segunda-feira, 1 de maio de 2017

TIETA (RESUMO DOS CAPÍTULOS) Parte 1

Veja a primeira parte do RESUMO DOS CAPÍTULOS de TIETA (VAMOS RECORDAR)

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Ascâneo retornava a Santana do Agreste com sonhos de trazer o progresso para uma região pouco avançada.

Demorou para Jairo perceber que estava trazendo, em sua marinete, mais um filho ilustre de Santana do Agreste: Ascânio.

Assim que percebe que o turista é um grande amigo, Jairo dá um grande abraço e se enche de alegria.

Logo a notícia da volta de Ascânio corre solta na pequena cidade e os melhores amigos fazem questão de comemorar o retorno de mais um componente dos cavaleiros do apocalipse.

Mas Ascânio também fica sabendo que seu pai está no final da vida e o fato o entristece.

Ascâneo também percebeu o atraso que era Santana do Agreste e não se conformou com isso. Para ter ideia, a luz da cidade era desligada, pontualmente todas as noites, deixando seus habitantes à luz de velas até amanhecer. Imediatamente Ascânio decidiu lutar pelo progresso da pequena cidade e procurou o Coronel da Tapitanga para convencê-lo a ajudá-lo.

De repente, Ascânio pergunta pelo destino de Tieta aos amigos Osnar, Amintas e Timóteo. É quando todos começam a recordar do passado da cabrita mais famosa da pequena cidade...

Num belo dia de céu azul e sol dourado, a jovem e formosa Tieta faz o tradicional passeio com suas cabras e bodes, pelas dunas de Mangue Seco.

Ascânio, Timóteo, Amintas e o arisco Arturzinho eram jovens amigos que se intitularam os quatro cavaleiros do apocalipse.

Osnar fazia questão de demonstrar todo fascínio pela cabritinha, Tieta.

Mas era Arturzinho que fazia questão de infernizar a cabritinha.

Perpétua está na janela da casa, esperando um passo em falso da irmã, Tieta, para denunciá-la ao pai carrasco, Zé Esteves.

Tonha se casou muito nova com Zé Esteves, um homem que não tem respeito pela esposa. Ingênua e cheias de sonhos, ela cuidava de seu bebê, Elisa, como uma bonequinha de carne e osso.

Tonha e Tieta são amigas. A jovem madrasta da cabritinha, sempre tentar segurar a barra da amiga em relação à perseguição da invejosa e mal amada Perpétua.

Mascate, um contrabandista meio cigano, foi o primeiro homem a levar Tieta para as dunas e a lhe ensinar os segredos do amor. Foi dele que ela ganhou um lindo lenço, estampado, para por na cabeça.

Mas foi o Dr Lucas que ensinou o beabá para jovem cabritinha até chegar no ipisilone duplo.

Tieta mexia com a cabeça de todos os homens da pequena Santana do Agreste.

E provoca o ódio das beatas da pequena cidade. Uma cabrita em forma de mulher que era a própria tentação.

Selvagem e faceira, Tieta ainda era ansiosa na arte do amor. Mas foi o Dr Lucas que também ensinou a cabritinha se controlar e aproveitar todas as técnicas sexuais.

Impaciente por não conseguir descobrir o paradeiro da irmã cabritinha, Perpétua parte pra agressão e entra arrancar uma confissão de Tonha. Tudo em vão. Jamais a menina madrasta entregaria Tieta, sua melhor amiga.

Para Perpétua, por enquanto, só resta esperar e rezar para pegar Tieta no pulo e entregá-la ao pai carrasco, Zé Esteves.

Após uma noite de amor com o experiente Dr Lucas, Tieta aproveita para lavar a alma e se banha nas águas quentes de Mangue Seco.

Arturzinho provoca Tieta nas dunas, a contragosto de Osnar, que é fascinado pela cabritinha faceira.

Osnar defende Tieta das provocações de Arturzinho. Ele faz questão de demonstrar que se importa com a cabritinha. Mas seu amor ainda não é correspondido por ela.

E mais uma vez Tieta cai nos braços, e na cama, do experiente Dr Lucas.

Dessa vez, Perpétua estava tocalhando a irmã. As duas discutem, Perpétua a ameaça, mas Tieta é firme e enfrenta a tribufu.

Ascânio e seu pai, Leovigildo, caminham em direção da marinete de Jairo. O rapaz se despede do pai e de Santana do Agreste.

Quem se despede da cidade também é o arisco Arturzinho, o filho do Coronel da Tapitanga. Diferente de Ascânio, Arturzinho não tem uma boa relação com o pai.

Tieta pula a janela do quarto do Dr Lucas e nem desconfia que estar sendo vigiada por Perpétua.

Enquanto cai, novamente, nos braços do Dr Lucas, Tieta nem imagina que Perpétua está fazendo a sua caveira. A tribufu não pensa duas vezes e entrega a irmã para o pai, contando que Tieta está de caso com o Dr Lucas.

Furioso, Zé Esteves pega a filha em plena praça da cidade e manda vê com seu cajado. Perpétua assiste tudo de camarote e com água na boca. Enfim, a tribufu conseguiu desmascarar a cabritinha.

Todos da pequena cidade assistem Zé Esteves humilhar Tieta. Ninguém vem a seu favor. A não ser, Tonha, que impede o marido carrasco de espancar ainda mais a própria filha.

Dona Milu e Carmosina aparecem em seguida para defender Tieta. Mas Zé Esteves está irredutível.

Enfurecido com o comportamento espevitado da filha, Zé Esteves a escorraçou da cidade.

Dona Milu e Carmosina ficam extremamente comovidas com tanta humilhação. A gerente do correio da cidade, entrega uma pequena quantia de dinheiro para a filha, Carmô, dar para Tieta.

Antes de partir fez um juramento a sua melhor amiga. A fiel Carmosina.

– Pode escrever no seu caderninho. Um dia Tieta volta pro agreste. Mas não pra se rebaixar pedir clemência. Mas pra se vingar!

Humilhada na frente de todos, Tieta pega uma carona com um caminhoneiro desconhecido e parte sem rumo...

Uma sexta-feira, 13 de dezembro de 1968. Este dia Zé Esteves faz questão de apagar de sua memória: o dia que expulsou a própria filha, Tieta, da cidade. O carrasco rasga um folheto do calendário, onde marca o dia. Perpétua observa a cena, satisfeita.

