A apresentação de Suburbia,a nova série da Rede Globo, para a imprensa transformou um grande galpão no Rio de Janeiro, nesta quinta, 18, em um encontro com a leveza e a diversão típicos dos subúrbios cariocas. Um palco para apresentações que vão do funk ao pagode, cerveja gelada e salgadinhos dão o tom da conversa entre a equipe liderada pelo diretor Luiz Fernando Carvalho e jornalistas. Paulo Lins, que assina o texto com Luiz Fernando, fala da história que se passa em Madureira.
- É um drama de amor e social também. Um projeto antigo do Luiz Fernando Carvalho que ele me convidou para participar. Escrevemos tudo em prosa, um romance, e depois roteirizamos. A série é uma grande superação em um país racista e desigual como o Brasil. Vamos mostrar que através da cultura, da família, da religião e, principalmente, do amor é possível vencer barreiras
Luiz Fernando Carvalho explica que a história da série se passa em um subúrbio, mas poderia ser contada em outro local se a fonte inspiradora morasse em outro lugar.
- A história é inspirada em uma senhora que eu conheço há 25 anos, que é negra, veio de Minas Gerais e foi morar no subúrbio. Foi assim que nasceu a Conceição, personagem da Erika. A história poderia se passar em qualquer lugar: Copacabana, Tijuca...
Mesclando atores veteranos e estreantes, a série dá oportunidade a novos nomes como as meninas do grupo de rap Panteras Negras, formado por Alice Coelho, Mariana Alves e Jennifer Loyola, todas pertencentes ao Nós do Morro.
O desafio de fazer o protagonista Cleiton está nas mãos do baiano Fabrício Boliveira.
- O que eu uso para construir todos os meus personagens é a compaixão, a gente sempre conhece alguém que viveu uma história parecida com a que estamos contando. Estou achando muito bacana o fato de ter um rosto tão brasileiro como o meu no papel principal.
A cantora (e também atriz) Rosa Marya deu um abraço carinhoso no multimídia Haroldo Costa. A dupla também está na série de Luiz Fernando Carvalho.
- A Mãe Bia, minha personagem, é um coração cheio de amor. Como ela é uma mulher muito mística, eu tive que ter contato com as pessoas que vivem o jongo, que é um grupo de música e dança, quase como uma religião.
A protagonista Erika Januza está radiante: o sonho dela, tempos atrás, era conhecer o Projac. Agora a (linda) moça de Minas Gerais vai brilhar na TV:
- Foi a experiência mais incrível da minha vida! Eu nunca tinha feito nada antes, trabalhava em uma escola, sempre tive vontade de ser atriz e nunca imaginei que fosse começar logo como protagonista.
A ficha não caiu até hoje. Já até acabei de gravar, mas ainda não caiu a ficha! Quero seguir carreira e estou estudando para isso.
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