Francisco Cuoco, Regina Duarte e Dina Sfat, formaram um dos triângulos amorosos mais famosos da teledramaturgia brasileira. Os atores também foram protagonistas de uma das novelas de maior audiência da história da TV brasileira, escrita por Janete Clair.
“Selva de Pedra” marcou o telespectador desde o primeiro capitulo. A conquista foi geral, tornando a novela inesquecível e transformando-se num dos grandes clássicos da telenovela brasileira.
A ascensão do jovem interiorano Cristiano Vilhena (Francisco Cuoco), que, seduzido pelo poder, põe em risco sua felicidade ao lado da mulher, Simone (Regina Duarte), é o mote da trama. A ambição aproxima o protagonista do vilão Miro (Carlos Vereza), capaz de tudo para eliminar qualquer obstáculo à ascensão social de Cristiano e, por tabela, à sua própria.
O jovem Cristiano Vilhena leva uma vida simples e sem maiores perspectivas em Campos, no interior do Rio de Janeiro. Seu pai, o beato Sebastião (Mário Lago), é um pastor evangélico que o obriga a tocar o bumbo durante seus sermões na praça da cidade.
A família de Cristiano sobrevive do pouco dinheiro que ganham vendendo medalhas e flores artificiais durante os sermões.
Alvo da zombaria dos outros rapazes, Cristiano acaba brigando com um deles, que puxa uma faca e, durante a briga, acaba sendo vítima de sua própria arma, morrendo em seguida.
A única testemunha da cena é a jovem escultora Simone Marques (Regina Duarte): sabendo que Cristiano é inocente, ela o abriga em sua casa. Com medo de ser acusado pela morte do rapaz, Cristiano deixa a cidade com Simone para morar no Rio de Janeiro (na Guanabara, antiga capital fluminense).
Na cidade grande, Cristiano e Simone se apaixonam e se casam. Os dois vão morar na pensão de Fany (Heloísa Helena).
A chegada ao Rio, traz muito mais problemas para Cristiano. Desemprego, fome, falta de acomodação. O desespero vai tomando conta de Cris, deixando-o sem saída para os problemas.
Enquanto Simone investe na carreira de artista plástica, Cristiano se torna amigo de Miro, um aproveitador que, ao perceber no jovem interiorano a ambição e o desejo de vencer na vida, estimula-o a entrar em contato com seu tio Aristides (Gilberto Martinho), irmão de seu pai, Sebastião.
Os irmãos Aristides e Sebastião herdaram o estaleiro Celmu, de propriedade do pai. Sebastião, decidido a se tornar beato, doou a sua parte para instituições de caridade, enquanto Aristides prosperou como dono do estaleiro – embora tenha tentado ajudar o irmão, seu auxílio sempre foi recusado.
Graças a um plano de Miro, Cristiano consegue conhecer o tio. Os dois simulam um assalto na saída de uma festa, no qual um colar da mulher de Aristides, Laura (Arlete Salles), é roubado. Fingindo enfrentar os assaltantes, Cristiano e Miro recuperam a joia e a devolvem, ganhando a simpatia do empresário. Quando descobre que Cristiano é seu sobrinho, Aristides contrata os dois.
Cristiano começa a se destacar no trabalho no estaleiro e a frequentar a casa de Aristides, estreitando laços com o tio, o primo Caio (Carlos Eduardo Dolabella) e sua noiva Fernanda (Dina Sfat). Fernanda se interessa por ele, e os dois se envolvem, já que Cristiano não conta a ninguém que é casado. Sabendo que o noivado de Fernanda e Caio vai mal e está prestes a chegar ao fim, Aristides vê com bons olhos a perspectiva de um casamento da moça com seu sobrinho: Fernanda detém 46% das ações do estaleiro, e seu marido seria o acionista majoritário da empresa.
Cada vez mais confuso e seduzido pelo poder, Cristiano chega a terminar a relação com Simone, sem saber que ela está grávida. Decepcionada, ela se recusa a aceitar o desquite e o abandona na pensão, indo morar na casa que usa como estúdio, em Petrópolis, na região serrana do Rio.
Miro vê em Simone o principal obstáculo à ascensão social de Cristiano e, por tabela, à sua própria, e sugere que ele elimine a esposa. Cristiano se revolta com a proposta, e os dois brigam.
Enquanto Cristiano sai decidido a pedir perdão a Simone e abandonar o emprego no estaleiro, Miro envia para a casa de Petrópolis uma carta endereçada ao amigo na qual, entre outras coisas, reafirma que ele devia matar a mulher. Depois, decide ir falar pessoalmente com Cristiano. Nesse meio tempo, Simone lê a carta e passa a acreditar que Cristiano está planejando seu assassinato. Desesperada, ela foge de casa, junto com a empregada da casa, Madalena (Tamara Taxman), que entra no carro, preocupada com o estado transtornado da patroa. Nesse exato momento, Miro surge de táxi e, acreditando que Cristiano está fugindo dele com Simone, inicia uma perseguição.
Durante a fuga, o carro de Simone capota na estrada Rio-Petrópolis e se incendeia. Madalena morre. Simone escapa com vida, mas perde a criança. Deixando que todos acreditem que está morta, Simone vai embora do Brasil.
Simone está presa a uma cadeira de rodas, devido o acidente na Serra de Petrópolis, do qual só escapou por milagre. Este acontecimento marca uma mudança em Simone, tornando-a numa mulher mais madura e um pouco amarga.
Tempo depois, livre da cadeira de rodas, Simone vai se esconder em Paris, coma ajuda do amigo e ator Jorge Moreno, que lhe consegue uma bolsa de estudos para desenvolver sua aptidão com as esculturas.
