domingo, 14 de abril de 2013

TROPICALIENTE (VAMOS RECORDAR)

“Tropicaliente” é uma novela de Walther Negrão com direção geral de Gonzaga Blota, produzida e exibida pela Rede Globo, às 18h, de 16 de maio a 31 de dezembro de 1994 em 194 capítulos. A trama ensolarada, foi repleta de romance e cenas propícias de verão; narrando uma história em comum entre classes completamente distintas, como pescadores e industriais, tendo como fio condutor o triangulo amoroso dos personagens Ramiro (Herson Capri), Letícia (Silvia Pfeifer) e Serena (Regina Dourado).

A ensolarada história de amor, contou com Herson Capri, Regina Maria Dourado, Sílvia Pfeifer, Victor Fasano,Carolina Dieckmann, Cássio Gabus Mendes, Selton Mello, Paloma Duarte, Márcio Garcia, Carla Marins e Francisco Cuoco nos papéis principais.

Ouça músicas de "Tropicaliente", enquanto recorda a novela:
O litoral cearense serviu de pano de fundo para histórias de amor marcadas pelas diferenças de classe. No início da novela, a rica e rebelde Letícia (Silvia Pfeifer) tem 17 anos e, contrariando a vontade do pai, o industrial Gaspar (Francisco Cuoco), abandona a família e o conforto em que vive para morar em uma cabana de praia com seu grande amor, Ramiro (Herson Capri), um pescador sete anos mais velho do que ela.

Um dia, Ramiro sai para pescar e acaba passando três meses em alto-mar. Certa de ter sido abandonada por seu amor, Letícia decide voltar para a casa dos pais e terminar os estudos fora do Brasil. Quando Ramiro retorna, não encontra Letícia e conclui que o romance entre os dois não passara de um capricho de uma jovem rica e mimada.

Anos mais tarde, Letícia volta ao Brasil, viúva e mãe de dois filhos, Vitor (Selton Mello) e Amanda (Paloma Duarte). Ela recebe do pai a tarefa de cuidar do estaleiro e da indústria pesqueira da família, no Ceará.

Quando chega ao Nordeste, Letícia reencontra Ramiro, que se tornou líder de uma comunidade de pescadores, casou-se com Serena (Regina Dourado) e também teve dois filhos, Açucena (Carolina Dieckmann) e Cassiano (Márcio Garcia). Apesar do amor e do respeito por Serena, mulher valente e companheira, Ramiro sucumbe à paixão por Letícia. Como o pescado da aldeia é vendido pela empresa de sua família, Ramiro e Letícia acabam se aproximando. A paixão entre os dois gera diversos conflitos e faz Serena sofrer.

Ramiros Soares (Herson Capri) é um pescador de lagosta e líder de sua comunidade. Um homem forte, maduro, alegre e curtido de sol, sem neuroses ou grandes preocupações. Bom marido, bom pai e bom amigo.

Ramiro tem alma de grande pescador e um amor profundo e enraizado pela esposa, Serena (Regina Dourado). Vive com ela e seus filhos, Açucena (Carolina Dieckmann) e Cassiano (Márcio Garcia), uma vida sólida, de muito carinho.

Mas o pescador Ramiro não esqueceu a paixão violenta e arrebatadora que já sentiu pela rica Letícia (Sílvia Pfeifer).

Serena Soares (Regina Dourado) é a esposa de Ramiro (Herson Capri) e mãe de Açucena (Carolina Dieckmann) e Cassiano (Márcio Garcia). Uma mulher bonita, sensual, bem-humorada, de bem com a vida, apaixonada pelo marido e pelos filhos. É forte e corajosa, como todas as pessoas que precisam batalhar pela sobrevivência.

Quando Serena sente que seu casamento está ameaçado, pela antiga paixão de Ramiro por Letícia (Sílvia Pfeifer), luta com todas as forças pelo homem a quem dedicou toda a sua vida.

Cassiano (Márcio Garcia) é filho mais velho de Ramiro (Herson Capri) e Serena (Regina Dourado), irmão de Açucena (Carolina Dieckmann).

Cassiano é namorado de Dalila (Carla Marins) desde a infância. É um rapaz forte e bonito como o pai, mas não tão tranquilo. Morre de ciúmes da namorada e da irmã. É machão e não pensa duas vezes antes de partir para cima de quem mexe com elas.

O sonho maior de Cassiano, é construir um barco, casar com a amada Dalila e ser como o pai, o também pescador Ramiro.

Açucena (Carolina Diekmann) é filha de Ramiro (Herson Capri) e Serena (Regina Dourado) e irmã de Cassiano (Márcio Garcia). Uma menina muito bonita, mas inacreditavelmente ingênua e romântica.

Açucena se apaixona por Vitor (Selton Mello), o filho de Letícia (Sílvia Pfeifer), mas não enxerga que ele é um desajustado e acaba sofrendo nas mãos dele. Cada vez que ele apronta e volta, todo mansinho, ela o perdoa. Mas Açucena acaba se envolvendo com Franchico (Cássio Gabus Mendes), na tentativa de se libertar do domínio de Vitor.

Letícia Velaskez (Sílvia Pfeifer) Mulher muito rica, elegante, viajada e culta, mas afetivamente frágil. Na juventude, apaixonou-se por Ramiro (Herson Capri) e jamais o esqueceu. Apenas se desligou dele por achar que ele tinha morrido. Casou-se com Jordi (Jonas Bloch), mas viveu uma relação frustrada e enviuvou. Passou a ter sérios problemas com os filhos, Vitor (Selton Mello) e Amanda (Paloma Duarte), principalmente com o rapaz, que a acusa de ter matado o pai.

Depois de reencontrar Ramiro, Letícia sente reascender a chama do amor. Paralelamente à história de amor com Ramiro, Letícia faz de tudo para escapar das investidas de François (Victor Fasano), um mau-caráter que quer conquistá-la a todo custo de olho em sua fortuna.

Gaspar Velaskes (Francisco Cuoco) é pai de Letícia (Sílvia Pfeifer) e avô de Vitor (Selton Mello) e Amanda (Paloma Duarte). Gaspar é um homem que veio do nada e se fez grande empresário, de forma absolutamente honesta e digna. É muito ético e se relaciona com as pessoas de maneira respeitosa.

Gaspar é também muito afetuoso, principalmente com a filha e os netos, para quem ele tenta sempre transmitir uma visão simples e bonita da vida. É muito amigo de Letícia e tenta ajudá-la de todas as formas. Socialmente, é despojado e divertido. É apaixonado por futebol, tem um campo particular e banca um time.

