domingo, 23 de setembro de 2012

FELICIDADE (VAMOS RECORDAR)

“Felicidade” é uma novela de Manoel Carlos e Elizabeth Jhin, exibida entre 7 de outubro de 1991 e 30 de maio de 1992 em 203 capítulos. Tati, a Garota e outros sete contos de Aníbal Machado inspiraram a criação de Felicidade, uma novela que conta a história de Helena (Maitê Proença). A novela é dividida em duas fases. Os primeiros 30 capítulos se passam na fictícia Vila Feliz, cidade do interior de Minas Gerais e a fase decorrente é passada toda no Rio de Janeiro.

Maitê Proença e Tony Ramos foram os protagonistas de “Felicidade”, mas a novela teve personagens que se destacaram e fizeram da trama uma inesquecível história. Tatyane Goulart e Eduardo Caldas viveram Bia e Alvinho, respectivamente. Duas crianças que encantaram a novela. Ednei Giovenazzi fez uma excelente caracterização do coveiro, Chico Treva, uma figura grotesca pro fora, mas completamente dócil por dentro e que defendia Helena como ninguém. Maria Ceiça foi outro destaque vivendo a porta-bandeira Tuquinha.

Manoel Carlos retornou a Globo em grande estilo através de “Felicidade”. A novela não poderia ter outro elenco, que não o apresentado. Era perceptível a facilidade que o autor teve em conduzir a história e a força dos que nela participaram. “Felicidade” também trouxe o romantismo de volta ao horário das seis, unido a conflitos familiares e um contemporâneo Rio de Janeiro, explorado pelo autor e marca registrada em suas novelas. Maneco quie é mestre em transformar o cotidiano em lirismo. A trama tem tudo que faz parte do cotidiano de uma pequena ou grande cidade. Helena ama Álvaro, que a ama também. Mas os dois também amam Mário e Débora, respectivamente e, por eles, também são amados. Cenas um pouco mais longas com diálogos mais extensos, também estiveram presentes na novela; fato que, de certa forma, cativou e uniu mais a ficção ao telespectador.

Álvaro e Helena – a moça mais bela da cidade – se conhecem precisamente durante o jogo da copa do mundo de 1982, quando ela o ajuda durante sua difícil passagem por Vila Feliz. O Advogado empresário chega na cidade para prestar depoimento sobre o sumiço de um garoto de 12 anos, já que ele é o principal suspeito. O garoto havia desaparecido na cidade visinha, chamada Pouso Triste, também conhecida como a cidade do vento, pelos minitufões que a varrem diariamente. De férias por lá, Álvaro saiu para ver o vento com o menino, que nunca mais voltou. por isso, tem o olhar tristonho, embora altivo. Ele está indo contar sua história diante do juiz, mas já é chamado por todos de assassino. Álvaro é recebido através de muita hostilidade pela população da pacata cidade, que se mobiliza para atacá-lo. É justamente Helena que evita maiores transtornos para o bonito, charmoso e rico empresário. Não demora muito para ambos se apaixonar.


Não há moça mais bonita na pacata cidade mineira Vila Feliz do que Helena (Maitê Proença). E todos do lugarejo sabem disso. Para os homens, Ela é uma deusa na terra nascida. Para as mulheres, a imagem do perigo.

Helena, no entanto, não está nem ai para o povo de Vila feliz. O que ela quer mesmo é deixar a vidinha calma para se aventurar na cidade grande, ou melhor, no Rio de Janeiro. E dois homens, Álvaro (Tony Ramos) e Mário (Herson Capri), vão alimentar este desejo da moça.

Álvaro e Mário chegam na cidadezinha no mesmo dia, no mesmo trem, e logo se encantam com a beleza de Helena. A moça, claro, vê ali sua chance de viver um grande amor e de se mudar para a metrópole. Mas se mete numa dúvida cruel, pois seu coração balança entre Álvaro e Mário.

No entanto, Helena acaba se casando com Mário (Herson Capri), um engenheiro agrônomo que chega a Vila Feliz para instalar uma escola agrícola. O casamento fracassa, e os dois se separam.

Algum tempo depois, Helena e Álvaro se reencontram, mas, dessa vez, ele é quem está comprometido. Álvaro se casou com a rica e problemática Débora (Vivianne Pasmanter).

Depois de um breve reencontro com seu verdadeiro amor, Helena engravida. Filha de uma família mineira conservadora, ela não tem coragem de contar aos pais, Ataxerxes (Umberto Magnani) e Ametista (Ariclê Perez), que está grávida e decide, então, se mudar para o Rio de Janeiro – onde a ação da novela se desenvolve até o final. Helena é uma bela mulher, aparentemente dócil e bastante voluntariosa, perseguindo seus objetivos com determinação. Tem uma corte de admiradores, como o poeta José Diogo (Marcos Winter) e o coveiro Chico Treva (Ednei Giovenazzi), mas acha todos os homens de Vila Feliz muito provincianos e sonha mais alto. É filha de Ataxerxes (Umberto Magnani) e Ametista (Ariclê Perez) e irmã de Lídia (Monique Curi).

O amor de Helena por Álvaro é muito forte e não acaba de uma hora pra outra, mesmo depois que ela se casa com Mário. Amando em silencio, ela vai levar seu casamento adiante. Mas até quando vai poder resistir a paixão? Afinal Álvaro também a ama, e isso é mais do que uma boa razão para que ela se atire sem seus braços. Helena, entretanto, não é uma pessoa inconsequente. É direita, bondosa e tem muita personalidade. Em respeito ao marido, de quem também gosta, ao seu modo, a jovem vai esconder seus sentimentos e adiar o encontro com a felicidade. Quanto a Álvaro, esse sabe que seu relacionamento com Débora, sua noiva, não tem futuro. Ciumenta, possessiva e muito mimada, a moça é o oposto da mulher que Álvaro considera ideal. Nesse jogo de paixões, desejos escondidos, todos querem a mesma coisa: encontrar a felicidade. Só que, nessa procura, uns vão se perder; outros talvez encontrem. E ai, mais uma vez, o destino é quem dará as cartas. Afinal, assim é a vida.

