domingo, 6 de julho de 2014

O REBU (VAMOS RECORDAR)

O Rebu foi uma novela de Bráulio Pedroso com direção de Walter Avancini e Jardel Mello e supervisão de Daniel Filho. Produzida e exibida pela Rede Globo, às 22h, de 4 de novembro de 1974 a 11 de abril de 1975 em 112 capítulos.

“O Rebu” ousou e chegava para lançar um novo estilo de fazer novela, com uma narrativa que surpreendeu o público e a crítica da época. O diretor e ator Ziembinski viveu Conrad Mahler, um dos principais papeis da trama policial, envolvida não apenas por mistério e suspense, mais também retratando a hipocrisia da alta sociedade. Crime, Adultério, Paixões, bissexualidade, foram um dos temas fortes abordados na novela.

A história policial se passava em dois dias: no primeiro, realizava-se uma festa na casa do milionário Conrad Mahler, em homenagem à princesa italiana Olympia, e na qual ocorria um crime; no segundo, acontecia a investigação da ocorrência. Foi dividida em três fases: o presente, com a investigação do crime; o tempo da festa; e as informações sobre cada personagem.

A novela policial apresentou uma narrativa inovadora: seus 112 capítulos transcorrem durante 24 horas, em sequência não cronológica, com a ação se desenrolando em três tempos distintos: as investigações da polícia; flashbacks de eventos ocorridos durante a festa; e acontecimentos relacionados ao passado dos personagens.

Em sua mansão no Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro, o banqueiro Conrad Mahler (Ziembinski) organiza uma festa para recepcionar a princesa italiana Olympia Boncompagni (Marília Branco).

Ao amanhecer, os convidados descobrem um cadáver boiando, de bruços, na piscina. Além de desconhecer a identidade do assassino e a razão do crime, o público também não sabia quem tinha sido assassinado.

Entre os 24 convidados – todos suspeitos, assim como o próprio anfitrião –, estão Boneco (Lima Duarte), ladrão paulista que encontra o convite da festa durante um assalto e se faz passar por um industrial italiano para roubar o banqueiro; o milionário Braga (José Lewgoy) e sua esposa, Lídia (Arlete Salles); e Laio (Carlos Vereza), industrial autista casado com Maria Helena (Maria Cláudia).

Conrad Mahler (Ziembinski) é um banqueiro, dono da mansão onde é feita a festa para a recepção da princesa italiana Olympia Boncompagni (Marília Branco) e assassino de Sílvia (Bete Mendes).

Boneco (Lima Duarte) é um ladrão paulista que se faz passar por rico e convidado da festa de Conrad Mahler (Ziembinski).

Cauê (Buza Ferraz) é um Jovem protegido por Conrad Mahler (Ziembinski). (Ziembinski). Envolve-se com Sílvia (Bete Mendes) despertando ciúmes em Conrad, não pela mulher e sim por Cauê.

Sílvia (Bete Mendes) mantém uma relação amorosa com o jovem Cauê (Buza Ferraz), motivo de ciúmes de Conrad Mahler (Ziembinski). A personagem acaba sendo assassinada pelo banqueiro.

O romance com Cauê custou a vida de Sílvia, que não imagina que estaria afrontando Mahler.

Carlos de Braga Vidigal (José Lewgoy) é um bancário milionário casado com Lídia (Arlete Salles).

Lídia (Arlete Salles) é a mulher de Braga (José Lewgoy).

Laio (Carlos Vereza) é um Industrial, tem um tipo raro de autismo. Casado com Helena (Maria Cláudia).

Helena (Maria Cláudia) é a mulher de Laio (Carlos Vereza).

Maria Angélica de Lara Campos/ Dona Bubu (Yara Cortes) é um dos nomes mais tradicionais da alta sociedade. A rica mulher também gosta de homens mais novos. Ela se interessa por Boneco.