Vitor (Selton Mello) é filho de Letícia (Sílvia Pfeifer) e Jordi (Jonas Bloch) e irmão de Amanda (Paloma Duarte). Culpa a mãe pela morte do pai e também não admite que ela se relacione com homem nenhum. O personagem expressa o seu “inferno pessoal” de uma forma irônica, cínica e sarcástica. Só consegue colocar seu desespero para fora quando está sozinho. Na presença das pessoas, ele mantém a pose.

Vitor envolve-se com Açucena (Carolina Dieckmann). No início, é puro maucaratismo, mas ele acaba se apaixonando de verdade pela bela e ingênua nativa, ainda que seus sentimentos sejam contaminados pela amargura que ele traz no coração.

A relação de Vitor com Açucena será mais um tumultuado caso na ensolarada história

Amanda (Paloma Duarte) é filha de Letícia (Sílvia Pfeifer) e Jordi (Jonas Bloch) e irmã de Vitor (Selton Mello). Amanda é uma menina moderna, bem tratada, mas também ligeiramente afetada pela fragilidade e falta de pulso de Letícia.

Amanda entra em conflito com a mãe e se apaixona por François (Victor Fasano). A bela jovem faz de tudo para conquistar o coração do homem charmoso e envolvente, mas não adiantará nada.

François Vieira da Silva (Victor Fasano) é um arquiteto de excelente formação cultural, mas em crise com o próprio trabalho e disposto a abandonar a vida de escritório para correr atrás de seus sonhos de artista plástico. É filho de diplomata e viajou o mundo inteiro.

François vai para Fortaleza, a fim de dar uma virada radical em sua vida. Lá, encontra Franchico (Cássio Gabus Mendes), que lhe vende um terreno, no meio das dunas. Ele ignora o golpe, fica amigo dele e projeta uma casa maravilhosa.

François tenta se aproximar de Letícia (Sílvia Pfeifer) de olho na fortuna dela. Termina a novela com a empresária, depois de se mostrar realmente apaixonado por ela.

Franchico (Cássio Gabus Mendes) tem profissão indefinida, origem desconhecida e idade variável, dependendo das circunstâncias. Um tipo falante, trambiqueiro, alegre e sedutor. Usa charme para tudo, tanto para fazer amigos quanto para conquistar as mulheres. Aliás, essa é a sua especialidade. Pelo menos até conhecer François (Victor Fasano), que se dá muito melhor com as moças. É amigo de Plínio (João Carlos Barroso), motorista de Gaspar (Francisco Cuoco) e, por conta dessa proximidade, conhece Letícia (Sílvia Pfeifer). Seu encontro com o velho Bujarrona (Nelson Dantas) revela ao público que ele guarda segredos e que, por trás daquele tipo brincalhão, escondem-se muitas lágrimas. Apaixona-se por Açucena (Carolina Dieckmann).

Samuel (Stênio Garcia) é outro pescador de lagosta e amigo-irmão de Ramiro (Herson Capri). É marido de Ester (Ana Rosa) e pai de Dalila (Carla Marins) e Davi (Delano Avelar). O fato de seus dois filhos terem nomes bíblicos é um sinal claro de sua religiosidade.

Samuel é um homem assentado, equilibrado, que vive em perfeita harmonia com sua família. Devido aos conhecimentos que adquiriu, lendo e vivendo, é uma espécie de mestre e terapeuta de todos da região. Ramiro é um líder político, e ele, um líder espiritual.

Ester (Ana Rosa) é esposa de Samuel (Stênio Garcia) e mãe de Dalila (Carla Marins) e Davi (Delano Avelar).

Ester é amiga e confidente de Serena (Regina Dourado), ajudando-a muito nos momentos de crise. Ester é também uma mãe de família exemplar, muito positiva, firme e pé no chão.

Dalila (Carla Marins) é filha de Samuel (Stênio Garcia) e Ester (Ana Rosa), irmã de Davi (Delano Avelar) e namorada, desde a infância, de Cassiano (Márcio Garcia).

Dalila é uma jovem esperta e agitada. Adora o namorado, mas se sente muito sufocada pelos ciúmes dele. Os dois vivem brigando – um é mais orgulhoso que o outro – e se agarrando – e é ela quem define os limites.

Davi (Delano Avelar) é filho mais velho de Samuel (Stênio Garcia) e Ester (Ana Rosa) e irmão de Dalila (Carla Marins). O rapaz não acompanhou a trajetória do pai e trabalha nas empresas de Gaspar (Francisco Cuoco). É muito competente, esforçado, mas radicalmente diferente de sua família. Um alpinista social. Ele gosta de luxo, nega suas origens e fica muito incomodado com a proximidade do povo da aldeia. Isso atrapalha seu noivado com Olívia (Leila Lopes), filha de Bonfim (Ednei Giovenazzi). As coisas pioram quando ele finge que não vê Vitor (Selton Mello) assediar sua noiva, só para não contrariar o neto do patrão.

Bonfim (Ednei Giovenazzi) é o braço-direito de Gaspar (Francisco Cuoco) e de Letícia (Sílvia Pfeifer). É casado com Isabel (Lúcia Alves) e pai de Olívia (Leila Lopes) e Pessoa (Guga Coelho). É um homem bom, correto, justo e muito amoroso com os filhos.

Isabel (Lúcia Alves) é a esposa de Bonfim (Ednei Giovenazzi) e mãe de Olívia (Leila Lopes) e Pessoa (Guga Coelho). É uma nova rica, extremamente fútil.

Isabel acaba ficando sozinha, porque cada um na família se vira como pode para ficar livre dela. Faz caridade autopromocional o tempo todo.

Olívia (Leila Lopes) é filha de Bonfim (Ednei Giovenazzi) e Isabel (Lúcia Alves), irmã de Pessoa (Guga Coelho) e noiva de Davi (Delano Avelar). Uma médica recém-formada, apaixonada pela profissão. Uma moça íntegra e de temperamento forte. Quando conhece os pais de Davi, Samuel (Stênio Garcia) e Ester (Ana Rosa), fica encantada com a simplicidade deles e de todas as pessoas da região. Aos poucos, vai percebendo o quanto Davi é parecido com sua mãe, a fútil Isabel.

