domingo, 12 de junho de 2011

As diversas formas de amor nas novelas (CURIOSO)

Estamos quase no final do dia dos namorados, e para não passar em branco, o “CURIOSO” desse mês, traz uma matéria sobre alguns dos casais da teledramaturgia brasileira que se destacaram por suas peculiaridades. Por nossa tela de TV já passaram muitas histórias de amor, e como cada cabeça é um mundo, podemos imaginar como divergem as maneiras de amar e os rumos que tomam determinados romances da ficção.

AMOR E DESENCONTROSVamos começar com os desencontros de amor. Pessoas que se conhecem, logo se apaixonam, começam uma relação, mas, por algum tipo de interferência do destino, se separam, mesmo ainda gostando um do outro. Para alegria geral, muitas vezes se reencontram, se firmam outra vez e terminaram felizes para sempre...


Janete Clair foi uma autora perfeita e que construía desencontros amorosos sensacionais para seus personagens. O casal Cristiano (Francisco Cuoco) e Simone (Regina Duarte) em “Selva de Pedra (1972)”, viveram uma complicada história de amor, repleta de desencontros e obstáculos para conseguirem ser feliz para sempre.


Amor de desencontros aconteceu entre Nelson (Reginaldo Faria) e Lígia (Betty Faria) em “Água Viva (1980)”. Ela, interesseira e esnobe, era bem casada com o banqueiro Heitor (Carlos Eduardo Dolabella), mas não era feliz no casamento, até conhecer Nelson e se apaixonar perdidamente. Logo Lígia também conhece o médico bem sucedido Miguel (Raul Cortez), que por sua vez é irmão de Nelson e fica dividida entre o amor dos dois. Interesses financeiros falam mais alto e Lígia acaba escolhendo o irmão rico, mesmo apaixonada pelo aventureiro Nelson. No final, depois de muitos desencontros, Lígia e Nelson finalmente decidem se dá uma nova chance para serem feliz.


Outra história de desencontros, aconteceu com o casal Afonso Roitman (Cássio Gabus Mendes) e a repórter Solange Duprat (Lídia Brondi) em “Vale Tudo (1988)”. Eles formavam um casal apaixonados e teriam tudo para serem felizes do começo ao fim se não fosse os ciúmes de Afonso em relação à mente moderna de Solange e as interferências da vigarista Maria de Fátima (Glória Pires) e a temida Odete Roitman (Beatriz Segall). As vilãs, através de um acordo, conseguiram separar o casal. Deprimida, a repórter decidiu engravidar, porém, na condição de ausência de um parceiro presente para ajudá-la na criação do filho. Solange resolvia aderir à chamada “produção independente”, uma revolução na época e, por acaso do destino, acabava encontrando Afonso que terminava por engravidá-la num momento de embriaguez. Ela aproveitava da situação para gerar um filho, em segredo, do amor de sua vida. Afonso ainda se casava com Maria de Fátima e no final, acabava descobrindo a traição da esposa e da própria mãe, Odete Roitman. Depois, apaixonado, ele decidia ir atrás de Solange e acabava descobrindo que a filha dela, também era dele, para sua felicidade. Claro que no final, o casal apaixonado, reatavam o romance e viviam felizes para sempre.


“Felicidade (1991/1992)”, contou a história de Helena (Maitê Proença) e Álvaro (Tony Ramos). Helena e Álvaro se amaram desde o primeiro encontro em Vila Feliz, Minas Gerais. Mas ela se casa com Mário (Herson Capri), um engenheiro agrônomo boa-praça. O casamento fracassa e Helena fica grávida de Álvaro, que está de casamento marcado com Débora (Viviane Pasmanter), uma moça rica, mimada e problemática. Helena assume a maternidade sozinha longe de seus pais. No Rio de Janeiro, oito anos depois, Helena se reencontra com Álvaro ao trabalhar para sua mãe, Cândida (Laura Cardoso), escondendo de todos a paternidade de sua filha Bia. Mas Helena não consegue evitar a grande amizade que une Bia a Alvinho, o filho de Álvaro e Débora. Pior, Débora tem acentuados os seus problemas psicológicos e não mede esforços para separar as duas crianças e manter o marido longe dos olhos de Helena.