Passam-se alguns anos. Em 1991, Helena vive sozinha com a filha, Bia (Tatiane Goulart), e começa a trabalhar para Cândida (Laura Cardoso), mãe de Álvaro. Apesar de manter em segredo que ele é o pai de Bia, Helena não consegue evitar que a menina faça amizade com o filho de Álvaro, Alvinho (Eduardo Caldas), o que acaba reaproximando o casal. Percebendo o amor de Álvaro por Helena, a possessiva Débora passa a perseguir os dois e faz de tudo para infernizar a vida da rival.

Bia (Tatyane Goulart) é filha de Helena (Maitê Proença) e Álvaro (Tony Ramos) e meia-irmã de Alvinho (Eduardo Caldas). Cresce sem saber a verdadeira identidade do pai. Fato que acontece no penúltimo capítulo da novela, através de uma emocionante cena.

Ataxerxes (Umberto Magnani) é casado com Ametista (Ariclê Perez) e pai de Helena (Maitê Proença) e Lídia (Monique Curi). É um homem inteligente, mas com pouco estudo. É um sonhador. Tem um pequeno sítio na proximidade de Vila Feliz, onde vive em companhia da esposa e das duas filhas.

Ametista (Ariclê Perez) é a esposa de Ataxerxes (Umberto Magnani) e mãe de Helena (Maitê Proença) e Lídia (Monique Curi). É caseira, despretensiosa, mãe e esposa extremada. Acostumou-se aos sonhos rocambolescos do marido e tem por ele amor e piedade. Sua relação com Helena é meio tumultuada, por conta do comportamento ousado da filha. Mas a relação irá melhorar incrivelmente após o nascimento da neta, Bia.

Lídia (Monique Curi) é a filha mais nova de Ataxerxes (Umberto Magnani) e Ametista (Ariclê Perez) e irmã de Helena (Maitê Proença). Lídia é uma jovem vivíssima, com imenso charme e apaixonada pela dança, pela representação. Também é apaixonada pelo poeta José Diogo (Marcos Winter).

Mário (Herson Capri) é um Engenheiro agrônomo, machista e bonitão, que vai a Vila Feliz para instalar uma escola agrícola. Apaixona-se por Helena (Maitê Proença), casam-se, mas a relação não dá certo.

Álvaro (Tony Ramos) é um advogado por quem Helena (Maitê Proença) se apaixona. É rico, órfão de pai, o embaixador Aníbal Peixoto, e vive com a mãe, Cândida (Laura Cardoso), em um apartamento na Avenida Atlântica, em Copacabana, Zona Sul do Rio. Álvaro se casa com Débora (Vivianne Pasmanter), com quem tem Alvinho (Eduardo Caldas). Mas o casal vive uma relação conturbada por conta do descontrole emocional e das crises de ciúmes de Débora. No final da novela, Álvaro descobre ser pai de Bia (Tatiane Goulart), filha de Helena.

Alvinho (Eduardo Caldas) é filho de Álvaro (Tony Ramos) e Débora (Vivianne Pasmanter) e meio-irmão de Bia (Tatiane Fontinhas Goulart).

Cândida (Laura Cardoso) é mãe de Álvaro (Tony Ramos) e viúva do embaixador Aníbal Peixoto. Mulher bonita, fina e inteligente. Quando começa a novela, ainda suspira pelo finado marido, morto há dois anos. Anos mais tarde, conhece Helena, a contrata como secretária onde surge uma relação de amizade entre as duas. Cândida também mantém uma relação de avó com a garota Bia, sem ao menos imaginar que ela é sua neta de verdade.

Gerson (Othon Bastos) é marido de Alma (Ester Góes) e pai de Débora (Vivianne Pasmanter). É um advogado brilhante, queimado de sol, bonitão e que aparenta bem menos idade do que tem. É sócio de Álvaro (Tony Ramos) no escritório de advocacia e foi grande amigo do pai dele, o embaixador Aníbal Peixoto.

Alma (Ester Góes) é a esposa de Gerson (Othon Bastos) e mãe de Débora (Vivianne Pasmanter). Mulher bastante sofisticada, além de ambiciosa, bonita e muito ciumenta por conta do comportamento jovial do marido. Sempre fez todos os gostos da filha Débora e nunca estabeleceu limites para a filha.

Débora (Vivianne Pasmanter) é filha única de Gerson (Othon Bastos) e Alma (Ester Góes). Durante a novela, casa-se com Álvaro (Tony Ramos), com quem tem Alvinho (Eduardo Caldas). Puxou à mãe em tudo, principalmente, nos defeitos: é ciumenta, possessiva e mimada. Fica possessa ao saber do amor do marido por Helena (Maitê Proença) e se esforça para impedir qualquer aproximação deles.

Tuquinha (Maria Ceiça) é uma bela mulata, que desfila na Mangueira desde os 12 anos, quando a história começa. Com a passagem de tempo da novela, chega aos 20 anos e se torna porta-estandarte da escola. É assediada pelo violento e ciumento Aristides, o Tide (Maurício Gonçalves). Mora em Engenho Novo, Zona Norte do Rio de Janeiro, e critica e esnoba a Zona Sul. É filha de Batista (Milton Gonçalves) e Maria (Maria Alves) e irmã de Betsy (Kátia Drumond).  Raymunda,  a  Betsy (Kátia Drumond) é irmã de Tuquinha (Maria Ceiça) e, assim como ela, uma mulher bonita. É filha de Batista (Milton Gonçalves) e Maria (Maria Alves). Ao contrário da irmã, vai para a Zona Sul do Rio de Janeiro. Adota o nome Betsy e entra para um conjunto de dança, levando uma vida liberal e alegre. Aristide, o Tide (Maurício Gonçalves) é um jovem ciumento, violento e apaixonado por Tuquinha (Maria Ceiça). Tem uma relação possessiva com Tuquinha e detesta saber que sua amada sonha em ser porta estandarte.