Pessoa (Guga Coelho) é filho de Bonfim (Ednei Giovenazzi) e Isabel (Lúcia Alves) e irmão de Olívia (Leila Lopes). Seu nome de verdade é Luiz Roberto, mas ele gosta de ser chamado de Pessoa. Isabel é a única que faz questão de ignorar essa preferência. É o mais lúcido da família e não aceita o rótulo de adolescente rebelde. O personagem não tem revolta nenhuma e nem razão para agredir as pessoas. Só acha que não está na hora de levar a vida a sério. Isabel fica enfurecida quando ele se aproxima de Adrenalina (Natália Lage).

Adrenalina (Natália Lage) uma jovem ripe que ninguém sabe quem é, de onde veio e a razão de estar em Fortaleza. É uma menina muito agitada, que só tem compromisso com os desejos mais imediatos: comer e dormir. Parece estar fugindo de alguma coisa, enquanto procura outra. Além de sua amizade com Pessoa (Guga Coelho), é adotada por Fred Assunção (Lu Martan). Fred Assunção (Lu Martan) é um Jornalista do bem e um solteirão. Já trabalhou em muitos jornais da grande imprensa, no eixo Rio-São Paulo, e, agora, tem uma coluna em um jornal de Fortaleza. Tem princípios, não aceita presentes em troca de espaço na sua coluna. É meio frustrado, mas acaba sendo reavivado pela presença da jovem Adrenalina em sua vida.

Fred Assunção (Lu Martan) é um Jornalista do bem e um solteirão. Já trabalhou em muitos jornais da grande imprensa, no eixo Rio-São Paulo, e, agora, tem uma coluna em um jornal de Fortaleza. Tem princípios, não aceita presentes em troca de espaço na sua coluna. É meio frustrado, mas acaba sendo reavivado pela presença da jovem Adrenalina (Natália Lage) em sua vida.

Manoela (Cinira Camargo) é uma mulher livre, forte e batalhadora, mas um pouco rancorosa por ter precisado deixar a aldeia de pescadores. Apesar de a partida ter sido uma sábia iniciativa do pai – o velho Bujarrona (Nelson Dantas()- ela tem a fantasia de que eles saíram de lá porque foram expulsos.

Manoela tem certo prazer em mostrar que foi capaz de abrir seu próprio negócio, enquanto as mulheres da aldeia continuaram a lavar cuecas do marido. Tem uma vida dupla: em casa, é muito séria e até severa demais na educação da filha Pitanga (Gabriela Alves); no bar, é muito desinibida.

Pitanga (Gabriela Alves) é filha de Manoela (Cinira Camargo) e neta de Bujarrona (Nelson Dantas). Não sabe quem é seu pai. É uma jovem sonhadora, romântica e que esconde uma paixão platônica por Cassiano (Márcio Garcia), o que reforça o seu sentimento de rejeição em relação aos pescadores. Parece assumir o papel de mãe quando reprova o comportamento sexual de Manoela.

Velho Bujarrona (Nelson Dantas) é um senhor esclerosado, muito louco, que, de vez em quando, não fala coisa com coisa e, de repente, é de uma lucidez assustadora. Vive na sacada da casa, com a luneta apontada para o horizonte, como se estivesse em alto-mar. Foi companheiro de Ramiro (Herson Capri) e Samuel (Stênio Garcia), mas deixou a aldeia para evitar que sua filha Manoela (Cinira Camargo), então uma adolescente, transgredisse algumas normas da tribo. Nunca falou sobre o assunto, disse apenas que não queria viver encostado no trabalho daquela gente e, com muita hombridade, partiu. É avô de Pitanga (Gabriela Alves).

Plínio (João Carlos Barroso) é o motorista de Gaspar (Francisco Cuoco) e seu assessor para assuntos esportivos. Costuma jogar futebol de botão com o patrão no seu luxuoso escritório.

Plínio vive dando em cima de Janaína (Mônica Fraga), a empregada doméstica da mansão de Isabel (Lúcia Alves) e Nilda (Cleide Blota) é a governante da mansão.

Lilian (Karina Perez) é namorada de François (Victor Fasano) quando ele está em São Paulo. De vez em quando, dá umas incertas em Fortaleza e atrapalha a história dele com Letícia (Sílvia Pfeifer).
 
Ardiloso como ele só, Vitor finalmente descola um trunfo capaz de destruir a vida de Letícia. Tão logo percebe que sua mãe está agindo de forma estranha, resolve segui-la por todos os cantos da cidade. Nessas, acaba por flagrá-la num parreiral deserto, trocando tórridas carícias com o pescador Ramiro Soares. Tomado pelo ódio, Vitor armar uma estratégia de emergência. Corre para a vila disposto a atrair Cassiano até o local onde os apaixonados costumam se encontrar. Sua tática é simples. Apenas joga uma pedra no jovem pescador e foge em disparada.

Demonstrando que é mais perspicaz do que se imaginava, o milionário consegue levar Cassiano até o parreiral. Chegando lá, esconde-se no meio de umas moitas e fica aguardando o resultado de sua armação. Pois o pior não demora a acontecer. depois de revirar toda a área, o jovem pescador não encontra Vitor. Em compensação, pega Ramiro aos beijos e abraços com Letícia.

Serena termina perdendo Ramiro pra rival, Letícia. O pescador troca o amor da esposa companheira, pela antiga paixão. Mesmo magoada, Serena continua amando o pescador.

Ramiro não consegue controlar sua antiga paixão por Letícia e acaba deixando sua esposa Serena, para reviver o grande amor com a poderosa empresária. Logo depois de mudar para mansão dos Valasquez, Ramiro se submete a uma mudança radical.

Para fazer os gostos de Letícia, o pescador Ramiro começa a se barbear diariamente, a se perfumar e a vestir roupas de grifes famosas. É lógico que a principio ele estranhe um pouco todo esse luxo. Às noites, por exemplo, sofre para se acostumar com os travesseiros de plumas e lençóis de cetim. Tais detalhes, entretanto, não impedem que se torne um novo homem. Ao contrário.

A transformação de Ramiro é tão flagrante que Gaspar fica impressionado. E o convida para trabalhar como representante comercial da Nave. Como não deseja sobreviver às custas de Letícia, Ramiro aceita a proposta. Logo de cara, assume a tarefa de negociar com Samuel a compra de lagostas. Só que ao chegar na aldeia, vira alvo de chacota. E é obrigado a ouvir calado os comentários irônicos dos amigos companheiros e de Serena.

Pitanga ganha o concurso de beleza e é eleita a rainha do mar na vila dos pescadores

O trambiqueiro Francisco consegue construir um parque aquático chamado Gran Parque Gitano. E chama Pitanga, que é recém-eleita rainha do mar, para animar a inauguração. Na festa, no entanto, quem faz sucesso mesmo é Serena e seus colares e conchas. Disposta a ganhar dinheiro, ela leva para a festa as bijuterias artesanais e vende toda a produção de uma só vez.

