Morreu nesta quinta-feira (13), em São Paulo, o ator Paulo Goulart, um dos maiores nomes da teledramaturgia no Brasil e marido da atriz Nicette Bruno. Goulart estava com 81 anos e vinha lutando contra o câncer. Segundo Pierina Moraes, sócia da produtora da família, o ator morreu por volta das 13h30, na unidade semi-intensiva do Hospital São José - Beneficência Portuguesa, cercado pela mulher e os filhos, os também atores Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho, e netos.
O ator estava internado desde o dia 8 de janeiro no hospital. "No dia 26 de fevereiro, eles completaram 60 anos de casados. Foi todo mundo para o hospital e comemoramos a data", lembrou Pierina, acrescentando que a família está muito triste com a perda. "É uma família amorosa, carinhosa e unida. Estão todos muito tristes", lamentou.
O corpo do ator será velado nesta quinta (13) no Theatro Municipal, em São Paulo, a partir das 23h30. Ainda não foi divulgado se o velório será aberto ou não ao público. O sepultamento será nesta sexta, no Cemitério da Consolação.
Trajetória
Goulart conheceu a atriz Nicette Bruno, em 1952, quando ela procurava um galã para atuar ao seu lado na peça "Senhorita, Minha Mãe". Pouco depois, os dois começaram a namorar e permaneceram casados por toda a vida de Paulo. Juntos, tiveram três filhos, sete netos e dois bisnetos. Os três filhos do casal, Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho, são atores, assim como as netas Vanessa Goulart e Clarissa Mayoral.
A primeira telenovela de Goulart foi "Helena", de 1952, que foi exibida na TV Paulista e tinha texto do autor Manoel Carlos - o mesmo da atual novela das nove, "Em Família".
Na Globo, fez papeis marcantes como o do industrial Claude Antoine Geraldi, de "Uma Rosa com Amor" (1972), o vilão Donato, de "Mulheres de Areia" (1993), e o padrasto da personagem de Deborah Secco em "América" (2005). Nos anos 90, Goulart também atuou em novelas do SBT ("As Pupilas do Senhor Reitor") e da TV Bandeirantes ("A Idade da Loba" e "O Campeão").
Voltou à Globo aproveitando o bom momento das minisséries e atuou em "O Auto da Compadecida", "O Quinto dos Infernos", "JK", "Amazônia", entre outras. Seus último trabalhos na emissora foram a novela "Morde e Assopra" (2001) e o seriado cômico "Louco por Elas" (2012).
Goulart teve ainda longa carreira no cinema, onde atua desde a década de 1950. Seus últimos trabalhos em longa-metragem foram "Chico Xavier" (2010) e "Nosso Lar" (2010) - ambos de temática espírita, doutrina adotada por ele e Nicette - e no drama de época "O Tempo e o Vento" (2012), recentemente exibido como série de TV na Globo.
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