Bebê a Bordo estreou em 13 de julho de 1988, ficando no ar até 11 de fevereiro de 1989, totalizando 209 capítulos. A novela da Rede Globo, exibida às 19h, foi escrita por Carlos Lombardi com a colaboração de Luiz Carlos Fusco e Maurício Arruda. A direção ficou por conta de Roberto Talma, Del Rangel, Marcelo de Barreto e Paulo Trevisan.
Bebê a Bordo aborda temas relativos à maternidade, paternidade e afetividade, com muito humor e irreverência numa trama de ação. Carlos Lombardi desenvolveu um estilo próprio de escrever novelas, precisamente a partir de Bebê a Bordo e conseguiu fazer sucesso.
Os vários perfis cômicos dos personagens, contribuiu para muitos deles conseguirem grande destaque na trama muito bem movimentada. Foi assim que se tornaram inesquecíveis os personagens Ana, vivida muito bem por Isabela Garcia, além de Tony Ramos que viveu o perturbado Tonico; os irmãos inseparáveis Rei (Guilherme Fontes) e Rico (Guilherme Leme); as amigas Raio de Luar (Silvia Buarque) e Sininho (Carla Marins); a homossexual Mendonça (Débora Duarte); e, indiscutivelmente Ary Fontoura como Nero que reverenciava a nora Laura, vivida brilhantemente pela saudosa Dina Sfat em seu último papel de atriz.
O fio condutor da história, ambientada em São Paulo, é a relação da pequena Helena com Ana (Isabela Garcia), Laura (Dina Sfat) e Tonico Ladeira (Tony Ramos), além de todo conflito e situações da movimentada relação entre todos os personagens.
Depois de se envolver num assalto, Ana dá à luz uma criança no carro de Tonico, em plena São Paulo ao ar livre. Ana não vê outra alternativa a não ser abandonar a filha recém-nascida para conseguir fugir da polícia. Tonico passa a cuidar da menina que recebe o nome de Helena, até o momento em que Ana volta para buscá-la. A pequena Heleninha faz o elo entre os demais núcleos de Bebê a Bordo.
A mãe de Ana, Laura, por sua vez, culpada por também ter abandonado a filha ainda bebê, decide procurá-la. Laura descobre, então, que tem uma neta e decide lutar pela guarda da pequena Heleninha.
Ana foi criada por Mainha (Ilva Niño), uma senhora humilde, mãe de Celso (João Signorelli), um marginal que dedica a vida para infernizar Ana.
No decorrer da história, Ana acaba tendo que abandonar novamente a filha e, sem saber, deixa Heleninha na porta da casa de Laura. Em meio a esses desencontros, Ana não sabe quem é o verdadeiro pai de sua filha, e a paternidade da criança é disputada por Zezinho (Leo Jaime), Antônio Antonucci (Rodolfo Bottino) e os irmãos Rei (Guilherme Fontes) e Rico (Guilherme Leme).
Tonico trabalha com marketing político na agencia da poderosa Walquíria. Ele é um homem atrapalhado e meio perturbado com a rotina mas é boa gente. Marido da extravagante Soninha (Inês Galvão) onde ambos tem um único filho: Juninho (João Rabello), um garoto que se acha rejeitado pelo mundo e sofre com as cobranças de Tonico.
Laura é a poderosa matriarca da família composta por Raio de Luar, o sogro Nero (Ary Fontoura) e os enteados Nicolau(Paulo Guarnieri) e Ladislau (Felipe Pinheiro), além da dedicada empregada Vespúcia (Leina Krespi). Liminha (Armando Bogus) é o marido que sumiu há vários anos.
Nero é sogro de Laura. Ator há 20 anos afastado da profissão, ele recita textos de William Shakespeare de cor. Nero implica com a nora, por quem na realidade tem enorme carinho, e faz tudo para reconquistar Walquíria, seu grande amor do passado. Mas despertará uma paixão avassaladora pela nora, coincidentemente ao mesmo tempo que a volta de Liminha, o filho desaparecido. Liminha e Nero disputam o amor de Laura além dos interesses políticos assim que Nero se candidata a prefeito.