Em Paris, Simone vai tomando aos poucos, consciência de sua vida e de tudo que sacrificou por Cristiano, além de todas as frustrações que estes anos lhe deixaram. Simone resolve tirar proveito de sua profissão, escultora, para lucrar a mudar de vida.
Cristiano Vilhena se torna um homem atormentado pela culpa, desde o acidente com Simone. Ele não consegue trabalhar, bebe como um louco e agride todo mundo. Fernanda se torna a solução para Cristiano, que está contornando a situação suavemente, tentando ajudá-lo, enquanto ele pensa na mulher que morreu e passa horas a olhar suas fotos, seus trabalhos de escultura. Está só no começo de seu sofrimento, porque vai acabar descobrindo que não ama Fernanda e que para não fazê-la sofrer será melhor a separação.
Cristiano é um home comum, de boa índole, um simplório que foi educado na miséria, levado pela crença do pai. Carrega consigo um trauma, construiu um mundo na sua imaginação, achando que o ideal era que estivesse repleto de dinheiro, para que pudesse comprar tudo aquilo que um dia sonhara. Ele passa por um processo natural, para que no final encontre sua verdade. Vai compreender que dinheiro não é tudo, que o homem vale pelo o que é – principalmente por seu caráter e dignidade – e não pelo que tem. Mas Cristiano ainda vai demorar muito para chegar a essa definição. Ele vai pagar principalmente por ter subestimado o verdadeiro amor, que foi Simone. Na hora de decidir, no momento em que travou sua luta contra o bem e o mal, decidiu-se pelo bem. Mas a fatalidade o separou de Simone.
Cristiano é dado como viúvo e marca o casamento com Fernanda. Mas o rapaz se sente responsável pela morte da mulher e, culpado, deixa Fernanda no altar.
Aristides morre logo em seguida e deixa a maior parte de suas ações no estaleiro para o sobrinho, que se torna o presidente do Celmu.
Aristides que já tivera o primeiro enfarto, após uma discussão com Mestre Pedro vem a sofrer o segundo. Pressentindo a proximidade da morte, dita seu testamento, deixando a Cristiano, todas as suas ações da Celmu S/A. Dias depois, Aristides morre. Aberto o testamento, verifica-se para surpresa de todos que Cristiano tornara-se o maior acionistas dos estaleiros.
“Pode parecer um absurdo, eu sei. Mas eu me sinto como se estivesse às vésperas de um encontro com Simone. Parece que estou me preparando emocionalmente para uma hora em que ela vai chegar e eu vou poder pedir o seu perdão e mostrar pra ela o quanto eu mudei, exclusivamente por causa dela.” Foi o que Cristiano falou. Um homem em guerra. No principio, era apenas uma guerra surda contra Caio (Carlos Eduardo Dolabella), que se sentia frutrado por perder para Cristiano o amor de Fernanda. Mas depois que deixou Fernanda, esperando por ele, em vão, num altar, Cristiano teve de enfrentar também o ódio da mulher que tanto o amou. Caio e Fernanda, casados, são seus inimigos de morte. Principalmente depois de conhecerem o testamento de Aristides Vilhena, pai de Caio e tio de Cristiano, que entregou ao sobrinho, após sua morte, o controle das ações do estaleiro Celmu. É a riqueza, finalmente para Cristiano. A fortuna que ele perseguiu durante toda a vida, até com as armas da ambição, e que acabou custando muito caro a Cristiano, pois nunca deixou de sentir-se culpado pela suposta morte da esposa Simone, que ela não desconfiava estar viva. Cristiano também sabe o que o espera, na luta contra Caio e Fernanda, pela direção do estaleiro.
A mãe e irmãs de Cristiano: Berenice, Diva e Zelinha, nunca se acostumaram a vida de Fausto. Com Cristiano virando o herdeiro dos estaleiros, elas mudam completamente suas vidas.
Diva (Dorinha Durval) veio do interior e foi a única da família de Cristiano que não conseguiu assimilar a nova vida de ricos numa cidade grande. Curtiu uma grande paixão por Miro, que procurou usá-la para prejudicar Cristinao. Não conseguindo seu objetivo, abandonou-a. Curada da paixão por Miro, Diva resolve tomar aulas de boas maneiras com Horário Delgado, sem grandes resultados. Finalmente, auxiliada pelo mordomo da família, ela se torna uma dama. Mas a situação de Miro piora sensivelmente depois que Mestre Pedro contra a Caio as sujeiras praticadas pelo rapaz no estaleiro.
Uma nova mulher, Diva encontra um novo amor e esquece Cristiano. Ela se casa com Sales (Francisco Milani), administrador de Cristiano.
Fanny (Heloisa Helena) sempre foi dona de um talento e simpatia contagiante. A carioca, dona da pensão onde Cristiano morou logo quando chega no Rio, fica com uma dívida de gratidão com o rapaz, quando este a ajuda a adquirir a pensão, no momento que estava preste a perder a casa. Fanny havia sido intimada a comprar o imóvel ou devolvê-lo, para que fosse demolido e desse lugar a um enorme edifício. Fanny também tem a chance de voltar ao teatro rebolado.
Fanny adora seu ajudante Pipoca (Antônio Ganzarolli), que está sempre ao seu lado e colabora em tudo no que diz respeito ao funcionamento da pensão Palácio.
Na pensão Palácio, finalizam os preparativos para o espetáculo do retorno de Fanny aos palcos. Os ensaios ocorrem na própria pensão. O grupo de coristas, assistidos pelo palhaço pipoca, dão os últimos toques antes do grande espetáculo.
