sexta-feira, 29 de julho de 2016

A Tribo Fulni-ô participa de eventos no Rio de Janeiro, conheça seu trabalho

A tribo Fulni-ô, através do Projeto Raízes da Mãe Terra, chegou ao Rio para participar de eventos durante a Rio 2016.

Os fulni-ô, também conhecidos como carnijó e formió, são um grupo indígena que habita próximo ao rio Ipanema, no município de Águas Belas, no estado de Pernambuco, no Brasil. Da etnia, descende um dos maiores ídolos da história do futebol brasileiro: Mané Garrincha e a tenista Teliana Pereira.

A tribo Fulni-ô, é o único grupo indígena do Brasil que conseguiu manter viva e ativa sua própria língua - Iatê - assim como rituais que atualmente realizam no maior sigilo. Com a missão de mostrar ao mundo a cultura dos índios, eles produzem um artesanato riquíssimo e muita sabedoria em suas danças e pajelanças. Um projeto totalmente cultural, não envolvendo nenhuma forma de credo ou religião.

O projeto contempla o cumprimento da Lei N 11.645, De 10/03/2008, que determina o ensino de Cultura Indígena como parte obrigatória do currículo escolar, pelo reconhecimento da importância dessa cultura na formação do povo brasileiro.

Foto: Anne Vilela
O grupo surgiu a partir de um reagrupamento de diversos povos indígenas que habitavam a região. Documentos indicam que, desde a década de 1700, os indígenas daquela região enfrentam problemas com a ocupação não indígena da região. A distribuição de terras no Brasil, a partir das capitanias hereditárias, serviu como um mecanismo de dispersão de populações nativas, como ocorreu, por exemplo, nas terras interioranas de Pernambuco. Os indígenas fulniôs resistiram à ocupação não índia, mantendo, até hoje, por exemplo, o ritual do ouricuri.

Em contato com diversas instituições governamentais, de ensino e espaços cedidos pela iniciativa privada em diversas regiões do país, nasceu a ideia de criar canais de diálogo voltados ao público infantil, jovem e adulto como forma de sensibilizar as pessoas e, assim, resgatar os verdadeiros valores da nossa história e a sabedoria ancestral que reside em cada um de nós.

Na abertura, fazem as apresentações em português, narrando a história de sua tribo para depois iniciar os cânticos. Em seguida aos cânticos se abre espaço para pintura corporal das crianças. O grupo é liderado por um neto de cacique (Tafk-á) que, desde criança, recebe ensinamentos e adquire a sabedoria das ervas para um dia tornar-se uma liderança em sua tribo.

Após a apresentação e ritual, abrem espaço para um debate no qual podem falar mais de sua vida em tribo, como é ser índio no Brasil de ontem e de hoje, respondendo à perguntas e compartilhando um pouco de sua simplicidade e sabedoria. Seu artesanato com sementes, penas e palhas podem ser expostos e vendidos.

Não haverá custos direto para a escola, sendo cobrado o valor simbólico de R$10,00 (Dez reais) para cada aluno e inclui a participação dos pais. Também teremos a venda de artesanatos.

 O valor recebido pelo trabalho será 100% revertido para a aldeia que sofre com as constantes intervenções do “homem branco” e com as agruras de um território árido que inviabiliza as práticas agrícolas durante grande parte do ano.

Fique por dentro das apresentações da Tribo no Rio de Janeiro:

Neste sábado, dia 30/07, eles estarão na Festa Julina no colégio Senhora da Pena.

Dia 31/07, domingo, reinauguração do espaço cultural na Prainha, onde terá a presença do Prefeito do Rio Eduardo Paes;

Dia 06/08 eles estarão no quiosque K8 do Pepe na praia da Barra da Tijuca;

Dia 07/08 eles estarão no quiosque em Copacabana.

Contato:
Nathalia Ferrari

Avenida Lucio Costa, 2.450 Casa 77
Barra da Tijuca
Rio de Janeiro – RJ

Cel. 21 97237-9242
Cel. 21 96980-8733
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Instagram: @raizesdamaeterra
Site oficial: www.raizesdamaeterra.com.br


Assessoria de imprensa:
Marlúcia Farias

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