Ângela (Maria Zilda Bethlem), é uma mulher reprimida, que dedicou a vida a cuidar dos irmãos Zetó (Jorge Fernando) e Caco (Tarcísio Filho). Ela trabalha como secretária do escritório de Walquíria (Márcia Real) e é apaixonada pela voz de um locutor de rádio, Tonhão (José de Abreu), com quem tem sonhos sensuais. Ângela se manteve casta por dez anos, depois que foi abandonada pelo grande amor de sua vida chamado Antonio Antonucci (Rodolfo Bottino). Ela começará a ser misteriosamente perseguida e tal situação a deixará em pânico ao mesmo tempo que alimentará suas fantasias sexuais. Descobre que o perseguidor se trata de Antonio que volta inesperadamente para tentar ajustar erros do passado.
Mais tarde, Ângela descobre que Tonhão é o dono da voz que a faz delirar de prazer através do programa de rádio. Ângela e Tonhão começam um tumultuado romance que mais tarde vem a acabar.
Ângela também sofre uma mudança em seu visual, passando de mulher recatada a comportada, aderirindo um look moderno e um pouco sensual. Aos poucos ela também vai mudando sua personalidade.
Abandonados pelo pai e pelo irmão mais velho, Tonhão, Rei e Rico moram numa fábrica desativada e estão ligados por laços afetivos muito fortes. Eles formam um dupla inseparáveis e sempre estão juntos nas aventuras proporcionadas por diversas situações.
Raio de Luar (Silvia Buarque) desperta a paixão dos irmãos Rei e Rico, embora seja evidente que a bela jovem fique mais balançada por Rei. Asmática, vez por outra causa um susto com suas crises que logo passa quando aspira uma bombinha com a medicação. Já Sininho (Carla Marins) é sua amiga inseparável, que também ficará balançada pelos belos irmãos Rei e Rico. Meio abobalhada, Sininho não esconde um certa sensualidade a ponto de também despertar o interesse dos irmãos e formando um verdadeiro quadrilátero amoroso entre ela, Rei, Raio de Luar e Rico em situações bem divertidas.
Branca (Nicette Bruno) é mãe de Tonico, Ester (Patrícia Travassos) e Glória (Françoise Forton). Viúva, mimou os filhos, que se tornaram muito dependentes da figura materna, por isso, indiretamente construiu uma família bem movimentada. Na mesma família ainda existe os agregados Amado (Fábio Pillar) que é marido de Ester e Joca (Chiquinho Brandão) que é casado com (Glória). Branca trará um passado secreto à tona, quando Tico, seu grande amor voltar inesperadamente. Outro núcleo importante é o de Seu Tico (Sebastião Vasconcelos), ex-presidiário, pai de Tonhão, Rei e Rico. Tico já se envolveu com Laura (Dina Sfat) e Branca (Nicette Bruno). Sua volta causa um certo desconforto, tanto para os filhos, como para suas ex-amantes.
Walquíria é a grande chefona. Poderosa e exigente, além de temida pelos seus funcionários. Ela também é chefe de Tonico e sempre faz cobranças de seu funcionário. Dinho (Paulo Figueredo) é filho de Walquíria. Casado com Dinha (Silvia Bandeira), também são os pais da ingênua Sininho. O casal vive uma relação cheias de conflitos que acaba virando num grande desencontro até perceberem que foram feitos um para o outro.
Joana Mendonça (Débora Duarte) é homossexual assumida do bairro. Ocupará o lugar de Tonico na empresa de marketing político quando este for demitido por Walquíria. Mendonça nutre uma paixão por Marisa, a quem enche de cantadas e gentilezas.
Mendonça fica balançada pela bela Sininho, mas acaba se apaixonando inesperadamente por Tonhão ao mesmo tempo que ele descobre que é pai do garoto Juninho, fruto de uma antiga relação com Soninha. Mendonça tem o apoio da amiga Dinha que a incentiva a investir no amor de Tonhão. Mas Tonhão se envolve com o crime e trás problemas e preocupação para Mendonça.