Viúva, Laura (Arlete Sales), incompreendida pelos filhos do marido, abandona a casa em que vivera com ele. Pouco mais tarde, vem conhecer o banqueiro Bartolomeu, com quem vem a casar. Era sua quarta festa de núpcias. Moribundo ao casar, Bartô rejuvenesce após a cerimônia.
O comportamento de Laura é explicado pelo seu passado. Criada num orfanato, criança muito pobre e rejeitada, ela cresceu com a fascinação do dinheiro e dos objetos. Bonita e atraente, mas quase vulgar, Laura procurava nos maridos velhos e milionários um meio de dá vazão aos seus caprichos e futilidades.
O primeiro foi Aristides Vilhena, um grande empresário. Enquanto viveu, curvou-se a todas as suas extravagâncias e sentiu-se feliz com a mulher.
Mas seu luto não durou muito tempo. Depois da morte de Aristides, com sua conta corrente no banco acrescida de mais alguns milhões, logo conheceu Polidoro Monteclaro, um coroa, por coincidência, também milionário. Mas Polidoro resolveu se casar um pouco velho demais. Desgastado pelos longos anos de solteiro e com o organismo já sem resistência, Polidoro foi incapaz de acompanhar as extravagâncias de Laura. A simples proximidade daquela mulher vulcão, era um alerta para seu coração comprometido. Numa festa, quando inaugurava uma estatua de Laura esculpida por Simone, Polidoro não aguenta a emoção e cai morto no chão. E pela segunda vez, a viúva chora ao lado do caixão do marido. Mas com os olhos ainda embaçados com as lágrimas, admira a cabeça branca do fazendeiro Bartolomeu, dono de uma estância no sul do país, com quem logo em seguida estará casada.
Oswaldo (Kadu Moliterno), era o jovem motorista de Laura, que mantinha um caso com ela.
Héloise Katsuky e Roger Martin, são os empresários de Rosana Reis. Héloise é dona de uma galeria de arte em Paris, famosa em todo o mundo cultural.
O triangulo amoroso formado entre Cristiano-Fernanda-Caio, se desfaz. Fernanda se casa com Caio e juntos lutarão para destruir Cristiano. Todo amor de Fernanda por Cristiano, transformou-se em orgulho ferido e ódio e ela só deseja se vingar do romance frustrado.
Fernanda e Caio casam-se e assim 45% da Celmu S. A. passam a ser administrado por ele, começando uma disputa entre Caio e Cristiano. Destaque maior para Fernanda em seu casamento com Caio. Ela surpreende a todos, entrando na igreja, usando um vestido de noiva preto.
Fernanda incentiva Caio a destruir Cristiano. Por um acordo firmado entre ambos, Cristiano fica com toda parte da construção naval, deixando a Caio, a frota de cargueiros. Este desenvolve o ramo de negocio que lhe compete procurando sempre criar problemas que levem o sócio a situações difíceis.
Fernanda passa a perseguir obsessivamente o ex-noivo em busca de vingança. Sua primeira providência é encomendar a Cristiano a entrega de um navio. Durante o processo, ela tenta sabotar o projeto de todas as formas, chegando a contar com a ajuda de Miro para roubar peças importantes do estaleiro.
Miro, vendo a ascensão de Cristiano, procura aproveitar-se. Mas Cristiano não sede a chantagem, recusando-se a ajudá-lo, impedindo seu casamento com Diva. Indignado, Miro conta a Caio que Cristiano arquitetou a morte de Simone. Caio chega a suspeitar que Cristiano tenha matado Simone e Miro o denuncia a polícia como assassino da esposa. Cristiano é chamado a prestar esclarecimento sobre a morte da mulher.
Desde que Cristiano assumiu a direção dos estaleiros Celmu S.A. estranhos acontecimentos atrasam a concretização de seus planos. Um dos principais responsáveis é Mestre Pedro (Álvaro Aguiar), que chantageado por Miro, tenta toda sorte de imprevistos para que Cristiano não entregue a tempo o navio prometido a Caio.
Simone agora é uma escultura que começa a fazer sucesso. Já expos por duas ou três vezes na Europa e ao chegar ao Rio de Janeiro, sua primeira vernissage obtêm pleno êxito. Cristiano começa a ouvir falar dela como Rosana Reis e nem de longe imagina que se trata de Simone Max. Ao ver uma de suas esculturas adquiridas por uma amigo, Simone, imediatamente, lhe vem a lembrança. Mas nem de leve ele pode suspeitar de verdade.
Um ano mais tarde, depois de se consagrar como artista plástica na França, Simone retorna ao Brasil sob a identidade de Rosana Reis, sua suposta irmã gêmea. Cristiano a reconhece, mas ela se recusa a revelar sua identidade, porque está convencida de que o marido quis assassiná-la.
Paradoxalmente, a reaparição de Simone joga por terra a denuncia de Caio contra Cristiano mas ao mesmo tempo o leva quase ao desespero. Simone não o perdoa. Ela sabe de tudo, só não sabe que Cristiano nunca deixou de amá-la e agora sofre desesperadamente. Começa ai a decadência de Cristiano. Reconquistar Simone passa a ser uma ideia fixa. Ele não pensa em anda mais, nem na companhia, nem nos negócios e Caio e Fernanda o acusam de estar levando a Celmu a ruína.
Simone é chamada a depor pelo delegado responsável por investigar o desaparecimento de Madalena, a empregada que estava no carro com ela no dia do acidente. Confrontada com os pais da empregada e com uma testemunha ocular do desastre, ela admite ter se aproveitado do ocorrido para forjar uma nova identidade: paga a fiança pelo crime de falsa identidade e responde ao processo pela morte de Madalena.
Cristiano tenta várias vezes provar sua inocência à Simone, mas ela o rejeita, fazendo questão de dizer que quer viver exclusivamente para sua arte. Embora ainda o ame, ela não consegue se convencer de que ele não planejara sua morte.
