domingo, 31 de outubro de 2010

DRICA MORAES (ARTISTA)



O “ARTISTA” desse mês, tem a honra de apresentar a carreira de Drica Moraes, uma atriz de imenso talento e carisma, exemplo de força, coragem e superação, que conquistou todos os brasileiros. Drica sempre é perfeita nos papeis que interpreta, tanto como vilã ou mocinha, em produções da TV, cinema e teatro.


Adriana Moraes Rego Reis, popularmente conhecida como Drica Moraes, nasceu em 29 de julho de 1969, no Rio de Janeiro. Filha de Clarice Gaspar de Oliveira, dona de um restaurante no Leblon e do arquiteto Gustavo Moraes Rego Reis é a única artista numa família de sete irmãos.


Começou a fazer teatro no Colégio Andrews, Zona Sul do Rio de Janeiro, com Miguel Falabella. Também, estudou no Tablado, onde, aos 13 anos, iníciou às primeiras experiências como atriz no teatro infantil, com montagens de Os Doze Trabalhos de Hércules, adaptação do livro de Monteiro Lobato, em 1983, Nossa Cidade, de 1984, e em Chapeuzinho Vermelho", com texto e direção de Maria Clara Machado, em 1985. Estreou profissionalmente com o espetáculo O Segredo de Cocachim, de Denise Crispum, em 1989, que lhe valeu o Prêmio Coca-Cola.


Sua estréia na TV deu-se na Globo, em 1986, no episódio O seqüestro de Lauro Corona, do extinto Teletema, escrito por Ricardo Linhares. Apesar de pequeno, o papel desempenhado pela atriz chamou a atenção do diretor Roberto Talma, responsável pelo seriado, que a convidou para fazer sua primeira novela, Top Model, entre 1989/1990, escrita por Walther Negrão e Antônio Calmon, onde viveu a divertida empregada Cida, personagem do núcleo cômico da novela. Esta personagem lhe rendeu tanta repercussão que sua participação aumentou na novela, chegando a ganhar um tema musical: “Vida de Fábio Jr”, que a empregada Cida cantava na hora de seus afazeres domésticos. No decorrer da novela, Cida virava uma cantora de sucesso.


No ano seguinte, em 1990/1991, viveu a personagem Isabela Souto Maia na novela “Lua Cheia de Amor” que foi um remake de “Dona Xêpa” escrito por Gilberto Braga em 1977. Num papel de destaque, contracenou ao lado de Suzana Vieira que fazia sua mãe, a socialite Laís Souto Maia e Claudio Cavalcanti, o empresário Conrrado Souto Maia. Isabela sofria de cleptomania e se envolvia com o ambicioso Wagner(Mário Gomes), um dos vilões da novela.

Em 1994, fez uma participação especial na novela “Quatro por Quatro” de Carlos Lombardi, onde viveu a personagem Denise. Outra novela que explorou sua veia cômica.

Em 1995, conseguiu destaque maior na mídia, através do comercial de TV do “Unibanco”, onde viveu Renata do casal Unibanco. Desde então, com uma carreira importante consolidada no teatro, vem desenvolvendo uma trajetória notável também na telinha, onde participou de vários sucessos da teledramaturgia brasileira. Com uma interpretação maliciosa e tecnicamente precisa desempenhou papéis marcantes que provaram seu talento e versatilidade, indo da comédia ao drama.


Interpretou maquiavélicas vilãs e cômicas mocinhas em novelas de Walcyr Carrasco. Em 1996, numa passagem pela dramaturgia da Rede Manchete, integrou o elenco da novela “Xica da Silva”, como a terrível e diabólica Violante, que lhe valeu o prêmio APCA de Melhor Atriz daquele ano.


De Walter Negrão, partiu o convite para que interpretasse sua primeira protagonista em novelas, a governanta Madalena de “Era Uma Vez (1998)”, onde fez par romantico com Herson Capri.

Também esteve presente em diversos humorísticos como Garotas do Programa, TV Pirata, Os Normais, Os Aspones, entre outros. Participou de séries como Você Decide, Mulher, Garotas de Programa(onde viveu a protagonista) e Retrato Falado.


Mais uma vez na Rede Globo, deu vida a antagonista de uma novela, ao despontar como a interesseira Marcela de “O Cravo e a Rosa (2000/2001)”. Sua personagem era apaixonada pelo protagonista Petruchio(Du Moscovis) que mantinha uma relação de amor e brigas com Catarina(Adriana Esteves), outra protagonista da novela.


Ainda em 2001, viveu a persoangem Gilda, da novela “Desejos de Mulher”, escrita por Eulcides Marinho.


Na sequência, surpreendeu como a manicure Márcia, co-protagonista de “Chocolate com Pimenta (2003/2004)”. A personagem possuía um forte carisma com o público, e, tamanho seu sucesso, que o bordão “Eu sou chique, benhê!” caiu na boca do povo.


O fato repetiria-se, anos depois, quando interpretou a perua falida Olívia de “Alma Gêmea (2005)”, onde fez par romantico com Malvino Salvador. Juntos, eles abriam um restaurante e viviam de brigas até descobrirem que estavam apaixonados.


Ainda em 2004, protagonizou a série “Os Aspones” ao lado de Selton Mello, Andréa Beltrão, Pedro Paulo Rangel e Marisa Orth. “Os Aspones” foi de autoria da dupla Alexandre Machado e Fernanda Yong.