O cenário é o Brasil entre o final do século XIX e início do século XX para contar a trama de Giuliana (Ana Paula Arósio) e Matteo (Thiago Lacerda), dois imigrantes italianos que foram tentar uma vida melhor em terras brasileiras através de “Terra Nostra (1999/2000)”. A maior parte da história se passa nas fazendas de café do interior de São Paulo, mostrando a imigração italiana no Brasil.

Giuliana é filha de Giulio e Ana, imigrantes italianos que deixam seu país e vêm
para o Brasil a conselho de um amigo compatriota, Francesco. No navio, a jovem apaixona-se por Matteo, e os dois fazem planos de se casar quando chegarem ao Brasil, mesmo os dois nem se conhecendo direito. A morte dos pais de Giuliana, causada pela peste negra (doença causada pela pulga de rato), e a leve infecção de Matteo pela doença aproxima ainda mais o casal, que passa uma noite ardente de amor juntos,sendo a primeira vez de Giuliana, antes de o navio atracar no porto de Santos.
Na confusão do desembarque, Giuliana e Matteo se perdem e seguem rumos diferentes. Ela é acolhida por Francesco (Raul Cortez), um milionário banqueiro, amigo de seus falecidos pais, que é marido de Janete (Ângela Vieira), mulher prepotente e arrogante, e pai de Marco Antônio (Marcello Antony), um bon-vivant. Já Matteo vai trabalhar na fazenda de Gumercindo (Antonio Fagundes), um barão do café que é casado com Maria do Socorro (Débora Duarte) e pai da meiga Angélica (Paloma Duarte) e da cruel Rosana (Carolina Kasting).

Assim que vê a italiana, Marco Antônio se apaixona loucamente por ela. Francesco vê com bons olhos o casamento do filho com a moça, mas Janete não. E a moça também rejeita o amor de Marco Antônio, pois está decidida a reencontrar Matteo. Porém, quando Giuliana descobre que espera um filho de Matteo, Marco Antônio vê aí a chance de ficar com sua amada. Ele pede Giuliana em casamento e, com medo, a moça aceita. Entretanto, Janete arma para que seu filho seja poupado de criar o filho de Giuliana com outro homem. Com a ajuda da governanta Mariana, Janete faz o parto da nora, mas Giuliana desmaia depois de ouvir a criança chorar. Então, Janete manda que Mariana leve a criança para um orfanato bem longe e depois afirma à nora que o bebê nasceu morto.

Por outro lado, Matteo também acaba se casando com Rosana e Giuliana não perde a esperança de reencontrar seu grande amor. Depois de muitos desencontros, os dois se reencontram, além de descobrir que o filho que tiveram juntos, não morreu.



Em “Da Cor do Pecado (2004)”, o Botânico Paco (Reynaldo Gianecchini) conhece Preta (Taís Araujo), linda moça negra de São Luís do Maranhão que vende ervas na barraca junto com sua mãe, Lita (Solange Couto). Paco a conhece numa roda de dança de Tambor de crioula, em que Preta dança provocantemente, olhando para ele, com seu vestido rodado e colorido, cheio de decotes e babados. É amor à primeira vista e eles trocam juras de paixão eterna, porém Preta está desconfiada de que um homem branco e rico a ame de verdade, pois ela é negra e pobre e sabe que um branco rico a usaria fácil. Paco, por sua vez, é noivo de Bárbara (Giovanna Antonelli), mulher ardilosa de caráter completamente desviado e que fará de tudo para que o romance dos dois acabe e ela fique com a herança de Afonso, saindo assim da decadência financeira em que vive. Através das armadilhas tramadas por Bárbara, Paco se desilude com Preta. Os vilões Kaíque (Tuca Andrada) e Bárbara fazem parecer que Preta comprou quase cinquenta mil reais em eletrodomésticos e móveis para a sua casa, usando os cartões de crédito do namorado, e ainda o traiu com seu ex, o marginal Dodô (Jonathan Haagensen), comparsa de Bárbara em algumas de suas armações. Desiludido, Paco acaba sofrendo um acidente de helicóptero e forja a própria morte assumindo a identidade de Apolo, um irmão gêmeo que não sabia que existia. Ao mesmo tempo, no Maranhão, Preta tem duas notícias: a primeira é que Paco, o amor da sua vida, morreu. A segunda é que ela está grávida de Paco.

