quinta-feira, 8 de março de 2012

Grandes mulheres e suas transformações nas novelas (CURIOSO)

Neste 08 de março, dia da mulher, o MUNDO NOVELAS faz uma homenagem para todas as mulheres através das corajosas personagens da teledramaturgia brasileira e suas interpretes.

O “CURIOSO” mostra as mulheres que mudaram sua personalidade para melhor, passando por uma grande transformação visual nas novelas. Algumas delas, abdicou todo sofrimento e humilhação, muitas vezes constrangidas pelo próprio marido, para se libertar e viver realmente a vida.

Aqui está a prova da determinação, do caráter, do respeito de algumas grandes mulheres de nossa teledramaturgia brasileira. Elas se libertaram de tudo que atrapalhava suas vidas, para se tornar num grande exemplo de superação. Seja na comedia ou no drama, as personagens conseguiram passar uma importante mensagem.



Em “Tieta (1989/1990)”, a personagem Tonha (Yoná Magalhães), era humilhada pelo marido Zé Esteves (Sebastião Vasconcelos) e ainda a perversa Perpétua (Joana Fom), sua enteada. Zé Esteves ainda era muito mais velho que Tonha. O bode velho casou-se com ela, quando ainda era uma adolescente. Tonha ainda teve Elisa (Tássia Camargo) muito jovem. Sua filha era a relação entre o real e o imaginário, fazendo que Tonha ainda pensasse está brincando de boneca. Os anos passam e Tonha continua na mesma e passando por humilhações. Mas, com a volta de Tieta (Betty Faria) e a morte de Zé Esteves, Tonha ganha à oportunidade de conhecer a vida e mudar sua personalidade e o visual, se transformando numa nova, bela e determinada mulher.


1978 foi o auge do sucesso da disco music no Brasil. Tempo das discotecas, dos embalos de sábado a noite. “Dancin’Days” foi uma novela que chegou para conquistar e ditou moda. Não é pra menos que Sônia Braga deu um show com sua personagem Júlia. Ela passara muitos anos presa e, libertada, retorna a civilização para refazer a vida. Nada melhor que uma completa mudança no visual para unir o útil ao agradável.


Mocinha (Lucinha Lins) fez jus a seu nome durante anos se mantendo casta, pensando estar se guardando para o grande amor de sua vida “Roque Santeiro (1985)”, que se fez mártir da fictícia cidade de Asa Branca, se transformando num idolatrado santo daquele lugar. Mais tarde, Mocinha viria a descobrir que Roque (José Wilker) nunca morrera e estava de volta a Asa Branca mais vivo que nunca. Mocinha não pensou duas vezes e foi correndo para os braços do grande amor de sua vida, tirando de vez a virgindade e sofrendo uma radical mudança no visual, para desespero do pai Florindo Abelha (Ary Fontoura) e da beata mãe dona Pombinha (Heloisa Mafalda). Mocinha ainda teve que disputar o amor de Roque com a extravagante e determinada viúva Porcina (Regina Duarte), que por sinal, é outro grande exemplo de mulher.


Em “Cambalacho (1986)”, Ana Machadão (Debora Bloch) era um turbilhão de coragem e determinação. A jovem era mecânica da oficina de Atos (Flávio Galvão), um mal caráter e amor platônico de Ana. O único problema de Ana Machadão, era o amor não correspondido por Atos. Ainda tinha outro obstáculo na vida de Ana: ela tinha trejeitos masculinos e viva vestida num macacão todo sujo de graxa. Fato que impedia algum interesse masculino por ela. Mas o futuro reservou grandes mudanças e emoções na vida de Ana Machadão. Ela conhecia e se envolvia com o bailarino Tiago (Edson Celulari), completamente o seu oposto, mas o que seria o grande amor de sua vida. De quebra, Ana virava uma nova mulher e abandonava aquele visual masculinizado.


Em “Vereda Tropical (1984/85)”, Léo (Cristina Mullins) era uma jovem obesa e desajeitada. Ela ainda era insatisfeita com a complicada família que tinha. Numa situação de comedia, Léo conseguiu driblar todos seus traumas, ainda se envolvendo com os rapazes Téo (Marcos Frota), que tinha alucinações que era um super-herói e Cesco (Paulo Guarnieri). No final, Léo sofria uma grande mudança na personalidade e no visual.


