sábado, 19 de julho de 2014

Aguinaldo Silva: O Imperador do horário nobre

Quem se esquece da viúva Porcina (Regina Duarte) e o Coronel Sinhozinho Malta (Lima Duarte) de Roque Santeiro? Da fogosa Tieta do Agreste (Betty Faria)? Do Sérgio Cabeleira (Osmar Prado) em Pedra Sobre Pedra? Da batalhadora e determinada Maria do Carmo (Susana Vieira) em Senhora do Destino? Estes e muitos outros personagens que encantaram o publico e se tornaram inesquecíveis e ícones na teledramaturgia brasileira, fazem parte do universo de Aguinaldo Silva, a mente brilhante, o criador. Aguinaldo estreia mais uma grande novela no horário nobre da Globo. “Império” chega com a promessa de ser um “novelão daqueles” de prender a atenção do telespectador e elevar a audiência das nove da emissora. Isto, o autor tira de letra, com sua experiência e com o título de senhor do horário nobre global - ou seria melhor chamá-lo de Imperador do horário nobre global? - aproveitando a onda de "Império" e já que nunca escreveu novelas para outros horários da emissora, apenas foi supervisor de textos nas novelas das sete: Meu Bem Querer de Ricardo Linhares em 1998 e Tempos Modernos de Bosco Brasil em 2010.

Em homenagem a Aguinaldo Silva, o portal MUNDO NOVELAS vem com um ESPECIAL, fazendo uma retrospectiva da obra do autor na TV.

Na adolescência, ainda funcionário de um cartório no Recife, Aguinaldo escreveu o romance Redenção para Job. Lançado com sucesso. Em 1962, quando a rede de jornais Última Hora, de Samuel Wainer, implantou no Recife o Última Hora Nordeste, Aguinaldo foi requisitado pelo jornalista Múcio Borges da Fonseca para trabalhar como repórter. Ele trabalhou alguns meses cobrindo a área do aeroporto, mas preferiu atuar internamente, na redação, passando a exercer as funções de copidesque.

“Eu escrevia desde os 12 anos, mas fazia isso “de brincadeira”, e já tinha escrito dois romances quando descobri que aquilo não era brinquedo, era vocação mesmo. A inspiração para o livro fui buscar nos cortiços, nas casas de pensão que existiam no bairro da Boa Vista, no Recife, onde eu morava. O livro, sem que eu pretendesse isso, é uma espécie de painel que retrata o ambiente e seus moradores.” – Aguinaldo Silva em entrevista ao jornalista André Luis Cia no portal Aguinaldo Silva Digital.

Com o fechamento do jornal pelo movimento militar de 1964, Aguinaldo Silva foi morar no Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar como repórter polícial no jornal O Globo. Na década de 1970, editou o primeiro jornal gay do país, O Lampião, um tablóide semanal que teve vida curta.

“O bom de editar o Lampião foi produzir o mais alternativo de todos os jornais na época mais imprópria: os anos negros da ditadura. Nós brincávamos com o perigo, “dormíamos” com o inimigo e isso era divertido pra caramba. Também era divertido ver a esquerda intelectual dar verdadeiras cambalhotas para nos dar apoio quando éramos processados, mas sem se comprometer com o fato de que o Lampião era um “jornal de viados”. Bons tempos aqueles em que a gente tinha alguma coisa pra combater.” – Aguinaldo Silva em entrevista ao jornalista André Luis Cia no portal Aguinaldo Silva Digital.

Sua experiência como repórter policial o fez ser convidado, em 1979, para ser um dos autores do seriado Plantão de Polícia, da Rede Globo, que retratava a vida de um veterano profissional dessa linha, o fictício Waldomiro Pena (Hugo Carvana). O seriado traz as aventuras de um jornalista, Waldomiro Pena, encarregado por seu jornal de cobrir as ocorrências policiais. Sem formação universitária e de envolvimento emocional com a notícia, estava em conflito constante com o editor Serra (Marcos Paulo), contratado para mudar a imagem do jornal. Ele era o último representante de uma espécie em extinção: o jornalista autodidata, que arrancava suas pautas do contato com situações perigosas e da frequência a lugares suspeitos, onde ele se misturava a figuras do submundo. Seu editor era o cético Serra. Na redação ainda trabalhavam a repórter jovem e rica Bebel (Denise Bandeira) –fascinada pelo jornalismo policial e pela figura de Waldomiro, com quem se alia e passa a atuar, o fotógrafo Bezerra (Lutero Luiz) e o motorista Washington. Em abril de 1980, o programa ganha mais dois personagens: o fotógrafo Gatto (Júlio Braga) e a repórter Gisela (Lucinha Lins).