Um satélite cai na cidade e é encarado por todos como uma grande estrela cadente. Pelo menos, no caso de Ângela que, depois de ter se recusado a casar com Antônio (Rodolfo Bottino), pede ao meteorito que a contemple com um terceiro Antônio em sua vida. A resposta é quase imediata, fazendo-a se envolver com Tonico, num romance tão inesperado quanto forte. Ao mesmo tempo, para salvar Heleninha, Antonio se joga na rua e é atropelado por um carro no lugar da criança. Sua coragem é reconhecida por Ana, que passar a olhá-lo com outros olhos, iniciando um romance com ele.
Rei é outro cheio de romances que terá que se decidir entre o amor de Raio de Luar, Sininho e Glória (Françoise Fourton). Sininho ainda se apaixona por Rei e não desiste de conquistar o amor de sua melhor amiga. Ao mesmo tempo, Rico aproveita para conquistar Raio.
Tonhão é um locutor de rádio, irmão mais velho de Rei e Rico. Ele acaba se envolvendo amorosamente com Marisa, depois revive uma breve paixão com Soninha e descobre que é o pai do garoto Juninho. Depois se envolve com a homossexual Mendonça. Mas tarde, Tonhão acaba morrendo num acidente de carro.
Laura provoca um acidente de carro e mais uma vez complica a vida de Ana. O desastre provoca a morte de Tonhão e Grega (Cristina Sano). Além de ficar com poucas chances de conquistar a guarda de Heleninha, Ana terá que se entender com Mendonça, que fica revoltada com ela por causa da morte de Tonhão. A resistência de Tonhão ao acidente é maior do que a de Grega. Esta morre, praticamente assim que chega ao hospital. Quanto a Tonhão, ainda consegue passar por algumas cirurgias, embora os médicos digam que o mínimo que lhe irá acontecer será ficar paraplégico. Porém, submetido a nova cirurgia, Tonhão acaba morrendo, o que deixa Mendonça desesperada e com idéia fixa de colocar Ana na cadeia. Mendonça chega a fazer uma denuncia para polícia sobre Ana, que encontra-se internada num hospital. Mas Rei e Rico ajudam Ana a fugir do hospital, passando novamente a ser perseguida pela polícia.
Zezinho (Léo Jaime) é um bandido, embora seja boa gente, porém complicado, que se mete em várias enrascadas. Ele é perdidamente apaixonado por Ana a quem tem esperança de poder viver tranquilamente por toda vida.
Bad Cat (Irving São Paulo) e Bad Boy (Anderson Muller) são outros bandidos atrapalhados que pertencem ao bando de Zezinho.
Grandes revelações chegam com a volta do ex-presidiário Tico e sua antiga relação com Branca. Tonico descobre que é filho de Tico e irmão por parte de pai de Tonhão, Rei e Rico.
O desejo de ser mãe leva Marisa a raptar Heleninha. Mas Tonico acaba recuperando a criança com a ajuda de Soninha. No final, Marisa consegue engravidar de Tonico.
O mistério sobre a paternidade de Heleninha durou até o ultimo capítulo da novela, quando Ana descobre tudo através de um exame. Rico, Rei, Nero, Antonio e Tonico são os suspeitos de ser o pai da criança e no dia do resultado se reúnem no hospital. Ana começa a dá o resultado de forma eliminatória, dispensando um por um até chegar a Tonico, o verdadeiro pai da menina. Mas, na hora “H”, Ana percebe que Tonico continua sendo o mesmo homem perturbado e egoísta de sempre e volta atrás, decidindo não revelar a verdade pra ele.
Rei e Raio de Luar finalmente decidem ficar juntos. Tudo acontece quando Raio se casa com Rico, mas, logo após a cerimônia, constata que ama Rei. Rico por sua vez, percebe tudo e pede para que Raio corra pros braços do irmão. Neste momento, a jovem apaixonada não pensa duas vezes e se abraça com Rei. Já Rico, pede Sininho em casamento.
No ultimo capitulo, Laura consegue a guarda definitiva de Heleninha, para desespero e tristeza de Ana. Pouco tempo depois, Ana decide fugir com Heleninha, evitando que Laura fique com a criança por ordem da justiça. Rei e Rico ajudam Ana na fuga dentro de um automóvel. Eles são perseguidos pela polícia e no desespero, acabam despencando com o carro num rio.
