mais a nova e agitada moda.

Depois disso, a loucura dançante que dia a dia vinha ganhando novos adeptos, a partir da estreia da novela que tinha a discoteca como tema central, se espalhou rapidamente por todo Brasil.

A coisa chegou a tal ponto que era difícil encontrar uma cidade, por menos que fosse, sem a sua (mesmo improvisada) discoteca, animando as noites de sábado.

E já que a ordem era mesmo dançar e que pouca gente tinha motivos para ficar fora da onda, existiam casas para todos os gostos.

E como se isto não bastasse, foram criadas outras atrações paralelas para manter o movimento.

Assim, os que já dançavam muito bem, participavam dos badalados concursos, organizados pelas emissoras de televisão e pelos próprios donos de discotecas. Enquanto os outros, que se achavam sem jeito pra coisa, podiam recorrer aos cursos especializados que começaram a surgir em toda parte.

Era impossível ficar de fora da roda. Pois, além de tudo, a discoteca era um divertimento barato.

De acordo com opinião dos mais assíduos frequentadores não era difícil penetrar nos fantásticos recintos. “Para entrar”, garantiam eles “basta ter o mínimo de dinheiro – a entrada custava em média 100 cruzeiros – e muita disposição”, o resto era por conta da casa.

Por isso mesmo, uma das mais badaladas discotecas carioca, a Papagaio Disco Club, se encarregou de selecionar a freguesia através do aviso: “ Desaconselhável para quem não curte som alto, alegria e descontração”, dizia o cartaz colocado bem na entrada, para evitar mal entendidos.

Por tanto, quem pensa que apenas os jovens frequentava as discotecas, engana-se. A idade não era empecilho, mas era preciso ter muito ânimo. Afinal, só com o máximo de disposição uma pessoa era capaz de aguentar o som das estridentes sirenes, enfrentar as fortes e coloridas luzes, a incessante projeção de filmes e slides, os gritos e, ainda por cima, dançar. A chamada “discomania” se transformava na maior curtição nacional.

Quem não queria ser chamado de “careta” ou “paradão” tinha que dar uma chegadinha numa disco, nem que fosse apenas pra vê como funcionava.

Mesmo quem não gostava de dançar, a esta altura dos acontecimentos, devia está louquinho para dar uma esticadinha na badalada Club 17, a primeira discoteca de “Dancin’ Days”. Afinal, todo aquele luxo, as cores e as alucinantes luzes, tinham, fatalmente o poder de alucinar o público.

A incrível discoteca ocupava um lugar de 120 metros quadrados com capacidade para 200 pessoas. E a coisa não ficava só nisso: além da incrementada pista de dança, feita com um material especial que dava efeito de espelho, a casa noturna tinha um restaurante cuja decoração era feita com plantas, vigas de madeira e tijolos aparentes. Esta era a parte mais sóbria da 17. Nem por isso deixava de ser luxuosa.

Apesar do luxo e de todo dinheiro gasto – cerca de 800 mil cruzeiros – a incrementada discoteca só era usada pelo elenco da novela. Isso porque, na verdade, ela não passava de um cenário construído com cuidados especiais para “Dancin’ Days”.

No entanto, o toque de realidade foi mantido. Nas cenas de inauguração, muitas personalidades do mundo artístico, político e social compareceram ao Estúdio-Tijuca da Globo, onde o cenário era montado.

Ao contrário do que acontecia nos antigos movimentos musicais, a discomania nasceu e cresceu sem ter uma figura suficientemente forte para comandar seu alucinante ritmo. Mas, depois que o filme “Os Embalos de Sábado à Noite” transformou-se num êxito de bilheteria, tudo mudou. John Travolta surgiu como rei das discotecas e os seguidores da nova moda encontraram seu ídolo maior.

“Abra suas asas, solte suas feras. Caia na gandaia. Entre nesta festa”. Com esse convite, transformado em prefixo da novela “Dancin’ Days” as agitadíssimas Frenéticas conquistaram definitivamente seu lugar no gênero discoteca, provando que nessa onda também há lugar para os artistas brasileiros.

