"Só queria lembrar que a gente não está em um show de verdade. Cantem e dancem, mas minimamente controlados porque é uma gravação". A mensagem, transmitida através do microfone pelo diretor de "Tapas e Beijos" Maurício Farias, foi dada aos 300 fãs que estavam na plateia para assistir uma minúscula apresentação da Banda Calypso. Joelma e Chimbinha fazem uma participação especial no seriado que vai ao ar no dia 7 de junho e tem como mote o Dia dos Namorados, comemorado no dia 12 do mesmo mês. Mas na tarde desta segunda-feira (23), ao avistarem Joelma no palco montado no estúdio F do Projac, na zona oeste do Rio de Janeiro, foi difícil conter a euforia. A própria cantora ajudava a manter a ordem, levando o indicador à boca, pedindo para que as pessoas fizessem silêncio para ouvir as instruções do diretor. "Tenho o maior respeito do mundo pelos nossos fãs. Três pessoas que estão nessa plateia vieram do Mato Grosso só para nos ver", disse Joelma pouco antes de subir ao palco.
Nos intervalos, enquanto esperava um "ok" do diretor, Joelma mandava beijos e respondia as perguntas da plateia, formada por pessoas do fã-clube da banda. As 300 pessoas que fizeram a figuração foram selecionadas através de uma ação no Orkut oficial da dupla. No palco, Joelma e Chimbinha cantaram "Entre Tapas e Beijos", que é a música de abertura do seriado, e "Cavalo Manco", que tornou a Banda Calypso conhecida nacionalmente. Mas Joelma também mostrou seu lado fã. A cantora confessou que não perde um episódio do seriado. "Só perdi um porque a gente estava no avião. Mas depois consegui ver pela internet", contou ela.
Por conta disso, a dupla apertou a agenda de shows e arranjou um tempo para ir ao Rio de Janeiro fazer a gravação. "A Globo ligou para o nosso empresário e ele nos comunicou. A gente ama a série e deu um jeito de vir", disse Chimbinha. Esta não é a primeira vez que a banda faz uma participação em um programa da emissora. "A gente já esteve em 'Toma lá, Dá cá', 'Casseta & Planeta' e 'A Turma do Didi'", lembrou o guitarrista.
No episódio, Fátima (Fernanda Torres) compra dois ingressos para comemorar o Dia dos Namorados com Armani (Vladimir Brichta) no show da Banda Calypso. Só que, como a data cai em um domingo, Armani não pode acompanhar a amante porque os finais de semana são exclusivos de sua mulher oficial. Chateada, Fátima vende os ingressos para Flávia (Fernanda de Freitas), que tenta convencer Djalma (Otávio Müller) a sair de casa no Dia dos Namorados. "Djalma prefere pedir uma pizza e comemorar em casa mesmo. Ele já está velhinho", brincou Otávio.
No final das contas, todos vão ao show. Até Sueli (Andréa Beltrão) e Jurandir (Érico Brás). Armani, é claro, tem que mentir para a mulher, dizendo que vai assistir ao jogo do Flamengo. Por causa disso, aparece no show com a camisa do time, corneta, bandeira e um radinho de pilha. "Ele tem medo de que, ao voltar para casa, a mulher queira que ele conte como foi o jogo", explicou Vladimir, que na vida real torce pelo Bahia.
A gravação demorou para ser encerrada. Joelma cantou "Entre Tapas e Beijos" quatro vezes. O estúdio, reservado para as 13h, só foi liberado às 19h. "A gente sabe que este tipo de gravação demora mesmo porque tem muita gente envolvida. Acho que faz parte da profissão do ator. No teatro, a gente ensaia três meses para encenas duas horas no palco. Hoje é um dia especial. A gente fica excitado com essa visita. Joelma é linda. Já 'bati cabeça' para eles e tudo. Estou muito feliz com essa gravação. Gosto da Banda Calypso como gosto de Paul MacCartney", contou Andréa.
Nos bastidores, Andréa era mesmo uma das mais animadas com a presença da Banda Calypso no Projac. "Nos anos 90 eu tinha uma banda e tocava muito no bar do 'Seu Beltrão', em Belém. Olha só que coincidência", disse Chimbinha, se referindo ao pai da atriz. Desde que a Banda estourou, Andréa acompanha a trajetória de Joelma e Chimbinha. "Via os dois na TV. Ganhei um DVD com o show da dupla e fiquei apaixonada", afirmou ela.
Fernanda Torres foi apresentada à Calypso através de Andréa. "Fiquei fascinada quando conheci Joelma e Chimbinha. Os dois tiveram que abrir um buraco na agenda deles. Achei um barato a banda estar aqui", afirmou a intérprete de Fátima. Érico Brás, o Jurandir, também ficou fã de Calypso por causa de Andréa. "Ela me trouxe um CD e eu não paro de escutar", disse o ator. Otávio Müller a performence de Chimbinha na guitarra. "Ele é um grande guitarrista. Eu acho a guitarra dele especial. mas não tenho discos da banda. Em casa, só tenho Cds do João Gilberto".
Por Fábia Oliveira
UOL
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