Todos conseguem se salvar e Ana entrega Heleninha a Tonico, pedindo para que ele tome conta de sua filha. Neste momento a policia aborda Ana mais uma vez, que foge correndo e é atingida por um tiro. Mais tarde, Ana se recupera num hospital enquanto Laura recebe a notícia que Heleninha sumiu de sua casa mais uma vez.
É no hospital, enquanto se recupera do tiro dado pela policia que acontece o desfecho entre Ana e Tonico, numa das melhores cenas da novela. Tonico começa a falar que agora investe em cantoras infantis e que deixara de fazer marketing político. Ele acaba perguntando se é pai de Heleninha e Ana nega. Ela ainda pede para que ele não deixe Soninha, a única mulher que o entende de verdade e diz que ele, na verdade, ama Soninha mais tem medo de admitir. No final, Soninha entra no quarto e agradece o apoio da amiga.
Laura está aflita por noticias da neta Heleninha. Ao mesmo tempo, Sininho e Raio de Luar pensam nos amados Rei e Rico. Sininho acha que eles não resistiram ao acidente durante a fuga com Ana e Heleninha. Já Raio tem certeza que eles estão vivos e que os verá novamente.
Ana Lê uma revista em quadrinho e coincidências leva crer que Rei e Ricos estão vivos, já que a revista tem o perfil dos desenhos de Rei.
A comprovação de que Rei e Rico estão realmente vivos, vem do Paraguai. Os belos irmãos aparecem ao lado de Heleninha. Eles chegam num acordo de que passarão um tempo no país até que a poeira baixe para procurarem Ana e seus amores.
Na última cena, Heleninha beija um pôster imenso de sua mãe Ana ao som da música “Mordida de Amor” do Yahoo.
“Bebê a Bordo” chegou, inovou e agradou através de sua narrativa anárquica e seus conflitos repletos de ação e personagens cômicos, inquietos, determinados se relacionando com outros de personalidades bem diferentes. Outra novidade era atenção dispensada para o bebê Heleninha, que despertou o interesse e a simpatia de muitos personagens e ainda do telespectador, se tornando a estrelinha da novela. Daí a razão do título mais que original: Bebê a Bordo, que trouxe leveza através do nome ao mesmo tempo que narra uma história de humor adulto, inovador e com uma certa dose de psicanálise.
Carlos Lombardi não só desenvolveu um estilo próprio, como também criou personagens e situações um pouco fora do comum referido ao padrão de novela daquela época. O autor foi tão ousado que escreveu um final diferente, sabiamente seguindo o estilo de sua história. Precisamente, no último capítulo, os protagonistas Ana e Tonico não terminavam juntos e seus desfechos foram bem diferentes do comum de final de novela, trazendo cenários inusitados e inesperados pelo público. Ana terminava internada num hospital, mesmo que passando a idéia de que estava bem. Já Tonico voltava para ex-mulher Soninha. Outra situação inesperada, foi que Ana não terminava amiga de Laura, a mãe que a abandonou quando bebê. Mãe e filha disputaram a guarda de Heleninha até o final e viviam as turras o tempo todo, mas o publico esperava uma reconciliação de ambas, depois que Laura defendeu Ana no tribunal em relação a um crime que não cometeu. Carlos Lombardi arriscou através de sua inovação e este acabou sendo o grande motivo do sucesso de “Bebê a Bordo”. O autor ainda viria a repetir o sucesso através de “Quatro por Quatro (1994/95)” e “Kubanacan (1997)”.
Os sonhos de Ângela, nos quais ela dá vazão às suas fantasias, verdadeiros filmes, eram dirigidos por Paulo Trevisan, diretor de clipes musicais, que deu um tratamento especial ao clima de sensualidade criado pelo inconsciente da personagem.
Cinco crianças se revezaram no papel de Heleninha, porém a que mais chamou atenção se tornando a estrelinha da novela e passando mais tempo no ar, foi à menina Beatriz Bertú.
