Na semana em que o cantor Chorão completaria 43 anos, o apresentador Serginho Groisman recebe, no Altas Horas, Champignon, Marcão, Thiago Castanho e Bruno Graveto para uma homenagem repleta de convidados especiais. Para cantar músicas que marcaram a carreira do cantor, a banda reúne alguns amigos de Chorão. Marcelo D2 cantará “Samba Makossa”, Dinho Ouro Preto interpreta “Tudo o que ela gosta de escutar”, Negra Li relembra a parceria em
“Não é Sério” e Zeca Baleiro canta “Proibida pra Mim”.
Além de prestar a homenagem ao amigo, Champignon e companhia aproveitam a oportunidade para divulgar que vão continuar com a banda, mas ela não vai mais se chamar Charlie Brown Jr. O novo nome do grupo é A Banca, que conta agora com a baixista Lena.
Quem também estará no programa deste sábado é o filho de Chorão, Alexandre Abrão, que vai mostrar algumas imagens inéditas que gravou durante os shows em que seu pai comandou a banda Charlie Brown Jr. Alexandre aproveitou para falar que não imagina uma homenagem ao pai nas telonas: “Não penso em fazer um filme baseado em meu pai, porque acho difícil, já que não consigo ver uma pessoa fazendo ou sendo ele. É impossível ser ele. O que eu planejo é dar continuação à obra dele”, explicou.
Sobre a banda A Banca, Alexandre Abrão declarou que aprova a atitude dos músicos de seguirem tocando. “Acho que era isso mesmo que eles tinham que fazer. E não é porque eles trocaram de nome que eles não vão ter mais a essência do Charlie Brown. É uma coisa até que meu pai ia gostar de ver”, afirma.
Champignon afirma que a aprovação do Alexandre é importante para banda nesse momento e declara que também espera o apoio dos fãs. “O Xande está com a gente, do nosso lado e nos aprovando. Ele vai aos shows, vai fotografar e documentar toda a situação. Espero que a galera também esteja com a gente, porque depois do que aconteceu ou não teríamos mais nada ou poderíamos continuar com o legado”, comenta.
O vocalista d’A Banca revela de onde tiraram inspiração para dar esse nome a banda. “A gente a principio não quis continuar com o nome da banda para preservar a imagem que as pessoas têm do Charlie Brown. Depois que o Chorão morreu, nós ficamos pensando o que faríamos e, um dia, tomando banho comecei pensar que a gente não é o Charlie Brown, nós éramos a banca do Charlie Brown. Por isso nós decidimos mudar para A Banca”, conta o músico.
Champignon também relembra que Chorão já havia sinalizado que ele poderia assumir os vocais da banda durante suas férias. “Ele estava bem cansado e uns dois ou três meses antes de partir, ele pediu para que a gente continuasse comigo no seu lugar para ele descansar. Foi por isso que nós tivemos essa ideia de eu ir para o vocal e a gente reestruturar a formação da banda dessa forma. Então existe um aval do próprio cara antes do que aconteceu”, afirma o ex-baixista do Charlie Brown Jr.
Estreando na televisão no Altas Horas deste sábado, A Banca já tem planos para lançar um material inédito, mas não para 2013. “Esse é o primeiro momento da banda. Apesar da gente já ter umas músicas novas, umas composições que eu fiz esse mês em função do que aconteceu, a gente vai trabalhar primeiro esse CD, com uma turnê em homenagem ao Chorão e ao Charlie Brown. Enquanto isso, vamos preparando um trabalho novo para o ano que vem, mas acredito que até o final do ano deva rolar algum single para as pessoas degustarem em primeira mão”, conclui Champignon.
Os convidados que participam do Altas Horas aproveitaram o momento para fazer sua homenagem ao cantor Chorão e relembrar algumas histórias. Dinho Ouro Preto, amigo do cantor, elogiou muito o trabalho de Chorão: “Eu conheço o rock’n’roll brasileiro e esses são os melhores. Quando eu conhecio o Charlie Brown Jr., eles estavam estourados e eu estava na lama”, disse o cantor.
O skatista Bob Burnquist: revelou que era fã do cantor antes do Charlie Brown Jr: “Eu conheci o Chorão antes da banda. O que eu gostava é que ele falava o que pensava”, explica. Outro artista que fez questão de comentar sobre Chorão, foi Zeca Baleiro: “A gente lançou nossos primeiros disco quase na mesma época. Nossa carreiras seguiram em paralelo. Eu cheguei a tocar essa música (Proibida pra mim) no casamento do Chorão", disse.
Parceiros há muito tempo, Marcelo D2 conta que conheceu o Chorão muito antes dele começar a tocar com o Charlie Brown Jr. “Eu o conheci do skate. Sempre foi um grande amigo. O skate foi o nosso elo de amizade”, comenta. O rapper ainda contando que perdeu a conta de quantas vezes se apresentou ao lado do vocalista do Charlie Brown.
A cantora Negra Li, que participou da gravação do disco “Nadando com os Tubarões” e “Acústico MTV”, também estava presente na homenagem. “Em 98, o Chorão foi ver o RZO tocar e depois foi ao camarim para fazer o convite para participar do disco do Charlie Brwon Jr”, relembra.