Com isso, começaram a surgir mil outros valores dispostos a entrar nesse barco. Alguns, como as cantoras Miss Lena, Sarah e Lady Zu foram preparadas especialmente pra cantar esse ritmo. Outros como Tim Maia, Ney Matogrosso, Rita Lee e Jorge BenJor não hesitaram em arriscar sua fama e seu prestigio entrando de sola na discomania. Tanto os novatos da época, quanto os veteranos, não encontraram motivos para arrependimento. Todos faturaram muito bem com o novo ritmo dançante do país, levando o publico ao delírio e ficando nos primeiros lugares das paradas de sucesso, assim com os internacionais Donna Summer, Bee Gees, KC and the Sunshine Band, ABBA, Chic, Tina Charles, Gloria Gaynor, os irmãos The Jacksons, e muitos outros.

“Dancin’ Days” foi um desafio que Gilberto Braga enfrentou e venceu. Mesmo depois de ter assinado grandes sucessos no horário das seis, com as suas adaptações para “Helena” estrelada por Lúcia Alves em 1975, “Escrava Isaura”, estrelada por Lucélia Santos em 1976, “Senhora” estrelada por Norma Blum em 1976 e “Dona Xepa” estrelada por Yara Cortes em 1977, ainda como colaborar de Lauro César Muniz em “Corrida do Ouro (1974/75)” e de Janete Clair em “Bravo (1975/76)”, ambas novelas das sete, Gilberto Braga, em 1978, nunca tinha feito uma novela inteiramente sua, e no horário nobre. O Núcleo central da história foi uma sugestão de Janete Clair e aceita com prazer pelo jovem escritor e ex crítico de teatro da revista Manchete. A partir da história de uma presidiária voltando ao convívio na sociedade, o autor pôs a sua criatividade à prova.

A novela transformou-se numa febre, principalmente na segunda fase em que é inaugurada a discoteca The Frenetic Dancin’ Days. Quem reinava ali era Júlia (Sônia Braga), de calça de nylon, bustiê e a mistura feita com sandálias e meias de lurex. Júlia tem em Sônia Braga a sua melhor tradução. A estrela exibia um corpo exuberante e um carisma inquestionável depois dos filmes “Dona Flor e seus dois Maridos” e “A Dama do Lotação”.

A personagem Yolanda Pratini seria interpretada, inicialmente, por Norma Bengell. Porém, a atriz se desentendeu com Daniel Filho, após ter gravado 20 capítulos e Joana Fomm, que faria Neide, a empregada de Celina, assumiu o papel. A atriz Regina Vianna foi chamada, então, para interpretar a personagem Neide.

Joana assumiu o papel de Yolanda e foi um dos maiores charmes da novela. A partir dali, a atriz se especializaria em interpretar vilãs pérfidas.

Os telespectadores frequentemente confundiam com a realidade o que viam nos capítulos de “Dancin’ Days”. Joana Fomm recebia quase diariamente insultos e até propostas indecorosas por telefone, por conta das maldades de sua personagem, Yolanda. Em entrevista na época, Gilberto Braga confessou que até sua cozinheira havia batido o telefone na cara da atriz. “Ela possui um arsenal de informações que teoricamente a impediriam de fazer essa confusão. Ela me vê escrever a novela, dá uma olhadinha no final do capítulo às escondidas, conversa comigo”, contou o autor. “No entanto, quando tentei sugerir que a Joana não tinha nada a ver com a Yolanda, ela respondeu: ‘Sei que o senhor é que escreve aquilo tudo, não sou burra. Bati o telefone outro dia por causa da cara de nojenta que ela fez quando a Júlia entrou no camburão da polícia. A cara não foi o senhor que escreveu, era dela mesmo.’”

O elenco jovem também se destacou na novela. "Dancin' Days" lançou e consagrou novas apostas da Globo, que mostraram, nos anos seguintes, muito talento e carisma. Glória Pires iniciou a novela com 14 anos, e completou 15 durante a produção. Seu sucesso como Marisa a fez virar estrela da Globo e no ano seguinte foi protagonizar a novela “Cabocla”, adaptação de Benedito Ruy Barbosa.

Lídia Brondi vinha do sucesso de sua personagem em "Espelho Mágico" (1977) e também conquistou o posto de estrela jovem da casa. Após atuar em inúmeras novelas, decidiu abandonar a profissão em 1991. Desde então, evita reportagens e continua sendo cultuada por uma legião de fãs. Mesmo sendo apontada como "a Greta Garbo brasileira”.

Lauro Corona estreava em novelas e virou um jovem galã de fama nacional, um dos atores mais queridos de sua geração, que teria uma carreira meteórica e brilhante nos 11 anos seguintes. O ator faleceu em julho de 1989; na época, ele gravava a novela “Vida Nova”, de Benedito Ruy Barbosa e foi afastado da produção assim que adoeceu e ficou sem condições físicas.

