Dramaticamente, Avenida Brasil, da Globo, é parecida com Da Cor do Pecado. É o que afirma o autor de ambas, João Emanuel Carneiro. Ele conversou com O site sobre a história que vem movimentando o horário nobre e deixado todos contagiados, desde o "chiclete" da trolha sonora da abertura (oi, oi, oi!), às tramas pra lá de bem desenvolvidas, de cada personagem.
No bate-papo, João destaca o papel da heroína com ares de vilã, de Débora Falabella, incrementa os mistérios do folhetim e fala de sua inspiração para as histórias. Confira.
site:Vamos começar falando da vilã, Carminha (Adriana Esteves). Quem é ela?
João Emanuel Carneiro: Carminha é uma vilã que eu adoro! Veio do lixão e abriu caminho de alguma forma, aos trancos e barrancos.
site: A antecessora de Avenida Brasil, Fina Estampa, demorou a cair no gosto do público, bem diferente da sua história que teve empatia imediata...
JE: Eu adorei Fina Estampa, acho que o Aguinaldo acertou muito! A minha novela tem pessoas da Barra, como na dele, mas com passado no subúrbio.
site: E tem algum personagem gay, ainda não revelado?
JE: Tem, o Rony [Daniel Rocha], mas por enquanto ele está enrustido...
site: Tem algum personagem especial, que você tem um carinho a mais?
JE: Essa novela é uma palhaçada, vou fazer uma vilã boa. Adoro vilãs e a Nina (Débora Falabella) surgiu porque sempre tive vontade de torcer pelos bandidos nas tramas. Ela é uma heroína que age como vilã. Mas amo a Monalisa (Heloisa Perissé). Ela é forte, guerreira e ao mesmo tempo sonhadora. Ela fez uma pequena fortuna sozinha, correndo atrás, trabalhando muito. Encara muito o espírito da mulher do subúrbio.
site: A repercussão está sendo ótima. Mas você temeu explorar tanto o subúrbio em detrimento da Zona Sul?
JE: Moro em Ipanema (bairro nobre da Zona Sul do Rio), mas tive uma empregada que morava no Méier (na Zona Norte), a Conceição, e ia todo fim de semana pra casa dela. A Zona Sul muda menos que o subúrbio. Na pesquisa dessa novela, fui muito pra Bangu, Caxias e Nova Iguaçu. Avenida Brasil tem cor, tem um pé Rodrigueano, um humor bem suburbano que agrada.
site: Esta não é a primeira vez que o lixão aparece numa história sua. Que atração é essa?
JE: Aquela cena da Giovanna Antonelli em Da Cor do Pecado, vestida de noiva, no lixão, ficou marcada. As duas tramas têm dramas bem parecidos, dramaturgicamente. Em Cobras & Lagartos, tinha lixão também. Gosto de lixão, acho que é o inferno da novela. Espero que o público tenha ficado atento à primeira cena da Rita (Débora Falabella). O final do primeiro capítulo revela muito sobre a história toda.
site: E a Suellen, da Isis Valverde? É esse o tom mesmo, periguetíssima?
JE: Ela chega a ser um pouco trágica, porque é tão intensa, que mete os pés pelas mãos. Ela remete àquelas vedetes pornôs, que são carentes, frágeis...
sábado, 21 de abril de 2012
João Emanuel Carneiro revela que pistas para mistérios de Avenida Brasil, estão no 1º capítulo (GIRO CULT)
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