O sucesso do seriado Plantão de Polícia o levou a escrever também episódios de Malu Mulher. Posteriormente lançou o formato minissérie na TV brasileira, escrevendo com Doc Comparato, Lampião e Maria Bonita. Por este trabalho recebeu o Troféu APCA de Revelação Masculina de 1982, junto com Comparato, na categoria Televisão.

Nelson Xavier e Tânia Alves imortalizaram Lampião e Maria Bonita na TV
Exibida entre 26 de abril e 5 de maio de 1982 em 8 capítulos, Lampião e Maria Bonita foi a primeira experiência no formato minissérie feita no Brasil. Antes, já se exibiam minisséries, mas eram produções estrangeiras dubladas, a exemplo do que já ocorria com as séries.

Os últimos dias de Lampião (Nelson Xavier) e Maria Bonita (Tãnia Alves). A ação tem inicio com o seqüestro por Lampião do geólogo inglês Steve Chandler (Michael Menaugh). O cangaceiro usa Joana Bezerra (Regina Dourado) como intermediária para negociar o resgate com o governo da Bahia: 40 contos de Réis pela vida do Refém. Em Salvador, o jornalista Lindolfo Macedo (Helber Rangel) descobre que o governo pretende mandar prender Argemiro (José Fernandes), irmão honesto e trabalhador de Lampião, para forçar o cangaceiro a soltar o inglês. O jornalista parte então para o sertão na esperança de encontrar Argemiro primeiro, mas o governador decide enviar tropas comandadas pelo tenente Zé Rufino (José Dumont), tradicional perseguidor de Lampião, para capturar o bandido, desvendado pelo secretário do interior da Bahia Euclides Fonseca (Claudio Corrêa e Castro). A partir daí tem inicio uma série de negociações, perseguições e fugas, durante as quais o grupo vive momentos de grande tensão, tanto pela presença de Chandler quanto pelo desaparecimento de Maria Bonita. O governo e a embaixada inglesa oferecem recompensas para quem fornecer pistas sobre o paradeiro do bando. O cerco se aperta. A volante de Zé Rufino, descobre o bando na fazenda de Manoel Severo (Jomba), onde Lampião e Maria Bonita haviam ido visitar Expedita (Adriana Barbosa), a filha do casal. Por fim, em 28 de Julho de 1938, Lampião e Maria Bonita são metralhados na Serra de Angicos, vivendo as suas intrigas de estado.

Stênio Garcia viveu o Padre Cícero na minissérie produzida pela Globo em 1984
Chica Xavier viveu uma mãe de santo na minissérie "Tenda dos Milagres (1985)"
Junto com Doc Comparato, Aguinaldo desenvolveu ainda mais duas minisséries - Bandidos da Falange (1983) e Padre Cícero(1984) - e mais uma solo - a adaptação de Tenda dos Milagres de Jorge Amado (1985).

Raul Cortez viveu o bicheiro Célio Cruz em "Partido Alto (1984)"
No mesmo ano em que foi ao ar Padre Cícero, escreveu a primeira novela de sua carreira em parceria com a também estreante Glória Perez: Partido Alto, atração do horário nobre que mostrava simultaneamente os 'universos' da Zona Sul carioca e dos subúrbios da mesma cidade, estes dominados pelo jogo do bicho. Contudo, tal experiência não deu certo e Aguinaldo abandonou a feitura da trama antes de seu término. Mas se recuperou logo no ano seguinte, quando José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, executivo da TV Globo, o convidou a escrever a novela Roque Santeiro.