Bebê a Bordo também ditou moda. O lencinho na cabeça usado por Rei (Guilherme Fontes) fez a cabeça dos jovens de 1988 que também adotaram o acessório na vida real. Logo uma famosa empresa tratou de comercializar o acessório masculino.
A novela ainda lançou um bordão que também caiu na boca do publico. Era a frase vamos pegar um “coelho”, dita sempre por Rei e Rico quando se referiam a transar com suas amantes, em especial, às namoradas Sininho e Raio de Luar.
O ritmo lambada estava surgindo naquele ano de 1988 e foi bem explorado pela novela. Carlos Lombardi criou a lambateria, casa de dança gerenciada por Ana e onde acontecia shows e festas de lambada envolvendo vários personagens da trama. A novela chegou a lançar uma terceira trilha sonora apenas com ritmos de lambada.
Dina Sfat interpretou Laura, mãe de Ana (Isabela Garcia). Arrependida por ter abandonado a filha no passado, ela decide disputar a guarda da neta, Helena, que é abandonada pela mãe mais de uma vez para fugir de alguma enrascada. A trama foi o último trabalho na televisão da atriz, falecida em março de 1989, apenas um mês depois do final da novela.
Bel Kutner viveu Laura na juventude. A personagem era a mesma vivida por Dina Sfat, que na vida real era mãe de Bel Kutner. Na trama, ela aparecia em flash-back, através dos pensamentos de Laura.
A saudosa Claudia Magno também fez uma participação especial em “Bebê a Bordo”. Sua personagem foi à advogada Gilda, que chegava depois de um pouco mais da metade da novela, para defender Ana e se envolver amorosamente com Rei (Guilherme Fontes), causando ciúmes em Raio (Silvia Buarque). Claudia Magno também havia participado da novela “Fera Radical”, que terminara há poucos meses.
Deborah Evelyn foi outra participação especial em “Bebê a Bordo”, embora a atriz estivesse ainda se consagrando apesar do talento notório. Deborah viveu a personagem Fânia, uma sexóloga que estudava o comportamento sexual dos homens e acabava se envolvendo com alguns. Deborah também não ficou até o final de "Bebê a Bordo". Sua participação durou pouco tempo, pois logo saiu para ser uma das protagonista de "Vida Nova", a novela de época de Benedito Ruy Barbosa, exibida às seis da noite.
Tony Ramos meio que inovou e surpreendeu a critica e o publico com seu personagem Tonico, totalmente incomum a todos os seus personagens dramáticos até então. Tonico era um homem paranóico ao mesmo tempo que centrado e de bom coração. Um mocinho e galã incomum nas novelas. Mas, sem duvida, o humor era a espinha dorsal do personagem que agradou a todos.
A novela teve três personagens chamados Antonio: Tonico (Tony Ramos), Tonhão (José de Abreu) e Antonio (Rodolfo Botino). Propositalmente, pelos autores, todos eles se relacionaram com Ângela, personagem vivida por Maria Zilda.
Os personagens Rei (Guilherme Fontes), Raio de Luar (Silvia Buarque), Rico (Guilherme Leme) e Sininho (Carla Marins) foram mais uma grande sensação da novela.
Para a realização de algumas cenas externas, foi construído na cidade cenográfica um bairro típico de São Paulo, no Rio de Janeiro, numa época que ainda não existia o PROJAC.
Ainda foi lançado um álbum de figurinhas com fotos de todos os personagens de “Bebê a Bordo”.
Reapresentada entre novembro de 1992 e março de 1993, em Vale a Pena Ver de Novo. A novela foi exibida em Moçambique e Portugal.
As trilhas sonoras da novela “Bebê a Bordo” foram lançadas numa época produtiva e promissora da música. Época de grandes composições, tanto nacionais como internacionais. As musicas foram escolhidas a dedo, para cada personagem e situações da novela, com composições que foram perfeitas para a narrativa. Inesquecíveis hits, com diferentes ritmos, que agradou em cheio.