Glorinha Rezende (Isabel Ribeiro) se torna amiga íntima de Roberta Menezes (Regina Viana). Mais uma trama homossexual camuflada em “O Rebu” que se desenvolveria. As duas amigas deixam os maridos para fazerem juntas, um cruzeiro pelo Caribe.

Roberta Menezes (Regina Viana) é casada com o cirurgião plástico Davi Menezes (Felipe Wagner).

Davi Menezes (Felipe Wagner) é um famoso cirurgião plástico casado com Roberta Menezes (Regina Viana).

Álvaro Rezende (Mauro Mendonça) é um rico advogado e homem de confiança de Mahler. Ele também é casado com Glorinha Rezende (Isabel Ribeiro).

Lupe (Thereza Rachel) é uma socialite excêntrica, amante de Kiko (Rodrigo Santiago), mais um rapaz protegido na trama. Ela acaba reencontrando na festa um sambista que fora seu amante e logo parte para uma nova conquista.

Kiko (Rodrigo Santiago) é o melhor amigo de Kauê. Ambicioso e sem escrúpulos, mantém um romance proibido com Lupe (Tereza Rachel), mulher bem mais velha que ele e frequentadora das colunas sociais. Kiki não sente nada de positivo em relação a Lupe. Na verdade, ele utiliza o prestigio dela (além dos lucros financeiros) apenas para subir na vida. Como toda pessoa preocupada com a condição social como caminho único e absoluto para a sobrevivência, as pretensões de Kiko são bem claras: eke quer ter muito dinheiro para conseguir um lugar ao sol no fechado mundo da alta sociedade.

Kiko é um sujeito que quer subir na vida a qualquer custo. Enquanto algumas pessoas se contentam com pouco, ele nunca se satisfaz e sempre quer mais, desejando as melhoras coisas do mundo, tipo um carro novo. Para ele o que importa é status.

Astorige (Haroldo Oliveira) conhece a grã-fina Lupe (Teresa Racquel) na escola de samba em que é passista e se apaixona violentamente por ela. Os dois vivem um amor muito louco, até o dia em que Lupe resolve deixá-lo sem nenhuma explicação, impedindo-o, inclusive, de entrar em seu apartamento. Astorige, então, percebe que não passou de um brinquedo nas mãos de uma milionária. Revoltado, porém ainda perdidamente apaixonado, resolve fazer um curso de garçom para trabalhar nas festas da alta sociedade, pois tem certeza que encontrará Lupe numa delas.

O reencontro acontece na festa de Conrad Mahler (Ziembinski). A partir dai Astorige passa a viver o drama de uma paixão frustrada, pois Lupe, fria e calculista, finge que nada houve entre os dois.  

Descendente de uma respeitável família europeia, Mahler envolveu-se durante sua juventude, num conflito amoroso que resultou na morte de seu melhor amigo, durante um duelo provocado por ele próprio. Depois de inúmeros atropelos e dificuldades, tendo que fugir do seu devido país devido ao crime que havia cometido, pois lá o duelo era considerado ilegal, Mahler veio para o Rio. Com vinte e poucos anos ainda não tinha profissão definida. As únicas coisas que contavam a seu favor era a refinada educação para um rapaz de sua idade, o traquejo social, o conhecimento de alguns idiomas, sua força de vontade e o enorme desejo de vencer na vida, custasse o que custasse. Nessas condições, o jovem Mahler se fez adulto, comendo o pão que o diabo amassou e tentando, de qualquer maneira, agarra-se às suas pretensões. Com muita força interior e a recusa em entregar-se. Mahler conseguiu, através de todos os meios, nem sempre muitos honrosos, torna-se extremamente poderoso. Solitário, afastado da vida social e descrente da humanidade, Mahler se angustia com a própria solidão, ao mesmo tempo em que constata o poder improdutivo de sua fortuna.