Batista (Milton Gonçalves) é pai de Tuquinha (Maria Ceiça) e Betsy (Kátia Drumond). Separou-se de Maria (Maria Alves), a mãe das suas filhas, e passou a morar com Claudete (Cristina Ribeiro), no prédio onde é zelador, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro.

Isaura (Eliane Giardini) é dona de uma confecção de roupas semiclandestina, mantendo um grupo de jovens como vendedoras autônomas. É bonita e mantém um relacionamento sem compromisso com José Maria (Serafim Gonzales). Isaura também é uma das melhores amigas e confidentes de Helena.

João, o homem do piano (Sebastião Vasconcelos) mora com a esposa, Rosália (Regina Dourado) e a filha, Selma (Ana Beatriz Nogueira), em um apartamento pequeno. Durante sua participação na novela, passa o tempo todo tentando, e não conseguindo, vender ou mesmo dar um piano de estimação.  Rosália é uma mulher simples, professora do curso primário.

Selma (Ana Beatriz Nogueira) é a filha de João (Sebastião Vasconcelos) e de Rosália (Ana Lúcia Torre) e noiva de Luiz (Bruno Garcia). Selma é uma moça sem graça. Tudo o que quer na vida é se casar com Luiz, um cabo da Marinha Brasileira.

Chico Treva (Ednei Giovenazzi) é um homem muito feio, o terror da cidade de Vila Feliz e que, ainda por cima, é coveiro do pequeno cemitério local. As crianças correm dele na rua, caçoam à distância da sua feiura. Mas Chico Treva é filósofo e sabe que muitas daquelas pessoas serão enterradas por suas mãos. Tem uma paixão platônica por Helena (Maitê Proença).

José (Marcos Winter) é um poeta provinciano, que escreve versos no jornal de Vila Feliz. São versos dirigidos à Helena (Maitê Proença), paixão de toda a sua vida. Bebe muito, e vai se tornando um pobre diabo. Na cidade, é figura folclórica, do tipo que faz serenatas. É filho de Dona Filó (Yara Cortes), uma senhora que o trata com muita compreensão e carinho.  

Sheila (Cristina Prochaska) é a esposa de Sérgio (Cassiano Ricardo) e mãe de Marcinho. Sempre teve inveja da beleza e da popularidade de Helena (Maitê Proença). No começo da história, mora em Vila Feliz, porém, depois de alguns anos, vai morar no Rio de Janeiro e torna-se visinha de Helena mais uma vez. Tempos depois, conhece Débora e ambas se unem para tentar prejudicar Helena.

Com a ida de Álvaro de Vila Feliz, Helena continua a disposição do engenheiro Mário para inaugurar a escola de agronomia na cidade. Helena fica nas nuvens quando sabe por Madalena (Louise Cardoso) que Álvaro ligou do Rio para pedir seu nome completo e endereço para ele poder lhe mandar um cartão. Os dias não passam, o cartão não chega e a funcionária da prefeitura está cada vez mais próxima de Mário, que é convidado até para almoçar num domingo no sítio que ela mora com os pais.

Nascida no Rio, Helena sonha em voltar à cidade onde passou seus primeiros anos e Ataxerxes (Umberto Magnini), seu pai, também saudoso de alguns amigos, acaba comprando passagens de avião para ele e a filha realizarem seus sonhos. A maior vontade de Helena, no entanto, é reencontrar Álvaro, do qual ela tem apenas o telefone do escritório conseguido por Madalena.

Enquanto Helena está no Rio, Mário diz a Lídia que pretende comprar a antiga casa do professor por quem a funcionária da prefeitura foi apaixonada, para morar com ela, já que pretende pedi-la em casamento. Mário também revela a futura sogra que está apaixonado e que pretende pedir a mão de Helena em casamento, assim que ela volte do Rio de Janeiro.

Logo que retorna ao Rio, Álvaro pede à secretária que ligue para Madalena para conseguir o endereço e telefone de Helena, na intenção de lhe mandar flores, em agradecimento por ela ter lhe salvado a vida. Débora, que esta na hora, fica curiosa e se oferece para levar a correspondência no correio. No caminho, abre o envelope e ao terminar de ler o cartão, começa a chorar dentro do carro, rasgando tudo com fúria. Mimada, Débora faz um alvoroço pela situação, porém, sua mãe a aconselha a não comentar o que fez com o cartão, ao noivo. Nessa altura Helena está no Rio e liga para Álvaro que não pode atender. Mas a secretária pergunta se ela recebeu o cartão e ela diz que não, deixando todos desconfiados de que o envelope não foi enviado.

Quando Helena aparece no escritório de Álvaro, os dois são flagrados por Débora. Álvaro resolve terminar o noivado, Débora é repreendida pela mãe e some aparecendo horas depois, em meio a um temporal na casa de Álvaro. Eles tem uma discussão e Débora acaba sofrendo um grave acidente de carro. Álvaro passa a se sentir culpado pelo desastre e resolve voltar atrás com Débora. No dia seguinte, Álvaro dá um jeito de se despedir de Helena no aeroporto.  

Mário acaba mesmo conquistando Helena, que por sua vez, decide esquecer Álvaro, logo depois da experiência frustrante no Rio. Mário e Helena se casam para a alegria de Ametista, que adora o genro e sempre fez questão desse casamento.

