Quem acompanhava novelas nos anos 70 e 80 não esquece de Marcello Picchi, galã que arrancava suspiros quando aparecia na telinha. Depois de um tempo afastado da TV, ele mudou de nome – abriu mão do Marcello e assumiu o seu verdadeiro, José – e fez uma participação na primeira temporada de Pé na Cova como o deputado Sebonetti. Pois agora, com Alessanderson (Daniel Torres) eleito, o personagem está de volta, para aprontar muito mais! “É um papel muito oportuno nos dias de hoje”, comenta. “Ele é de quinta categoria, capaz de roubar merenda escolar. Um deputado desses que estamos acostumados a ver, infelizmente”.
Essa não é a primeira vez que Picchi faz um trabalho com esse cunho social. “Em outras novelas das quais participei, todas as críticas sociais e comportamentais eram feitas através do humor. Acho um excelente modo de passar uma mensagem, que seja entendida e que seja ao mesmo tempo prazerosa e lúdica”.
Por isso mesmo o público não esquece dos diferentes tipos que interpretou e marcaram sua carreira. “As pessoas ainda me reconhecem muito nas ruas. Ontem mesmo um rapaz me parou no supermercado e falou 'Você não é o marquês Michel, da novela Que rei sou eu? (1989)?". Os telespectadores também lembram muito de Feijão Maravilha (1979) e Mico Preto (1990)”, conta.
Com mais de 40 anos de estrada na televisão, no início dos anos 2000 ele decidiu que era hora de se dedicar a outros desafios: se matriculou em cursinhos e passou no vestibular para filosofia. “Me formei em 2008. Minha pretensão não era ser filósofo, e sim me exercitar intelectualmente, tenho sede de conhecimento”, diz. O deputado Sebonetti poderia seguir esse exemplo, não é mesmo?
Fonte: Rede Globo
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