"Essas pessoas passam o ano inteiro expondo suas entranhas no Facebook - da foto no espelho da academia às férias em família, passando pelo prato que comem todo dia e seus conflitos pessoais-, dando detalhes minuto a minuto de suas ações e se envolvendo em bate-bocas com os 'amigos' virtuais pelos motivos mais banais, mas, quando chega janeiro, arvoram-se a detonar o BBB pelo 'excesso de intimidade que aquelas pessoas expõem'.
Ora, excesso de intimidade exposta acontece mesmo é no Facebook, meus caros", escreveu Wyllys. O político enfatizou os grandes problemas que vê no uso da rede social e salientou que o Facebook, sim, "é o verdadeiro Big Brother no sentido pensado por (George) Orwell em 1984" - livro que deu origem ao termo "grande irmão", segundo o qual o Governo faz constante vigilância da população por meio de câmeras espalhadas por todos os lugares, que invadem a privacidade das pessoas. "Não adianta 'argumentarem' que 'aquelas pessoas não leem um livro nem têm repertório cultural' porque, no Facebook, o assunto que predomina é mesmo o conteúdo da TV aberta (incluindo os campeonatos de futebol, essa coisa tão edificante!); e quem se ocupa de ficar no Facebook 24 horas por dia não tem tempo de ler livro nem ir ao teatro (se vai, esquece-se de comentar com o mesmo empenho com que fala de si mesmo).
Então, pessoas em questão, parem para pensar só um pouquinho: é contraditório para não dizer hipócrita essa patrulha contra o BBB! Quem não curte, não comenta e ponto", esbravejou. Wyllys ainda afirmou que o incômodo das pessoas com o reality provavelmente esconde certa inveja delas em relação àqueles aprovados para participar do programa.
"Quando se anuncia muito o desprezo por algo, na verdade o suposto desprezo mascara o valor que se dá esse algo! É preciso se questionar se o ódio ao BBB não esconde, na verdade, uma inveja das pessoas que tiveram a coragem de se lançar numa experiência que dramatiza a exposição da intimidade diária do Facebook", escreveu.
Nenhum comentário :
Postar um comentário