O boato de que Helena está grávida, logo depois de seu casamento com Mário, toma conta da cidade de Vila Feliz e deixa o marido irradiante de felicidade. Só que a gravidez de Helena não é real – ela inventa para se livrar de Sérgio (Cassiano Ricardo) que tenta agarrá-la a força – mas, para não decepcionar o marido e a pequena cidade, resolve assumi-la como verdadeira. Logo que o casal volta de lua-de-mel no Rio, Mário dá a mulher um belíssimo carro de presente. No mesmo dia, quando os dois chegam à sua residência, ela é a primeira a entrar e, ao se dirigir a piscina, vê dentro dela um bebê boiando de cabeça para baixo. Helena grita e Álvaro vai em seu socorro e ao se deparar com a cena, também se choca, pulando na água para tirar o corpo, que constata ser o de uma boneca com um bilhete preso para Helena. Mário mostra a mulher que se trata de um brinquedo, a deixa tranquila e guarda o papel, que, mais tarde, entrega a Ametista (Ariclê Perez) para que o guarde. No bilhete está escrito: “Helena, podia ser sua filha! Beleza não traz felicidade.”

Os dias passam e o engenheiro Mário começa a cobrar a gravidez de Helena, a exemplo de toda Vila Feliz. Ela se sente pressionada e, um dia, ao sair de carro, é atingida por uma forte ventania no meio da estrada, que a obriga a parar. Ao mesmo tempo, Álvaro, no Rio, sente os mesmos efeitos em seu escritório e vê Zeca Ventania, que o chama de dentro de um redemoinho. Assim que o fenômeno desaparece, Helena tenta sair com o carro, porém este não pega. Então, aparece Sérgio em seu carro, que, cheios de más intenções, para com a desculpa de ajudá-la. Sérgio então resolve atacá-la, já que sempre sonhou com isso. Ela se debate, grita e surge Chico Treva (Edney Giovenazzi), que vai passando em sua carroça. O coveiro dá uma surra no tarado e leva Helena muito suja e amarrotada até a casa de Paquita (Aracy Balabanian), que a ajuda e manda chamar sua mãe para busca-la. Helena conta a ex prostituta que disse a Sérgio que estava grávida, na tentativa de escapar de seu ataque, mas que nada adiantou. Ao chegar em casa, Helena conta tudo o que aconteceu para o pai e este pede que nada conte a Mário. Nesta hora, o engenheiro entra no quarto, abraça a mulher e a parabeniza pela gravidez, sem ao menos imaginar que se trata de uma mentira. Mentira esta que, quando for descoberta, causará uma grande revolta nos moradores de Vila Feliz.


Depois de muitos encontros e desencontros, o destino entra em campo para dar uma forcinha a Álvaro e Helena. Coloca os apaixonados cara a cara e cria todo o clima para a reconciliação.

É na casa de dona Cândida que os apaixonados se reveem. Helena procura a amiga para vender algumas roupas. Nem termina de abrir o mostruário, percebe que Álvaro está ao seu lado. Surpreso, Álvaro revela que é filho de Cândida. Helena se derrete toda na frente do amado. Conta que já iniciou o processo de separação de Mário e que tem grandes planos para o futuro. Só que a essa altura, ele recebe um telefonema de Débora e Helena vai embora decepcionada.
Separação é o primeiro passo para Helena conquistar, finalmente, a “Felicidade”, ao lado de Álvaro. Depois de dizer não a proposta de reconciliação de Mário, Helena vai para o Rio e procura o advogado em seu escritório. Ela chega no final do expediente e eles acabam fazendo amor no tapete. É o começo de uma relação que transforma a vida de Álvaro, que passa a agir com se só existisse Helena no mundo. Com o dinheiro da casa de Vila Feliz, a vendedora aluga e monta um apartamento na Zona Sul carioca, onde viverá lindos momentos de amor com Álvaro.

A felicidade de Helena e Álvaro é ameaçada quando Débora volta dos Estados Unidos e encontra o noivo totalmente mudado. Não demora para Débora reverter o jogo e conquistar Álvaro novamente, dessa vez, pra finalmente poder se casar com o fruto de sua paixão obsessiva.

Helena fica grávida de Álvaro e na sua família, a única que não fica sabendo de nada é sua mãe Ametista, por seu muito conservadora. Certo dia, Ametista ouve atrás da porta, uma conversa entre Ataxerxes e Lídia sobre a gravidez de Helena. Ametista se enfurece, briga com os dois por estarem escondendo a gravidez de Helena e resolve ir ao apartamento da filha no Rio, para tirar satisfações. Ametista não aceita que Helena tenha ficada grávida de um outro homem que não o ex marido Mário. Mãe e filha tem uma discussão feia e ficam um bom tempo intrigadas.

Durante uma faxina no armário de Débora, Alma descobre o diário da filha e lê alguns trechos, descobrindo a paixão realmente doentia que ela tem por Álvaro e também ciúmes que ela sente da mãe com ele. Alma se choca e, durante uma conversa com o marido, o convence da necessidade que a filha tem de fazer um tratamento psíquico.

Querendo ver de perto a concretização de seu pior pesadelo, Helena resolve assistir ao casamento de Débora e Álvaro, mesmo sem ter sido convidada. Tudo começa quando Helena vê uma foto do casal numa coluna social. Sabendo que a cerimônia será realizada numa fazenda, Helena acaba contando com a cumplicidade de Lídia (Monique Cury) e Isaura (Eliane Giardini), que não a deixam enfrentar a situação sozinha, ainda mais estando grávida. No interior da igreja, Helena resolve não ser vista por ninguém e vai para a sacristia, onde algumas pessoas do coro comentam que Álvaro ainda não chegou no Rio, para desespero de Débora, que já está no carro na porta da igreja. Sentindo cheiro de humilhação no ar, Débora resolve esperar na sacristia e lá acaba dando de cara com a rival. Ela pede explicações por sua presença ali e Helena tenta se desculpar humildemente. Débora não amolece e quando Helena se propõe a ir embora, ela chama um segurança, mandando-lhe colocar a secretária num dos carros da fazenda e largá-la no meio de uma estrada da região. A situação é salva pela notícia da chegada de Álvaro. Feliz, Débora desiste da ideia de deixar Helena abandonada numa estrada deserta e diz que ela pode ficar ali mesmo e assistir a seu casamento, com o homem que as duas amam. Helena se senta no chão e fica assistindo a entrada de Débora na igreja, a ida dos noivos até o altar e, por um momento, se vê no lugar da rival.