Perdido entre as paredes de sua mansão, o único consolo que encontra é na companhia do jovem Cauê, a quem mais tarde pretende entregar toda a sua fortuna. Essa esperança preenche a vida de Mahler e faz-lhe parecer diferentes os momentos da vida de casa. Ele ignora a personalidade daquele a quem resolver dedicar sua vida.

Mesmo sem conhecer a personalidade de Cauê (Buza Ferraz),seu jovem protegido, Cobrad Mahler (Ziembinski) já lhe destinou toda a sua fortuna.

Um dos destaques da novela é a relação do personagem Conrad Mahler (Ziembinski) com o ladrão Boneco (Lima Duarte). Percebendo que se trata de um farsante, Mahler passa boa parte da novela provocando o outro com perguntas sobre negócios, e divertindo-se com as mentiras que ele é forçado a improvisar para manter o seu disfarce.

Ao longo da novela, o público só saberia que houve um crime durante a cerimônia, apenas viam um corpo boiando na piscina, sem saberem a identificação do sexo, de quem havia cometido e a razão do crime.

A suspeita inicial era a de que o corpo de bruços na piscina era de um homem, mas a confusão aumentou quando mulheres brincaram de cortar os cabelos, colocando roupas masculinas.

Pistas formando um quebra-cabeça eram deixadas pelo autor. No capítulo 50, a vítima foi revelada numa tomada submarina na piscina, era Sílvia, e o responsável era o criminoso Boneco. Para despistar a imprensa, também foram gravadas opções com os personagens Cauê, Kico, Lupe, e Helena.

A identidade do assassino só é descoberta no último capítulo.

O Rebu, cuja palavra "rebu", que na novela pode significar "rebuliço", "confusão", era uma referência à expressão criada por Ibrahim Sued em sua famosa coluna social na época, para designar "festa", um diminutivo para o palavrão"rebuceteio", ou um aglomerado de mulheres bonitas. Tratava-se de uma novela policial que entraria para a história da teledramaturgia brasileira ao situar a sua trama em apenas 24 horas, onde não perdurava apenas a indagação "quem matou?", mas também "quem morreu?".

A estreia da telenovela marcou a integração da rede nacional da Rede Globo, já que na época havia atrasados na apresentação dos capítulos das novelas entre as praças como São Paulo e Rio de Janeiro, onde os capítulos exibidos em São Paulo já tinham sido exibidos dois dias antes no Rio de Janeiro. A Rede Tupi foi a primeira emissora a uniformizar sua programação em rede nacional, a partir de 1 de julho de 1974, com a estreia da novela A Barba Azul. Na Globo, isso aconteceu logo em seguida, com a estreia de O Rebu, em 4 de novembro de 1974.

A novela entrou no ar numa segunda-feira, às 21h45m, inicialmente no Rio e em São Paulo na Rede Globo, canal 4. Dias depois, foi apresentada em Belo Horizonte, Recife e Brasília, às 22h. Na véspera da estreia, o jornal O GLOBO publicou em sua primeira página, uma chamada para a novela. Perto da manchete do dia — um atentado a bomba do grupo Montoneros, da esquerda peronista — o texto provocava: “Quem morreu? Quem matou? Por quê?”. E dizia que esse era o mistério de “O rebu”, ao final da festa na mansão do banqueiro Conrad Mahler, no Alto da Boa Vista, quando um corpo apareceu boiando na piscina.

A novela inteira é a duração da festa. A narração é atemporal, com cenas que não seguem uma ordem cronológica e, também, com simultaneidade de tempo. Nesses termos, “O rebu” é dividida em dois tempos presentes: o primeiro é o real, quando o delegado começa a investigar o crime; o segundo é o tempo mais atuante e dramático, pois é o tempo da festa. Há ainda a informação sobre eles, realizada através de flash-backs não só dos convidados, mas de todos que participaram da festa — disse Pedroso na época, em entrevista ao jornal O GLOBO.