Novamente nos dias atuais, Ascânio, Osnar, Timóteo, Amintas e Chalita, ainda comentam recordações da faceira Tieta, a cabritinha.

Carmosina corre em direção do bar de seu Chalita. Ela vem comunicar a Ascânio que seu pai faleceu.

Padre Mariano termina a extrema-unção de Leovigildo. Durante o velório, alguns moradores da cidade como Perpétua, Amorzinho, dona Milu e os amigos de Ascânio, tentam consolá-lo.

Após a morte do pai, Ascânio tem certeza que ficará de vez em Santana do Agreste e tentar trazer o progresso para a cidade.

Logo a notícia das intenções de Ascânio, em trazer o progresso pra cidade, se espalha. O Comandante Dário é um dos que não gosta da ideia do progresso chegar à pequena cidade.

Perpétua é outra que faz críticas severas ao suposto progresso da cidade. Ela acha que Ascânio não conseguirá mudar a cidade.

Mas a grande maioria apoia a ideia de Ascânio. Elisa e Timóteo não veem a hora de Ascânio trazer a hidroelétrica pro Agreste, já que a luz da cidade, movida por um velho gerador, se apaga, exatamente, às dez horas da noite.

Elisa sonha com o dia da TV chegar à Santana do Agreste. Podendo assim, assistir as novelas.

Modesto Pires acha que o Comandante Dário é um pouquinho socialista demais, pro gosto dele. O dono do curtume consegue deixar o marinheiro sem jeito, em relação ao progresso.

Padre Mariano é completamente a favor do progresso de Santana do Agreste. Já Perpétua, até concorda, desde que não traga a mine-saia, o palavrão e o amor livre. Só em ouvir a palavra “amor livre”, Cinira começa a tremer de desejo, deixando o padre aborrecido.

Ascânio procura o Coronel da Tapitanga e pede emprego como secretário da prefeitura, podendo assim, substituí-lo, já que o prefeito e coronel passa semanas sem pisar na prefeitura.

Os planos de Ascânio em trazer o progresso para Santana do Agreste começam a dar certo. Ele consegue o cargo de secretário do prefeito e logo vai comemorar nas dunas de Mangue Seco, relembrando como fazia no passado, junto com os amigos Osnar e Amintas. Timóteo também cai na folia de esquiar nas dunas.

Ascânio volta pro Rio e logo se encontra com a noiva, Helena. Eles jantam juntos e Ascânio aproveita para contar tudo sobre Santana do Agreste e seus planos de levar o progresso para a pequena cidade.

Ascânio e Helena fazem amor e, depois, ainda deitados na cama, Helena começa a demonstrar seu temor em relação as ideias do noivo.

Ascânio e Helena se casam numa capela do Rio de Janeiro.

Carmosina corre pra barraca de Chalita, para mostrar uma carta de Ascânio para Osnar, Amintas e Timóteo. Claro que a gerente do correio da cidade já abriu a carta. A notícia: Ascânio retornará à Santana do Agreste, no dia seguinte. Todos comemoram!

Logo, o casal Ascânio e Helena chegam à Santana do Agreste e a mulher tenta esconder seu descontentamento.

De cara, Helena se assusta e se enoja com a marinete de seu Jairo. Pior ainda quando ela sabe que aquele é o único transporte à Santana do Agreste.

Carmosina e muitos moradores da cidade, vão recepcionar a chegada de Ascânio, que vem acompanhado de Helena. A mulher se espanta com a multidão e passa um clima de antipatia para os outros, sem que o marido perceba. Na ocasião, Ascânio é contemplado com a chave da cidade.

Perpétua logo percebe a antipatia de Helena e comenta pra Amorzinho e Cinira: – Já vi que é metida a besta!

Mas logo Ascânio percebe que não será fácil a vida com Helena em Santana do Agreste. Assim que conhece a casa do marido, onde irá morar daqui pra frente, Helena tem uma crise nervosa e diz que não irá suportar. Frustrando os sonhos do marido.

Um ano se passa...

É dia 05, dia mais esperado todos os meses por Perpétua, Zé Esteves e Elisa. Afinal de contas, é o dia que chega a tão esperada carta de Tieta, trazendo dinheiro pra família. Carmosina logo corre quando avista a chegada da marinete de Jairo, e vai receber as cartas.

Perpétua está numa ansiedade só para receber a carta de Tieta. Ao mesmo tempo, Zé Esteve conversa com Tonha e chega à conclusão de que fez bem em expulsar Tieta de casa, pois a filha arrumou um marido rico.

Elisa vai ao correio e recebe a carta de Tieta das mãos de Carmosina.

Timóteo diz pra Elisa que não conseguiu o adiamento da dívida no banco e que terá que quitar o empréstimo no mesmo dia. Elisa fica preocupada com a notícia e prepara o xarope para dar pro marido, antes que ele tenha uma nova crise de estomago.

É quando Timóteo sugere “pegar o dinheiro emprestado de Tieta” e dizer pra Perpétua que ela não mandou a carta naquele mês.

Carmosina está abrindo mais uma correspondência no bico da chaleira. Se espanta com o conteúdo da carta e deixa dona Milu furiosa por não poder contar o que leu.

Carmosina entrega a carta a Ascânio e logo adianta que sua esposa, Helena, chega na mesma semana, do Rio de Janeiro. O secretário do prefeito fica surpreso por a gerente do correio saber o que está escrito na carta, antes dele abrir.

Perpétua descobre que Timóteo trocou o cheque de Tieta e gastou todo dinheiro. A revelação deixa o velho Zé Esteves revoltado.

Logo Perpétua avisa a Timóteo que irá para São Paulo, procurar Tieta e revelar que o cunhado mentiu pra irmã, dizendo que o filho dele com Elisa ainda está vivo, quando já nasceu morto, podendo assim, arrancar dinheiro de Tieta.

– Acho que ela vai ficar mortinha de felicidade quando souber que sustentou por cinco anos, um sobrinho que não durou nem um! – ameaça Perpétua.

