terça-feira, 26 de julho de 2011

Lucy Ramos: "Ainda existe um pouco de preconceito sim" (ÚLTIMAS NOTÍCIAS)


Lucy Ramos, 28 anos, que tem encantado o público com a sua primeira protagonista, Maria Cesária, de “Cordel Encantado”, já é velha conhecida das telinhas: desde 2004 passeia por várias produções da Globo, mas pela primeira vez encara um dos papeis do núcleo central de uma trama. Talentosa, Lucy fez com que sua personagem conquistasse o coração do público, que se apaixonou pela quituteira encantada do Reino de Seráfia.

O papel, a princípio, não seria de Lucy, e sim de Taís Araújo, que se afastou da trama por conta da maternidade. Escolhida pelas autoras Duca Rachid e Thelma Guedes depois de uma série de testes com várias atrizes, Lucy diz sentir que o papel era para ser seu. "Em nenhum momento senti essa responsabilidade de substituir a Taís, não adianta ficar carregando esse peso...".

Desde sua primeira personagem na Globo, uma uma empregada doméstica em “Começar de Novo”, de 2004, até sua primeira protagonista, mais de sete anos se passaram. Vivendo o primeiro auge de sua carreira, Lucy revela que ela nunca sentiu preconceito, mas não descarta que ele exista nos bastidores.

“Eu nunca passei por nada nesse sentido. Em 'Sinhá Moça' por exemplo, que a minha personagem (Adelaide) iria se casar com um branco, não sabia se o pai iria aceitar, se o bebê iria nascer branco, o público torcia para que minha personagem desse certo. Agora com a Maria Cesária, que ela pode ficar com o rei, se tornar uma rainha, o público tem aceitado isso muito bem também”.

Apesar e se sentir sempre bem-recebida pelo público, Lucy diz que a situação muda um pouco nos bastidores das produções, dentro das próprias emissoras.


“A gente sabe que ainda existe um pouco de preconceito sim, e tem poucos personagens direcionados aos negros, mas graças a Deus isso nunca chegou até mim. Acredito que até tem atores, mas faltam oportunidades. Às vezes o ator é excelente, mas depende de uma oportunidade para mostrar, ou ele nem é tão bom, mas quanto mais ele trabalha, mais experiência vão adquirindo e melhorando, mas precisam dessa oportunidade”, opina. “Mas isso não é uma coisa que me move, não fico pensando nisso, como existe isso também com gordo, ruivo, japonês...".

por:Felipe Abílio ig

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