A primeira cena da trama era semelhante ao filme Crepúsculo dos Deuses, dirigido por Billy Wilder em 1950. Assim como no filme, um cadáver aparece boiando numa piscina e, daí por diante, toda a trama se desenrola de forma a elucidar o mistério de sua morte. A diferença é que em “O Rebu”, nos primeiros capítulos, o sexo do corpo boiando ainda não poderia ser identificado pelo telespectador. O clima de suspense durou a novela inteira.

As idas e voltas na ordem cronológica davam ao autor o triplo de trabalho para escrever a trama. Para dar sentido à história, antes de reescrever as cenas ele tinha que rever os tapes para lembrar como elas haviam ido ao ar. Diferentes pontos de vista eram explorados na trama.

Era a primeira vez que a homossexualidade foi abordada em uma telenovela brasileira através dos personagens Cauê e Conrad Mahler dos atores Buza Ferraz e Ziembinski, respectivamente. A censura no Brasil exigia que o garotão Cauê fosse mostrado como filho adotivo do velho Conrad Mahler, apesar das atitudes dos personagens mostrasse de forma velada a relação.

A atuação de Ziembinski – em um de seus últimos trabalhos na TV Globo – foi elogiada pela crítica.

Carlos Vereza, que fazia o papel de Laio, conta que, durante a novela, Ziembinski deu vários palpites sobre iluminação ao diretor Walter Avancini. Além de ator, Ziembinski era também um consagrado diretor de teatro e televisão, e Avancini o respeitava e aproveitava seus conselhos.

Polonês de nascimento, Ziembinski confessou a Lima Duarte seu método para conseguir extrair da língua portuguesa emoções que ele julgava que só um brasileiro saberia exprimir. Depois de ler as cenas e entender as emoções que elas exigiam, o ator pedia que um amigo lesse o script para ele, enquanto anotava os momentos em que os olhos do interlocutor brilhavam para depois reproduzi-los em cena.

A personagem Sílvia era interpretada por Bete Mendes, que havia sofrido um acidente de carro meses antes da novela e estava usando os cabelos muito curtos, fazendo com que a figurinista Marília Carneiro desenhasse cabelos ainda mais curtos como de um rapaz, o que faria sucesso e que o visual fosse copiado por outras mulheres no Brasil. Em cena, a atriz usava um gel que realçava o penteado. “O Rebu” foi a primeira novela de Bete Mendes na Globo.

“O Rebu” também foi a primeira novela na Globo de Tereza Rachel e Isabel Ribeiro.

Ruth de Souza viveu a empregada Lourdes da mansão de Conrad Mahler (Ziembinski).

Élcio Romar viveu um policial e Edson França foi o delegado Xavier, responsáveis em desvendar o crime na mansão de Mahler (Ziembinski).

Arlete Salles, intérprete da personagem Lídia, lembra que a estrutura narrativa de O Rebu exigia dos atores um esforço extra para ajudar a manter a continuidade da novela. Se uma cena era gravada do lado esquerdo do cenário e a seguinte era para ser feita no lado direito, os atores da primeira cena tinham que se posicionar como figurantes da próxima. Além disso, precisavam passar meses com o mesmo figurino. O ator Mauro Mendonça também se lembra do cuidado extremado com a continuidade das cenas.

O personagem Carlos Braga era feito por José Lewgoy que contou ao Memória Globo que a naturalidade das cenas era tanta que chegava a esquecer que estava representando, o que fazia ser repreendido pelo diretor Walter Avancini.

A personagem Olympia Boncompagni (vivida por Marília Branco), a princesa italiana convidada para o jantar na mansão dos Mahler, foi batizada com um dos sobrenomes mais ilustres da Itália. Os Buoncompagni existiram de verdade.

Foram príncipes de Piombino e tinham, entre seus parentes, o papa Gregório XIII. Uma princesa da família já havia visitado o Brasil na década de 1940.

