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sexta-feira, 11 de junho de 2010

NORMA BLUM (ARTISTA)



"Feridas profundas na auto-estima e culpas antigas podem ser eliminadas sem grandes sofrimentos. Uma frase marcou muito a minha adolescência, contida num livro de máximas de sabedoria árabe. “Ninguém é seu amigo ou inimigo. Os outros são apenas os seus instrutores.” Pensando nisto, sempre que alguém me causava dor, eu perguntava: que lição devo aprender com isto? A vida é fascinante quando mantemos uma atitude receptiva. Tudo e todos podem nos servir de lição."
Norma Blum
Fonte: Revista Vida Simples- setembro de 2003.

Veterana atriz de talento, sucesso e de grandiosa beleza interior e exterior. Memória viva da TV, do Teatro e do Cinema brasileiro, com extrema experiência e vivencia, associada a uma doçura de pessoa e valorosa humildade. Assim descrevo Norma Blum. Nascida em 11 de outubro de 1939, no Rio de Janeiro.


Ainda criança, Norma Blum começou a despertar suas aptidões artísticas. Aos nove anos, estreou no teatro, interpretando uma fadinha, aos 12 anos, ingressou na Rede Tupi, dando aulas de inglês como assistente de seu pai, o professor Robert Blum. Durante as aulas, Norma Blum representava e tocava violão, acontecimentos que despertaram interesses dos produtores da Tupi, a levando para participar do programa Câmera Um, de Jercy Campos, que contava com apenas uma câmera para as gravações. Aos 14 anos, a atriz iniciou sua carreira no cinema e em 1954, passou a integrar o elenco fixo de atores da Tupi, participando da maioria dos programas da época, como Teatro de Comédia, comandado por Mauricio Sherman, O Grande Teatro Tupi, dirigido por Sérgio Britto e Fernando Torres, e o Teatrinho Trol, de Fábio Sabag.


Norma Blum também ingressou nas novelas, a partir de “A Canção de Bernadete” interpretando Nossa Senhora de Lourdes, novela do horário nobre que era realizada ao vivo na Tupi. Além dos trabalhos e atuações na Tupi, esteve também em outras emissoras como TV Excelsior, TV Rio e TV Continental. Paralelamente a carreira na televisão, Norma Blum graduou-se em letras, pela universidade Santa Úrsula. É fluente em cinco idiomas e trabalhou como tradutora de novelas da Rede Globo, exportadas para o exterior.

Em 1964, era inaugurada a TV Globo e Norma Blum estava presente, como integrante do elenco da emissora estreante. Romance da Tarde, foi o primeiro trabalho na TV Globo, onde apresentava filmes e fazia entrevistas com atores e cantores. Na fase inicial da Rede Globo, Norma Blum participou ainda dos especiais de Dercy Gonçalves e de novelas como “Ilusões Perdidas (1965)” a primeira novela da TV Globo. Escrita por Enia Petri, com direção e produção de Líbero Miguel, posteriormente substituído por Sérgio Britto. Ilusões Perdidas foi produzida pela TV Globo de São Paulo, antiga TV Paulista, na época recém-comprada por Roberto Marinho.

A novela tinha Leila Diniz, no papel de vilã, e Reginaldo Faria protagonizando a trama, formando um par romântico. No Rio de Janeiro, Ilusões Perdidas foi inicialmente exibida às 19h30, de segunda a quarta-feira. A partir de maio, passou a ocupar o horário das 22h, de segunda a sexta-feira.

Elenco: Emiliano Queiroz, Joana Duarte, Marcos Granado, Norma Blum, Osmar Prado, entre outros.

Norma Blum ainda atuou em “A Gata de Vison (1968)”, dirigida por Fábio Sabag. Também comandou, ao lado de Hilton Gomes, a apresentação do Festival Internacional da Canção de 1968 e 1969, quando se afastou da Rede Globo para viajar em uma temporada teatral.


Voltava para TV Globo, em 1975, através de um convite do diretor Geraldo Casé, para estrelar o infantil, “Pluft, o fantasminha”. No mesmo ano, participava como protagonista da novela “Senhora”, adaptada por Gilberto Braga e dirigida por Herval Rosano, exibida às 18h. Foi também a primeira novela a cores das seis na Globo. Na trama, ela viveu a personagem Aurélia Camargo, herdeira de uma grande fortuna que esconde uma antiga relação com Fernando Seixas (Cláudio Marzo), famoso jornalista da Corte, que se torna seu marido em um casamento por conveniência.