O sucesso da dupla Glória Pires e Lauro Corona como Marisa e Beto, respectivamente, levou os dois atores ao "Fantástico", onde eles cantaram "João e Maria", música que, na voz de Chico Buarque e Nara Leão, embalava o romance adolescente da trama. Glória e Lauro também viraram grandes amigos na vida real.

"Dancin' Days" foi um sucesso avassalador que deixou muitas marcas. Uma delas é a famosa cena final, quando as irmãs Júlia e Yolanda finalmente acertam as contas. No salão vazio de uma boate, as duas se atracam em uma luta feroz, até se reconciliarem. Foi um dos primeiros "barracos" das novelas, e até hoje é lembrado como inesquecível - vale lembrar que a cena foi inspirada no filme "Momento de Decisão" (1977), onde Shirley McLaine e Anne Bancroft duelavam em uma sequência bastante parecida.

Sônia Braga e Joana Fomm costumam lembrar em entrevistas que esta foi a última cena a ser gravada. No último dia de trabalho, o diretor Daniel Filho foi gravando cenas do elenco e dispensando os atores. Deixou para o final, propositalmente, a cena da briga e reconciliação das irmãs. Acertou em cheio: a emoção das atrizes era uma mistura de ficção com vida real.

Reginaldo Faria estreou na TV em “Ilusões Perdidas”, a primeira novela da Rede Globo em 1965. Depois ele fez “Paixão de Outono” e “Um Rosto de Mulher”, todas no mesmo ano. Deu um tempo, se dedicando apenas para o cinema e, 1972 foi pra TV Tupi fazer a novela “Tempo de Viver”. Voltou a dar um tempo na TV, se dedicando ao cinema. Começou a protagonizar novelas na Globo, depois do êxito que obteve com a interpretação do bandido carioca Lúcio Flávio Vilar Lírio, no filme Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia, de Hector Babenco (1977). Seu personagem Hélio, o discotecário de “Dancin’ Days”, foi o novo início em sua carreira na TV. Daí ele não parou mais de fazer novelas, sendo muito requisitado por Gilberto Braga e outros autores.

“Dancin’ Days” foi a primeira experiência de Marcos Paulo atrás das câmeras. O diretor tinha recém-chegado de Nova York, onde fizera um curso de direção de cinema. A convite de Daniel Filho, Marcos Paulo passou a integrar a equipe de diretores da novela ao lado de Dennis Carvalho e José Carlos Pieri.

Dancin’ Days foi à penúltima novela de Sônia Braga antes da atriz se afastar da TV por um longo tempo. Em 1980, Sônia protagonizou ao lado de Tony Ramos, a novela das sete “Chega Mais”, depois, ela se dedicaria a uma promissora carreira internacional, atuando em filmes para o cinema americano e série de TV dos EUA. Sônia Braga só retornaria à TV em 1999 – quase 20 anos depois – para fazer uma participação especial nos primeiros capítulos de “Força de um Desejo”, uma novela também de Gilberto Braga.

Carminha foi um grande papel para Pepita Rodrigues. A personagem caiu no gosto do povo e popularizou ainda mais a atriz. Depois do sucesso em “Dancin’ Days”, Pepita só voltaria às novelas em 1981, dessa vez vivendo Carmem, na novela das sete “O Amor é Nosso”, que não fez muito sucesso. Em seguida, a atriz passou um longo tempo fora do ar até retornar em 2005 para viver Diva na novela “A Lua Me Disse” de Miguel Falabella. Pepita foi casada com o saudoso ator Carlos Eduardo Dolabella e é mãe do também ator, Dado Dolabella.

Além da febre da discoteca, existiram outros modismos popularizados pela novela: Dancin’ Days foi tema, em 1978, de uma reportagem da revista americana Newsweek que destacou a influência da novela sobre os hábitos de consumo dos telespectadores. Além de lançar modismos, como meias coloridas de lurex, ícones de uma geração, a novela promoveu produtos como água-de-colônia e sandália de salto fino. Foram vendidas 400 mil bonecas Pepa, brinquedo da personagem Carminha (Pepita Rodrigues).

Em janeiro de 1979, a socialite carioca Leda Castro Neves construiu uma discoteca em sua mansão na Barra da Tijuca e distribuiu convites nos quais conclamava fãs de “Dancin’ Days” a comparecerem vestidas como os personagens da novela e realizarem o sonho de participar de uma das noites de festa e diversão que eram mostradas a cada capítulo. Dezenas de colunáveis atenderam ao chamado e passaram a frequentar a mansão dos Castro Neves. As mulheres vestiam peles de onça, calças de cetim, lamês e tecidos prateados semelhantes aos que a protagonista Júlia usava na novela.