Apesar de todo esforço, fica difícil para Adrenalina continuar evitando Soledad (Nívea Maria). Entre a multidão que comparece a inauguração do parque aquático de Francisco, sua mãe a reconhece e logo dá o larde.

Ao apresentar Soledad a Gaspar, Francisco põe fim a um mistério. Basta o empresário bater os olhos nela para reconhecê-la como a filha do ex-sócio que lhe aplicou um golpe há duas décadas.

O clima fica tenso na aldeia dos pescadores: Pitanga se apaixona por Cassiano e começa a dá em cima do pescador. Só que Dalila descobre tudo e, imediatamente, resolve acertar as contas com a rival.

Se ainda tinha alguma dúvida, Dalila agora sabe muito bem que namorado não se empresta pra ninguém. Afinal, cai na besteira de permitir que Cassiano dance com Pitanga na solenidade de coroação da Rainha do mar e é passada para trás.

Logo no início da festa, Dalila se arrepende profundamente de ter sido tão boazinha com a amiga. Mesmo porque, Açucena percebe o encantamento do irmão diante da beleza de Pitanga que começa a provocá-lo.

Apesar de bastante enciumada, Dalila, a princípio, tenta manter a cabeça no lugar. Só que perde o controle ao ver o namorado se aproximar da Rainha do mar e beijá-la ardentemente. Sua fúria é tamanha que parte para cima dos dois e apronta o maior escândalo. Nesse momento, a turma do deixa-disso entra em ação e procura acalmá-la. Só que Cassiano comete a asneira de pedir que ela se desculpe com Pitanga. Dalila explode de ódio e arma outra baixaria.

Amanda não desiste de François. No jogo do amor, vale toda atenção, na intenção de conquistar a pessoa amada. A bela jovem tenta de todas as formas seduzir François.

Ramiro não se dá bem na casa de Letícia. O pescador a leva para morar com ele, numa cabana, contrariando os princípios de mulher que se sacrifica em nome do amor.

Vitor se prepara para dar o golpe final na empresa, aproveitando que Gaspar, seu avô, está em lua-de-mel. Ele convoca uma reunião às pressas com os acionistas e para ter a presença deles vai até a cabana de Letícia pedir que ela compareça à reunião. Letícia reluta um pouco, mas acaba aceitando.

Vitor procura Letícia na cabana e leva roupas para a mãe e um estojo de maquiagem. Ela se pinta, se veste e quando vai sair, ele lhe dá uma joia pra ela usar, mas Letícia joga a joia longe dizendo que já está pronta.

A reunião é séria e Vitor tem a palavra. Ele começa o discurso elogiando a empresa e depois passa a semear a insegurança sutilmente entre os acionistas, pedindo a colaboração deles para acabar com os boatos de falência. Vitor pede que nenhum acionista venda suas ações por qualquer preço e os participantes da reunião começam a murmurar entre si, desconfiados e inseguros. Vitor prossegue, pedindo que nenhum acionista se desespere porque senão será o caos completo e a empresa pode falir mesmo.

Com essa atitude Vitor consegue o que quer. Ele convence os acionistas que os boatos são verdadeiros dizendo o contrário. Isso era tudo o que ele queria. Letícia não faz nada porque não passa bem. Vitor ainda ironiza dizendo que deve ser o ar-condicionado, já que ela está acostumada a viver numa cabana, ao ar livre. Letícia é levada para a casa. Ela está queimando em febre, e depois que Vitor sai, ela tenta se mexer e não consegue. Depois de um bom tempo, Letícia se desperta e sai se arrastando até um quiosque na ladeia de Ramiro e desmaia. Serena vê Letícia no chão e corre para socorrê-la.

Fazendo um grande esforço, Serena cuida de Letícia. Dalila vai chamar Olívia. François fica sabendo o que houve e se preocupa. Serena escuta Letícia delirando e chamando por Ramiro. Enquanto isto, François avisa a Amanda o estado de sua mãe e a jovem não dá a mínima. Olivia leva Letícia para um hospital, urgente.

Vitor reconhece Hilda na casa de Olivia. A governanta ainda tenta disfarçar, mas Vitor a reconhece como sua antiga babá e diz que ela sabe mais do que falou sobre a morte de seu pai.

Sem saber o que fazer, Hilda telefona pra Letícia e marca um encontro. Ela está angustiada e diz que quer ir embora para longe de Fortaleza. Letícia concorda e lhe oferece dinheiro para ajudá-la nas despesas. Hilda aceita. Só que Gaspar marcou um jantar importante para aquele dia, e sem saber o que fazer, Letícia pede a François que vá se encontrar com a governanta levando o dinheiro. Ele faz o que ela pediu, mas fica preocupado.

No encontro, Hilda diz que o dinheiro é muito pouco e François, sentindo o clima de chantagem, combina que no dia seguinte levará mais dinheiro pra ela. Mas François não consegue dizer a Letícia o que houve porque durante o jantar, Ramiro não tira os olhos deles.

No dia seguinte, Letícia vai a casa de François, ele conta o que houve, oferece ajuda e Letícia, desesperada, confessa a François que matou o marido.

Na casa de François, Letícia aguarda Vitor que chega frio e culpando a mãe pela morte do pai. Letícia conta o que houve na verdade naquele dia. O rapaz olha para a mãe com cara de que não está acreditando em nada. Emocionada demais, Letícia levanta a blusa e mostra para o filho, um pouco abaixo da cintura, uma profunda cicatriz que ficou na briga dela com o ex-marido antes de empurrá-lo acidentalmente da escada e provocar sua morte.

Vitor olha a cicatriz da mãe e muda a expressão. Seu rosto começa a perder a frieza e com os olhos de lágrimas ele pede para que a mãe lhe mostre a cicatriz, novamente. Letícia levanta a blusa e Vitor se ajoelha, a abraçando pela cintura, pedindo perdão por tudo. Os dois choram e fazem as pazes.

François se sente responsável pela cena emocionante e quando Vitor sai, Letícia lhe agradece. Dessa vez, Letícia o abraça e deixa o homem perturbado, com a proximidade, com o contato da pele da mulher que ama.

Nem bem flagra Ramiro e Letícia aos beijos e abraços, Vitor parte para a vingança. Consciente de que sempre teve Açucena nas mãos, decide usá-la para atingir o pescador.