A trilha sonora nacional se tornou um clássico Cult nos dias de hoje. Destaque para “Mordida de Amor” do Yahoo. A música era tema de Ângela (Maria Zilda) e embalava os sonhos alucinados da personagem, além, claro, de fazer um estrondoso sucesso naquele ano. Ainda tem “Quase não dá para ser feliz” na voz de Dalton que foi tema de Ana (Isabela Garcia) e de todos os seus desencontros amorosos. Uma canção suave e, digamos, perfeita! “Preciso dizer que te amo” com Marina é outro hit que nos leva aos céus, assim como “Rendez Vous” na voz da cantora e atriz Carla Daniel, que por sinal, era presença frequente no programa musical “Globo de Ouro” naquela época. Os Paralamas do Sucesso vinha com a dançante “O Beco”, hit febre das rádios. A trilha nacional ainda conta com “Amor Bandido- Joana, De igual pra igual- José Augusto, Me ame ou me deixe- Wanderléia, Viver e Reviver- Gal costa, entre outras.
A trilha sonora internacional de “Bebê a Bordo”, apostou em temas dançantes e românticos. Elton John vinha com a balada “I don't want go on with you like that”. Já o Housematins vinha com a romântica “Build”, mais conhecida como “Melô do Papel”, tema internacional de Ana (Isabela Garcia), tocada e pedida incessantemente nas rádios. “I don't want to live without you” era a música do Foreigner, mestre em provocar sensações. A house music se consolidava naquele ano e como não poderia deixar de ser, as novelas brasileiras exploravam o ritmo dos jovens. O Depeche Mode era um dos consagrados da dance music, mestre em fazer sucessos musicais, estourou nas danceterias e paradas do sucesso com a música “Strangelove”, que fez parte da novela. “Never tears us apart” do INXS é outra perola clássica da novela.
Uma trilha complementar com ritmos como Aché music e lambada também foi lançada para seguir a onda de uma casa de shows que tinha na novela. A trilha se chamou “Lambateria Tropical”, aproveitando o início da Aché music e da lambada. Logo os dois ritmos conseguiram se distinguir e se tornaram uma febre no Brasil. Mais tarde, a Aché music viria a prevalecer durando anos de sucesso. Quanto à lambada, não conseguiu se firmar no sucesso, tendo uma baixa a partir de 1991.
Trilha Sonora Nacional
01. MORDIDA DE AMOR - Yahoo (tema de Ângela)
02. ADORO - Léo Jaime (tema de Zezinho)
03. QUASE NÃO DÁ PARA SER FELIZ - Dalto (tema de Ana)
04. PRECISO DIZER QUE TE AMO - Marina (tema de Tonico)
05. O BECO - Os Paralamas do Sucesso (tema geral)
06. RENDEZ VOUS - Carla Daniel (tema de Rei e Raio de Luar)
07. AS BRUXAS - Beto Saroldi (tema de perigo)
08. AMOR BANDIDO - Joanna (tema de Ester)
09. DE IGUAL PRA IGUAL - José Augusto (tema de Soninha)
10. ME AME OU ME DEIXE - Wanderléia (tema de Branca)
11. VIVER E REVIVER - Gal Costa (tema de Liminha)
12. RONDA - Emílio Santhiago (tema de Laura)
13. ME DÁ UM ALÔ - Solange (tema de Gloria)
14. AMOR E BOMBAS - Eduardo Dusek (tema de abertura)
Trilha Sonora Internacional
01. I DON'T WANT GO ON WITH YOU LIKE THAT - Elton John (tema de Rico)
02. BUILD - Housemartins (tema de Ana)
03. 1, 2, 3 - Gloria Estefan & Miami Sound Machine