Os figurinos de “Dancin’ Days” foram assinados por Marília Carneiro. Para a mudança da personagem Júlia Matos (Sônia Braga), a figurinista lançou as meias lurex com sandálias de salto alto fino e criou uma calça de jogging de cetim com listras laterais, para completar o visual que consagrou a novela.

Para vestir uma mulher tão exuberante como Júlia era preciso antes de mais nada, um guarda-roupas luxuoso e sofisticado. Por isso mesmo, Marília Carneiro desenhou modelos exclusivos e escolheu exóticos trajes nas mais badaladas boutiques cariocas, para aumentar o charme da personagem. Como a novela obteve uma incrível repercussão, as roupas de Júlia deixavam de ser privilégios da personagem, para fazer parte do guarda-roupas que as brasileiras aprovaram para o final de 1978 e verão de 1979.

Marília Carneiro chegou a fazer uma visita ao presídio feminino Talavera Bruce, em Bangu (RJ), para pesquisar a composição do visual da personagem Júlia Matos. Sônia Braga apareceu com os dentes escurecidos no início da trama para reproduzir a aparência de uma mulher que passou mais de dez anos na penitenciária.

Enquanto a maioria dos atores de “Dancin’ Days” aproveitavam o sucesso da novela e de seus personagens pra fazerem comerciais que não tinha nada a ver com a novela, Lídia Brondi chamava a atenção do público, seguindo o ritmo da novela. Através da personagem Verinha, que se tornava numa modelo bastante requisitada, a atriz apareceu em cena posando vestida numa “kanga” da Rakam. A bossa desse tecido, com duas pontas amarradas no busto, era novidade na época e prometia estourar no verão de 1979. Naturalmente, as fãs ligadas na novela, anotaram as dicas da Rakam para desfilarem na vida real, já que o produto estava a venda nas lojas de todo Brasil.

Gal Costa foi uma das celebridades que fizeram participação especial em “Dacin ‘ Days”. Ela apareceu numa festa na casa de Júlia (Sônia Braga) e cantarolou as músicas “Folhetim” e “Tigresa”.

Mário Monteiro assinou a cenografia de “Dancin’ Days”. Para a trama, ele criou três cenários fixos: a discoteca, o apartamento de Yolanda e a casa de Celina e Franklin.

Foram montados também nos estúdios Herbert Richers, no Rio de Janeiro, vários cômodos: 12 quartos, quatro banheiros, 14 salas de jantar, 16 salas de estar, uma loja de antiguidades e uma academia de ginástica.

Algumas gravações externas foram realizadas na discoteca Hippopotamus, no Rio de Janeiro.

"Dancin' Days" já estava na pauta dos remakes desde os anos 90. Em 1997, a Globo anunciou que faria uma nova versão da novela. Malu Mader, Glória Pires e Leandra Leal assumiriam os papéis de Sônia Braga, Joana Fomm e da própria Glória Pires, respectivamente. O axé music seria um dos temas principais, substituindo as discotecas e por estar no auge da moda nos anos 90. A novela seria exibida às 18h, mas esse remake foi descartado, e a Globo optou por um remake de "Pecado Capital"(1976) - que acabou indo ao ar em 1998. No mesmo ano, Glória Pires foi escalada para protagonizar o remake de “Anjo Mau”, de Cassiano Gabus Mendes com adaptação de Maria Adelaide Amaral.

Na época, surgiu também a possibilidade de uma reprise de "Dancin’ Days" no "Vale a Pena Ver de Novo", comemorando os 20 anos da novela. Mas essa ideia também foi descartada.

A formula de “Dabcin’ Days”, foi de certa forma revisitada 30 anos depois por João Emanuel Carneiro em "A Favorita" (2008). Flora (Patrícia Pillar) saía da prisão após alguns anos, acusada de assassinato e disputava sua filha Lara (Mariana Ximenes) com Donatela (Claudia Raia). A diferença é que Flora e Donatela não eram irmãs, e Flora era de fato uma criminosa psicopata.

Em 2010, Sonia Braga e Antonio Fagundes se reencontraram em cena no episódio “A Adúltera da Urcada” série “As Cariocas”, inspirada no livro homônimo de Sérgio Porto. Seus personagens foram batizados de Júlia e Cacá, assim como em “Dancin’ Days”, numa homenagem do diretor Daniel Filho à novela de Gilberto Braga.