Em 1976, a atriz voltava em mais um grande papel, numa novela adaptada por Gilberto Braga, novamente para as 18h na Globo. Se tratava da novela “Escrava Isaura”, vivendo a personagem Malvina. No elenco, nomes como Rubens de Falco, Lucélia Santos, Roberto Pirilo, Edwin Luise entre outros. Anos mais tarde, em 2004, Norma Blum representava novamente um papel em “A Escrava Isaura”, dessa vez produzida pela Rede Record. Sua personagem se chamava Gertrudes, a mãe de Leôncio(Leopoldo Pacheco), o vilão da novela.


Em 1981, Norma Blum interpretava a vilã Frau Herta, na primeira versão de “Ciranda de Pedra’ para a TV. Numa adaptação de Teixeira Filho, a personagem marcou sua carreira, além de trabalhar mais uma vez, ao lado de Lucélia Santos e Roberto Pirilo, como em “Escrava Isaura”.


Além destas, Norma Blum esteve no elenco de muitas novelas da Rede Globo, como Bravo! (1975), Vejo a Lua no Céu (1976), Marina (1980), Elas por Elas (1982), Sinhá Moça (1986), Bambolê (1987) e Lua Cheia de Amor (1990), entre outras. A atriz também esteve no elenco de muitos episódios do Caso Verdade e de minisséries como Anos Rebeldes (1992), que marcou seu segundo afastamento da televisão.

Depois que resolveu dar um tempo da TV, Norma Blum passou a escrever livros e ministrar cursos, tendo voltado às novelas em agosto de 2001 em uma produção do SBT, a “Pícara Sonhadora”.


Já a partir da infância, experimentou fenômenos paranormais, sem entender sua origem e significado. Com ligação espiritual muito forte, conseguia enxergar anjos e seres de luz, mantendo uma sintonia espiritual, numa consciência cósmica, sem saber dominá-la. Na adolescência, começou a pesquisar e estudar diversas religiões para começar a compreender suas visões. A Mitologia, foi um dos estudos da atriz, em busca de uma resposta espiritual. Da mitologia, passou para psicologia de Jung, além de freqüentar a doutrina Kardecista, ainda numa época em que o espiritismo era visto com bastante preconceito e taxado como doutrina de loucos. Mesmo assim, a atriz não desistiu de suas crenças e passava a freqüentar as reuniões espíritas, escondida da imprensa e preservando sua carreira artística para se livrar do preconceito.

Depois de participar da minissérie “Anos Rebeldes” de Gilberto Braga, em 1992 na Globo, Norma Blum começou uma turnê teatral com a peça “Além da Vida” de Chico Xavier. Nesta época, a atriz sentiu enorme desejo de dedicar-se a uma carreira holística e escrever livros sobre o assunto, mas não tinha tempo por conta da carreira artística.

“Senti que precisava de tempo para escrever. Queria me interiorizar e se continuasse trabalhando com a dramaturgia não conseguiria ter sossego para me dedicar a espiritualidade. Por isso, decidi parar no final de 1992. Em 93, comecei a dar cursos de auto-ajuda, de transformação pessoal e, em dezembro, publiquei meu primeiro livro "Exorcize sua bruxa madrinha".
Desde então, Norma Blum se dedicou a escrever livros sobre espiritualidade, reflexão e auto ajuda. Veja os trabalhos da atriz, como autora:


EXORCIZE SUA BRUXA MADRINHA - É um manual de auto-ajuda baseado em análise transacional, contos de fadas e neurolingüística. Lançado pela editora gente atingiu sete edições. Em 1997 foi lançado na espanha pela editora obelisco. Livro esgotado no momento.


ARENA DE ESPELHOS - É uma viagem de sonho aos reinos da transformação pessoal, em forma de um divertido texto rimado, contando a lenda de duas almas gêmeas. Doze máscaras em tamanho natural compõem este kit de magia, para que o leitor possa brincar com o mito teatralizado em casa ou na escola. A edição de sete mil exemplares, lançada em 1995, está esgotada desde 1996.