04. I WONDER WHO SHE'S SEEING NOW - Temptations
05. LE BAL MASQUÉ - La Compagnie Créole
06. SO LONG - Eddy Benedict (tema de Sininho)
07. DOWNTOWN LIFE - Hall & Oates (tema de Rei)
08. I DON'T WANT TO LIVE WITHOUT YOU - Foreigner (tema de Tonico e Ângela)
09. I'M NO REBEL - View From the Hill (tema de Raio de Luar)
10. NO PAIN (NO GAIN) - Betty Wright
11. STRANGELOVE - Depeche Mode (tema geral)
12. QU'EST-CE QUE TU FAIS? - Formule II
13. NEVER TEARS US APART - INXS (tema de Rei e Raio de Luar)
14. ELECTRICA SALSA - Off (tema de Ângela)
Trilha Sonora Complementar
01. ODÉ E ADÃO - Luiz Caldas
02. KIRICA NA BUSSANHA - Gerônimo
03. UMA HISTÓRIA DE IFÁ (EJIGBÔ) - Margareth Menezes
04. LÁ VAI O TRIO - Banda Tomalira
05. TE AMO (THE RETURN OF LEROY PT.1) - Ademar e Furta Cor
06. BAGDÁ - Banda Mel
07. VAI LÁ MANÉ - Chiclete com Banana
08. JEITO DE CORPO - Banda Cheiro de Amor
09. CARAMBA - Missinho
10. ISSO É BOM (CUISSE LÁ) - Avatar
11. VEM VER (YO VOUAI OU) - Fogo Baiano
12. RALA-COXA - Djalma Oliveira
13. SHAULIN-NAGÔ - Sarajane
14. LIBERTEM MANDELA - Banda Reflexu's
15. BUNDA LÊ-LÊ - Os Paralamas do Sucesso
Direção musical: Márcio Antonucci
Supervisão musical: Wálter D'Avilla Filho
Seleção musical da trilha internacional: Sérgio Motta
Sonoplastia: Jenny Tausz
A abertura de “Bebê a Bordo” foi mais uma bela criação de Hans Donner e sua equipe. Empolgante, tinha uma fábrica celeste de bebês, que eram preparados para vida na terra, trazidos por varias cegonhas. A música “Amor e Bombas” na voz de Eduardo Dusek, era o tema da abertura.
Novela de Carlos Lombardi
Colaboração de Luís Carlos Fusco
Direção de Roberto Talma, Antônio Rangel, Marcelo de Barreto e Paulo Trevisan
Direção geral de Roberto Talma
ELENCO:
ISABELA GARCIA - Ana
TONY RAMOS - Tonico Ladeira
MARIA ZILDA - Ângela
DINA SFAT - Laura
ARY FONTOURA - Nero Petráglia
ARMANDO BÓGUS - Liminha
JOSÉ DE ABREU - Tonhão
GUILHERME FONTES - Rei
GUILHERME LEME - Rico
SILVIA BUARQUE - Raio-de-Luar
RODOLFO BOTTINO - Antônio Antonucci
INÊS GALVÃO - Soninha
LÉO JAIME - Zezinho
MÁRCIA REAL - Walkíria
SEBASTIÃO VASCONCELOS - Tico
NICETTE BRUNO - Branca
FRANÇOISE FORTON - Glória
PATRÍCIA TRAVASSOS - Ester
DÉBORA DUARTE - Joana Mendonça
CARLA MARINS - Sininho
PAULO FIGUEIREDO - Dinho
SILVIA BANDEIRA - Dinha
PAULO GUARNIERI - Nicolau
FELIPE PINHEIRO - Ladislau
JORGE FERNANDO - Zetó
TARCÍSIO FILHO - Caco
CLÁUDIA MAGNO - Gilda
ILVA NIÑO - Mainha
JOÃO SIGNORELLI - Celso
IRVING SÃO PAULO - Bad Cat
ANDERSON MÜLLER - Bad Boy
CRISTINA SANO - Grega
JOÃO REBELLO - Juninho
DEBORAH EVELYN - Fânia
FÁBIO PILLAR - Amado
CHIQUINHO BRANDÃO - Joca
LEINA KRESPI - Vespúcia
EDSON SILVA - Severo
CARLA TAUSZ - Elza
BEL KUTNER - Laura (jovem)
ADRIANA VALBON - Heleninha
BEATRIZ BERTÚ - Heleninha
e
TEREZA RACHEL - mãe de Joana Mendonça
MARIA ALICE VERGUEIRO - funcionária do presídio onde Ana vai presa
JOYCE DE OLIVEIRA - Srª Prado Almeida
Fontes:
ARQUIVO MUNDO NOVELAS
Rede Globo
Wikipédia
domingo, 4 de março de 2012
BEBÊ A BORDO (VAMOS RECORDAR)
Posted by
Sergio Henrique Teixeira
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