É quando Carmosina chega com enorme caixa e entrega a Elisa. São vestidos vindos de São Paulo, presente de Tieta que deixa Elisa encantada. Timóteo acha os vestidos imorais e diz que não deixará a esposa usar. É quando Perpétua percebe que os vestidos são de um valor considerável e os toma de Timóteo, afirmando que faz parte do pagamento por ele ter gasto o cheque mensal de Tieta.

O Coronel Artur da Tapitanga está furioso por causa da fuga de uma de suas rolinhas. Filó fica num aperreio só. Mas seu capanga, Trapizomba, consegue capturar a rolinha, que volta toda triste pra fazenda do Coronel.

O Coronel da Tapitanga tem uma crise de soluço ao ouvir Ascânio falar o nome de Arturzinho, seu filho. Logo ele lembra que já pediu mil vezes pro secretário não falar o nome do filho, o que lhe causa soluços.

Elisa bem que tenta se produzir para ter uma noite de amor com o marido. Mas Timóteo, mas uma vez, coloca a dor de estomago como desculpa e frustra os desejos e anseios da esposa.

Perpétua procura Marcolino Pitombo, para encontrar um meio de transferir a dívida que Timóteo tem com o banco, para ela. A tribufu quer poder chantagear melhor o cunhado e colocá-lo pra comer em sua mão. O advogado avisa que estudará o caso.

O Comandante Dário e sua esposa, Laura, começam a criar novas fantasias para caírem numa noite de amor, em seu cantinho. O clima esquenta até ter direito de apito de navio e som de gaivotas, produzido pelo casal.

Após transarem, Laura fica preocupada se conseguirão encontrar outra praia deserta, feito Mangue Seco, pra eles morarem, caso tenham que se mudar por causa do movimento que acontecerá após o progresso que Ascânio trará para a cidade. Mas o Comandante a deixa despreocupada.

Na pequena cidade de Santana do Agreste, todos continuam sabendo da vida dos outros. E logo Jairo percebe que, a bela envergonhada Carol que está trazendo em sua marinete, é a nova amante de Modesto Pires.

Modesto Pires está na praça, esperando a marinete de Jairo, na companhia de Aída. Quando quase tem um ataque ao ver que Carol, sua amante, chega na companhia de Letícia, filha do comerciante. É que, na viagem, Carol acabou fazendo amizade com a jovem, para desespero maior de Modesto Pires.

Carol caminha pela cidade, quando é avistada por dona Milu e Carmosina. As duas sabem que Carol é a teúda e manteúda de Modesto Pires.

Logo, a notícia da chegada de Carol chega aos ouvidos de Perpétua. A bruxa se reúne com as cúmplices Amorzinho e Cinira, para discutirem o que farão para prejudicar a vida da teúda e manteúda de Modesto Pires.

Modesto Pires era uma Figura importante em Santana do Agreste, mas que escondia seus desejos íntimos na figura de uma bela mulher. Casado com a doce Aída, era integro na família e ordinário na paixão. Tinha um caso com Carol, onde a mantinha de tudo, porém, bem longe de sua esposa. Com a amante também teve um filho.

Ascânio continua cheio de ideias para mudar Santana do Agreste pra melhor. Ele espera o resultado da qualidade da água de fonte e comenta com a esposa Helena que, mais uma vez, tenta esconder a insatisfação.

Mas a insatisfação de Helena é mais forte que ela. A esposa de Ascânio faz um desabafo: acha Santana do Ageste pequena demais para os sonhos dela. Helena implora para Ascânio voltar pro Rio de Janeiro com ela.

Ascânio tenta mudar a cabeça de Helena e propõe um jantar para os melhores amigos de Santana do Agreste.

Modesto Pires se engasga quando ouve a filha falar para Aída e Juraci, que dará aulas de francês a Carol.

Perpétua não perde a oportunidade e vai à casa de Aída, vender os vestidos que Elisa havia ganhado de Tieta. É neste momento que Modesto aproveita e sai sem que a esposa perceba. A mesma coisa faz a filha, Letícia.

 – Isso Modesto Pires, o que faz a propriedade engordar e crescer, é o olho do dono. – é o que Carmosina diz para o comerciante, sabendo que ele quer visitar Carol, quando Modesto pergunta sobre o barco de Pirica, para ir à Mangue Seco.

Modesto atravessa o mar e vai a Mangue Seco. Lá no ninho de amor, Carol está se sentindo solitária e Modesto promete que irá contratar alguém para trabalhar pra ela.

Todo derretido pela amante, Modesto a chama para sentar em seu colo galopante, seguido da famosa frase: upa lá lá, upa lá lá...

Letícia se aproxima dos amigos que estão jogando bola de gude na praça. Eles a convida para brincar mas ela recusa. Todos pensam que Letícia está metida a besta só porque está estudando em Salvador. Eles não percebem que a amiga está deixando de ser menina para virar moça.

Imaculada foi uma rolinha que criou asas e voou. Retrato da ingenuidade do sertão vindo de contraste com a coragem e ousadia de uma moça que sabia para onde ir. Por viver com a família em extrema miséria, foi vendida ao Coronel Artur pelos próprios pais, fato que a fez sofrer muito.

– Mainha! Eu faço o que a senhora quisé mãe. Trabalho na roça, custuro, faço qualquer coisa. Mas pelo amor de Deus, mãe. Num me deixa aqui! – implora Imaculada, assim que vê os pais recebendo o dinheiro e a largando na fazenda do Coronel da Tapitanga.

Assim que entra na casa da fazenda, Imaculada responde o Coronel e ele vê que não será fácil domar a rolinha que acabara de comprar. Mais tarde, no quarto, junto com outras rolinhas, Filó tenta confortar Imaculada que encontra-se desolada. Imaculada promete que irá fugir daquele lugar.

Carol vira a nova atração de Santana do Agreste, ao chegar para fazer compras na cidade.

Perpétua é que vira uma fera ao se esbarrar com Carol. Logo, a bruxa arma um plano e manda as cúmplices Amorzinho e Cinira irem até o comércio de Terto, para ordenar em seu nome, que o comerciante impeça que a teúda e mantéuda faça compras em seu estabelecimento.

No caminho de volta pra casa, Perpétua esbarra com Timóteo e aplica terror no cunhado. Fazendo questão de lembrá-lo com gestos, que faltam três dias para ele lhe pagar o que roubou.