PALAVRA DE ANJO - Livro de bolso lançado pela editora gente em 1995 é um oráculo que traz as mensagens angélicas para o dia-a-dia pode ser usado ao acordar ou em momentos de crise indicando, através do fenônemo da sincronicidade, a resposta exata para o momento. "Palavra de anjo" teve quatro edições e está esgotado.


FALANDO COM ANJOS - Teve seu lançamento oficial durante a XIVª Bienal internacional do livro em São Paulo, Pela Editora gente e alcançou várias edições. É um livro de bolso para transformação de energias negativas em positivas através da consulta aos anjos. Atualmente esgotado.

ENERGIA POSITIVA - Afirmações para uma Vida Feliz .

E ainda o CD Meditação e Relaxamento com Norma Blum
(para um dia feliz e uma noite relaxante)

“Trabalho com astrologia, interpretação do mapa (astral) natal, sinastria (compatibilidade entre duas pessoas), consulta de tarot, vivências e tenho me dedicado muito ao "Jogo da Transformação".
Anos depois, mais uma vez retornava para Rede Globo, participando de uma temporada da novelinha teen “Malhação”. Entre 2007 e 2008, fazendo a personagem Dionísia. No ano seguinte, participava da série “Tudo Novo de Novo”, ainda na Rede Globo, como Dona Luci.



Seu ultimo trabalho na TV, foi como irmã Andréia, uma diretora de um tradicional colégio no Rio de Janeiro, na novela “Cama de Gato”, da Rede Globo.

A sintonia anda péssima na televisão. Muitos programas de baixaria, degradação da família, violência. As pessoas se alimentam de lixo. Impossível não comparar com a época de Roma, onde os espectadores iam até as arenas vibrar com os gladiadores. Hoje, temos uma grande arena eletrônica. As crianças estão expostas às informações ruins e os adultos são massacrados pela violência. Tudo ficou muito banalizado.

A televisão precisa ter uma proposta melhor. É preciso deixar de copiar o pior. A TV é um veículo importante de informação e, principalmente, de formação cultural e educacional. Infelizmente, a maioria dos programas estão atuando com veículos de deformação. É necessário cada um questionar o seu papel.

Em entrevista para a jornalista Simone Cunha


Atuação em Novelas

ILUSÕES PERDIDAS (1965) de Enia Petri, direção de Líbero Miguel
Primeira telenovela da TV Globo

O HOMEM PROIBIDO (1967) de Gloria Magadan, direção de Daniel Filho
Personagem: Pamela

A GATA DE VISON (1968) de Glória Magadan, direção de Daniel Filho, Walter Campos e Fábio Sabag

A ÚLTIMA VALSA (1969) de Glória Magadan, direção de Fábio Sabag
Personagem: Clara

PLUFT O FANTASMINHA (1975) de Maria Clara Machado, adaptação e direção de Geraldo Casé
Personagem: Maribel

SENHORA (1975) de José de Alencar, adaptação de Gilberto Braga, direção de Herval Rossano
Personagem: Aurélia Camargo (trabalho marcante

BRAVO (1975) de Janete Clair, direção de Fábio Sabag
Personagem: Elvira (participação especial)

VEJO A LUA NO CÉU (1976) adaptação de Sylvan Paezzo, direção de Herval Rossano
Personagem: Suzana (trabalho marcante)

ESCRAVA ISAURA (1976) adaptação de Gilberto Braga, direção de Herval Rossano e Milton Gonçalves
Personagem: Malvina

MARINA (1980) de Wilson Aguiar Filho, direção de Herval Rossano
Personagem: Sônia

CIRANDA DE PEDRA (1981) adaptação de Teixeira Filho, direção de Reynaldo Boury
Personagem: Frau Herta (trabalho marcante)

ELAS POR ELAS (1982) de Cassiano Gabus Mendes, direção de Paulo Ubiratan
Personagem: Marieta

SINHÁ MOÇA (1986) de Benedito Rui Barbosa, direção de Reynaldo Boury e Jayme Monjardim
Personagem: Nina

