Rubem Fonseca, uma das maiores personalidades literária e artística brasileira, poderá escrever um argumento para uma trama das 18h da Globo, com produção prevista para 2016.
A expectativa é imensa, em relação a este próximo trabalho do contista, romancista, ensaísta e roteirista, segundo o colunista Flávio Ricco.
Rubem Fonseca é formado em Direito, tendo exercido várias atividades antes de dedicar-se inteiramente à literatura. Em 2003, venceu o Prémio Camões, o mais prestigiado galardão literário para a língua portuguesa.
Reconhecidamente uma pessoa que, como Dalton Trevisan, adora o anonimato, é descrito por amigos como pessoa simples, afável e de ótimo humor.
As obras de Rubem Fonseca geralmente retratam, em estilo seco e direto, a luxúria e a violência urbana, em um mundo onde marginais, assassinos, prostitutas, miseráveis e delegados se misturam. A história através da ficção é também uma marca de Rubem Fonseca, como nos romances Agosto (seu livro mais famoso) em que retratou as conspirações que resultaram no suicídio de Getúlio Vargas, e em O Selvagem da Ópera em que retrata a vida de Carlos Gomes, ou ainda A Cavalaria Vermelha, livro de Isaac Babel retratado em Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos.
Criou, para protagonizar alguns de seus contos e romances, um personagem antológico: o advogado Mandrake, mulherengo, cínico e imoral, além de profundo conhecedor do submundo carioca. Mandrake foi transformado em série para a rede de televisão HBO, com roteiros de José Henrique Fonseca, filho de Rubem, e o ator Marcos Palmeira no papel-título.
É viúvo de Théa Maud e tem três filhos: Maria Beatriz, José Alberto e o cineasta José Henrique Fonseca.
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