Sua estratégia é bastante simples. Aproveitando que os homens da vila estão em alto mar, leva a nativa para conhecer uma praia deserta. Na sequencia, desmancha-se em charme e consegue seduzi-la. Moral da história: eles acabam transando ali mesmo.

Esta experiência amorosa, no entanto, termina muito mal. Como age o tempo inteiro com a maior frieza do mundo, o jovem milionário deixa Açucena frustrada. Sentindo-se um mero objeto, ela volta para casa aos prantos. Mas não conta nada do que aconteceu pra ninguém.

Dias depois, preocupada com a tristeza da amiga, Dalila resolve entrar em ação. Chega a conclusão de que Vitor aprontou alguma e vai procurá-lo.

Vitor se desespera com o bilhete que Ramiro escreveu para sua mãe. Primeiro ele rasga, depois cola tudo de novo e guarda no bolso. Vitor planeja uma vingança e resolve procurar Açucena no colégio. Ele sabe que Cassiano foi para o mar com o pai e por isso resolve procurar a moça. Ao ver o amado, Açucena corre pros seus braços sem dizer nada a ninguém.

Dalila não tem o que fazer e entra pra aula. No intervalo, procura Açucena e não acha e no fim da aula ainda procura a amiga, que, depois de um longo tempo, aparece muito desconfiada. Dalila fala com Açucena, mas ela não conta o que houve. Dalila conversa com Serena e diz que Vitor pode ter terminado o namoro com Açucena, por medo de Cassiano. Enquanto isso, Açucena toma banho de roupa e tudo, se esfregando muito, como quisesse limpar uma sujeira muito grande.

Açucena fica assim até o dia seguinte, quando não vai à aula. Dalila não sabe mais o que fazer e resolve procurar Vitor para saber o que houve. Vitor a recebe frio e agarra Dalila dizendo que pode lhe dar o que deu a Açucena. Dalila percebe tudo e diz a amiga que já sabe que ela transou com Vitor. Açucena confessa a Dalila o que houve e diz que Vitor está diferente com ela. Dalila tenta convencer Açucena a esquecer Vitor, mas no dia seguinte resolve procurar o namorado e tem uma grande surpresa: Vitor a recebe mal, arrogante e frio. Açucena diz que não se queixa de nada e ele diz sarcástico: "Ainda bem porque eu te dei o que você queria, não te forcei a nada... eu te abri o mundo e você devia me agradecer. Portanto não se atreva a me procurar nunca mais."

Finalmente Açucena compreende o quanto tem sido ingênua no relacionamento com Vitor. Apaixonada, aguarda horas pelo namorado na porta do parque aquático e nem sinal dele. Sem ânimo de ficar esperando, desiste e entra sozinha. Bem a tempo de ver Vitor se aproximar de Olívia, beijá-la e sair para passear de mãos dadas.

Só mesmo o amor que sente por Açucena pode explicar a súbita mudança de comportamento de Cassiano. Logo que descobre que sua irmã anda arrasada por causa do desaparecimento de Vitor, ele decide fazer de tudo para tirá-la da crise. Chega ao ponto de driblar o orgulho e ir a procura do jovem milionário na Naval Valasquez.

Quando fica frente a frente com Vitor, Cassiano faz o pedido para que o playboy volte a procurar sua irmã. Só que Vitor aproveita para humilhá-lo.

Dessa vez, Cassiano se contem para não responder a provocação. Ouve calado o deboche e sai do escritório deprimido. Certo de que não obteve o menor sucesso.

No dia seguinte, contudo, o silencio da aldeia dos pescadores é quebrado com o barulho do jipe de Vitor. Percebendo que os demais nativos estão dispostos a dar uma surra no jovem aprendiz de vilão, Cassiano acalma todos e avisa que foi ele que chamou Vitor.

Semanas após flagrar Cassiano aos beijos com Pitanga, Dalila amarga nova decepção. Entre triste e indignada, chega a conclusão de que Davi é um vigarista de marca maior. Claro que antes de ceder as evidencias, ela reluta bastante. Quando Samuel conta que o filho foi demitido por aplicar um golpe na Nave, Dalila se apressa em defendê-lo. Intimamente, no entanto, Dalila sente-se incomodada com a acusação. Tanto que, dias depois, resolve tirar a história a limpo.

Dalila descobre que Davi, seu irmão, é um tremendo vigarista
Com pretexto de buscar dinheiro para pagar a mensalidade do curso de inglês, Dalila vai até o apartamento do irmão. Só que ao chegar lá tem uma desagradável surpresa. É recebida pelo mau caráter Vitor, que tenta agarrá-la a força. Por sorte, Davi volta da rua neste momento. Dalila, então, exige que tome providências. Mas ele trata o incidente como uma coisa menor.

Inconformado com o rompimento de Dalila e Cassiano, o pescador Samuel resolve intervir no romance do casal. Experiente, chama o genro para uma conversa e pede para que ele comece a estudar na intenção de chamar a atenção de Dalila e só assim reconquistá-la.

O amor apimentado de Cassiano e Dalila é mais forte do que qualquer "pitanga" no caminho. Mesmo com tantas tempestades, o casal irá superar os obstáculos e aproveitar a paixão ensolarada.

Tão logo descobre que Ramiro a deixou em casa para almoçar com Serena, Letícia parte para o revide. Toda produzida, vai para um restaurante de luxo com François. Só que na hora de explicar ao pescador onde passou à tarde, teme em perde o amor de Ramiro de vez e acaba mentindo descaradamente, dizendo que foi procurar um apartamento para eles, pois sabe que ele não gosta de morar na mansão.

Companheiros inseparáveis há muito tempo, Adrenalina e Pessoa enfim descobrem que são muito mais do que bons amigos. Nessa fase, assumem a paixão que sempre sentiram um pelo outro e começam a namorar. Moral da história: loucos por todas e qualquer confusão, foram um casal que dá o maior trabalho para Isabel e Bonfim.

Totalmente enamorados desde a primeira vez em que se viram. Gaspar e Estela (Branca Camargo) continuam se dedicando a seu hobby predileto: amar.

Sempre que arrumam um tempo livre, Gastar e Estela correm para cama e curtem deliciosos momentos de paixão. Tamanha volúpia, é natural, logo resulta numa ótima novidade: eles descobrem que produziram o mais novo herdeiro da família Velasquez.