Bia Nunes viveu a sonhadora Elisa em “Amor com Amor se paga (1984)”. A moça era uma espécie de gata borralheira, que vivia oprimida pelo pai avarento Nono Corrêa (Ary Fontoura) e mais tarde viria a descobrir que era sua filha adotiva. No final Elisa muda o visual, consegue o grande amor de sua vida e ainda encontra o pai verdadeiro, que também era rico.


Em “Brega & Chique (1987)”, um curioso fato de uma mudança ao avesso, porém, sem mudar a essência além de se tornar um grande exemplo de superação. Me refiro a Rafaela Alvaray, vivida brilhantemente por Marília Pêra. A grande socialite da roda paulista, descobria que foi traída durante anos pelo marido Herbert (Jorge Dória/ Raul Cortes) e ficava completamente na miséria. Já a chamada alfa 2, Rosimery (Glória Menezes), era a segunda mulher de Boris e que herdava toda fortuna. O moral da história era que, mesmo pobre, Rafaela juntou a família e montou um verdadeiro negocio. De socialite, Rafaela virou uma prospera empresária, fornecendo marmitas para outros empresários, superando todo transtorno de sua vida. Quanto a Rosimery, que viveu anos na pobreza, se tornava uma mulher rica sofrendo uma mudança no visual. Mais parte, descobria que Herbert estava vivo e se fazendo passar por Cláudio Serra (Raul Cortes). O que ele não esperava, era a grande amizade e cumplicidade que nascia entre Rafaela e Rosimery, suas esposas. As duas ainda firmavam romance com seus apaixonados Montenegro (Marco Nanini) e Baltazar (Dennis Carvalho).


Em 1988, Raquel Accioli (Regina Duarte) na novela “Vale Tudo”, sofreu maus bocados nas mãos da filha Maria de Fátima (Glória Pires). Raquel perdeu a casa de Foz do Iguaçu onde morava e ficou na rua da amargura depois que Fátima vendeu o imóvel e se mandou pro Rio de Janeiro para tentar a vida de modelo. Raquel se muda pro Rio e sofre ao descobrir que a única filha é uma mau caráter, disposta a tudo pra vencer na vida, inclusive ficar bem longe dela, depois que se envolve com Afonso, neto da poderosa Odete Roitman. Raquel resolve vender sanduiches na praia, com a ajuda dos novos amigos que fez no Rio. A novidade vira um sucesso na novela e no Brasil, que levou centenas de pessoas a se inspirar na ideia da personagem, se transformando num exemplo de superação naquele ano. Mais tarde, Raquel viria a se tornar uma grande empresária no ramo alimentício, passando por uma mudança no visual, apesar de preservar sua essência, ainda que sua personalidade tornasse mais madura. Raquel também fazia as pazes com a filha e terminava nos braços de seu grande amor, Ivan (Antônio Fagundes).


Em “Bebê a Bordo (1988/89)”, Maria Zilda era Ângela, uma solteirona que dedicou parte da vida, para cuidar dos dois irmãos, depois que foi abandonada pelo noivo. Meio fora de moda, Ângela tinha sua imaginação como grande amiga e sua fortaleza. Apaixonada pela voz de um locutor de rádio (José de Abreu), ela aguçava suas fantasias se apresentando como uma mulher sexy. mais tarde, Ângela se tornava uma mulher mais determinada, dando uma mudança no visual e se envolvendo com Tonhão, o locutor de rádio.


Em “Quatro por Quatro (1994/95)”, Cristiane Oliveira era a desengonçada secretária Tatiana que foi abandonada no altar e jura se vingar do noivo, sendo amparada por mais três futuras amigas e mulheres desiludidas com seus amantes. Tatiana acaba descobrindo sua sensualidade e fisga o coração do galã Bruno (Humberto Martins)








Cristiane Oliveira ainda repetiria a dose só que em “Corpo Dourado (1998)”. Selena (Cristiane Oliveira) era uma verdadeira cowboy no início da novela. Ela ainda se apaixonava pelo delegado irresistível, Chico (Humberto Martins). No decorrer da história, Selena vai adquirindo um comportamento mais feminino, mudando seu visual.