Na passagem de tempo de 1985 para 1991, Bia agora é uma criança que deseja saber quem é o seu pai. Como ainda não o conhece, resolve que a figura será representada por cada namorado que sua mãe, Helena, arrumou.
Débora e Sheila (Cristina Prochaska) se conhecem no escritório de Gerson (Othon Bastos) e o veneno das duas começa a escorrer quando falam no nome de Helena, que Sheila diz conhecer de Vila Feliz. Nesta época, Sheila está tendo um caso amoroso com Gerson e conta para sua filha que Helena quase saiu apedrejada da cidade por causa de uma falsa gravidez e por ter enterrado um tijolo no lugar do suposto bebê que teria abortado. Débora vibra com a notícia e logo torna-se amiga de Sheila. Separada de Álvaro, Débora resolve invadir o flat onde ele está morando, depois que Álvaro viaja a negócios para São Paulo. Mas ele chega antes da hora e acaba flagrando Débora deitada em sua cama. A vilã resolve contar todo o passado de Helena para Álvaro, na tentativa de envenenar a relação do casal.

Helena descobre que a nova namorada do ex marido Mário, é Alma, mãe de Débora.Tudo começa quando a secretária vai a casa de Mário pegar umas cópias da certidão de nascimento de Bia (Tatiane Goulart) que estão em seu poder já há algum tempo e fica sabendo através de Ana (Ada Chaseliov) que Mário está de quatro por outra mulher. Helena chega a ficar enciumada e muito curiosa, até que em poucos minutos Alma chega querendo levar o engenheiro para um fim de semana em Angra dos Reis. Como as duas não se conheceram no passado, não existe espanto ao serem apresentadas. Nesta ocasião, Alma convida Helena para uma festa que dará em Petrópolis. Helena decide ir para a festa e lá avista um álbum de fotografias. Alma percebe o interesse de Helena e propõe que a mesma veja as fotos do casamento de sua filha. É ai que Helena gela ao constatar que se trata das fotos do casamento de Débora e Álvaro.

As provocações de Débora para Helena não passam batidas sempre. Certo dia, a vilã mimada tenta provocar Helena na loja e a vendedora não segura a raiva. Helena deixa tomar pela fúria e dá uma lição em Débora, com direito a alguns bofetões.

Fora de si, após mais uma tentativa frustrada de convencer Álvaro a dar-lhe uma nova oportunidade, Débora uni-se a Sheila e arquitetam um plano diabólico para destruir o romance entre o advogado e Helena. Débora vai ao bairro Peixoto e leva Bia para um passeio. convencendo-a de que Alvinho também irá. Ao chegar ao seu destino, um dos lados mais altos do Pão de Açúcar, a vilã telefona a Álvaro e avisa que irá matar a garota.
Para provar que não está mentindo, Débora pede para a menina falar com Helena e avisa ao casal que eles tem meia hora para chegar no local. Álvaro e Helena entram em pânico.
Enquanto isso, Zé Diogo, que seguiu Débora, observa tudo de longe. Débora leva a garota a força para subir mais no telegrafo, Bia desconfia e Débora lhe dá um empurrão. As duas lutam e Bia consegue escapar. Quando Débora começa a perseguir Bia, é interrompida inesperadamente por Diogo. Álvaro e Helena chegam nervosos, pensando que aconteceu alguma tragédia, porém, são surpreendidos felizmente por Zé Diogo que carrega Bia nos braços.
A noite, quando tudo volta ao normal, Helena vai ao apartamento de Débora e encontra Sheila. Helena percebe toda história e descobre que Sheila é cúmplice de Débora nas armações.

A felicidade de Tuquinha (Maria Ceiça) vai durar pouco. Enquanto realiza seu sonho de desfilar como primeira porta bandeira da Estácio de Sá, a sambista é assassinada pelo ex-namorado Tide (Maurício Gonçalves). Tide, inconformado com a amizade entre Tuquinha e Joana (Lena Francis), perde a cabeça e sai de casa com uma faca de cozinha escondida na roupa. Na quadra da Estácio de Sá, ele dança bem juntinho à ex-namorada, chamando a atenção dos amigos de Tuquinha. Durante um abraço em Tuquinha, ele tira uma faca de dentro da jaqueta e a golpeia, duas vezes. A sambista cai ao chão, morta. Na quadra, a confusão é geral.

Tuquinha é enterrada com honras de grande sambista, onde não faltam a bandeira da Estácio de Sá cobrindo o caixão e a bateria da escola que, com a batida do surdo, acompanha o corpo até o cemitério.
Ametista (Ariclê Perez) morre enquanto assiste a um espetáculo de balé no teatro municipal.

As maldades de Débora serão compensadas por um grande acidente de automóvel, que a vilã sofre. O prejuízo é tão grande que acaba a deixando paralitica, presa a uma cadeira de rodas. Após quatro meses, Débora decide viajar para Europa, por dois anos, ao lado do médico que lhe prestou assistência na fase difícil de sua vida.

Lídia finalmente consegue fisgar de vez Zé Diogo e com direito a cerimônia de casamento com festa, lua de mel e com tudo que tem de direito. Durante a festa de casamento, o senador Almicar Machado aparece e convida Ataxerxes para se afiliar a seu partido, iniciando assim, uma carreira política.