BAMBOLÊ (1987) de Daniel Más, direção de Wolf Maya
Personagem: Carmem

LUA CHEIA DE AMOR (1990) de Ana Maria Moretzsohn, Ricardo Linhares e Maria Carmem Barbosa, direção de Roberto Talma
Personagem: Maria Cecília

ANOS REBELDES (1992) de Gilberto Braga, direção de Dennis Carvalho
Personagem: Valquíria

PÍCARA SONHADORA (2001) de Henrique Martins e Jacques Lagoa (SBT)
Personagem: Leonor Lucchini

CELEBRIDADE (2003) de Gilberto Braga, direção de Dennis Carvalho
Personagem: Hercília

A ESCRAVA ISAURA (2004-Record) Novela de Thiago Santiago
Personagem: Gertrudes

FLORIBELLA (2005-Band)
Personagem: Corina

ALTA ESTAÇÃO (2006-Record) de Margareth Boury
Personagem: Dona Sofia

MALHAÇÃO (2007-2008)
Personagem: Dionísia

TUDO NOVO DE NOVO (2009)de Carlos Gregório
Personagem: Dona Luci

CAMA DE GATO (2009) de Duca Rachid e Thelma Guedes
Personagem: irmã Andréia


Atuação no Cinema


Em sua carreira cinematográfica, recebe prêmio pela interpretação de Dália em “O Beijo”, de Flávio Tambellini. Veja agora os filmes que a atriz atuou:

1987 - Vera
1987 - Sonhos de menina-moça
1984 - Jeitosa, um assunto muito particular
1982 - Amor de perversão
1976 - O casamento
1975 - A extorsão
1968 - Vidas estranhas
1968 - As sete faces de um cafajeste
1965 - Pluft, o fantasminha
1965 - O beijo
1962 - Assassinato em Copacabana
1961 - O Dono da Bola
1961 - Mulheres e milhões
1960 - Minervina vem aí
1960 - Cala a boca, Etelvina


Atuação no Teatro

2003 - O despertar dos anjos, de Gabriel Veiga Castellani
2000/ 2001 - E a vida continua, de Chico Xavier
1996 a 1998 - Francisco e Clara
1989 / 1989 a 1992 - Além da vida, de Chico Xavier
1989 - Tutti buona gente
1988 - Os amores de Casanova
1982 / 1983 - Adorável Júlia, de Somerset Maugham
1981 / 1982 - A bomba de Elizabeth, de Álvaro Valle
1976 / 1077 / 1078 - Cinderela do petróleo, de João Bethencourt
1966 - As inocentes do Leblon, de Barillet e Gredy
1965 - Electra, de Sófocles
1964 - Weekend, de Noel Coward
1964 - A quinta cabeça, de Marcel Aymé
1962 /1963 - A terceira pessoa, de Andrew Rosenthal
1962 - Oscar, de Claude Magnier
1962 - Você pode ser pai, de Alexandre Bisson e Vast Ricouard
1959 - Nossa cidade, de Thornton Wilder



Nestes mais de cinquenta anos de carreira, a atriz recebeu premiações e homenagens, como nesta da foto a esquerda, em maio de 2007, onde recebeu da FALASP, um prêmio e o titulo de Dama Comendadora da Real Ordem do Mérito Dom João VI de Portugal, referente ao conjunto de sua obra na TV, cinema e radio, na época, com 53 anos de carreira.

Por ultimo, em abril de 2009, Norma Blum ganhou o “Prêmio Mulher Linda Mulher”, recebendo o troféu de cristal esculpido a mão. O evento aconteceu na Associação "A Hebraica" de São Paulo. Mais de cinquenta mulheres do mundo artístico, empresarial e do terceiro setor, que são destaque no cenário nacional, foram homenageadas pela empresária Adela Villas-Boas. Como mostra a foto a direita.


Na foto, Sérgio Teixeira e César Negrão no Projac, ao lado da atriz Norma Blum


“Tudo é um desafio, mas tenho sempre em mente que hoje é infinitamente melhor que ontem e amanhã será muito mais ainda...”
Norma Blum


Matéria:
Sérgio Teixeira

Fontes:
Arquivo Mundo Novelas
Site Norma Blum
Memória Globo
Wikipédia
Dramaturgia Brasileira
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