Em 2006, voltava a fazer uma novela de Carlos Lombardi, numa participação especial de alguns capítulos em “Pé na Jaca”. Sua personagem se chamava Pietra, que era assessora particular e melhor amiga da modelo Maria Bô, vivida por Fernanda Lima. Mais uma vez, Drica, explorou sua versatilidade, vivendo uma personagem cômica. Para o papel havia sido escolhida a atriz Malu Mader, que declinou ao convite. Um fato curioso, é que quatro anos depois, em 2010, Malu Mader foi escalada para substituir Drica no remake de “Ti Ti Ti (2010)”, no papel da editora de moda Suzana Martins, ex-mulher do protagonista Ariclenes, interpretado por Murilo Benício. Drica não pôde aceitar o convite pois estava em tratamento contra a leucemia, descoberta no início do ano.


Drica Moraes e Tato Gabus na minissérie "Queridos Amigos"

Em 2008, voltou a interpretar um papel dramático na TV ao compor o elenco da minissérie “Queridos Amigos”, escrita por Maria Adelaide Amaral, onde viveu a personagem Vânia, uma das có-protagonista. Também nesse ano, estreou no Festival de Curitiba seu primeiro monólogo, “A Ordem do Mundo”, pelo qual foi indicada pela terceira vez ao Prêmio Shell na categoria de Melhor Atriz. A premiação é considerada a mais importante no teatro.


com o elenco da série "Decamerão- A Comédia do Sexo"


O início de 2009, a trouxe de volta no especial “Decamerão - A Comédia do Sexo”, da Globo, que voltou a ser exibido no segundo semestre em forma de seriado. Sua personagem se chamava Tessa.

Drica Moraes em cena do filme "Os Normais 2" ao lado de Fernanda Torres

Simultaneamente, esteve em cartaz com o filme “Os Normais 2”, ao lado de Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães.

"Cia dos Atores"

Drica é uma das fundadoras da “Cia dos Atores”, um dos grupos teatrais de maior destaque no país. Com a Cia participou de espetáculos como “Noticias Cariocas”, em 2004, “O Rei da Vela”, em 2000 e “Melodrama”, em 1999, entre outros. Paralelamente ao trabalho junto à companhia, atuou em outras peças, como Pixinguinha, de Amir Haddad, em 1994; O Crime do Dr. Alvarenga, texto e direção de Mauro Rasi, em 1999; Vítor ou Vitória, adaptação do filme homônimo de Blake Edwards, com direção de Jorge Takla, em 2001; e Mamãe Não Pode Saber, em 2002.

Drica Moraes em cena do filme "O Bem Amado", ao lado de Marco Nanine, Zezé Polessa e Andréa Beltrão

No cinema, seu primeiro trabalho foi no curta Vaidade, em 1990. Depois, atuou na produção americana, Manôushe, de Luiz Begazo. Ainda nos anos 90, marcou presença em mais três filmes importantes: As Meninas, adaptação cinematográfica do clássico romance de Lygia Fagundes Telles; Mandarim, belo filme de Júlio Bressane; e Traição, da produtora Conspiração Filmes, dirigido por José Henrique Fonseca, Arthur Fontes e Cláudio Torres.

Drica Moraes em cena do filme "Bossa Nova"

A partir dos anos 2000, foi dirigida por cineastas de primeira linha em filmes, como: Bossa Nova, de Bruno Barreto; Amores Possíveis, de Sandra Werneck; e Onde Anda Você?, de Sérgio Rezende. Também em 1992, com a “Cia dos Atores”, atuou em A Morta, de Oswald de Andrade, sob a direção de Enrique Diaz. No ano seguinte, esteve em cartaz com o texto Pianíssimo, de Tim Rescala, e, recebeu os prêmios Coca-Cola e Mambembe.

Drica Moraes em tarde de descontração com o filho Mateus

Antes de ser atriz, Drica pensava em ser desenhista e participou da confecção de um livro de poesias, criando as gravuras que ilustram a obra. Já foi casada com o diretor Régis Faria, filho do ator Reginaldo Faria, a quem conheceu em 1994, durante um jantar da peça “Confissões de Adolescente”. O casamento durou sete anos. Em 1998, durante a novela “Era Uma Vez”, Drica foi pega de surpresa por uma gravidez inesperada, no entanto sofreu um aborto espontâneo. Separou-se recentemente do empresário Raul Shimidt. Em 2009, adotou um menino, que se chama: Mateus.


Em Fevereiro de 2010, foi internada no Hospital Samaritano com o diagnóstico de leucemia e iniciou sessões de quimioterapia. Seus amigos, liderados pelo ator Pedro Neschling, iniciaram uma campanha para doação de sangue. Em Julho, submeteu-se a um transplante de medula e estreou em circuito nacional o filme “O Bem Amado”, no qual interpreta uma das irmãs Cajazeira. Hoje, Drica se recumpera da leucemia e já tem convite para fazer uma participação especial na nova novela do amigo e admirador Walcyr Carrasco, prevista para estrear no primeiro semestre de 2011, sucedendo “Ti Ti Ti”. Enquanto isto a atriz descança, se preparando para nos presentear com sua próxima atuação.

PREMIAÇÕES

1989- Melhor Atriz por O Segredo de Cochachim, Prêmio Coca Cola- Venceu
1989- Melhor Atriz por O Segredo de Cochachim, Prêmio Mambembe- Venceu
1993- Melhor Atriz por Pianíssimo, Prêmio Mambembe- Venceu
1997- Melhor Atriz por Xica da Silva, Prêmio APCA- Venceu
1997- Melhor Atriz por Xica da Silva, Prêmio Sharp- Venceu
2004- Melhor Atriz de Série por Os Aspones, Prêmio Qualidade Brasil- Venceu
2009- Melhor Atriz por A Ordem do Mundo, Prêmio Shell- Indicada
2010- Melhor Atriz Coadjuvante por Os Normais 2 Grande Prêmio de Cinema Brasileiro- Indicada


Fontes:
ARQUIVO MUNDO NOVELAS
Wikipédia
Dramaturgia Brasileira

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