terça-feira, 5 de julho de 2016

Em cena poética, Caio Blat e Ricardo Pereira protagonizam primeira transa gay em novela brasileira

Cheias de sutilezas e com o extremo refinamento do diretor artístico Vinícius Coimbra, as sequências de sexo gay entre  André (Caio Blat) e Tolentino (Ricardo Pereira) em "Liberdade, Liberdade", gravadas na terça-feira, dia 28 de junho, emocionaram todos os que estavam presentes no estúdio. Os atores Letícia Isnard, Bruno Ferrari e Mateus Solano, por exemplo, acompanhavam a movimentação e não escondiam a curiosidade de ver o resultado do que estava sendo gravado. Todos sabiam que aquele era um grande momento!

O diretor artístico Vinícius Coimbra dirige Caio Blat e Ricardo Pereira (Foto: Felipe Monteiro/Gshow)
Para Vinícius Coimbra, o drama retratado pelos dois personagens vai além deles dois. “Eu sempre me pergunto como deve ser difícil você não poder ser quem você é e, de alguma forma, você  ter que se reprimir perante a sociedade ou pela sua cor, ou pela escolha sexual, ou pela religião. Eu acho que em diversas partes do mundo as pessoas sofrem com isso."

Foi através deste sentimento tão comum ainda hoje em dia que veio a inspiração para dirigir a sequência: "Eu tentei buscar nesta cena a identificação com o público para que o  próprio público pensasse sobre o tipo de repressão que sente”. Vinícius quis sensibilizar as pessoas, dando a elas a oportunidade de questionarem seus  próprios conceitos em uma linda sequência cheia de romantismo e paixão.

O que se viu durante a gravação foi um cuidado imenso, muita sutileza e total entrega dos dois atores. O desenvolvimento da história de amor entre Tolentino e André discute o preconceito, debate as intolerâncias e terá um fechamento surpreendente, adianta o autor Mario Teixeira.

O sentimento geral da novela, desde o seu primeiro capítulo, é de retratar as diversas formas de discriminação e intolerância, que ainda persistem na sociedade. Intérprete do André, um personagem que tem se transformado muito ao longo dos capítulos, Caio Blat não esconde a felicidade de estar fazendo parte desta história.

“É um prazer poder apresentar uma história assim, mostrar o sofrimento de tantas pessoas que precisam se esconder por causa do preconceito e mostrar como é difícil esconder quem você é e o que você sente”, diz ele, que ainda complementa: “Acho que esta é uma novela madura, as pessoas percebem que são temas contemporâneos que estão sendo tratados com um pano de fundo histórico. Tenho muito orgulho de estar representando esse personagem, que é comovente, lindo”.

Fonte: Juliana Lessa (GShow)

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