Sinhozinho Malta (Lima Duarte), Viúva Porcina (Regina Duarte) e Roque (José Wilker), personagens antológicos da novela "Roque Santeiro (1985)"
Roque Santeiro é uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida no tradicional horário das 20 horas, entre 24 de junho de 1985 a 21 de fevereiro de 1986. Foi escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, com base no original do próprio Dias Gomes, a peça de teatro O Berço do Herói, e escrita com a colaboração de Marcílio Moraes e Joaquin Assis. Foi dirigida por Gonzaga Blota, Paulo Ubiratan, Marcos Paulo e Jayme Monjardim, com a direção geral de Paulo Ubiratan e gerência de produção de Carlos Henrique de Cerqueira Leite. A novela de Dias Gomes, proibida pela censura da ditadura militar, em 1975, tinha 40 capítulos escritos, mas o autor se recusou a retomar o trabalho, Aguinaldo foi convidado a escrever a novela a partir do ponto em que Dias Gomes tinha parado e o resultado foi um grande sucesso de público e crítica. Contou com José Wilker, Regina Duarte, Yoná Magalhães, Ary Fontoura,Eloísa Mafalda, Armando Bógus, Lucinha Lins, Paulo Gracindo, Cláudio Cavalcanti, Lídia Brondi, Fábio Júnior e Lima Duarte nos papeis principais.

Francisco Cuoco protagonizou a novela "O Outro (1987)"
Para escrever O Outro em 1987, Aguinaldo Silva fez uso da literatura e do cinema, como o filme épico japonês Kagemusha, de Akira Kurosawa; o romance O Duplo, deFiódor Dostoiévski; e o filme de ficção científica estadunidense O Segundo Rosto, de John Frankenheimer. Mas foi o filme noir O Terceiro Homem, deCarol Reed, a principal fonte de inspiração do autor. Aguinaldo convidou Ricardo Linhares para a colaboração do roteiro. Ricardo escrevia capítulos inteiros da novela, não importava a história que estava no capítulo, tanto a principal quanto as paralelas. Ele escrevia para todos os núcleos. Aguinaldo e Ricardo se conheceram na primeira oficina da Casa de Criação Janete Clair, criada em 1985 por Dias Gomes para elaborar e selecionar roteiros para as produções teledramaturgicas da Rede Globo.

Francisco Cuoco viveu dois papeis na novela "O Outro (1987)"
Malu Mader viveu a rebelde Glorinha da Abolição em "O Outro (1987)"
Francisco Cuoco foi escolhido para interpretar os sósias Paulo Della Santa e Denizard de Mattos, o ator estava afastado havia três anos das novelas, desde o final de Eu Prometo. O elenco ainda contou com Malu Mader, Yoná Maglhães, Claudia Raia, José de Abreu, Natália do Vale, Miguel Falabella, Claudia Abreu, Marcos Frota, Bete Gulart, Luma de Oliveira, Isis de Oliveira, Eva Tudor, José Lewgoy entre outros.

Carlos Alberto Riccelli foi César e Glória Pires foi Maria de Fátima, um casal de vigaristas em "Vale Tudo (1988)"
Foi também o co-autor com Gilberto Braga e Leonor Bassères da novela Vale Tudo, em 1988 com Regina Duarte, Antônio Fagundes, Glória Pires, Carlos Alberto Riccelli, Lídia Brondi, Beatriz Segall, Renata Sorah, Natália Timberg, Reginaldo Faria, Cassio Gabus Mendes, Cássia Kiss, entre outros.

Betty Faria foi a inesquecível Tieta do Agreste em 1989/90. José Mayer viveu Osnar
Em 1989, escreveu Tieta, protagonizada por Betty Faria, sendo considerada uma das melhores novelas da história da Rede Globo, onde tinha mistérios, como a história da Dama de Branco. Contava a história de Tieta do Agreste, baseado no livro de Jorge Amado. A novela, que na época foi uma explosão de audiência, registrou 65 pontos de média, chegando a marcar mais de 80 pontos no último capítulo (que teve média de 78). Teve como parceiros Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.

“Tieta, o livro, não dava mais do que 30 capítulos. Riacho Doce dava menos ainda. “Tenda dos Milagres” também. Quando você adapta um livro para uma novela, uma minissérie, e até para um filme de longa metragem, a liberdade de criação é decisiva, assim como deve ser absoluta a fidelidade do adaptador à essência da obra original. Lembra daquela frase? Quem ama não mata? Eu diria: quem adapta não trai. “ – Aguinaldo Silva em entrevista ao jornalista André Luis Cia no portal Aguinaldo Silva Digital.