Oito anos se passam. Preta é mãe de Raí (Sérgio Malheiros), menino peralta, porém de bom coração, e quer provar que o menino é filho de Paco. Para isso, vai a cidade do Rio de Janeiro, após a morte de Lita, sua mãe. Lá está Bárbara e seu filho problemático Otávio (Felipe Latgé), maltratado pela mãe. Bárbara se casa com Tony (Guilherme Weber), um empregado do empresário inescrupuloso e calculista Afonso Lambertini (Lima Duarte), pai de Paco. Os dois armarão de tudo para que Preta não prove que Raí é filho de Paco. Mas, Paco - (fingindo ser Apolo)- volta para embaralhar a cabeça de todos.


AMOR PROIBIDO

A versão original de “Ti Ti Ti”, que foi exibida entre 1985 e 1986, trouxe o casal Luti (Cássio Gabus Mendes) e Val (Malu Mader), lutando pelo amor e indo contra os pais Ariclenes/Victor Valentin (Luis Gustavo) e André Spina/ Jacques Leclair (Reginaldo Faria) que eram inimigos mortais. Mesmo contra a vontade dos pais, o casal não se deixou abater e seguiu em frente com a relação. Foram muitos os obstáculos enfrentados, até que, nos últimos capítulos, Luti e Val resolveram chamar a atenção dos pais, fingindo um suicídio tipo Romeu e Julieta. O plano, que teve a ajuda de Suzana (Marieta Severo), acabou sendo um sucesso e por medo de perder os filhos de verdade, Ariclenes e André, acabavam aceitando o romance dos filhos.


“Direito de Amar (1987)” trouxe uma romântica história de amor proibido, que se passava no inicio do século XX. Os personagens centrais dessa história eram a doce Rosália (Glória Pires), Adriano (Lauro Corona) e o dominador Senhor Francisco de Monserrat (Carlos Vereza).

Tudo acontece quando o industrial Augusto Medeiros (Ednei Giovenazzi) se vê forçado a casar sua filha Rosália com o temível Francisco de Montserrat, um banqueiro autoritário, por conta de uma dívida. Mas Rosália está apaixonada por Adriano, médico recém-formado que conhecera num baile de máscaras, no reveillon de 1900, sem saber que ele era filho do Sr. de Montserrat. Daí começa uma história de amar proibido envolvente, cheia de desencontros e obstáculos.


Em “Paraíso (2009)”, o boiadeiro galã José Carlos ou Zeca (Eriberto Leão), que tinha fama de filho do diabo, ficou perdidamente apaixonado por Maria Rita, ou melhor, Santinha (), como era mais conhecida na cidade onde morava. A relação amorosa entre ambos, quase que seria impossível de acontecer por conta dos imensos obstáculos que teriam que enfrentar. Um dos obstáculos maiores era a fama de filho do diabo que Zeca tinha na cidade, ao mesmo tempo que Maria Rita era chamada de Santinha, porque sua mãe, a beata Mariana (Cássia Kiss) afirmava para todos que a filha fazia milagres e que não iria se casar com ninguém, muito menos o excomungado filho do diabo, já que Santinha iria servir a Deus, por toda vida, num convento.


AMOR DETERMINADO
Existe ainda os determinados em conquistar um amor impossível, ou melhor: “quase que impossível”, provando para todos que tudo é possível, baste persistir sobre as diferenças sócias, crenças e preconceitos, mostrando que não são obstáculos que impedem de concretizar um desejo.


Nice (Glória Pires) de “Anjo Mau (1997/1998)”, quem diga. A babá não se conformava em ser pobre, tinha manias de grandeza, queria ser rica e acabava se apaixonando por Rodrigo (Kadu Moliterno), um milionário e boa pinta, irmão de sua patroa Stella (Maria Padilha). A babá determinou que iria se casar com Rodrigo e virar madame, mesmo sabendo que tinha a educada Lígia (Lavínia Vlasak) e a vilã idiota Paula (Alessandra Negrini) em seu caminho.

Querem saber ou se lembram do final? Claro que, mesmo com todos os obstáculos enfrentados, Nice se casa com Rodrigo, sabendo que ela não a ama e consegue fazer com que o amado fique completamente apaixonado por ela, a ponto de temer em perdê-la por morte.