Coitadinha de Carol. Ela já estava empolgada, escolhendo alguns alimentos, quando Terto, orientado por Amorzinho e Cinira, avisa que a mulher não poderá fazer compras em seu comércio. Completamente desolada, Carol deixa o mercadinho sob olhares das beatas do mal.

Amorzinho e Cinira correm imediatamente para a casa de Perpétua, a fim de contar que o plano contra Carol deu certo. Amorzinho observa uma enorme caixa branca no guarda-roupas de Perpétua e pergunta do que se trata. Logo Perpétua expulsa as cúmplices de seu quarto e, em seguida, pega a caixa branca e começa a admirar o que está dentro, além de conversar com o retrato do seu finado Major.

Mais tarde, na sacristia, Cinira e Amorzinho filosofam sobre o que Perpétua esconde na enorme caixa branca. Cinira conta um caso de uma viúva que guardou o órgão genital do marido falecido e Amorzinho fica horrorizada. É quando o padre Mariano chama a atenção das duas, perguntando se elas vieram pra igreja rezar ou falar da vida alheia.

O Coronel faz uma vistoria em Imaculada e manda Filó dar um banho em sua mais nova rolinha.

Ascânio bem que tentou, mas de nada adiantou. Helena foi embora de Santana do Agreste, deixando o marido desolado, a ver navios.

Em seguida, Ascânio vai chorar a dor de cotovelo com a amiga Carmosina, que o aconselha a não se entregar.

Carmosina sabe muito bem quem Helena é na verdade. Mas não tem coragem de revelar tudo o que sabe, para o amigo Ascânio.

Está cada vez mais complicado domar a arisca Imaculada. Mas o Coronel da Tapitanga também não é flor que se cheire e insiste em domar a fera.

Ascânio decide ir atrás de Helena no Rio de Janeiro, muito a contragosto de Camorzina.

Mais tarde, no correio, dona Milu quer saber o que estava escrito na carta, em relação à Helena e Ascânio, que a filha escondeu. Mas Carmosina avisa a mãe que não pode contar.

Perpétua mostra uma nota promissória com data de vencimento do dia que Timóteo roubou o cheque de Tieta e avisa que entregará ao Dr Marcolino Pitombo para mandar protestar. Zé Esteves adora a ideia e Timóteo treme de medo.

Tonha ainda implora para Perpétua esquecer o que Timóteo fez, mas de nada adianta. É quando Timóteo tem uma crise nervosa e sai gritando pra cidade que Perpétua quer acabar com ele.

Mas a tribufu não alivia para o cunhado e Timóteo piora a situação ao desafiá-la.

Timóteo foge de Perpétua e resolve ficar escondido no meio do mato.

Já pela noite, Elisa está na casa dos pais e desabafa preocupada: Timóteo pode ser atacado pela Mulher de Branco.

Não dá outra: já começando a dormir, tarde da noite, Timóteo é surpreendido pela aparição da Mulher de Branco. Assustado, o comerciante tenta fugir, quando é perseguido pela suposta assombração.

Timóteo entra tremulo no circo abandonado de Santana do Agreste e logo acorda o mendigo Bafo de Bode, que não gosta nada de sua visita invasora. Timóteo implora para dormir no circo.

Após muito insistir, Bafo de Bode acaba entrando num acordo: Timóteo pode dormir no circo, mas ao lado de Chiquita, sua cadela pulguenta.

Chiquita tem tantas pulgas que não demora para Timóteo logo sentir que também contraiu as pulgas da cadela. E começa a se coçar sem parar, junto com Chiquita.

No Rio de Janeiro, Ascânio desabafa com um amigo sobre Helena. Ele quer saber sobre o paradeiro da esposa.

Timóteo aparece completamente maltrapilho, sendo carregado por Bafo de Bode, em plena praça da pequena cidade. Logo todos se aproximam para ver. Elisa fica chocada com a cena do marido e corre pros seus braços.

Perpétua aproveita a fragilidade de Timóteo para tentar fazer com que o cunhado assine a nota promissória e colocá-lo, de vez, em suas mãos.

Mas quando Timóteo começa a assinar a nota promissória, um inesperado milagre acontece: Osnar chega montado num cavalo, trazendo o dinheiro para quitar a dívida do amigo.

A bruxa ainda tenta complicar a vida do cunhado. Perpétua diz que não aceitará o dinheiro de Osnar, já que a dívida é de Timóteo. É quando Osnar entrega o dinheiro ao amigo e pede para que ele pague a dívida.

Timóteo estende a mão para entregar o dinheiro a Perpétua e diz:

– Não vai querer receber, sua lacraia?

Bafo de Bode também repete a frase, adorando ouvir Perpétua ser chamada de lacraia.

Perpétua recebe o dinheiro, Timóteo rasga a nota promissória na cara da tribufu e a cidade comemora a vitória do comerciante e de Elisa.

Mas quem pensa que Perpétua desistiu de colocar Timóteo em suas mãos, engana-se e muito. A tribufu revela para Amorzinho e Cinira que está tentando, através de Marcolino Pitombo, uma maneira de acabar com Timóteo.

Todos vão comemorar a vitória de Timóteo sobre Perpétua, no bar de Chalita. Melhor amigo como Osnar não existe. Além de pagar a dívida de Timóteo, ele ainda dar um dinheiro extra pro amigo se organizar.

Carol e Osnar se conhecem e surge um certo clima entre os dois.

Finalmente Ascânio descobre o paradeiro de Helena no Rio de Janeiro. A decepção é maior quando o secretário do prefeito de Santana do Agreste descobre que a esposa o traiu com outro homem. Helena desabafa com o marido e diz que se envolveu com Pedro, um ex namorado, na primeira viajem que fez sozinha pro Rio, após eles se casarem.

Ascânio reage e diz que tem nojo de Helena e que não consegue olhar pra cara dela. Em seguida, Ascânio deixa o quarto e Helena cai aos prantos.

Osnar aproveita que está em Mangue Seco e faz uma visita inesperada pra Carol, justamente no ninho de amor dela com Modesto Pires.

Carol fica apreensiva e acaba acontecendo o que ela mais temia: Modesto aparece na hora “H” e ela esconde Osnar embaixo da cama.

Ascânio vai até o apartamento que Helena está morando com o amante. Pedro abre a porta e é surpreendido com um soco no rosto dado pelo marido traído.