Logo que se dá conta de que sua paixão por François jamais passou de capricho de menina mimada, Amanda resolve mudar de ares por uns tempos. Com o consentimento de Letícia e Gaspar, faz as malas e embarca para Europa disposta a ficar por lá o tempo suficiente para conhecer ao menos seis países.

Mais ou menos vinte anos após sumir misteriosamente, Conrado (Antonio Grassi), o pai de Pitanga, retorna para a aldeia dos pescadores. A princípio, é tratado com frieza por Manoela. Só que esta história muda com o passar do tempo. No final das contas, ele não apenas reconquista o respeito da “ex” como passar a merecer o amor e o carinho da filha Pitanga.

De uma hora para outra, Davi mostra uma faceta até então desconhecida. Além de devolver para Gaspar todas as ações que Vitor roubou da Nave, passa a tratar Samuel e Ester com carinho e respeito. Por essas e outras, ele reconquista o amor de Olívia, ao lado de quem vivie momentos de muita paixão.

Nem bem termina a construção de um barco, Cassiano toma uma decisão muito importante. Trajano sua melhor roupa, vai até a casa de Samuel e Ester para pedir a mão de Dalila. Claro que esta história também termina da melhor maneira possível.

Com o aval de todos os familiares, os apaixonados Cassiano e Dalila logo trocam alianças durante uma linda cerimônia realizada na aldeia dos pescadores.

A ideia fixa de se vingar de sua mãe, Letícia, leva Vitor à loucura. Seu estado se agrava tanto, que o avô Gaspar não hesita um segundo sequer antes de interná-lo num hospital psiquiátrico.

Franchico descobre que é filho de Gaspar, que escapou num naufrágio. Sua mãe é Soledade (Nívea Maria) e Adrenalina (Nathália Lage) é sua irmã.

Depois de passar por poucas e boas por causa de Vitor, Açucena acaba o deixando no altar e segue correndo para os braços de Franchico.

Persistente como ele só, Franchico realiza seu grande sonho. Na base do devagar e sempre, não apenas mostra para Açucena que Vitor nunca passou de um mau-caráter, como consegue conquistá-la definitivamente. Mas é algumas semanas depois que o melhor de tudo acontece.

Franchico e sua musa Açucena, enfim, chegam à conclusão de que foram feitos um para o outro. E acabam se casando.

François, finalmente consegue conquistar o coração de Letícia. Apaixonados, eles serão felizes para sempre.

Quando finalmente percebe que sua relação com Ramiro não tem a menor condição de vingar, Letícia Valasquez parte para outra. Antes mesmo de ter tempo de se sentir solitária, reata com François e dá início a uma linda história de amor. Pouco mais tarde, eles sobem ao altar e começam a fazer planos de produzir o primeiro herdeiro.

Exatamente como Letícia, Ramiro também ajeita sua vida sentimental. Assim que se dá conta de que nunca se acostumará com o luxo e as normas de etiqueta da mansão da família Valasquez, ele arruma as malas e volta para a aldeia de pescadores. A princípio, vai morar na casa de Samuel e passa por algumas provações até reconquistar de vez a confiança e o amor da esposa.

Mas logo o pescador Ramiro faz as pazes com Serena e retorna ao antigo amor.

Walther Negrão trouxe uma novela ensolarada para o horário das seis da Globo. Desta vez, o autor inovou com um diferencial em sua carreira: escreveu uma novela que se passava no nordeste brasileiro. Foi assim que Walter Negrão conseguiu conquistar o telespectador através de uma história litorânea naquele ano de 1994. Walther Negrão inspirou-se nas paisagens caribenhas para escrever a trama das 18h.

O capixaba Stênio Garcia (Samuel) se orgulha de ele e o diretor artístico Paulo Ubiratan, um paulista, terem recebido o título de cidadãos do município de Beberibe, no Ceará, por conta da novela.

Tropicaliente marcou a estreia de Márcio Garcia em novelas. O ator viveu o sensual pescador Cassiano, que provocou suspiros em muitos naquele ano. O nome do personagem também foi uma homenagem de Walther Negrão ao autor Cassiano Gabus Mendes, que havia falecido um ano antes.

Um dos casais de destaque na história foi formado por Cassiano (Márcio Garcia) e Dalila (Carla Marins), filha do pescador Samuel (Stênio Garcia), grande amigo de Ramiro. O casal protagonizou diversas cenas de amor nas belas paisagens cearenses. A relação sensual, alegre e apaixonada dos dois fez sucesso com os telespectadores.

Marcio Garcia e Carla Marins protagonizaram belíssimas cenas em cenários naturais, paradisíacos no Ceará. As dunas foram um dos pontos fortes na fotografia de "Tropicaliente".

Tropicaliente também foi a primeira novela de Giovanna Antonelli e Daniela Escobar. Ambas fizeram as irmãs Benvida e Berenice respectivamente, filhas do pescador Manjubinha (Paco Sanches). As duas personagens andavam sempre juntas, falando quase sempre a mesma coisa, com frases divididas em duas.

Serena foi a primeira e unica protagonista de novela da saudosa Regina Dourado, embora tenha vivido papeis marcantes e com merecido destaque em outras novelas. Em "Tropicaliente", a atriz dividiu várias cenas com Ana Rosa, que viveu Ester, a melhor amiga de Serena.

Regina Dourado faleceu em Salvador, sua cidade natal, em 27 de outubro de 2012. Sua estreia na TV foi em "A Morte e a Morte de Quincas Berro d'Água"; especial dirigido por Walter Avancini na Globo em 1978. Ainda no mesmo ano, Regina Dourado estreava em novelas. Foi em "Pai Herói" de Janete Clair, onde viveu a personagem Nanci. A última novela da atriz foi "Caminhos do Coração", em 2007 na Record.

A cidade cenográfica de Tropicaliente tinha 3.000 m² e foi construída na praia de Porto das Dunas, no município de Aquiraz, perto de Fortaleza, capital do Ceará. Era uma vila de pescadores, com casas com detalhes coloridos que davam uma atmosfera caribenha ao cenário.

Os interiores das casas foram montados em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os atores deixavam a capital carioca alguns dias a cada mês para gravar cenas em Fortaleza.

A produção da novela contou com a ajuda do governo do Ceará. A exibição da trama aumentou o turismo no Nordeste, especialmente no estado. Nos meses de baixa temporada, em que Tropicaliente foi ao ar, os hotéis ficaram lotados e o movimento de turistas foi 30% superior ao dos anos anteriores.

O trabalho de caracterização dos pescadores demandou muita pesquisa por parte da equipe de figurino.