Outro que determinou que iria conquistar a amada, completamente diferente de sua condição social e cultural, foi o publicitário Beto (Marcos Frota) em “Sassaricando (1987/1988)”. O rapaz, muito bem esclarecido, ficava perdidamente apaixonado por a menos esclarecida Tancinha (Claudia Raia). O mulherão vendia melões na feira de São Paulo, era semi-analfabeta, porém era sex e tinha um corpo escultural de dar inveja a qualquer mulher e deixar os homens sedentos de paixão, fato que deixava Beto descontrolado. No começo da história, Tancinha era apaixonada pelo caminhoneiro Apolo (Alexandre Frota), um grandalhão que metia medo em Beto, mas que, mesmo assim, não fez que o publicitário desistisse de conquistar Tancinha. Estas são provas maiores que as diferentes classes sócias, podem sim ter uma agradável relação amorosa, por toda vida!


AMOR NÃO TEM IDADE


Diferença de idade atrapalha uma relação? Então perguntem as “sassariquentas” Leonora Lammar (Irene Ravache) e Penélope Bacellar (Eva Wilma). Foi em “Sassaricando (1987/1988)” que as duas maduras e belas mulheres, ficaram perdidas de amor pelos belos jovens Guel (Edson Celulari) e Tadeu (Roberto Bataglin), provando que o amor não tem idade e que o preconceito jamais será uma barreira. Quem sofreu para ser feliz com seu jovem amor, foi Penélope. A coroa se apaixonava por Tadeu, que era o melhor amigo e sócio do seu filho Beto (Marcos Frota). O rapaz ficava tão furioso, que cortava relação com o amigo e sócio, exigindo que Tadeu deixasse sua mãe em paz.


AMOR NA TERCEIRA IDADE


Para provar que não precisa ser jovem para amar, está aí um bom exemplo: Romeu (Ary Fontoura) encontrava sua Julieta (Nicette Bruno) depois de muitos anos. Já na terceira idade, eles decidiam enfrentar o preconceito e os obstáculos, deixando a voz do amor falar mais alto. O problema foi que ele era rico e se fez passar por pobre para não deixar sua condição interferir na relação e não despertar interesses. Só que o pior acontecia, Julieta descobria tudo e acabava ficando magoada com o eterno amado. No final, eles acabavam se dando bem.


AMOR VENCE FRONTEIRAS
Para amar não precisa morar na mesma cidade, estado ou até mesmo país, Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murillo Benício) sabem disso muito bem! Em “O Clone (2001)”, o casal teve que enfrentar a distancia, já que Jade era de Marrocos e Lucas morava no Brasil, além de ter a religião e cultura totalmente diferentes. Para piorar, depois de muita interferência da família e obstáculos a enfrentar, Jade e Lucas acabavam se casando com outros e se distanciando ainda mais de seu amor. Mesmo assim, o amar consegue vencer fronteiras e crenças, provando que vale a pena lutar para conseguir ser feliz.


VINGANÇA DE AMOR
Muitas vezes o que seria uma vingança terrível, decorrente de uma mágoa inesquecível, acabava se tornando num amor indestrutível. Veja estes exemplos:


Em “Chocolate com Pimenta (2003/2004)”, Aninha (Mariana Ximenes) foi humilhada por todos, principalmente pelo amado Danilo (Murilo Rosa), bem no baile de formatura do ginásio, em idos de 1930. A jovem deixa a cidade grávida e determina que irá se vingar de todos que a humilharam, em especial, Danilo que a seduziu. Alguns anos se passam, Aninha volta rica e poderosa e logo fica cara a cara com Danilo. Depois de muitas brigas, ambos acabam descobrindo que são apaixonados e ela termina deixando a vingança um pouco de lado.