Helena se assusta com a agressão do marido e desmaia no chão da sala. Ascânio corre para socorrê-la.

Revoltado, Ascânio tem uma nova discussão com Helena e diz que quer se divorciar.

Modesto Pires ainda está deitado na cama rosa de Carol e percebe a aflição da amante. Ele nem imagina que Osnar está escondido embaixo da cama. De repente, alguém bate na porta da casa e Carol se assusta. Modesto também fica assustado, afinal, ninguém pode saber que Carol é sua amante.

O comerciante quase que se esconde embaixo da cama, mas logo é impedido por Carol. Por pouco, Modesto não flagra Osnar embaixo da cama. Carol, então, esconde Modesto no guarda-roupas e vai atender o chamado.

É o padre Mariano que procura Carol para saber se a nova moradora da região, está precisando de alguma coisa. Aflita, Carol quer mesmo é se livrar da visita do padre, já que esconde dois homens em sua casa.

Filó resolve tomar as dores de Imaculada e pedir para o Coronel deixar a nova rolinha ir embora. A fiel rolinha do coronel e administradora das outras rolinhas, acha que Imaculada “não quer aprender a ler” e não é como as outras rolinhas. Mas isto é uma missão impossível que Filó resolveu tomar. O coronel nem pensa em se desfazer de Imaculada e acredita que irá domar a fera, ou será melhor: domar a rolinha!?

Modesto Pires fica desconfiado com a visita do padre Mariano a Carol. Ela tenta dar outra explicação a Modesto, que não engole muito e depois vai embora.

É quando, finalmente, Osnar pode sair debaixo da cama. o bem dotado também fica intrigado com a visita do padre e pressiona Carol a falar a verdade.

Filó está extremamente sensibilizada com a situação de Imaculada. Ela cogita deixar a porta destrancada para que a rolinha possa fugir, mas tenta desconversar. Só que Filó, na verdade, soltou uma indireta e Imaculada constata que a porta está aberta e ela poderá fugir daquele lugar.

Mais tarde, Carol conversa com Osnar e conta que foi impedida de comprar no mercadinho de Santana do Agreste. O bem dotado logo constata que só pode ser armação de Perpétua. Osnar orienta Carol a procurar o padre Mariano e contar o preconceito que está passando. O bem dotado também promete ajudá-la e diz que ficará lhe trazendo alimento.

Contrariando o Coronel da Tapitanga, Imaculada, enfim, consegue fugir da fazenda. Mas não será tarefa fácil para rolinha, até porque, o Coronel está furioso e manda o capataz, Trapizomba, ir a procura da rolinha arisca.

Ascânio retorna a Santana do Agreste e pega à marinete de Jairo. O secretário do prefeito revela que Helena morreu pra ele.

Na mesma viagem está Ricardo com Cosme, seu amigo seminarista, assim como ele. O filho de Perpétua também está retornando à Santana do Agreste e não ver a hora de se banhar no rio da cidade.

Jairo dá a parada habitual para consertar a marinete. É quando Ascânio conhece Ricardo e Cosme.

Todos da cidade ficam sabendo que Perpétua tentou prejudicar Carol e comemoram porque a tribufu ficou com o rabo entre as pernas, após levar um sermão do padre Mariano.

– Vá, pagar seus pecados tribufu! Pena de feofó de galinha velha – comemora Bafo de Bode por os planos maléficos de Perpétua terem dado errado.

Padre Mariano chega acompanhado de Perpétua, Amorzinho e Cinira no mercadinho de Terto. Lá, também se encontra Carol. O padre, imediatamente, ordena que Perpétua peça desculpas a moça:

– Ofereço essa penitencia ao meu filho Ricardo que foi escolhido pela glória de Deus para ser seu servidor aqui na terra – perpétua se vira para Terto e diz que autoriza o dono do mercadinho vender seus produtos para Carol.

Ricardo aproveita uma nova parada da marine de Jairo, para tomar banho no rio da cidade e matar a saudade.

O que Ricardo não espera é que o irmão mais novo, junto com os amigos, irão lhe pregar uma peça. Eles planejam esconder as roupas do seminarista, o deixando peladão.

Timóteo ver Elisa empolgada lendo algumas revistas de celebridades da TV. Ele fica temeroso com o fanatismo da esposa e desabafa com Tonha, achando que Elisa pode ficar presa no mundo dos sonhos.

Depois de se divertir bastante, tomando banho peladão no rio, Ricardo tem uma surpresa desagradável: sua roupa sumiu.

Enquanto isso, Trapizomba está montado num cavalo, à procura da fugitiva Imaculada, em plena mata.

Jairo conserta a marinete e os passageiros entram no veículo. O motorista segue caminho sem Ricardo, acreditando que o seminarista voltará a pés.

Ricardo acaba caindo em sono profundo, peladão, na beira do rio. É quando Imaculada se depara com uma das cenas mais belas de sua vida.

Imaculada se aproxima de Ricardo e fica encantada, emocionada ao vê-lo como veio ao mundo. O seminarista, por sua vez, continua em sono profundo.

O que Imaculada não esperava é que Trapizomba a estava tucalhando. O capataz do Coronel da Tapitanga só espera um vacilo da fugitiva rolinha para pegá-la no pulo.

A marinete chega a Santana do Agreste trazendo Ascânio e Cosme. Carmosina, Osnar e o resto da cidade, logo constatam que Ascânio se separou de Helena.

Perpétua se desespera e grita que sucedeu uma desgraça assim que vê que Ricardo não está na marinete.

Enquanto isso, Imaculada volta pra casa do Coronel da Tapitanga. A rolinha está em outra dimensão, literalmente em transe. Agora, ela só pensa em Ricardo.

Mais tarde, Filó e as outras rolinhas do Coronel, se reúnem em volta da mesa onde Imaculada quebra o jejum e conta o que aconteceu durante a fuga:

– Era uma vez, um príncipe encantado que morava num reino muito longe daqui. Quando soube que eu tava presa, montou em seu alazão e veio correndo me buscar. Aí, como o reino era muito distante e a viagem dá uma canseira danada; ele parou no meio do caminho, tomou um banho de rio, depois deitou e pegou num sono. Foi aí que eu vi ele. Tava nu, na beira do rio. O príncipe que vem me salvá! Durmindo feito um anjo!

