domingo, 23 de outubro de 2011

Força-Tarefa aposta em mais investigação (ULTIMAS NOTÍCIAS)


O discurso da equipe do Força-Tarefa é de que esta nova temporada da série - que se inicia no próximo dia 4 - chegue com menos ação e mais investigação em suas cenas. Nas gravações do penúltimo dia de trabalho do elenco, no entanto, a realidade é outra. Capitão Wilson - sim, depois de uma passagem de tempo, o tenente interpretado por Murilo Benício foi promovido - aparece de arma em punho, em busca do cativeiro da mulher Jaqueline, de Fabíula Nascimento, que foi sequestrada. Uma sequência em que, inicialmente, aparece sozinho. Nessa longa tomada, em uma casa escura e cheia de passagens, o policial tem de se certificar de que não será atacado por bandidos. Tanto que, do ensaio para a hora do "gravando", o número de pessoas dentro do estúdio diminui drasticamente para que ninguém apareça no vídeo. "Só fica quem tem de ficar. O resto precisa sair para não vazar nada", explica o diretor José Alvarenga, enquanto observa as marcações de Murilo em função da luz que entra pelas janelas cenográficas.

A cena faz parte do segundo episódio e, para deleite dos amantes de ação, culmina no confronto de Wilson com o psicopata Carlos Henrique, participação de João Miguel. Responsável pelo sequestro de Jaqueline, o bandido consegue pegar o capitão de surpresa, iniciando uma luta corporal ensaiada quase milimetricamente por Alvarenga. Desde os socos trocados a um golpe desferido com uma chave de fendas no policial. "Todo cuidado aqui ainda é pouco porque, é claro, ninguém vai se machucar. Aqui, só tem metade da ferramenta", explica João.

Na verdade, o ator segura apenas um cabo de chave de fendas. O resto, o telespectador verá através da computação gráfica. Para prender a ferramenta ao corpo de Murilo e simular o ferimento, um ímã é preso nas costas do ator e outro na chave. Desta forma, ao simular o golpe, João está prendendo um ímã no outro, mantendo o cabo da ferramenta grudado na altura do ombro de Murilo. "Repara que você tem uma área boa aqui para prender. O ímã não é pequenininho, dá para você bater um pouco mais para baixo", sugere Murilo.

A leva de episódios deste ano já é definida como a última temporada de Força-Tarefa - os autores Fernando Bonassi e Marçal Aquino pretendem se dedicar a novos projetos. E começa com Wilson ainda tenente, à frente de uma ação que resulta na morte de quase todos os seus colegas da corregedoria. "Essa temporada é a mais psicológica de todas, porque ele está perturbado emocionalmente. Se sente responsável pela morte de sua equipe e, ao mesmo tempo, precisa lidar com os atritos do novo time que lidera agora como capitão", explica Murilo. A passagem de tempo, de mais ou menos uns três anos, fez com que o ator optasse por determinar uma diferença visível entre passado e presente: ele raspou as entradas do cabelo, ficando ligeiramente calvo. "Cabelo cresce. Esse é um personagem tão marcante na minha vida que eu não tenho como não me dedicar por inteiro a ele", argumenta Benício, que raspou toda a cabeça assim que terminou seus trabalhos no projeto.

Do antigo elenco, além de Murilo e Fabíola, ficam Milton Gonçalves e Rogério Trindade, que vivem o coronel Caetano e o fantasma Jonas, respectivamente. Ao grupo, juntam-se os atores Eucir de Souza, Sérgio Cavalcante e Naruna Costa. O primeiro encarna Demétrio, um policial incorruptível que se envolve numa espécie de triângulo que se forma na corregedoria entre ele, Wilson e a bela Lidiane, papel de Naruna. Já Sérgio interpreta o perito Léo, que dará ao programa esse ar mais investigativo que Alvarenga defende. "A nova corregedoria tem uma inteligência investigativa. As tramas serão mais misteriosas, com pistas para o público seguir. Queremos provocar o lado detetive dos telespectadores", avisa o diretor.

por:MÁRCIO MAIO

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