Em vida, a saudosa Yara Cortês declarou que Maria Angélica de Lara Campos/ a Dona Bubu era sua personagem predileta. A última novela da atriz foi “História de Amor” em 1995, ela faleceu aos 81 anos, vítima de câncer de pulmão, numa quinta-feira, 17 de outubro de 2002.

Pela primeira vez na televisão brasileira um ator negro ultrapassava a dimensão de seu próprio personagem. Indo de simples garçom a amante apaixonado de uma grã-fina. Foi assim que o ator Haroldo Oliveira viveu o personagem Astorige em “O Rebu”.

A história da novela acontecia durante uma festa com música ao vivo. Algumas vezes, porém, o músico Paulo César Oliveira não era escalado para as cenas, e com isso o piano acabava tocando sozinho. O caso do "pianista fantasma" acabou virando piada no humorístico Satiricom, programa da Rede Globo.

A figurinista Marília Carneiro imprimiu um tom naturalista aos figurinos da novela. Homens e mulheres se vestiam de maneira sóbria, sem muitos adornos.

Uma das grandes dificuldades encontradas pela equipe de figurino, no entanto, foi o fato de O Rebu ser uma novela a cores, ainda uma novidade na época, o que implicava em uma série de truques para alcançar o efeito desejado no vídeo.

Duzentos funcionários trabalharam durante um mês, sob a supervisão de Mário Monteiro e Gilberto Vigna, na construção do cenário da mansão Mahler, que ocupava uma área de 300 metros quadrados, e tinha dois andares medindo seis metros de altura.

Como o crime que detonava a ação de O Rebu ocorria durante um jantar oferecido por um milionário austríaco a uma princesa italiana, era preciso cuidado absoluto com as regras de etiqueta. As consultoras de arte Tiza Oliveira e Lila Bertazzi tinham a função de orientar a equipe de produção e o elenco sobre protocolo e boas maneiras, de forma a aproximar o comportamento dos personagens da realidade. Durante as gravações, elas tinham autoridade até para interromper uma cena e corrigir alguma fala e explicar, por exemplo, que os ricos não dizem coisas como “por obséquio”, mas “por favor”. Nem sempre os atores gostavam.

O trabalho de Tiza Oliveira e Lila Bertazzi chegou a ser questionado por colunistas sociais. Zózimo Barroso do Amaral escreveu no Jornal do Brasil que não era comum que os convites para uma festa daquele porte fossem enviados pelo correio. Deveriam, segundo o jornalista, ter sido entregues em mãos. As consultoras responderam que os convites haviam sido entregues a domicílio e que ele havia confundido o brasão de Mahler, gravado no envelope, com um selo postal. Ibrahim Sued, de O Globo, observou que em uma festa da alta sociedade os convidados não apresentavam o convite na porta. A resposta veio imediatamente. O único personagem que apresentara convite havia sido o criminoso Boneco (Lima Duarte), justamente um impostor que roubara o convite de outro convidado. As consultoras só se renderam quando questionadas sobre o fato de as velas nos candelabros da mansão permanecerem apagadas: “Cada gravação dura quase cinco horas. Não há vela que aguente!”, responderam.

O Rebu teve 266 cenas gravadas, entre externas e estúdio, só em seus dez primeiros capítulos.

A novela foi reapresentada entre 5 de março e 29 de junho de 1984, às 22h15, exibida pela TV Globo Brasília e todos os seguintes estados, em versão compacta de 85 capítulos, de segunda à sexta-feira.

O autor Carlos Lombardi entregou o projeto de uma minissérie baseada na novela, porém não foi aprovada pela direção da TV Globo.

A novela ganha um remake em 2014, na faixa das 23 horas com Patrícia Pillar, Sophie Charlotte, Tony Ramos, Daniel de Oliveira entre outros no elenco. Patrícia Pillar foi a versão feminina de Conrad Mahler (Ziembinski).

Muitas das 14 canções da trilha sonora nacional da novela foram assinadas pela então jovem dupla Raul Seixas e Paulo Coelho, incluindo o tema de abertura, O Rebu, executado pela Orquestra Som Livre, e a canção Planos de Papel (só de Raul Seixas), interpretado por Alcione.