É assim que Imaculada conta sua história encantada, enquanto deixa Filó e as outras rolinhas, deslumbradas.

Ao mesmo tempo, Ricardo desperta do sono profundo, à beira do rio.

Ao lado do amigo Osnar, Ascânio bebe o maior porre para afogar as magoas e tentar esquecer Helena.

Osnar também chega completamente embriagado e Carmosina constata que o bem dotado está muito sujo e que precisa de um banho. Como Osnar já está em sono profundo, o jeito é ela mesma lhe dar um banho. Dona Milu avisa logo que não vai ajudar a filha, pois já não tem mais idade para ver homem pelado.

Sendo assim, só resta mesmo Carmosina dar sozinha, o banho em Osnar. Mas será que ela quer mesmo companhia? O sertanejo tem fama de bem dotado e, assim, a solteirona da Carmosina poderá, então, comprovar a veracidade do boato.

Não dá outra, depois de muito esfregar Osnar, que dorme profundamente e nem sente que está tomando banho, Carmosina chega nas partes de baixo e, ao retirar a cueca do sertanejo, tem um piripapo ao ver o tamanho do “instrumento” do bem dotado.

Dona Milu chega na hora “H” e quase tem um infarto quando também ver o tamanho do conteúdo reprodutor de Osnar. A velhinha tapa os olhos de Carmosina e deixa o quarto, assustada, junto com a filha.

Enquanto isso, Ricardo está andando, peladão, pela noite, em plena Santana do Agreste. Sem querer, o seminarista para bem em frente à Casa da Luz Vermelha e é admirado por Zuleika Cinderela e suas garotas.

 – Vixi Maria, tá verdinho! – exclama Zuleika Cinderela, fazendo um diagnóstico e constatando a virgindade do seminarista, assim que puxa a folha que Ricardo tenta tapar o sexo. Assustado, o seminarista solta um “vade-retro” enquanto é admirado e acariciado pelas garotas da Casa da Luz Vermelha. Em seguida, Ricardo foge peladão.

– Miragem a esta hora da noite, não. Cinira! Repreende Perpétua ao ver que Cinira está tendo mais uma de suas crises. Na verdade, Cinira viu Ricardo peladão, da janela da sala da casa de Perpétua.

Finalmente Ricardo consegue entrar em sua casa, para extrema felicidade de Perpétua, que também se assusta ao ver o filho peladão.

No outro dia, os garotos pregam uma peça: coloca a batina de Ricardo, pendurada numa cruz em plena praça da cidade. Perpétua fica furiosa.

Laura está caminhando sozinha pela praia de Mangue Seco, à noite, quando tem uma visão inusitada. A esposa do Comandante Dário se assusta e corre para casa.

Já em casa, Laura conta o que viu ao marido Comandante e os dois retornam à praia para conferir o grande mistério. O Comandante e Laura avistam estranhas pegadas na areia da praia e ficam ainda mais assustados.

Elisa está dormindo com Timóteo quando tem um sonho erótico com Tarcísio Meira.

Elisa acorda assustada e molhadinha de suor, tentando disfarçar pra Timóteo que fica desconfiado.

No outro dia, Dário e Laura se reúnem com Osnar, Amintas e Ascânio para ver as estranhas pegadas na praia de Mangue Seco. O casal acha que tiveram contato com seres de outro planeta.

Logo a notícia de que o Comandante Dário e sua esposa Laura fizeram contato com extraterrestres, se espalha na cidade. O boato também vira chacota pelos frequentadores do bar de Chalita.

Ricardo e Cosme vão dar uma voltinha com Zé Esteves, na praia de Mangue Seco.

Imaculada também está se divertindo na praia junto com Filó e as outras rolinhas do Coronel da Tapitanga. Ela só pensa em seu príncipe encantado.

É quando, inesperadamente, a rolinha avista Ricardo, avisa a Filó, mas aparece Zé Esteves no lugar do seminarista. Imaculada jura que viu seu príncipe encantado e fica desapontada por ele ter desaparecido.

Ricardo repreende o avô ao ouvi-lo falar, com desejo, das rolinhas do Coronel da Tapitanga.

Enquanto isso, em sua casa, Timóteo fica surpreso ao ver Elisa toda produzida e maquiada.

– Tu não tá pensando em sair com essa roupa, na rua, em plena luz do dia? – É a crítica que Timóteo faz ao ver Elisa vestida daquele jeito.

Elisa diz que só estava provando o vestido, pois deseja que o marido a leve para ver um filme, à noite. Timóteo diz que aqueles não são trajes para usar em hora nenhuma e deixa a esposa desiludida.

– Elisa, tire essa roupa, lave essa cara e bote logo uma roupa de mulher decente. – É a ordem que Timóteo dar pra esposa sonhadora.

Tristonha, Elisa entra em seu quarto, olha no espelho e começa a retirar a maquiagem.

O Coronel aparece na sala de jantar para ver suas rolinhas se alimentando e observa Imaculada, que quebrou o jejum.

– Feito vaca em bom pasto nenão coronel!? São as palavras ousadas de Imaculada, quando o coronel diz que a rolinha está mais gordinha.

Filó e as outras rolinhas se assustam ao ver Imaculada respondendo o coronel, mas a rolinha é corajosa e não se deixa abater.


– Imaculada é uma atrevidinha, vive me provocando. Mas sabe que eu até gosto. A sua provocação faz eu me sentir mais moço. Mais disposto! – São os elogios que o Coronel faz à Imaculada, quando está sendo ouvido por Trapizomba e Filó.

Nessa hora, Filó relembra o filho, Arturzinho, e o Coronel tem uma nova crise de soluço.

Na pensão de Dona Milu, seus hospedes e Carmosina estão jantando enquanto relembram o passado. O assunto é a obediência de Ascânio, seu amor pelo pai e por Santana do Agreste. Eles também comparam Ascânio com Arturzinho, o filho do Coronel e concluem como os dois são diferentes, pois Arturzinho era do mal e ninguém gosta. Carmosina ainda dá graças a Deus Ascânio ter se separado de Helena. Em seguida, todos começam a lembrar Tieta e como ela foi expulsa, injustamente, da cidade. Mas Carmosina se orgulha em saber que a amiga deu a volta por cima.