“Dancin’ Days” foi reapresentada num compacto de uma hora e meia em 18 de fevereiro de 1980, como atração do Festival 15 Anos, apresentado por Glória Pires. Foi novamente reprisada entre 4 de outubro e 17 de dezembro de 1982, às 22 horas.

Foi reapresentada no “Video Show”, dentro do quadro Novelão, entre 1º a 12 de outubro de 2012, substituindo Cambalacho e sendo substituída por “Explode Coração”, em 10 capítulos.

O Canal Viva reprisou a novela em 2014.

Um 'remake' da telenovela dos anos 1970 "Dancin' Days" é a segunda co-produção entre a SIC e a TV Globo, e foi exibida em Portugal entre 4 de junho de 2012 e 27 de setembro de 2013, num total de 336 capítulos.

SIC e TV Globo fizeram uma parceria para produzir uma nova versão de "Dancin' Days", produzida em Portugal. A nova versão estreou em junho de 2012, com orçamento estimado em oito milhões de euros, segundo Luís Marques, um dos diretores do "remake".

A novela foi apresentada em cerca de 40 países, entre eles: Argélia, Bélgica, Bolívia, China, Colômbia, Espanha, França, Polônia, Portugal e Uruguai. Na Itália, chegou a alcançar um público médio de quatro milhões de espectadores por capítulo.

Em outubro de 2011, “Dancin’ Days” foi reedita e lançada em DVD pela Globo Marcas.

Por incrível que pareça “Dancin’ Days” foi uma das novelas de maiores sucessos da Rede Globo que nunca foi reprisada no “Vale a Pena Ver de Novo”.

Teve média geral de 59 pontos. Seu último capítulo marcou 78 pontos.

A trilha sonora internacional de “Dancin’ Days” vendeu quase um milhão de cópias. Mas, começando pela trilha sonora nacional, uma repertório recheado compôs essa trilha. Guilherme Arantes era um das mais tocadas. “Amanhã” era tema de Júlia, principalmente em sua fase depressiva, no começo da novela. Mas, o mais incrível da trilha nacional, foi, sem sombra de dúvidas “Dancin’ Days” com As Frenéticas.

A trilha internacional era a mais esperada. Mesmo antes de ser lançada, já começava a tocas algumas disco. As dançantes The Wages of Sin/Santa Esmeralda, Macho Man/Village People, The Wages of Si/Santa Esmeralda, Scotch Machine/ Voyage, Grand Tour/The Grand Tour eram as mais tocadas, tanto na discoteca 17, como na The frenetic Dancin’ Days. Algumas musicas tocaram a exaustam na novela, mas não fizeram parte da trilha sonora, como no caso de You And I/Rick James que tocou e tocou muito nos embalos de sábado à noite da novela “Dancin’ Days”, mas, curiosamente, não fez parte de sua trilha sonora internacional e foi, inacreditavelmente parar na trilha sonora internacional da novela das sete, “Pecado Rasgado” de Silvio de Abreu, na mesma época.

Trilha Sonora Nacional














1. "João E Maria" - Nara Leão - partic. esp. Chico Buarque
2. "Amante Amado" - Jorge Ben
3. "Antes Que Aconteça" - Marília Barbosa
4. "Guria" - Luiz Wagner
5. "Dancin' Days" - As Frenéticas
6. "Hora De União (Samba Soul)" - Lady Zu e Totó Mugabe
7. "Amanhã" - Guilherme Arantes
8. "Agora É Moda" - Rita Lee
9. "Kitche Zona Sul"- Ronaldo Resedá
10. "Solitude" (Solitude) - Gal Costa
11. "Copacabana" - Dick Farney

Trilha Sonora Internacional















1. "Dancin' Days Medley (Night Fever / Stayin' Alive / You Should Be Dancing / Nights on Broadway / Jive Talkin' / Lonely Days / If I Can't Have You / Every Night Fever)" - Harmony Cats
2. "Three Times a Lady" - The Commodores
3. "Scotch Machine" - Voyage
4. "The Wages Of Sin" - Santa Esmeralda
5. "You Light Up My Life" - Debby Boone
6. "The Grand Tour" - Grand Tour
7. "I Loved You" - Freddy Cole
8. "Macho Man" - Village People
9. "Follow You, Follow Me" - Genesis
10. "Gypsy Lady" - Linda Clifford
11. "Blue Street" - Blood, Sweat & Tears
12. "Rio de Janeiro" - Gary Criss
13. "Rivers Of Babylon" - Boney M.
14. "Automatic Lover" - Dee D. Jackson