Em 1990, Aguinaldo Silva volta a escrever uma minissérie, sob encomenda da Globo, para concorrer com a novela “Pantanal”, fenômeno de audiência de Benedito Rui Barbosa na extinta Rede Manchete. Riacho Doce é uma minissérie brasileira exibida pela Rede Globo nos dias de 31 de julho a 5 de outubro de 1990 com duração de 40 capítulos. Escrita por Aguinaldo Silva e Ana Maria Moretzsohn, com a colaboração de Márcia Prates e dirigida por Paulo Ubiratan, Reynaldo Boury e Luis Fernando Carvalho foi baseada no romance homônimo de José Lins do Rego.

Vera Fischer e Carlos Alberto Riccelli viveram uma paixão proibida em "Riacho Doce (1990)"
A produção executiva foi de Maria Alice Miranda, direção de planejamento de José Roberto Sansevereino, produção de arte de Cristina Médicis, cenografia de Mário Monteiro, figurino de Beth Filipecki, imagens submarinas de Wandick, direção de imagem de Antônio Mizziara, trilha incidental de Ary Sperling e André Sperling, direção musical de Mariozinho Rocha e produção executiva de Paulo Ubiratan. No elenco: Fernanda Montenegro, Carlos Alberto Riccelli, Vera Fischer, Luiza Tomé, Herson capri, Bete Gulart, Suzy Rêgo, Nelson Xavier, Ana Rosa, entre outros.

Lima Duarte e Renata Sorrah eram inimigos apaixonados em "Pedra Sobre Pedra 91992)". Maurício Mattar foi o galã da novela
Seu talento de romancista e ficcionista, enriquecido pela experiência na reportagem policial, casou com a produção de folhetins televisivos. Outras características marcantes são o regionalismo e o realismo fantástico. Em 1992, ao lado de Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares, escreve a novela Pedra sobre Pedra, que tinha como foco uma história no estilo Romeu e Julieta, e como história secundária, o regionalismo, realismo fantástico e o famoso ''Quem matou...''.

No elenco: Renata Sorrah, Lima Duarte, Adriana Esteves, Maurício Mattar, Armando Bogus, Osmar Prado, Paulo Betti, Humberto Martins, Luiza Tomé, Fábio Jr, Andrea Beltrão, entre outros.

"Fera Ferida (1993)" foi mais um grande sucesso, protagonizada por Edson Celulari e Giulia Gam
Em 1993, mais uma vez, ao lado dos mesmos autores, escreve outro sucesso, Fera Ferida, inspirada na obra de Lima Barreto, mais especificamente nos romances Clara dos Anjos,Recordações do Escrivão Isaías Caminha, Triste Fim de Policarpo Quaresma,Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá e em personagens dos contos "Nova Califórnia" e "O Homem que Sabia Javanês". Contou com direção de Carlos Magalhães e Carlos Araújo e, direção geral de Dennis Carvalho e Marcos Paulo. Edson Celulari, Giulia Gam, Susana Vieira, Tarcísio Meira, Cássia Kiss,Cláudio Marzo, Joana Fomm, José Wilker e Lima Duarte interpretaram os papéis principais da trama.

Adriana Esteves foi "A Indomada (1997)" e José Mayer o galã
Em 1997, escreve mais um sucesso, com a mesma temática de suas novelas anteriores, A Indomada, novela que marcou época. A trama contou com Adriana Esteves, José Mayer, Cláudio Marzo, Luiza Tomé, Paulo Betti, Betty Faria, Eliane Giardini, Ary Fontoura, Renata Sorrah e Eva Wilma nos papeis principais. Foi escrita por Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares, com colaboração deMaria Elisa Berredo, Nelson Nadotti e dirigida por Marcos Paulo, Roberto Naar e Luiz Henrique Rios, teve a direção geral e de núcleo de Marcos Paulo.

José Wilker foi o protagonista de "Suave Veneno (1999)"
Em 1999, o único fracasso de sua carreira, Suave Veneno, sendo que nesta novela, Aguinaldo estava escrevendo pela primeira vez sozinho, e mudou a temática, com ela se passando em uma cidade grande e sem realismo fantástico. Contou com José Wilker, Glória Pires, Irene Ravache, Letícia Spiller, Patrícia França, Ângelo Antônio, Luana Piovani, Tarcísio Filho, Vanessa Lóes, Nívea Maria, Betty Faria e Rodrigo Santoro nos papeis principais.