Fernanda, que se aproximou de Simone quando ainda achava que ela era Rosana Reis, contribui para essa atitude, estimulando a escultora a desprezar o ex-marido. O pai de Simone, Francisco (Arnaldo Weiss), também não gosta de Cristiano.
Simone começa ter pena de Cristiano. O pai sente que ela começa a fraquejar. Teme que isto aconteça e confidencia a Miro. Para ele, Cristiano é um homem capaz de tudo. Um homem que já pensou em matar a própria mulher e que antes já havia assassinado um homem, é um monstro. Miro, assim, vem a saber do segredo de Cristiano: o caso Gastão Neves em Campos. Miro agora está trabalhando para Caio e em troca de uma posição na companhia, conta a este tudo que sabe. Fernanda tem enfim a arma que precisava para liquidar Cristiano.
Guido (João Paulo Adour) e Flávia (Sônia Braga) se amam, mas a intolerante Valquíria (Neusa Amaral), que é mãe de Flávia, detesta este romance. Valquíria matou Sérgio, seu amante e irmão de Guido, depois que o mesmo se insinuou para a filha. Flávia, no começo, teve ódio da própria mãe, mas depois tentou aceitá-la novamente e ocultou a história da polícia. Guido, insatisfeito, tenta fazer com que Valquíria seja incriminada e pague pela morte do irmão, a contragosto de Flávia, que se revolta em defesa da mãe e chega a humilhar Guido, por ele ser um vendedor de pizzas e ela, uma garota rica.
Valquíria, para salvar a filha, que chega a ser acusada da morte de seu jovem amante, resolve confessar a autoria do crime. Entrega-se a polícia, mas, antes de ser julgada, já está condenada por uma tuberculose galopante. A agravar seu conflito, existe o romance entre Flávia e Guido, irmão da vítima. É um namoro perturbado pelo crime e da ameaça da prisão que pesa sobre Valquíria.
Cintia (Célia Coutinho), filha do falecido Aristides, casada com Marcelo (Emiliano Queiroz), também trava a sua batalha particular, para recuperar o filho, Tico, que perdera na justiça para o verdadeiro pai, Horácio – uma paixão da juventude, que reaparece de repente, para exigir a guarda da criança.
Quando Cristiano e Simone finalmente se entendem e reafirmam o amor um pelo outro, os pais do jovem que morreu durante a briga com ele reaparecem e dão queixa contra o empresário, que é preso e levado à corte para ser julgado.
Instruídos pelo advogado de defesa e por Caio, Simone e Cristiano fingem continuar separados e se odiando. Assim, no dia do julgamento, o depoimento de Simone ganharia mais credibilidade para provar a inocência do marido.
Francisco não se conforma diante da perspectiva de que Cristiano e sua filha reatem, e conta para Fernanda a verdade sobre o estratagema. Cada vez mais obcecada em se vingar de Cristiano, e mostrando sinais claros de perturbação mental, ela sequestra Simone na véspera do julgamento e a aprisiona em um quarto escuro, num casarão que pertencera a seu avô e cujo endereço todos desconhecem. Imitando a voz de Simone, ela liga para o advogado de Cristiano e diz que desistiu de ajudá-lo e não vai mais depor.
Fernanda deixa Simone totalmente impossibilitada de fugir. Amarrada com os pés e mãos numa cama, sem colchão. Simone não tinha como escapar ao sadismo vingativo de Fernanda, ainda por cima, paralisada pelo trauma do acidente anterior.
Fernanda ameaça Simone: ou ela escrevia duas cartas, uma a Cristiano, outra a Dávila, renunciando testemunhar a favor do marido ou ficava submetida a pão e água. Simone decide não escrever as cartas e Fernanda a deixa passando fome, até ela enfraquecer por completo.
Cristiano entra em desespero, mas, apesar da ausência de Simone, os depoimentos a seu favor são bons o bastante para que o advogado consiga o relaxamento da prisão e ele passe a aguardar o pronunciamento do juiz em liberdade. Profundamente decepcionado, ele acredita que a mulher o abandonou de vez e começa a entrar em franco estado de decadência, perdendo o rumo nos negócios e acumulando dívidas. O prazo para a entrega do navio de Fernanda se esgota, e ele não consegue terminar as obras. Caio assume a presidência do grupo.
Simone fica prisioneira de Fernanda durante dois meses. No dia do julgamento final de Cristiano, seu paradeiro é finalmente descoberto por Caio e Jorge Moreno. Ele vai até a casa acompanhado pela polícia e encontra Fernanda completamente louca, vestida com um véu de noiva e balbuciando frases desconexas no jardim. Simone é encontrada amordaçada e amarrada numa cama. Novamente o amigo Jorge Moreno, consegue salvar Simone. Com o auxilio de Caio e a procura pela polícia, acaba encontrando Simone.
Muito pálida e quase sem forças, Simone é levada de cadeira de rodas até o tribunal a tempo de dar seu testemunho da inocência de Cristiano. Ao seu depoimento soma-se, na última hora, a voz do empresário Neves (Francisco Dantas), pai do jovem morto, confirmando que a arma do crime pertencia ao seu filho. Cristiano é declarado inocente.
No julgamento de Cristiano, a emoção atinge o clímax quando, no tribunal repleto, entra Simone, numa cadeira de rodas, revelando a verdade: Cris estava desarmado. Gastão é que sacou a arma. Da assistência, um homem levanta-se e diz:
– É verdade. A faca era do meu filho. É o pai de Gastão, cujo a consciência não suportaria mais calar a verdade ver Cristiano pagar pela morte que não desejara.