A figurinista Helena Brício buscou materiais nas redondezas do Ceará: foi às feiras populares e comprou renda, tela e algodão rústico. Tudo para criar um figurino que remetesse a um pescador dos velhos tempos, que ainda não tivesse se entregado às havaianas e às roupas de tecido sintético.

As roupas foram tingidas com casca de angico, uma árvore nativa do Brasil, e foram usadas sandálias de couro.

Embora Tropicaliente tenha sido elogiada pelas belas paisagens do Ceará, ao mesmo tempo foi criticada por esconder a miséria social do estado. (Paulo Mota. Percorra o cenário da novela Agência Folha da Folha de São Paulo).

O fato da telenovela ter sido em parte financiada pelo governo cearense resultou em críticas semelhantes da oposição política. (Ruth Cardoso visita cenário de telenovela Folha de São Paulo. UOL; 23 de setembro de 1994).

Cida de Sousa, doutora em comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro lembrou que os atores cearenses da novela "falavam de uma forma que ninguém fala no Ceará". No entanto, uma telespectadora da novela, moradora do bairro Pirambu disse para a Folha que achava bom que se mostre somente as belezas da terra, pois "Se mostrar o que tem de ruim ninguém vem para cá".

Na opinião de Marcel Plasse, colunista da Folha, "`Tropicaliente' apela para saudade da era hippie em Brasil `caribenho'".

Tropicaliente foi exibida na Bolívia, Chile, Chipre, Guatemala, Indonésia, Nicarágua, Noruega, Panamá, Paraguai, Peru, Portugal, República Dominicana, Rússia, Turquia, Uruguai e Venezuela. Na Rússia, teve um grande sucesso, sendo exibida duas vezes. Lá recebeu o título de Tropikanka e registrou bons índices de audiência na emissora ORT.

"Paixão de Verão" foi o primeiro título provisório da novela de Walther Negrão. Em seguida, a novela passou a se chamar "Summertime" até chegar em "Tropicaliente".

A novela foi reapresentada entre 20 de março e 07 de julho de 2000, em Vale a Pena Ver de Novo. Teve 80 capítulos, 114 capítulos a menos que sua exibição original. Esta reprise não fez sucesso, e teve que ser encurtada.

A trilha sonora nacional de Tropicaliente, é uma coletânea gostosa pra se ouvir. A sensação é que você está caminhando descalço na beira da praia, sentido o cheiro do mar, enquanto o sol bate no rosto. Tropicaliente produziu uma das melhores trilhas sonoras nacionais de novelas, trazendo o melhor daquele ano de 1994 como “Pensamento” com Cidade Negra; “Menina” com Netinho; “Meu amor não vá embora não” com Beto Barbosa já depois da lambada e investindo em composições românticas; “A Praia” com Chico Science e Nação Zumbi, popularizando o movimento mangue beat, ritmo que virou febre e consagrou nacionalmente o saudoso pernambucano; “Coração da Gente” com Elba Ramalho que foi tema da abertura da novela, além de outros hits que marcaram época e a novela. Jorge Vercilo também surgia com a romântica “Praia Nua”, conquistando de vez a simpatia nacional. Na verdade, a trilha nacional de Tropicaliente, poderia, perfeitamente, ser classificada como trilha nacional “popular” de novela.

Já a trilha internacional trouxe hits caribenhos que fugiu um pouco do habitual em trilhas sonoras de novelas e foram pouquíssimos executados na trama, deixando o mérito maior, para a merecida trilha sonora nacional.

Trilha Sonora Nacional 














01. MEU AMOR NÃO VÁ EMBORA - Beto Barbosa (tema de Cassiano)
02. PENSAMENTO - Cidade Negra (tema de Adrenalina)
03. MENINA - Netinho (tema de Amanda)
04. A PRAIEIRA - Chico Science e Nação Zumbi (tema de Pessoa)
05. SIM OU NÃO - Djavan (tema de Letícia)
06. NÃO DÁ PRA MIM - Megabeat (tema de Olívia e Davi)
07. CORAÇÃO DA GENTE - Elba Ramalho (tema de abertura)
08. TANTA SOLIDÃO - Roberto Carlos (tema de Açucena)
09. MENINO LINDO - Flor de Cheiro (tema de Dalila)
10. MUITO ROMÂNTICO - Maurício Mattar (tema de François)
11. PRINCESA - Jorge Ben Jor (tema de Franchico)
12. O BEM DO MAR - Dorival Caymmi (tema de Ramiro)
13. PRAIA NUA - Jorge Vercilo (tema de Serena)
14. SWING DA ALDEIA - A Caverna (tema para a aldeia de pescadores)


Trilha Sonora Internacional 














01. PORQUE TE VAS - Jose Luis Perales
02. CONGA - Gloria Estefan (tema do parque aquático de Gaspar)
03. ANSIEDAD DE BESARTE - Nat King Cole (tema de Franchico)
04. PIEL CANELA - Linda Ronstadt (tema de Isabel)
05. QUIEN ME TIENDA LA MANO - Pablo Milanés (tema de Açucena)
06. LA MAGIA DEL RITMO - Marie Claire D'Ubaldo (tema de Vítor)
07. AÑOS - Mercedes Sosa & Pablo Milanés (tema de Letícia)
08. VIVIRE - Juan Luis Guerra (tema de Cassiano e Dalila)
09. LA GOTA FRIA - Carlos Vives (tema da aldeia de pescadores)
10. EL DIA QUE ME QUIERAS - Luiz Miguel (tema de François)
11. CUANDO CALIENTA EL SOL - Trini Lopez (tema de Ramiro)
12. NOSOTROS - Eydie Gormé & Trio Los Panchos (tema de Serena)
13. OYE COMO VA - Santana (tema de Pessoa e Adrenalina)
14. EL RELOJ - Francisco Xavier (tema de Gaspar e Estela)
15. DE QUE CALLADA MANERA - Ana Belen & Pablo Milanés
16. CANCIÓN UNIDAD - Pablo Milanés (tema de Ramiro e Letícia)

Sonoplastia: Júlio César e Raphael Salles
Produção Musical: Renato Ladeira
Direção Musical: Mariozinho Rocha
Seleção Musical da Trilha Internacional: Sérgio Motta

A abertura da novela, idealizada pelo designer Hans Donner, tinha frutas tropicais se movimentando na tela ao som do merengue Coração da Gente, cantado por Elba Ramalho. Uma salada verde se transformava em ilha coberta por pássaros migrantes. Enquanto isso, um balé de goiabas, abacaxis e laranjas, formado pelas saias das dançarinas, fazia evoluções sob uma luz alaranjada. Ao fim, a paisagem era noturna, e um casal de bailarinos deslizava na tela, em uma coreografia vibrante, sob uma reluzente lua cheia. Quando a imagem abria, o telespectador podia ver que o casal dançava, na realidade, sobre um grande prato de lagosta, à beira-mar.