Cândida revela para Helena que Bia também será sua herdeira, já que gosta dela como se fosse uma neta. Helena tenta descordar, mas a futura sogra acaba a convencendo que é para garantir o futuro de Bia e Helena se emociona com a atitude.
As surpresas de Helena não acabam por ai. Mário vai a sua procura e lhe diz que nunca poderia ter um filho com ela, pois descobriu, através de exames, que é estéril. O engenheiro ainda afirma que, após o que sucedeu com eles, anos atrás, em Vila Feliz, chegou a pensar que ela é que não poderia ter filhos, mas o nascimento de Bia veio contrariar esta hipótese.

Mário conhece Paula (Lucia Abreu), eles se casam, vão morar no sítio que foi de Helena em Vila Feliz e resolvem adotar um menina, que, curiosamente se chama Bia. Chico Treva também volta para Vila Feliz para morar com Mário e sua nova esposa.

Gerson fica sem saber o que fazer quando Bia lhe pergunta quem é o seu pai. O advogado argumenta que Alvinho ouviu mal, mas não adianta de nada. Débora chega a castigar o filho por ouvir a conversa dos adultos. No entanto, Alma sente pena da menina e a aconselha a ter uma conversa com Helena sobre o assunto. Bia segue o conselho de Alma e pede explicações para Helena, que, por sua vez, não consegue mais esconder a história, revelando que se casará em breve com o pai dela. Bia logo percebe que se trata de Álvaro, para sua completa felicidade.  A cena do encontro entre Bia e Álvaro, numa praça, já sabendo que são pai e filha, é uma das cenas mais emocionantes da novela. Só assim, Helena pode viver feliz, para sempre, ao lado de Álvaro, Bia e de quebra, Alvinho.

Ao trazer para os telespectadores o universo dos personagens de Aníbal Machado, baseando-se nos contos: Tati, a garota; A morte da porta-estandarte; Viagem aos seios de Duília e O Piano, Manoel Carlos desenvolveu uma boa novela, marcando seu retorno a TV Globo depois de uma ausência de oito anos, após o término de Sol de Verão, em março de 1983.

“Felicidade” começa no ano de 1982, passa para 1983, depois para 1984 e finalmente chega a 1991. Por utilizar várias histórias de Anibal Machado, o autor precisou dessas passagens de tempo. A história de Helena e sua filha Bia começa a ser contada oito anos antes de a menina nascer. Isso porque a Helena da novela tem o passado da Helena do conto “Acontecimento em Vila Feliz”, passa a ser depois a Juanita de “O Telegrama de Ataxerxes”, para finalmente se transformar na Manuela de “Tati, a garota”. Desses três contos, Maneco pegou a matéria para construir a protagonista Helena.

Maitê Proença viveu a segunda e mais jovem Helena de Manoel Carlos. A primeira havia sido interpretada por Lilian Lemmertz, em Baila Comigo, novela de 1981.
Apesar de ser a primeira opção do autor para viver a protagonista Helena, por problemas de saúde de seu marido na época, Maitê Proença não iria fazer a novela. Chegou-se a convidar Cristiana Oliveira e Vera Fischer, mas o papel acabou mesmo sendo defendido por Maitê.

Felicidade revelou a ótima atriz Vivianne Pasmanter que estreava na TV como a vilã Débora. Sua atuação surpreendeu até mesmo colegas veteranos, como Tony Ramos. Ela chegou a apanhar de senhoras iradas que lhe batiam com guarda-chuvas e apontavam o dedo na sua cara gritando:"-Você não vai ficar com o Álvaro". Tudo devido a sua personagem louca e mimada. Quando sua personagem leva uma surra de Helena, personagem de Maitê Proença, em uma loja de brinquedos, o público se sentiu vingado. Seis anos depois, Vivianne interpretou outra cruel e memorável vilã, a Laura de Por Amor, novela de 1997, também de Manoel Carlos.

As atrizes Aracy Balabanian Louise Cardoso e Denise Del Vecchio fizeram uma participação especial em “Felicade” que durou apenas na primeira fase da novela. Paquita (Aracy Balabanian) foi uma espanhola muito malvista em Vila Feliz.
Madalena (Louise Cardoso) era a dona do hotel de Vila Feliz. Viúva, bonita, sensual e sedutora. Uma das melhores amigas de Helena.  Já Denise Del Vecchio viveu uma cartomante em Vila Feliz.
“Felicidade” foi a primeira novela na Globo das atrizes Eliane Giardini e Ana Beatriz Nogueira e do ator Bruno Garcia.

A novela revelou ainda, a dupla mirim Tatyane Goulart e Eduardo Caldas, como Bia e Alvinho, que com talento e meiguice, encantaram o público, dando vida aos pequenos filhos de Álvaro, personagem de Tony Ramos.

Grandes interpretações de Ariclê Perez e Umberto Magnani, como os pais de Helena, Ametista e Ataxerxes. Belíssima a cena do último capítulo em que a personagem Ametista morre, após assistir uma apresentação de balé, sentada na plateia do Teatro Municipal.

Também merecem destaque Edney Giovenazzi, como o assustador Chico Treva e Marcos Winter, como o poeta Zé Diogo e as histórias do Menino do Vento, que aparecia nos sonhos de Álvaro, personagem de Tony Ramos.

“Felicidade” foi a última novela da atriz Sandra Bréa, veterana em novelas da Globo e que veio a falecer vítima no HIV, em 2000.

A primeira fase da trama se estende até o capítulo 35,no ar em 15 de novembro de 1991, uma sexta-feira. A segunda fase da trama, começa por volta do capítulo 37, no ar a partir de 18 de novembro de 1991, uma segunda-feira.

A cidade de Rochedo de Minas, no interior de Minas Gerais, foi a locação ideal para a fictícia Vila Feliz. A cidade cenográfica recriou em Jacarepaguá, uma vila de casas do bairro carioca do Engenho Novo.