Apesar do esforço do promotor para provar que o depoimento de Simone era suspeito, pois era a esposa do réu, e que o velho Neves era um esclerosado, os jurados não demoraram a proferir o seu veredicto. Por 7 a 0, consideraram Cristiano Vilhena, inocente.
Cristiano vai buscar Simone no apartamento onde ela estava vivendo com o pai. Para ele começava uma vida nova, livre para sempre dos sonhos de grandeza sem escrúpulos. Derrotado, como disse o seu advogado no tribunal, na selva da vida, ele estava vitorioso, agora, porque tinha aprendido que a fortuna sem ética, sem moral, não vale nada.
Cristiano e Simone, resolvem adotar um menino de rua, assim que o vê. Simone comenta:
– Este nós salvamos. E os outros?
Miro termina morrendo tragicamente atropelado na estrada Rio-teresópolis, quando procurava escapar à prisão. A polícia, alerta por Caio, tenta prendê-lo por roubos e contrabando de joias que andava praticando, na sua sede de ascensão social a qualquer preço. Nos braços de Diva, já a beira da morte, Miro chega a entregar dois envelopes: um para Mestre Pedro, com todas as cópias das fotos de Jane (Joana); outro para Fanny, com dinheiro destinado a pagar as dívidas que ela tinha contraído.
O fracasso dos planos de Fernanda a levam a loucura total. Fernanda termina internada num sanatório.
Como forma de recompensa pelos transtornos causados por Fernanda, Caio dá a Cristiano um dos navios do estaleiro para que ele recomece a vida. Na cena final da novela, ele e Simone se abraçam e se beijam no convés do navio.
A história de Selva de Pedra teve como ponto de partida uma notícia de jornal. Em uma praça do interior de Pernambuco, um jovem tocador de bumbo mata um rapaz que o havia ridicularizado. A partir dessa ideia, Janete Clair escreveu a trama da novela, que também teve como inspiração Uma Tragédia Americana, do escritor americano Theodore Dreiser. O romance havia sido levado às telas de cinema em 1931, por Josef Von Sternberg, com Philips Holmes, Sylvya Sydney e Francis Dee. Em 1951, George Stevens também adaptou o livro e dirigiu A Place in the Sun, com Montgomery Cliff, Elizabeth Taylor e Sheryl Winters. Selva de Pedra consolidou Janete Clair como grande autora popular.
No papel de Cristiano Vilhena, Francisco Cuoco fazia seu primeiro protagonista em uma novela do horário nobre. Ele conta que construiu o personagem inspirado em rapazes que conheceu durante sua infância no Brás, bairro operário de São Paulo: jovens que jogavam bola nos campos de várzea e paqueravam as moças nos bares, inseguros quanto ao rumo que dariam à sua vida.
O principal par romântico de Selva de Pedra fez enorme sucesso. Em novembro de 1972, Francisco Cuoco e Regina Duarte foram eleitos os “Reis da Televisão” pelos leitores da Amiga, revista especializada na cobertura de TV. A publicação promoveu a eleição em parceria com o Programa Silvio Santos, na época transmitido pela Rede Globo.
A falsa morte de Simone e sua fuga para Paris, juntamente com a mudança da personagem, para Rosana Reis; Cristiano desiste de casar e deixa Fernanda o esperando no altar; Aristides morre inesperadamente. A crítica da época era favorável aos acontecimentos emocionais de “Selva de Pedra”. A novela também foi conhecida por causar reações no telespectador, como uma manchete de revista publicou:
“Felizmente, televisão não causa infarto. Do contrário, mais de um milhão de pessoas estariam seriamente ameaçadas com o desenrolar cada vez mais tenso da novela “Selva de Pedra” da rede Globo, líder de audiência no horário nobre. Apesar de estar ainda muito longe do final, nunca seus personagens ofereceram um numero tão grande de situações difíceis para o publico. Embora o já tão famoso triangulo Simone-Cristiano-Fernanda continue centralizando as atenções, não é apenas isto o que preocupa tanta gente. Em apenas alguns capítulos, Simone transformou-se, abandonando a personalidade doce e meiga da esposa de Cristiano pelo comportamento duro e afirmativo de Rosana Reis, uma artista em busca de sucesso; Aristides Vilhena agoniza lentamente e Fernanda sofre com a inexplicável ausência de Cristiano ai seu casamento. O público está perdendo o fôlego.”
Na mesma matéria, Janete Clair explicava o lado psicológico da personagem Simone:
– Eu, Janete Clair, não a considero má e vingativa. Ela pode ser auto suficiente, com uma grande personalidade, mas nunca será má.” comentou Janete Clair na época.
Regina Duarte viajou, realmente a paris, para gravar as cenas de sua personagem, Simone Max e marcar um novo rumo na novela. A atriz chegou em Paris, numa sexta-feira e confessou que sua viagem foi uma loucura, e que não conseguiu ver quase nada da cidade, pois o ritmo de trabalho não deixava.
“Imaginem que começamos a filmar no aeroporto. Depois das cinco da tarde, eu e o Marcos (seu marido na época) fomos para um hotel, mas só deu tempo para mudarmos as roupas e voltar ao trabalho, que continuou, em ritmo acelerado, até às duas da manhã. Esse foi o nosso programa durante os três dias. Na realidade, não pude ver Paris senão com os olhos de turista, ou pior ainda: meus passeios foram acontecendo durante as filmagens. O que vi, os telespectadores verão no ar, pois não tive tempo de fazer nenhuma visita particular. Quando as filmagens terminavam, a gente ia para um café próximo. Não tínhamos nem coragem de procurar restaurante, pois o negócio era comer rápido e dormir, porque no dia seguinte tinha mais. Não foi mole, mas valeu a pena.” – comentou a atriz na época.