Carmosina olha pra Cinira e solta uma indireta:

– O que a gente está falando aqui, vai parar jajá na casa da bruaca. E eu falo o que eu penso! Mil Perpétua, mil; não merecem, não valem uma Tieta!

Aída conversa com Modesto Pires sobre Carol e acaba deixando o marido morto de aflição. Ela conta que Perpétua quis alertá-la sobre a moça, mas o padre Mariano chegou na hora e interrompeu a conversa.

Perpétua está empolgada, dando a última olhadinha da noite, no conteúdo que esconde na enorme caixa branca.

É nessa hora que Modesto Pires chega furioso na casa da bruxa e pergunta o que a beata queria falar com sua mulher. Perpétua se faz de desentendida e tenta desconversar quando, de repente, Timóteo entra na sala:

– Mas todo mundo resolveu aparecer hoje? Exclama Perpétua ao ver Timóteo, que chega aflito dizendo que Elisa sumiu.

Assim que Timóteo chega à sua casa com a notícia do sumiço de Elisa, Perpétua aproveita para dispensar Modesto Pires, pedindo desculpa e dizendo que os assuntos da família está em primeiro lugar. Mas Modesto não cai na esperteza da tribufu e insiste pra ela lhe dizer o que foi contar para Aída.

É durante uma distração de Perpétua que Modesto Pires aproveita para entrar no quarto da tribufu e mexer no guarda-roupa. Logo, o comerciante pega a enorme caixa branca e, ao abrir, se espanta com o que está dentro.

Elisa é encontrada usando o vestido que recebeu de presente de Tieta e quase que Zé Esteves a espanca como fez com a cabrita, há muito anos. Tonha se mete na frente da filha e a protege do marido carrasco.

Tonha também enfrente Perpétua, quando o tribufu fala que Elisa só pode ter ido para Casa da Luz Vermelha.

Perpétua chega em casa e não percebe que Carmosina está escondida. A tribufu começa a falar mal de Tonha e Elisa para as cúmplices Amorzinho e Cinira. Carmosina escuta, resolve aparecer e ainda provoca Perpétua dizendo que Tonha ganhou a batalha.

Timóteo aproxima-se de Elisa, preocupado. Ela aproveita para se desculpar com o marido.

Modesto Pires aparece mais uma vez na casa de Perpétua. Ele pede pra tribufu jurar que não contará nada sobre Carol pra Aída. Mas Perpétua diz que não jura nada pra marido desavergonhado.

Perpétua nem imagina que Modesto viu o que ela tanto esconde dentro da enorme caixa branca. Modesto não pensa duas vezes pra revelar o que viu a Perpétua. É quando a tribufu fica completamente atordoada e Modesto aproveita pra ameaçar: contará pra todo o mundo o que ela guarda na caixa, caso ela revele pra Aída que Carol é sua amante.

Perplexa, Perpétua garante pra Modesto que não contará nada sobre Carol pra Aída. E Modesto Pires se retira, vitorioso.

O Coronel da Tapitanga comunica a Filó para preparar Imaculada, pois a rolinha já está pronta para aprender o “beabá”. Filó ainda tenta fazer com que o Coronel mude de ideia. Mas não tem jeito!

Carmosina chega correndo na sala de Ascânio e mostra a reportagem que saiu num jornal, sobre os pontos turísticos de Santana do Agreste. Eles comemoram!

Logo, a notícia se espalha pela pequena cidade. Amintas lê o jornal no bar de Chalite e o Comandante Dário ouve tudo sem gostar nada.

Modesto Pires gosta de saber da notícia, pois assim, poderá aumentar a freguesia de seu curtume. Com a chegada do progresso, Marcolino até pensa em abrir uma filial de seu escritório de advocacia, em Santana do Agreste.

Juraci está na praia de Mangue Seco com Aída. A esposa do advogado também se anima com a chegada do progresso, pois assim, o Marcolino poderá investir na cidade.

Mais distante, estão Peto e Letícia conversando. A garota só quer ter um papo adulto e se irrita com Peto ao ouvi-lo lembrar fatos da infância.

Em seguida, Peto fica admirando Letícia se banhar nas águas mornas de Mangue Seco.

– Filha boa é Tieta. É a única da família que me dar valor. Que me tem consideração. – por incrível que pareça, é esta a frase que Zé Esteves diz para Tonha.

Elisa fica apreensiva e pergunta se Timóteo pagou a outra nota promissória de Perpétua. O marido diz que pagou graças a Osnar.

É dia 05. Carmosina está ansiosa esperando a carta de Tieta e acha que a amiga ficou chateada por causa da carta que ela mandou. Dona Milu tenta acalmar a filha.

A marinete de Jairo chega e, na praça da cidade, Perpétua, junto com a família, está à espera da tradicional carta de Tieta, trazendo o cheque gordo.

De repente, acontece o inesperado: a carta de Tieta não veio. Perpétua faz Carmosina rever e a gerente do correio avisa que tem certeza que a carta não veio.

Na praça, acontece uma grande discussão entre Perpétua e Carmosina. A tribufu desconfia de Carmô e diz que ela roubou a carta.

Perpétua também acusa Timóteo e Zé Esteves desconfia de Jairo.

A coisa fica feia quando Perpétua tenta tirar a mochila das cartas, das mãos de Carmosina. Quase que as duas vão às tapas, embora aconteça uma chuva de palavrões. inclusive, Carmosina chega a chamar Perpétua de tabacuda e quenga de padre.

Perpétua não sossega enquanto não desvendar o mistério do cheque de Tieta. A tribufu procura Timóteo e volta a intimidá-lo, achando que o cunhado roubou o cheque mais uma vez.

Para salvar o amigo das acusações de Perpétua, Osnar explica que emprestou dinheiro para Timóteo pagar à promissória.

Afastadas as suspeitas de que algum membro da família, ou amigo próximo, tenha abocanhado o cheque mensal de Tieta, padre Mariano faz um alerta: pode ter havido alguma coisa de grave com Tieta!

É quando Ricardo tem a ideia de procurar Tieta em São Paulo. Elisa questiona que eles não têm o endereço nem nada que possa encontrá-la em São Paulo. Ricardo lembra do numero da caixa postal, mas Carmosina esclarece que não seria fácil.