"Felicidade" foi parcialmente gravada no Bairro Peixoto, em Copacabana, onde estão representados todos os segmentos da sociedade, e em Rochedo de Minas, a 80 km de Juiz de Fora, que teve suas fachadas pintadas e envelhecidas para se transformar na Vila Feliz. Diversos cenários foram montados nos estúdios da Tycoon até mesmo porque, estruturalmente, a novela começa com uma minissérie, ambientada numa época, e, depois continua em outra fase com diversas mudanças cenográficas. Quanto ao figurino, Beth Filipecki criou roupas com movimento - "leves como o vento" para os habitantes de Vila Feliz - e muita simplicidade.

Felicidade inovou na cenografia. Em vez de paredes e patamares para a construção dos cenários, os ambientes apresentavam trabalhos de artistas consagrados, como Marc Chagall e Salvador Dali. Para atingir o efeito desejado, a equipe de produção lançou mão do chromakey, um fundo azul ou verde, onde as imagens eram projetadas. A ideia era que, aliadas ao texto, as imagens revelassem traços da personalidade do personagem e seu estado de espírito. Para outros cenários, foram usadas obras de artistas plásticos brasileiros, como Luiz Áquila.

Os figurinos foram usados como mais um recurso para identificar os protagonistas: Álvaro (Tony Ramos) vestia roupas azuis; Helena (Maitê Proença) usava tons claros; e Débora (Vivianne Pasmanter), cores escuras. Pela primeira vez em produções brasileiras para televisão, os figurinos foram projetados por um programa de computador, dispensando a presença dos atores em prova de roupas. 

No penúltimo capítulo, no ar em 28 de maio de 1992, uma quinta-feira, finalmente, Helena revela a Bia que Álvaro é seu pai. A cena do encontro de pai e filha foi tão emocionante que, a pedidos, houve reprise do capítulo na sexta-feira, dia 29 de maio, sendo o último capítulo adiado para o sábado, dia 30 de maio, e fazendo com que a reprise do último capítulo fosse exibida na segunda-feira seguinte, dia 1º de junho, no horário das 17h00, imediatamente antes do primeiro capítulo da nova novela das 18h00, Despedida de Solteiro.

"Felicidade" foi a primeira novela da Rede Globo a ter uma mulher na Direção Geral: Denise Saraceni. A novela foi transmitida em Portugal na RTP1, durante os fins de semana entre 1992 e 1993. "Felicidade" fez grande sucesso no exterior, sendo vendida para Austrália, Canadá, Chile, China, Congo, Cuba, Gabão, Guatemala, Ilhas Maurício, Indonésia, Itália, Líbano, Macau, Marrocos, Zaire, Senegal, Costa do Marfim, Martinica, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Rússia, Turquia e Venezuela, entre outros. Reapresentada entre 09 de fevereiro e 24 de abril de 1998, Felicidade foi uma das novelas mais picotadas no Vale a Pena Ver de Novo: a reprise teve 55 capítulos contra 203 da apresentação original.

“As pessoas querem ser felizes, mas nem sempre sabem onde procurar a felicidade. Muitas vezes a encontram e a perdem. E a sensação mais comum é a gente achar que já foi mais feliz do que é hoje ou, pelo menos, que já se sentiu mais feliz antes. Isso, normalmente, está ligado as coisas e/ou pessoas perdidas. Ou época, como a da infância, diz: Eu era feliz e não sabia. De minha parte acho que ninguém é feliz sem saber. Não se saber feliz já é não ser feliz! O que nos faz achar que não fomos felizes é não nos sentirmos felizes hoje. Então, jogamos isto para o passado. O que é felicidade para um, não é para o outro. Mas o desejo de ser feliz é comum a todos os mortais, em todas as épocas, desde a criação do mundo e em qualquer parte do planeta. Até a morte é um final feliz para muita gente. Essa busca da felicidade, do bem maior, e os encontros e desencontros dessa procura: isso é FELICIDADE!”
Manoel Carlos

O samba "Seja Mais Você", composto por Délcio Luiz, então vocalista do Grupo Raça, que o gravou, foi a canção tema da porta-bandeira Tuquinha, personagem de Maria Ceiça. Estourou nas rádios durante a novela, contribuindo decisivamente para a popularização e o grande sucesso da carismática personagem, e é tido como um clássico do samba contemporâneo, dos mais pedidos e cantados em todas as rodas de samba até hoje. É um dos temas musicais que mais marcaram a novela. Em seu DVD gravado ao vivo, Délcio Luiz relembra com gratidão em entrevista, a oportunidade a ele, aberta com a escolha desse seu samba como um dos temas da novela, fato que alavancou ainda mais sua carreira. De fato, a cena da morte de Tuquinha, durante um dos ensaios de sua escola de samba, é um dos mais emocionantes da trama. Maria Ceiça brilhou em sua estréia na TV. O grupo Roupa Nova compôs as músicas Começo, Meio e Fim e Felicidade especialmente para a trilha da novela. O hit virou febre nas paradas de sucesso das rádios de todo Brasil nos anos de 1991 e 1992. Já o cantor Jimmy Cliff compôs a música Peace sob encomenda para a personagem Débora, vivida por Vivianne Pasmanter.
Excelente trilha sonora internacional, com grandes sucessos do ano de 1992, como Set Adrift On Memory Bliss, com P.M. Dawn, Camiñando por La Calle com Gipsy Kings, Theme From Dying Young com Kenny G, Peace, com Jimmy Cliff, When A Man Loves A Woman, com Michael Bolton, Miles Away, com Winger, Better Not Look Down, com B.B. King, Set The Night To Music, com Roberta Flack & Maxi Priest, Love…Thy Will Be Done, com Martika, Be My Baby, com Teenagers, dentre outros.
Trilha Sonora Nacional