A expectativa era imensa em relação a virada de Simone Max em “Selva de Pedra”. O telespectador não aguenta mais ver a personagem sofrer e torcia por uma revira-volta. As cenas em Paris, seriam uma das cenas mais esperada do fenômeno “Selva de Pedra”.
Quase todos os aparelhos de televisão no Brasil estavam sintonizados a espera de uma grande revelação: Rosana Reis (Regina Duarte) finalmente iria revelar a sua identidade a Cristiano Vilhena (Francisco Cuoco). O capítulo de número 152 da novela Selva de Pedra, onde Simone Marques é desmascarada, fez o público prender a respiração e transformou a obra de Janete Clair na maior audiência da história da TV até então. O relacionamento sofrido entre os personagens de Regina Duarte e Francisco Cuoco cativou, inclusive, o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Em um encontro com Regina, JK desabafou:
- Minha filha, não aguento mais ver você sofrendo tanto naquela casa. Quando isto vai terminar? – questionou.
Carlos Vereza teve um desempenho brilhante e elogiado pela crítica no papel de Miro, o vilão manipulador e, ao mesmo tempo, carente e carismático. Ele conta que usou as próprias emoções e seu universo interior para construir o personagem, cheio de sentimentos contraditórios. Alguns detalhes criados pelo ator para a personalidade de Miro acabaram sendo incorporados por Janete Clair, como a paixão pela cantora Ângela Maria. A autora passou a incluir nos scripts pequenas notas pedindo que Vereza improvisasse imitações da cantora durante uma ou outra cena. Os diálogos de Miro eram repletos de gírias, e Carlos Vereza criou uma que acabou caindo na boca do povo: a expressão “amizadinha”.
Durante o sepultamento do ator Sérgio Cardoso, em 19 de agosto de 1972, um grupo entre as milhares de mulheres que estavam no cemitério São João Batista (Rio) avançou contra Carlos Vereza aos gritos: “Miro, você é um assassino” gritavam as mulheres enfurecidas por causa da suposta morte de Simone (Regina Duarte), antes do paradeiro da personagem ser revelado. O episodio, porém, não impressionou Carlos Vereza nem o fez mudar de opinião.
Glória Pires, ou melhor: Glória Maria – nome artístico da época – viveu Fátima (Fatinha), uma criança que morava na pensão de Fany (Heloísa Helena). Em 1972, Glória estava com 9 anos de idade e iniciando sua carreira na TV. Filha do ator Antônio Carlos, pediu ao pai para ser atriz e para que ele a levasse na Globo. Glória, naquele ano, fazia aulas de balé com Leda Yuk e estudava artes plásticas com Maria Clara Machado. Antes de “Selva de Pedra”, Gloria Pires havia atuou no caso especial “Sombra da Suspeita” e num humorístico ao lado de Chico Anysio. Apesar da pouca idade, ela já havia trabalhado em A Pequena Órfã, novela exibida pela TV Excelsior em 1968.
Na sinopse original, a dona da galeria de arte em que Simone expunha seus trabalhos seria uma japonesa chamada Madame Katzuki, mas a atriz escalada para o papel deixou o elenco em cima da hora. O personagem acabou sendo feito por Ida Gomes. A atriz conta que o diretor Daniel Filho perguntou se ela sabia fazer algum sotaque. Ela respondeu que fazia o sotaque francês com perfeição. Madame Katzuki passou, então, a ser uma francesa.
“Selva de Pedra” foi a primeira novela de Tamara Taxman. Sua personagem apareceu apenas em dois capítulos e se tornou um personagem-chave. Desfeito o mistério sobre a morte de Simone, com sua viagem repentina a Paris, o publico ficou sabendo que quem morreu no seu lugar foi Lena, a jovem que havia se empregado dois dias antes do acidente, na casa de Simone. O publico ainda não conhecia a carreira da estreante Tamara Taxman, na época com 25 anos. A triz vinha do teatro e apenas com uma atuação na TV. Precisamente no seriado “Dom Camilo e os Cabeludos”, produzido pela TV Tupi de São Paulo.
Depois que visitou a Associação dos Hemofílicos do Brasil, o ator Carlos Eduardo Dolabella (o Caio) passou a compreender os problemas vividos por um hemofílico e passou a considerar seu personagem, um dos mais importantes da carreira.
Janete Clair chegou a dá um depoimento numa revista, da época, revelando que estava sendo acusada de plagio por duas pessoas diferentes. Uma das pessoas, era uma portuguesa, que chegou a abrir um processo contra Janete Clair, afirmando que a autora havia roubado sua sinopse que tinha escrito a mais de vinte anos. Além da portuguesa, uma outra mulher, moradora de Jaú (SP), escreveu para Janete Clair dizendo que a novela tinha sido tirada de um romance escrito por um tio e que, por coincidência, também se chamava “Selva de Pedra”.
Janete Clair revelou está acostumada em relação ao sucesso de uma novela:
“Quando uma novela faz sucesso, aparece alguém se intitulando autor. E ainda há os casos de pessoas que se sentem retratadas nos personagens e escrevem para mim, reclamando.”
Além do missionário que se achava retratado no fanático Sebastião, Janete Clair teve também de responder a uma escultura que a ameaçou processá-la, alegando que a novelista havia usado dados de sua vida para criar a personagem Rosana Reis, vivida por Regina Duarte.
Cristiano (Francisco Cuoco), Simone (Regina Duarte) e Fernanda (Dina Sfat), inauguraram a fase dos chamados “triângulos amorosos” na teledramaturgia. Acontecimento até então, incomum na TV brasileira. Mais um grande feito da autora Janete Clair.