“Suave Veneno (título horroso, que não foi da minha lavra) me deu algumas tristezas, mas não me tirou a alegria do dever cumprido.” – Aguinaldo Silva em entrevista ao jornalista André Luis Cia no portal Aguinaldo Silva Digital.

Em 2001, escreveu o sucesso Porto dos Milagres, novamente em parceria com Ricardo Linhares. A novela foi uma livre adaptação de duas obras do escritor Jorge Amado - Mar Morto e A descoberta da América Pelos Turcos, teve a colaboração de Nelson Nadotti, Filipe Miguez, Glória Barreto e Maria Elisa Berredo, tendo direção de Fabrício Mamberti e Luciano Sabino, direção geral de Marcos Paulo e Roberto Naar, e direção de núcleo de Marcos Paulo.

Marcos Palmeira e Flávia Alessandra protagonizaram "Porto dos Milagres (2001)"
Contou com Antônio Fagundes, Flávia Alessandra, Marcos Palmeira, Camila Pitanga, Leonardo Brício, Arlete Salles, Paloma Duarte, Luíza Tomé e Cássia Kiss nos papeis principais da trama.

Fez sucesso também com Senhora do Destino, em 2004, novela de maior audiência da década de 2000, com média geral de 50 pontos, índice não superado por nenhuma outra novela até o momento.

“Todas as minhas novelas me deram prazer, porque eu adoro escrevê-las, mas “Senhora do Destino”, a recordista de audiência do milênio (até agora, mas já lá se vão 13 anos), foi abençoada pelos deuses. Se eu tivesse que destacar alguma seria ela.” – Aguinaldo Silva em entrevista ao jornalista André Luis Cia no portal Aguinaldo Silva Digital.

Susana Vieira foi a batalhadora e determinada Maria do Carmo em "Senhora do Destino (2004/05)"
Senhora do Destino teve a colaboração de Filipe Miguez, Glória Barreto, Maria Elisa Berredo e Nelson Nadotti. Dirigida por Luciano Sabino,Marco Rodrigo, Cláudio Boeckel e Ary Coslov, com direção geral e de núcleo de Wolf Maya. Contou com Susana Vieira, Carolina Dieckmann, Eduardo Moscovis,Letícia Spiller, José Mayer, Débora Falabela, Marcello Antony, Leandra Leal, José de Abreu, Marília Gabriela, José Wilker e Renata Sorrah nos papeis principais.

Dalton Vigh e Marjorie Estiano protagonizaram a novela "Duas Caras (2007/08)"
Entre Outubro de 2007 e Maio de 2008, foi exibida Duas Caras, novela de sua autoria, que teve Dalton Vigh e Marjorie Estiano, como protagonistas. A novela contou também com Antonio Fagundes, Susana Vieira, Renata Sorrah, Alinne Moraes e muitos outros.

Minissérie "Cinquentinha"
Foi autor da minissérie Cinquentinha. Começou o ano de 2010, supervisionando a novela Tempos Modernos, de Bosco Brasil autor que já adaptou a trama Bicho do Mato, primeira trama exibida no horário das 6 na Rede Globo. Cinquentinha teve Susana Vieira, Marília Gabriela, Betty Lago, José Wilker, Bruno Garcia,Thaís de Campos, Ângela Vieira, Dalton Vigh, Monique Alfradique, Danielle Winits e Maria Padilha nos papéis principais.

Foi exibida de 8 a 18 de dezembro de 2009, totalizando oito episódios, exibidos de terça-feira a sexta-feira.2 No último capítulo exibido dia 18 de dezembro de 2009, foi exibida a frase: "Final da primeira temporada" o que provavelmente significaria novas temporadas nos próximos anos. Porém, o autor desistiu das outras temporadas, para se dedicar à sua próxima novela das oito, Fina Estampa.

Em Portugal, supervisionou a novela Laços de Sangue, primeira novela co-produzida da parceria Rede Globo e SIC. Laços de Sangue é uma telenovela portuguesa. Estreou a 13 de Setembro de 2010, às 21h45 é escrita por Pedro Lopes, contando com a supervisão de Aguinaldo Silva. A novela tem 322 episódios.

Diana Chaves, Joana Santos, Diogo Morgado, Carlos Vieira, Diogo Infante, Lia Gama, Margarida Carpinteiro, Pompeu José, Emília Silvestre, Teresa Tavares,Gracinda Nave, António Cordeiro, Rui Santos e Pepê Rapazote interpretam os papéis principais em uma trama que conta a história de duas irmãs que são separadas durante a infância e se tornam arqui-inimigas depois de adultas. A novela ganhou o Emmy Internacional de melhor telenovela de 2011.