Uma novela de Gilberto Braga
Direção de Daniel Filho, Gonzaga Blota, Dennis Carvalho, Marcos Paulo e José Carlos Pieri
Direção geral de Daniel Filho

Elenco:
Abelardo de Abreu - Álvaro
Anazelma – Marly
Antonio Fagundes – Cacá
Ary Fontoura – Ubirajara
Beatriz Segall – Celina
César Augusto – China
Claudio Correa e Castro – Franklin
Cleide Blota – Emília
Chica Xavier – Marlene
Diana Morel – Anita
Eduardo Tornaghi – Raul
Fernando Amaral – Cunha
Fregolente – Veiga
Gloria Pires – Marisa
Gracinda Freire – Alzira
Ivan Cândido – Aníbal
Ivete Milozsky – Stella
Jacqueline Laurence – Solange
Joana Fomm – Yolanda Pratini
Jorge Ramos – Diretor de Penitenciária
Jorge Reis – Motorista de Yolanda
José Lewgoy – Horácio
Júlio Luís – Paulo César
Lauro Corona – Beto
Lourdes Mayer – Esther
Lídia Brondi – Vera Lúcia
Maria Lucia Dahl – Maria Lúcia
Mário Lago – Alberico Santos
Mauro Mendonça – Arthur
Milton Moraes – Jofre
Mira Palheta – Bibi
Murilo Nery – Conselheiro Carrazedo
Neusa Borges – Madalena
Ney Latorraca
Orion Ximenes – Bandeira
Osmar de Mattos – Ricardo
Pepita Rodrigues – Carminha
Rachel Mazza – Neuza
Regina Vianna – Neide
Reginaldo Faria – Hélio
Rejane Schumann – Luciana
Renato Pedrosa - Everaldo
Rose Addario – Amiga de Hélio
Sandra de Campos – Dirce
Sandra Pêra
Selma Lopes – Jandira
Sônia Braga – Júlia Matos
Sura Berditchevsky – Inês
Suzana Faini – Anita
Suzana Queiroz – Leila
Yara Amaral – Áurea
Zeca – Edu


Produtor artístico: Sérgio Dionísio
Produtor administrativo: Anthony Ferreira
Coordenador de produção: Almeida Santos
Cenógrafo: Mário Monteiro
Figurinista: Marília Carneiro
Iluminador: Jorge Coelho
Sonoplasta: Roberto Rosemberg
Maquiador: Paulo Carias
Editores: João Paulo de Carvalho e Luiz Carlos Mascarenhas
Diretor de TV: Cassiano Filho
Continuistas: Antônio Carlos Marques e Débora Regina Rocha
Equipe de produção: Ronaldo Meirelles, Carlos Alberto Marins e Avehorne Wanderley
Equipe cenográfica: Marcus Monteiro e Pedro Félix
Figurinista assistente: Elizabeth Filipeck
Cabeleireiras: Lucimar Rocha e Lourdes Ribeiro
Assistente de maquiador: Arlete de Paula e Therezinha de Souza
Equipe de guarda-roupa: Laurita Leite, Deolinda Severo, Celso Santos, Jonas Monteiro, William de Souza, Gustavina Gomes, Lucy Diniz, Maria da Penha e Neuza Teixeira
Equipe de contra-regras: Homero Tortelote, William Amaral, Silvio Justino, Pedro Garcia, Hélio Guimarães, José Pereira e Luiz Felipe
Abertura: Hans Donner
Trilha sonora: Som Livre
Produção musical: Guto Graça Mello
Coordenador musical: João Aráujo
Coreógrafo: Carlinhos Machado
Chefia de operações: Joel Motta
Supervisores técnicos: Nélio Garcia e Ivan Ferreira
Operadores de câmera de estúdio: Luiz Alberto, Sérgio Costa e Marcio Tanaka.
Operadores de câmera portátil: Pedro Pelicano
Operador de vídeo-tape: Antonio Fernando Silva
Operadores de áudio: Rodrigo Antônio, Mazoel de Lima, Pedro de Oliveira e Marcílio Tavares Alves
Supervisão: Daniel Filho




Fontes: ARQUIVO MUNDO NOVELAS
Rede Globo
Wikipédia 
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