Na trama, Cristiano acreditava-se viúvo de Simone (Regina Duarte), que fora vítima de um atentado provocado pelo oportunista Miro (Carlos Vereza). O vilão queria que o amigo se unisse a Fernanda, que era milionária, e assim usufruir da riqueza de ambos.
O plano só não deu certo porque Simone sobreviveu e assumiu outro nome. O capítulo que deu recorde de audiência no Rio e em São Paulo era aquele em que a identidade da protagonista era revelada.
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, conta que apesar da argumentação apresentada de que Cristiano não sabia que estava praticando bigamia, os censores alegaram que o público sabia e que a novela não podia dar esse exemplo.
A equipe do cenógrafo Mário Monteiro construiu cerca de 50 ambientes diferentes para a novela, entre cenários fixos e móveis.
Selva de Pedra marcou a estreia na TV Globo do diretor Walter Avancini, egresso da TV Tupi. Ele assumiu a trama por volta do capítulo 30, quando Daniel Filho teve de se afastar da produção, comprometido com outras funções na emissora. A essa altura, Milton Gonçalves e Reynaldo Boury também já haviam dirigido a novela.
Selva de Pedra obteve a maior audiência da história da televisão brasileira até então, comprovando a força da telenovela como veículo de cultura de massa. No Rio de Janeiro, segundo registro do Ibope na época, a trama atingiu 100% de share – número de televisores ligados no horário – no capítulo 152, em que a identidade de Rosana Reis é revelada.
Aproximadamente 400 fitas de videoteipe foram utilizadas para gravar e editar os 243 capítulos de Selva de Pedra. Posteriormente, as fitas foram reaproveitadas. Nos arquivos da TV Globo, consta apenas o compacto de 76 capítulos, exibidos em 1975 em substituição a Roque Santeiro, vetada pela Censura Federal.
Um compacto de Selva de Pedra foi ao ar entre agosto e novembro de 1975, para substituir às pressas a primeira versão de Roque Santeiro, vetada pela Censura. Na época, Janete Clair sofreu muito ao ver Roque Santeiro, trabalho de seu marido Dias Gomes, ser vetado pela censura.
“Vou ver minha novela com vontade de chorar. Apesar de ser um trabalho que gosto muito e de achar que foi a minha melhor novela, fico triste em ver Selva de Pedra usada como tapa-buraco. Gostaria de vê-la em outras circunstancias. O lugar era devido e justo a Roque Santeiro. Foi uma medida de emergência tomada pela TV Globo, que tentou de todas as formas resolver este problema. Mas não havia outra alternativa. A impressão que eu tenho é que não se pode dar um passo à frente, enquanto isso, a televisão caminhará para trás. Foi um golpe lamentável.” – palavras de Janete Clair.
Ao mesmo tempo, Janete Clair também havia sido escalada as pressas, para escrever a novela que substituiria a reprise de Selva de Pedra. A autora trouxe ao ar, Pecado Capital, outro grande sucesso do horário nobre da Globo.
“Rock And Roll Lullaby de BJ Thomas” foi o tema musical internacional responsável por embalar as cenas românticas de Cristiano (Francisco Cuoco) e Simone (Regina Duarte). A música também virou marca registrada da primeira versão de “Selva de Pedra” e iniciou muitos romances na vida real. A verdade é que muitos dos telespectadores, da época, adoravam imaginar as cenas vividas entre o casal Cristiano e Simone, viajando na história romântica, numa época propícia, ao som de uma música que também conquistou a todos.
Em 1986, foi ao ar na TV Globo um remake da novela, escrito por Regina Braga e Eloy Araújo. Tony Ramos e Fernanda Torres interpretaram o casal protagonista, Christiane Torloni viveu Fernanda, e Miguel Falabella foi o intérprete de Miro.
A Som Livre ainda estava no comecinho de uma vasta jornada, produzindo trilha sonoras de novelas da Globo. As músicas de “Selva de Pedra” retratam bem a época original da novela. Destaque para as músicas nacionais “ Simone- Ângela Valle e Eustáquio Sena” e “Corpo sano em mente sã- Ormar Milito e Quarteto Forma” que descrevem bem o perfil das personagens Simone e Fernanda. Já a trilha sonora internacional, é marcada pelo sucesso “Rock And Roll Lullaby - B.J. Thomas” tema romântico dos personagens Cristiano e Simone. A música virou marca registrada de muitos romances da vida real e foi um fenômeno nas rádios, principalmente no Brasil, em decorrência do sucesso da novela. Além de “Rock And Roll Lullaby”, a trilha sonora internacional de “Selva de Pedra”, trouxe outros grandes sucessos e interpretes como Ain't No Sunshine na voz de Michael Jackson, ainda garoto e já ingressando na carreira solo; Son Of My Father de Giorgio, astro da disco music; Jesus com Billbox Group, outra música que retrata perfeitamente o modismo da época; além de vários outros sucessos.