Carmosina imagina que Tieta possa ter viajado pro exterior e mandará duas cartas juntas, no próximo mês. Todos começam a seguir o pensamento de Carmosina.

Perpétua até que gosta da ideia de Carmosina, mas vai logo avisando que só esperará até o mês que vem. Caso a carta não chegue, começará a procurar informações do paradeiro de Tieta.

E todos resolvem escrever uma carta para Tieta. Cada um com a sua carta: Perpétua, Ricardo, Elisa, Zé Esteves (que pede pra Tonha escrever) e até o padre Mariano.

Um mês depois...

Perpétua, família e amigos, estão na praça, ansiosos pela chegada da marinete de Jairo, na esperança que ele traga notícias de Tieta. Ou seria melhor o cheque de Tieta!?

A marinete de Jairo chega e estaciona na praça. Todos se aproximam para finalmente acabarem com a ansiedade.

 – Nada de carta de Tieta. – é a triste notícia de Carmosina após examinar a mochila do correio.

– Se ela ignorou as nossas carta, os nossos apelo, então é porque minha teoria estava certa. Ela bateu a caçoleta! – conclui Perpétua quando sabe que Tieta não enviou a carta com o cheque.

E de repente, todos começam a acreditar que Tieta possa mesmo ter morrido, como garante Perpétua.

Perpétua procura Marcolino para falar sobre a herança de Tieta, já que a tribufu garante que a irmã morreu. O advogado explica que 50% dos bens de Tieta, fica pro marido e a outra metade fica para Zé Esteves, pai de Tieta, já que ela não teve filhos. Perpétua fica bastante empolgada com a notícia e promete: levantará mundos e fundos para ter parte da herança de Tieta, em suas mãos.

Logo, Perpétua cuida de fazer uma reunião com a família e deixa Zé Esteves com água na boca, assim que fala que o pai é um dos herdeiros da fortuna de Tieta. Só que Perpétua também mente, dizendo que ela também é herdeira.

Carmosina desconfia da história de Perpétua, comenta com dona Milu e promete investigar se a tribufu tem direito na herança de Tieta.

Sozinha no quarto, deitada na cama, Perpetua tem uma crise de consciência, relembra o passado e se agarra a enorme caixa branca.

O Coronel da Tapitanga diz pra Trapizomba que mulher igual à Tieta não há. E que até hoje ele lembra a cabritinha correndo no pasto.

É dia, a cidade está vazia, pois todos estão se reunindo na igreja para ouvir padre Mariano celebrar a missa em memória de Tieta. Bafo de Bode não aguenta tamanha hipocrisia e murmura:

– Até parece que todos sentem a falta de Tieta. Raça de víbora. Fecha o comércio, rezam missa e puseram a outro debaixo de paulada...

Perpétua se enfurece ao ver Zuleika Cinderela e suas garotas, chegando para assistir a missa em memória de Tieta. A tribufu diz que a missa é dela e que não as deixará entrar.

Padre Mariano avisa que é ele quem manda na igreja e deixa as prostitutas entrarem, contrariando Perpétua.

Todos estão na igreja e padre Mariano começa a missa. Um coral de adolescente também está formado. Ricardo e Cosme aproveitam para ajudar o padre.

Do lado de fora, Bafo de Bode afoga as magoas na cachaça, quando surge um automóvel vermelho, deslumbrante, que começa a dar voltas pela cidade vazia...

Regressar é reunir dois lados
À dor do dia de partir
Com seus fios enredados
Na alegria de sentir
Que a velha mágoa
É moça temporã
Seu belo noivo é o amanhã
Eu voltei pra juntar pedaços
De tanta coisa que passei
Da infância abriu-se o laço
Nas mãos do homem que eu amei
O anzol dessa paixão me machucou
Hoje sou peixe
E sou meu próprio pescador
Rio, voltei no curso
Revi o meu percurso
Me perdi no leste
E a alma renasceu
Com flores de algodão
No coração do agreste
Quando eu morava aqui
Olhava o mar azul
No afã de ir e vir
Ah! Fiz de uma saudade
A felicidade pra voltar aqui

O automóvel vermelho para de frente ao coreto, onde Bafo de Bode está sentado. Logo, a visão deixa o mendigo fascinado.

De repente, a porta do lado do motorista se abre e um pé de mulher, usando salto alto vermelho, pisa no chão da cidade...

Bafo de Bode se aproxima do automóvel vermelho e observa uma mulher deslumbrante se levantar...

– Vixe Leonora que isso não é mais estrada. É um delírio, uma assombração.

– Ai, chega fiquei com meu derrière todo doído. – é Tieta, acompanhada de Leonora, que reclama enquanto é admirada por Bafo de Bode.

– Vixi minha gente, isso não é mais uma mulher. Isso é uma plantação inteirinha de chibiu! Exclama Bafo de Bofe, admirado com Tieta enquanto a cabritona solta uma gargalhada.

– Isso é que se chama de uma recepção da moléstia. – exclama Tieta após ouvir a cantada de Bafo de Bode.

Tieta sente o cheiro da cidade, da brisa do mar, e avisa para Leonora que perfume como aquele, não tem igual e não esquece jamais.

Leonora acha esquisito o comercio está fechado e a cidade completamente vazia.

É quando Tieta pergunta por todos a Bafo de Bofe. O mendigo responde que estão na igreja, assistindo a missa de morte da filha de Zé Esteves.

– Velório? De Perpétua??? – pergunta Tieta, com espanto.

– Oxê, e aquela desgraçada morre! Aquilo lá vai acabar num museu – responde Bafo do Bode.

– Então quem foi? – pergunta Tieta, muito mais aflita.

– O velório é da outra! – responde Bafo de Bode sem explicar quem é.

– Vixe Leonora, que desgraça. Logo no dia que eu cheguei!

Aflita, Tieta resolve entrar na igreja, onde todos estão. A cabritona pensa que a morta é sua meio irmã, Elisa.

Tieta entra na igreja, soube o altar e interrompe a missa. A cabritona está aflita, querendo ver o corpo da irmã, Elisa.

Elisa se apresenta e Tieta fica sem saber quem morreu, já que Perpétua também está viva.

É quando Tonha, a única que reconheceu Tieta, grita de felicidade, dizendo para todos que aquela mulher é Tieta.


TIETA (RESUMO DOS CAPÍTULOS) Parte 2
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