Uma das músicas compostas por Raul Seixas para a trilha, Gospel, foi proibida pela Censura, que não aprovou a letra da canção. Mesmo assim, a música entrou na novela, com os versos modificados.

Trilha Sonora Nacional















1. Como Vovó já Dizia - Raul Seixas
2. Porque - Sonia Santos
3. Planos de Papel - Alcione
4"Catherine - Orquestra Som Livre
5. Murungando - Betinho
6. O Rebu - Orquestra Som Livre
7. Salve a Mocidade - Elza Soares
8. Um Som Para Laio - Raul Seixas
9. Se o Rádio Não Toca - Fábio
10. Água Viva - Raul Seixas
11. Tema Dançante - Orquestra Som Livre
12. Vida a Prestação - Trama
13. Senha - Orquestra Som Livre
14. Trambique - Raul Seixas


Trilha Sonora Internacional















1. Le Premier Pas - Claude-Michel Schönberg
2. The Bitch Is Back - Elton John
3. Sweet Was My Rose - Velvet Glove
4. Working In The Hacienda - Daniel Santacruz Ensemble
5. Anima Mia - I Cugini Di Campagna
6. I Wanted You - Hudson Ford
7. Sticks And Stones - Moon Williams
8 Make It Easy On Yourself - Oscar Toney Jr.
9. Party Freaks (Melô da Noturna) - Miami
10. You Are a Song - Jim Weatherly
11. Goodbye Is Just Another Word - Lobo
12. Swanee - Al Morrison
13. The Trouble With Hello Is Goodbye - Sérgio Mendes e Brazil '77
14. Bird Of Beauty - Stevie Wonder

A abertura de O Rebu, que representava uma festa, foi feita a partir de desenhos assinados pela artista plástica Marguerita Fahrer e pelo cenógrafo e diretor de arte Cyro del Nero.

Uma novela de Bráulio Pedroso
Supervisão de Daniel Filho
Direção de Walter Avancini e Jardel Mello

Elenco:
Ziembinski – Conrad Mahler
Lima Duarte – Boneco
Bete Mendes – Sílvia
Buza Ferraz – Cauê
Tereza Rachel – Lupe Garcez
Yara Côrtes – Dona Bubu (Maria Angélica de Lara Campos)
Mauro Mendonça – Álvaro Rezende
Isabel Ribeiro – Glorinha Rezende
Lajar Muzuris – Tales Mourão
José Lewgoy – Carlos Braga
Arlete Salles – Lídia Braga
Carlos Vereza – Laio Martins
Maria Cláudia – Helena Martins
Regina Viana – Roberta Menezes
Felipe Wagner – Dr. Davi Menezes
Rodrigo Santiago – Kiko
Edson França – delegado Xavier
Marília Branco – Princesa Olimpia Boncompagni
Ruth de Souza – Lurdes
Alfredo Murphy – Olegário
Antonio Ganzarolli – Lucas
Caio Mourão – Caio
Cláudio Ayres da Motta - Wilson
Dalmo Perez – Garçom
Ivan Setta – Morel
Élcio Romar
Hilton Pontes


Cenografia: Mário Monteiro e Gilberto Vigna
Figurinos: Marília Carneiro e Keko Pinto
Maquiagem: Eric Rzepecki
Produção: Luiz Nardini e Nílton Cupello
Consultoria de arte: Lila Bôscoli e Tiza Oliveira
Edição: Luiz Paulo Cunha
Sonoplastia: Antônio Faya e Roberto Rosemberg
Arte de abertura: Cyro Del Nero e Marguerita Fahrer
Trilha sonora: Raul Seixas e Paulo Coelho
Produção musical: Guto Graça Mello



Fontes: 
ARQUIVO MUNDO NOVELAS
Rede Globo
Wikipédia

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