Em “Chocolate com Pimenta (2003/04)’, a desajeitada e humilde Aninha (Mariana Ximenes) era humilhada e desprezada pelo playboy Danilo (Murilo Benício), o grande amor de sua vida. O rapaz ainda era incentivado pela perversa Olga (Priscila Fantin) e sua turma. Aninha engravidava de Danilo, sem que ele soubesse, se casava com o rico Ludovico (Ary Fontoura), que prometera ajudá-la e fugia da cidade. Anos mais tarde, Aninha voltava para se vingar daqueles que a humilharam no passado. Agora ela é Ana Francisca, uma bela e sofisticada mulher, respeitada e de prestígio, herdeira da fábrica de chocolates do marido já morto. Ana Francisca tem que enfrentar a cunhada maquiavélica, Jezebel (Elizabeth Savalla), que sonha em ter a fortuna do irmão. No decorrer da história, o amor fala mais alto, e Danilo descobre-se apaixonado por Ana Francisca e disposto a tudo para tê-la de volta. Danilo ainda descobre que é o verdadeiro pai do garoto Tonico (Guilherme Vieira), filho de Aninha.


Anabela Palhares, ou Bela (Gisele Itiê) para os íntimos, foi um enorme exemplo de mudança no visual e comportamento. A novela era “Bela a Feia (2009/10) da Record. No começo, Bela não tinha nada de beleza e ainda era desengonçada. Mais o tempo passa, e bela se transforma num mulherão para ninguém botar defeito e ainda conquista o grande amor de sua vida: Rodrigo Ávila (Bruno Ferrari).


Maria Cesária (Lucy Ramos) era a fabulosa cozinheira de “Cordel Encantado (2011)”, que cobria o corpo e o rosto, escondendo uma bela mulher. Um inesperado acontecimento surgia na vida de Maria Cesária, que mudaria completamente sua vida. O rei Augusto (Carmo Dalla Vecchia) se apaixonava pela cozinheira e, depois de muitos atropelos, terminava se casando com ela e a transformando numa bela rainha.


Norma (Glória Pires) se apaixonou pelo malandro Léo (Gabriel Braga Nunes) que chegava para agitar a vida da pacata e simplória tec. de enfermagem. Esta paixão trouxe consequências serias para vida de Norma, que foi presa injustamente por um crime que não cometeu, onde o verdadeiro culpado era o homem que ela mais amou. Anos depois, Norma saia da prisão para se vingar de Léo. Casou-se com um homem rico e se transformara numa mulher fria e calculista a ponto de forçar a morte do próprio marido para ficar com a fortuna e poder seguir com seu plano de vingança contra Léo. Mesmo se transformando numa sofisticada mulher, ela não se curava do grande amor que a levou a morte. Haja “Insensato Coração”.


E para fechar com chave de ouro, temos “Fina Estampa” com a Griselda Pereira ou Pereirão (Lília Cabral) para os mais íntimos. Deixada pelo marido, ela batalhou trabalhando como um faz tudo doméstico, para cuidar e criar os três filhos. Para sua completa alegria, ganha na loteria e muda completamente sua vida, deixando aquele visual mecânico engraxado para ter um estilo mais sofisticado e feminino. Seu único problema é a terrível Teresa Cristina (Christiane Torloni), que vive complicando sua vida, embora, no fundo, sinta muita inveja de Griselda.

4 comentários :

oscar gouldman disse...

Maravilhosa a matéria...Parabéns a todas as mulheres.

Sergio Henrique Teixeira disse...

Valeu amigo Oscar e Feliz dia das mulheres para as mulheres e todos!!!

Maria Lucia disse...

LINDAS MULHERES...PESSOAS INCRÍVEIS...ADOREI!

Unknown disse...

Bia Nunes em "Amor com Amor se Paga" assisti quando era pequeno e já era uma reprise em vale a pena ver de novo. Realmente personagem marcante!!!