Uma novela de Wálter Negrão 
Escrita por Wálter Negrão, Ângela Carneiro, Elizabeth Jhin, Vinícius Vianna e Márcia Prates
Direção de Gonzaga Blota, Marcelo Travesso e Rogério Gomes
Direção geral de Gonzaga Blota

ELENCO:
SILVIA PFEIFER - Letícia
HERSON CAPRI - Ramiro Soares
REGINA DOURADO - Serena
FRANCISCO CUOCO - Gaspar Velasquez
VICTOR FASANO - François
CÁSSIO GABUS MENDES - Franchico
SELTON MELLO - Vítor
CAROLINA DIECKMANN - Açucena
STÊNIO GARCIA - Samuel
ANA ROSA - Ester
CARLA MARINS - Dalila
MÁRCIO GARCIA - Cassiano
PALOMA DUARTE - Amanda
DELANO AVELAR - Davi
LEILA LOPES - Olívia
EDNEY GIOVENAZZI - Bomfim
LÚCIA ALVES - Isabel
BRANCA DE CAMARGO - Stella
NÍVEA MARIA - Soledad
CINIRA CAMARGO - Manuela
NELSON DANTAS - Velho Buja (Bujarrona)
GABRIELA ALVES - Pitanga
NATÁLIA LAGE - Adrenalina (Ana Carolina)
GUGA COELHO - Pessoa
CLEYDE BLOTA - Ivanilda (Hilda)
ILVA NIÑO - Neide
JOÃO CARLOS BARROSO - Plínio
MÔNICA FRAGA - Janaína
RICARDO PAVÃO - Damasceno
ANTÔNIO GRASSI - Conrado
FRANCISCO SANCHES - Manjubinha
MÁRCIA BARROS - Inês
GIOVANNA ANTONELLI - Benvinda
DANIELA ESCOBAR - Berenice
LU MARTAN - Fred Assunção
KARINA PEREZ - Lílian
FLÁVIO GALVÃO - Felipe
ADRIANA DE BROUX - Suzana
BRUNO GIORDANO - pescador


Assistentes de direção: Roberto Jabor
Produção executiva: Maria Alice Miranda
Gerência de operações: Francisco A.M. Neto
Coordenação de produção: Fábio Alexandre e Carla Mendonça
Assistência de produção: Cláudio Diniz e Alexandre Scalamandré
Produção de base: Márcia Azevedo
Edição: César Chaves e Célio Fonseca
Continuidade: Alzira Perota e Sandra Meirelles
Produção de arte: Tisa de Oliveira
Pesquisa de arte: Luciana Oliveira, Maria Teresa, Luiz Pereira e Marta Miranda
Figurinos: Helena Brício
Equipe de figurino: Vânia Mourão, Rosa Pierantoni e Patrícia Lambert
Supervisão de cenografia: Cláudio Sodré e Luiz Cláudio Perdigão
Cenários de estúdio: José Cláudio e Eliane Heringer
Equipe: Leila Chaves, Cláudia Afonso, Luiz Cláudio Velho e Jussara Pascoal
Cidade cenográfica de Fortaleza: Alfredo Pereira
Cidade cenográfica do Rio: Mario Monteiro e Alfredo Pereira
Cenotécnica de estúdio: Eli D’Ávila e Geraldo
Cenotécnica das cidades cenográficas: Docacildo Viana de Souza
Gerência de projeto: Jorge De Bem
Equipe de contra-regras de cena: Jorge Olímpio, Jorge Bastos (Coroinha) e Carlos Alberto
Equipe de contra-regras de rua: Jonas Araújo e Roberto Santos
Maquiagem: Emilio Rack
Equipe de maquiagem e cabelo: Zuleika Lago, Maria Inês, Maria Mercedes e Cibele Fernandes Supervisão de guarda-roupa e caracterização: Letícia Dammas
Guarda-roupa: Solange Queiroz
Camareiros: Antônio Campos, Ricardo Celano, Nandimar Nascimento, Edson Severo, Nilza Farias, Neide Chagas, Nazaré e Marcionília da Silva
Gerente de confecção de figurino: Carlos Gil
Câmeras de externa: Paulo Corado e José de Oliveira
Equipe da Upp 16: Luiz Carlos de Matos, Newton Fernandes Coelho, Eptácio Alves e Fernando Costa
Equipe da Upp 10: Rodrigo Antônio, Murilo Azevedo e Paulo Carneiro
Equipe da UMI: José Mauro Bertolino, Luiz Henrique Vieira, Antônio Benedito Pereira e Sebastião Braga
Geradorista: Wanderley Soares
Eletricista: José Tavares
Supervisor técnico: Paulo Badaró
Câmeras de estúdio: Ubiratan Dantas, Luiz Carlos Maidana, Tony Azevedo
Operadores de vídeo: Augusto Palmieri e João Carlos Morgado
Operadores de VT: Thiers
Operadores de áudio: Luiz Carlos Coelho e José Alves
Operadores de microfone: Irani Ferreira dos Santos, Francisco A. da Silva, Paulo R. Gaudino e Odilon de Brito
Equipe de iluminação de estúdio: Jorge Boaventura, Luiz A. Nascimento, Gilson R. da Cruz, Humberto C. Aguiar, Henrique de Oliveira, Walter Aguiar, Fernando Santos, Gustavo Lacerda, Jorgival da Cruz, Sebastião Silva e Marcio Gomes
Operadores de cabo: Carlos Roberto Gomes, Marco Antônio Torres, Marco Jandre Raimundo e Selmo de Oliveira
Supervisores: Marcos Cheriff, Fernando Alves e Mauro Araújo
Direção de fotografia: Chico Bóia
Iluminação de estúdio: José Carlos Botelho e Jaci Botelho
Iluminação de externa: Nilzo Fernandes
Direção de imagens: Milton Valinho e Antônio Miziara
Sonoplastia: Julio César
Efeitos sonoros: Rafael Salles
Produção musical: Renato Ladeira
Direção musical: Mariozinho Rocha
Direção de produção: Ruy Mattos
Direção artística: Paulo Ubiratan


Fontes:
ARQUIVO MUNDO NOVELAS
Rede Globo
Wikipédia 

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