Susana Vieira e Humberto Martins na série "Lara com Z (2011)"
Em 2011, escreveu a minissérie Lara com Z, protagonizada por Susana Vieira e Humberto Martins. A minissérie é um spin-off de Cinquentinha. No mesmo ano, escreveu Fina Estampa para o horário nobre da Rede Globo.

Lília Cabral, Christiane Torloni e Dalton Vigh protagonizaram "Fina Estampa (2013)"
Fina Estampa foi escrita com Maria Elisa Berredo, Nelson Nadotti,Patrícia Moretzsohn e Rui Vilhena, com a colaboração de Rodrigo Ribeiro e Maurício Gyboski e a direção de Marcelo Travesso, Ary Coslov, Cláudio Boeckel, Marco Rodrigo e Marcus Figueiredo, com direção geral e núcleo de Wolf Maya.

Contou com Lília Cabral, Dalton Vigh, Carolina Dieckmann, Malvino Salvador, Sophie Charlotte, Caio Castro, Adriana Birolli, Marco Pigossi,Dira Paes, Alexandre Nero, Wolf Maya, Suzana Pires, Júlia Lemmertz, Dan Stulbach, Monique Alfradique, Renata Sorrah, Paulo Rocha, Eva Wilma,José Mayer, Milena Toscano, Marcelo Serrado e Christiane Torloni nos papéis principais.

Versão de "Fina Estampa/Marido en Alquiler" produzida pela Telemundo
Em 2013, supervisionou o remake de Fina Estampa, produzida pela Rede Globo e Telemundo. Também no mesmo ano finalizou o roteiro de Super Crô - O Filme, lançado em 2013.

Marido en alquiler (em português: Marido de Aluguel) é uma telenovela estadunidense produzida e exibida pela Telemundo desde 10 de julho de 2013 até o dia 13 de janeiro de 2014. É um remake da novela brasileira Fina Estampa de Aguinaldo Silva. A adaptação ficou por conta de Perla Farias.

Crô - O Filme é um filme de comédia brasileiro de 2013 sobre o personagem Crodoaldo Valério vivido por Marcelo Serrado na telenovela Fina Estampa exibida na Rede Globo. O filme é dirigido por Bruno Barreto e escrito pelo criador do personagem, Aguinaldo Silva. Estreou nos cinemas brasileiros em 29 de novembro de 2013, em seu primeiro fim de semana foi visto por 337 mil pessoas, arrecadando cerca de R$ 4,4 milhões.

Susana Vieira, amiga e uma constante em novelas e séries de Aguinaldo Silva
Não há como associar Aguinaldo Silva com atores constantes em suas novelas como José Mayer, o saudoso José Wilker, Paulo Betti, Antonio Fagundes, Renata Sorrah e Susana Vieira (esta última já trabalhou em oito produções do autor).

Atualmente, trabalha nos textos de “Império”, sua próxima novela das nove, prevista para substituir Em Família de Manoel Carlos.

Lília Cabral e Alexandre Nero em "Império (2014)"
Recentemente em parceria com Brunno Pires e Megg Santos, escreveu um seriado intitulado Doctor Pri, com Glória Pires, cotada para interpretar a personagem-título, e previsto para estrear em setembro de 2014. Porém, devido à antecipação da trama de Aguinaldo, a Rede Globo decidiu adiar indefinidamente a exibição do seriado, para o autor se dedicar apenas à novela.

“O que me motiva é passar adiante o que aprendi, e que não deve ser simplesmente cremado junto comigo. O pouco que eu sei da arte de escrever roteiros é a minha herança. Gosto de pensar que meus alunos e colaboradores são meus herdeiros, e que por causa deles nada vai se perder como “lágrimas na chuva”. O conselho que dou a quem quer ser roteirista: estude, se aplique full time ou então se mude para Espanha e vá plantar oliveiras.” Aguinaldo Silva em entrevista ao jornalista André Luis Cia no portal Aguinaldo Silva Digital.




Fontes:
ARQUIVO MUNDO NOVELAS
REDE GLOBO
AGUINALDO SILVA DIGITAL
Wikipédia

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