quinta-feira, 13 de junho de 2013

"É sofrido ter que maquiar opção sexual", diz Mateus Solano (ÚLTIMAS NOTÍCIAS)

Na manhã desta quinta-feira (13), Mateus Solano participou do Mais Você e falou sobre seu personagem em Amor à Vida, o vilão Félix. "Tenho chamado de parque de diversões. Cada cena eu dou uma coisa engraçado, tento fazer um novo trejeito, mas é um caldeirão de coisas. Ele tem essa característica marcante de ser amargurado. Um cara que quer esconder, não daria tanta pinta. Mas se ele não faz isso, perde o carisma que tem com o público também. Walcyr (Carrasco, autor da novela) colocou tudo em um caldeirão. Me virei para dar vida a essas palavras", explicou.

 Sobre o fato de Félix ser homossexual enrustido, Mateus Solano afirmou que a situação imposta pela família acarretou muitos problemas na vida do vilão. "É muito sofrido ter que maquiar a sua opção sexual. Na verdade, é condição sexual. Este é um dos grandes combustíveis para ele se tornar um cara amargurado, invejoso, e esta necessidade do amor do pai, uma série de coisas que foram entortando este cara", disse. ---

"Walcyr Carrasco foi muito corajoso de derrubar o conceito de opção e colocar o de condição sexual. O Félix fala: eu sou assim, porque nasci assim", acrescentou. "O Félix tem a coisa afeminada e a coisa maldosa. As vezes, uma coisa puxa a outra, já que o pai não aceita a homossexualidade do filho, por isso ele tem essa coisa ácida com todo mundo", completou.

"Acho até que o fato dele ter que esconder, mas ser afeminado. É um jeito dele gritar aos quatro ventos. É um grito de socorro, um jeito de querer aparecer nessa família que é tão cega", afirmou. "Uma série de coisas vão ser reveladas sobre essa família doente. O pai ajudou a arquitetar a vida do filho para ter uma vida convencional. Ninguém esconde o que é o tempo todo. Você pode tentar, mas vai escorrer para outro lado", disse.

Mateus Solano também se mostrou satisfeito por estar interpretando um vilão. "Tudo me fez aceitar esse trabalho. O fato dele ser vilão. A experiência como ator, para poder colocar as maldades da gente no trabalho. É bom fazer e é bom assitir. Tem uma coisa catártica. É bom chegar em casa e ver aquele cara falando barbaridades, que muitas vezes estão engasgadas", opinou.

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