01. COMEÇO, MEIO E FIM - Roupa Nova (tema de Helena e Álvaro)
02. VELHO ARVOREDO - Elis Regina (tema de Álvaro)
03. MEU NINHO - Beto Guedes (tema de Zé Diôgo)
04. EU NÃO SABIA QUE ME APAIXONAVA - Ricardo Rangell (tema de Lídia)
05. SEJA MAIS VOCÊ - Grupo Raça (tema de Tuquinha)
06. CHICO TREVA - A Caverna (tema de Chico Treva)
07. O AMIGO DO REI - Pery Ribeiro (tema de Ataxerxes)
08. FELICIDADE - Roupa Nova (tema de abertura)
09. ESTRANHA DEPENDÊNCIA - Joanna (tema de Débora)
10. ME AJUDE A TE ESQUECER - Elymar Santos (tema de Mário)
11. VOCÊ AINDA VAI VOLTAR - Leandro & Leonardo (tema de Helena)
12. ESTRELA AMIGA - Ping Pong (tema de Bia)
13. ALMA - A Caverna (tema de Alma)
14. DESCOBERTA - Vicente Leão (tema de Sheyla)    
 Trilha Sonora Internacional

01. SET ADRIFT ON MEMORY BLISS - P.M. Dawn
02. CAMIÑANDO POR LA CALLE - Gipsy Kings
03. THEME FROM "DYING YOUNG"- Kenny G. (tema de Helena)
04. PEACE - Jimmy Cliff (tema de Débora)
05. WHEN A MAN LOVES A WOMAN - Michael Bolton (tema de Álvaro)
06. NO REGRETS - David Torres
07. BREAKIN' THE WALLS - Collin Elridge
08. MILES AWAY - Winger
09. BETTER NOT LOOK DOWN - B. B. King (tema de Betsy)
10. SET THE NIGHT TO MUSIC - Roberta Flack & Max Priest (tema de Mário)
11. LOVE... THY WILL BE DONE - Martika (tema de Zé Diôgo)
12. BE MY BABY - Teenagers (tema de Lídia)
13. I JUST WANT A WAY TO SAY GOODBYE - Danny Richard (tema de Isaura)
14.
TOUCH WITHOUT TOUCHING - Tomacdu'

Sonoplastia: Guerra Peixe Filho
Direção Musical: Mariozinho Rocha
Produção Musical: Renato Ladeira
Seleção Musical da Trilha Internacional: Sérgio Motta  

“Felicidade” trouxe uma abertura realizada pela equipe de Hans Donner que mostrava alguns cenários naturais como praia, parques, cachoeira, com pessoas felizes ao serem preenchida por um arco-íris. Tudo ao som da música “Felicidade” do Roupa Nova.



Novela de Manoel Carlos
Baseada em tramas e personagens de Aníbal Machado
Escrita por Manoel Carlos e Elizabeth Jhin
Colaboração de Marcus Toledo e Eliane Garcia
Direção de Denise Saraceni, Ignácio Coqueiro e Fernando de Souza
Direção geral de Denise Saraceni

ELENCO
MAITÊ PROENÇA - Helena
TONY RAMOS - Álvaro
VIVIANNE PASMANTER - Débora
HERSON CAPRI - Mário
MARCOS WINTER - Zé Diôgo
LAURA CARDOSO - Cândida
UMBERTO MAGNANI - Ataxerxes
ARICLÊ PEREZ - Ametista
OTHON BASTOS - Gerson
ESTER GÓES - Alma
MONIQUE CURY - Lídia
EDNEY GIOVENAZZI - Chico Treva
TATYANE GOULART - Bia
EDUARDO CALDAS - Alvinho
MILTON GONÇALVES - Batista
MARIA ALVES - Maria
CRISTINA RIBEIRO - Claudete
MARIA CEIÇA - Tuquinha
KÁTIA DRUMMOND - Betsy
ELIANE GIARDINI - Isaura
PAULO FIGUEIREDO - Bruno
ADA CHASELIOV - Ana
ÍSIS DE MELLO - Clarinha
YARA CÔRTES - Filó
SEBASTIÃO VASCONCELOS - João do Piano
REGINA DOURADO - Rosália
ANA BEATRIZ NOGUEIRA - Selma
BRUNO GARCIA - Luís
SERAFIM GONZALEZ - Zé Maria
CRISTINA PROCHASKA - Sheyla
REJANE GOULART - Eliana
SANDRA BRÉA - Rosita
ARY COSLOV - Alfredo
BENJAMIN CATTAN - Onofre
LALA SCHNEIDER - Celeste
MARIA ADÉLIA - Rosa
LÚCIA ABREU - Paula
PAULO LEITE - Rafael
TINA FERREIRA - Cecília
BEATRIZ LYRA - Isolina
ALINE MENEZES - Bel
MAURÍCIO GONÇALVES - Tide
CLÁUDIO GABRIEL - Romeu
CASSIANO RICARDO - Sérgio
CLÁUDIA MAGNO - Renée
NELSON FREITAS - Rogério
DENISE DEL VECCHIO - Dinorah
BENVINDO SIQUEIRA - Noronha
XALA FELIPPI - Teresa
SÍLVIA MASSARI - Marisa
LUIZ GUILHERME - Leandro Chaves
ANDRÉA DRAGO - Solange
ANDRÉA CARVANA - Neuza
ANDRÉA MIRANDA - Denise
CASTRO GONZAGA - Padre
CLARICE DERZIÊ - Sandra
CLÁUDIO AYRES DA MOTTA - Olegário
CRISTINA AMADEU - Renata
EVANDRO MONTEIRO - Zeca Ventania
FLÁVIA BONATO - Eunice
IRAN MELLO - Raul
MARCOS LIMA - Clóvis
MARLY BUENO - Leonor
PAULO CARVALHO - André
PAULO PINHEIRO - Moreira
RICARDO BECKER - Amilcar

e
ARACY BALABANIAN - Paquita
LOUISE CARDOSO - Madalena

Fonte: ARQUIVO MUNDO NOVELAS
Rede Globo
Wikipédia

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