Trilha Sonora Nacional
01. CAPITÃO DE INDÚSTRIA - Djalma Dias (tema de Aristides)
02. MANDATO - Osmar Milito e Quarteto Forma (tema de Simone e Cristiano)
03. SIMONE - Ângela Valle e Eustáquio Sena (tema de Simone)
04. CORPO SANO EM MENTE SÃ - Ormar Milito e Quarteto Forma (tema de Fernanda)
05. SELVA DE PEDRA - Orquestra e Coral Som Livre (tema de abertura)
06. RHYTHMETRON OP 27 - Marlos Nobre
07. O BEATO - Marcos Valle (tema de Sebastião)
08. LIGAÇÃO - Orquestra e Coral Som Livre (tema de Diva)
09. AMÉRICA LATINA - Osmar Milito e Quarteto Forma
10. CORPO JOVEM - Luís Roberto
11. LONGO DE DIOR - João Luiz (tema de Laura)
12. RITUAL - Marlon Nobre
Trilha Sonora Internacional
01. ROCK AND ROLL LULLABY - B.J. Thomas (tema de Simone e Cristiano)
02. JESUS - Billbox Group
03. FLOY JOY - The Supremes
04. AIN'T NO SUNSHINE - Michael Jackson (tema de Fernanda)
05. SON OF MY FATHER - Giorgio
06. A TASTE OF EXCITEMENT - Carnaby Street Pop Orchestra and Choir (tema de Cristiano)
07. LA QUESTION - Françoise Hardy (tema de Flávia)
08. MARY BLIND MARY - Laurent & Mardi Gras (tema de Miro)
09. IF YOU WANT MORE - Free Sound Orchestra (tema de Fernanda)
10. FEEL THE NEED - Damon Shawn
11. LET IT RIDE - Hard Horse (tema de Caio)
12. FRIGHTENED GIRL - Silent Majority (tema de Fernanda)
A abertura de “Selva de Pedra”, é um vídeo onde mostra o cotidiano daquela época. Pessoas caminhando, o transito do Rio retratando as metrópoles brasileiras, edifícios entre outros que mostraram bem a rotina de 1972. Tudo em preto e branco.
Novela de Janete Clair
Direção de Daniel Filho, Reynaldo Boury e Wálter Avancini
Supervisão de Daniel Filho
ELENCO:
REGINA DUARTE - Simone Marques / Rosana Reis
FRANCISCO CUOCO - Cristiano Vilhena
DINA SFAT - Fernanda
CARLOS VEREZA - Miro
CARLOS EDUARDO DOLABELLA - Caio
MÁRIO LAGO - Sebastião
ANA ARIEL - Berenice
DORINHA DUVAL - Diva
HELOÍSA HELENA - Fanny
EDNEY GIOVENAZZI - Jorge Moreno
ÁLVARO AGUIAR - Mestre Pedro
ARNALDO WEISS - Chico
CÉLIA COUTINHO - Cíntia
EMILIANO QUEIRÓZ - Marcelo
ARLETE SALLES - Laura
GILBERTO MARTINHO - Aristides Vilhena
LÍDIA MATTOS - Viví
NEUZA AMARAL - Walkíria
SÔNIA BRAGA - Flávia
JOÃO PAULO ADOUR - Guido
ÂNGELA LEAL - Joana / Jane
HILDEGARD ANGEL - Beatriz
ROGÉRIO FRÓES - Roger Martin
IDA GOMES - Madame Heloise Katzuki
MARIA CLÁUDIA - Kátia
TESSY CALLADO - Zelinha
AGNES FONTOURA - Irene
ANTÔNIO GANZAROLLI - Pipoca
JOSÉ STEIMBERG - Isaac
GERMANO FILHO - Abud
GLÓRIA PIRES - Fátima
SUZANA FAINI - Olga
LOUISE MACEDO - Clarisse
FRANCISCO DANTAS - Neves
JUREMA PENNA - Sofia
ROBERTO BOMFIM - Zé
FRANCISCO MILANI - Hélio Sales
LÍCIA MAGNA - Dona Maria Amélia
LÉA GARCIA - Elza
SÉRGIO FONTA - Tonico
FRANCISCO SILVA - Vitório
ROGÉRIO PITANGA - Tico
e
JORGE CALDAS - Gastão
ELIANO DE SOUZA - Sérgio
TAMARA TAXMAN - Lena
URBANO LÓES - Dr. Feliciano D'Avila (advogado de Cristiano)
ISAAC BARDAVID - promotor
ANTÔNIO PATIÑO - juiz
TONY FERREIRA - Delegado Lima
FERNANDO VILLAR - Poli (novo marido de Laura)
ANTÔNIO VICTOR - Bartolomeu (novo marido de Laura)
IVAN CÂNDIDO - Pápi (novo marido de Laura)
KADU MOLITERNO - Oswaldo (marido de Laura no último capítulo)
DENISE EMMER - Monique (filha de Madame Katzuki)
BUZA FERRAZ - Juca (namorado de Monique)
LABANCA - Pérez (ex-empresário de Fanny)
ADRIANO LISBOA - Horácio
ALDO DELANO - Padre Jaime
SAMANTHA RAINBOW - Lúcia Rangel
WALTER MATTESCO - Almeida
MYRIAN TEREZA - Jandira
LOURDINHA BITTENCOURT - Nina
SÔNIA CLARA - Sônia
ANGELITO MELLO - Sampaio
MARCUS TOLEDO - Carlos
LUÍS MAGNELLI - Valdo (motorista de Vivi)
TERCILIANO JÚNIOR - motorista de Cristiano
SUZY ARRUDA - enfermeira de Simone
FÁBIO MASSIMO - Mirinho
VINÍCIUS SALVATORI - Antonius
MARY DANIEL - Dona Otávia
JUAN DANIEL - Pepito
MIGUEL CARRANO - Dr. Felipe
LUIZ ARMANDO QUEIROZ - Beto
FERNANDA SIMÔES - Dona Paulina
ILKA PINHEIRO - Mariana
ANA MARIA SAGRES - Corina
JOÃO VIEITAS - Jurandir
MIGUEL ROSENBERG - Arnaldo
JAYME SALDANHA - Cunha
IVAN DE ALMEIDA
GERVÁSIO MORGADO
WÁLTER PRADO
NEWTON MARTINS
SILVINHA PINHEIRO
A Renata Dias Gomes (autora)
Neta de Janete Clair e Dias Gomes
Fontes:
ARQUIVO MUNDO NOVELAS
Rede Globo
Wikipédia