Maria do Carmo (Regina Duarte) também resolvia se vingar do amado Edu (Tony Ramos), depois de sofrer uma humilhação durante o baile de formatura do ginásio em “Rainha da Sucata (1990)”. A mulher ainda sofria com o preconceito de ter sido filha de sucateiro, mesmo se tornando rica e poderosa. Depois de alguns anos, Do Carmo reencontra Edu e decide se casar com ele, tendo como empecilho maior a terrível Laurinha Figueroa (Glória Menezes), uma socialite em decadência que era apaixonada pelo enteado. Na verdade, Do Carmo descobre que Edu não se conforma por está falindo e resolve fazer uma proposta de casamento, sabendo da ambição do rapaz e fazendo uma espécie de negócio matrimonial. Só que, com o passar dos dias, Do Carmo descobre também que nunca conseguiu esquecer Edu e decide conquistar o coração do playboy metido a besta. Neste jogo de conquista, a empresária sucateira passa por mal bocados e por muita humilhação até conseguir ser feliz com o homem da sua vida.


A ingênua professora Márcia (Malu Mader), consegue despertar uma forte atração no inescrupuloso cirurgião Dr Plástico Felipe Barreto (Antonio Fagundes) em “O Dono do Mundo (1991)”. O mulherengo vilão fica sego de desejo pela professorinha, assim que descobre que ela é vigem e irá se casar com seu funcionário. Determinado em transar com a mulher antes do marido dela, Felipe aposta com o sócio que a levará para cama, antes do futuro marido e acaba conseguindo. Márcia se apaixonada pelo médico, perde o marido, fica viúva e sofre uma de suas maiores desilusões quando descobre que virou aposta de Felipe. A jovem ingênua amadurece com a dor e dedica seus dias para acabar de vez com o médico. Mais o amor fala mais alto e Márcia é novamente ludibriada pelo médico mal caráter, que a engana mais uma vez.


AMOR ENTRE TAPAS E BEIJOS

Nesta classe temos a volúvel socialite Jô Penteado (Christiane Torloni) e o professor Fábio (Nuno Leal Maia) de “A Gata Comeu (1985)”, como ótimos exemplos. A gata mimada e prepotente, não conseguia se apaixonar por algum homem. Acabou oito noivados até se perder numa ilha e ficar completamente apaixonada por Fábio, o único homem que batia de frente com ela. No começo foram muitas brigas, chegando a ter tapa na cara e tudo mais. Fábio ainda era noivo da ciumenta Paula (Fátima Freira) que por sua vez, detestava Jô. As brigas foram diminuindo e Jô acabava descobrindo que estava mesmo apaixonada por Fábio, decidindo conquistar o amado a todo custo. No final, entre tapas e beijos, Jô e Fábio viveram juntos e felizes para sempre.


Tapas e beijos aconteceu também na década de 1920, com os turrões Julião Petruchio (Eduardo Moscovis) e Catarina Batista (Adriana Esteves) na novela “O Cravo e a Rosa (2000/2001)”. Posso dizer que amor e antipatia andaram juntos do começo ao fim da novela. O casal brigava o tempo todo e por tudo, mesmo se amando ao extremo. Ainda tinha a vilã sofisticada Marcela Almeida (Drica Moraes) e a vilã caipira Lindinha (Vanessa Gerbeli) que eram apaixonadas por Petruchio e tentavam prejudicar sua relação com Catarina.


Amor e ódio andaram juntos na relação de Murilo Pontes(Lima Duarte) e Pilar Batista (Renata Sorrah) em “Pedra sobre Pedra (1992)”. O ódio era mantido desde a juventude, quando Pilar, pensando está sendo enganada, deixa Murilo no altar durante seu casamento. Os anos se passam e os dois mantém o ódio, escondendo a paixão. O ressentimento é tanto, que eles interferem no amor dos filhos Leonardo (Maurício Mattar) e Marina (Adriana Esteves), que se apaixonam, mesmo sabendo da rivalidade dos pais.


AMOR ALÉM DA VIDA

Quem disse que o amor só dura enquanto se vive? Engana-se! “A Viagem (1994)” prova que, mesmo morto, vivendo em outro plano, o amor sobrevive. Diná (Christiane Torloni) e Otávio (Antônio Fagundes) se amaram durante vida e morte. Mesmo no plano espiritual, o casal manteve a relação amorosa e ainda ajudaram os entes queridos aqui na terra.


AMOR SOBRENATURAL

Em “O Sexo dos Anjos (1989/1990)”, a doce Isabela (Isabela Garcia) se apaixonava por Adriano (Felipe Camargo), seu anjo da guarda. O moral da história é que ela só tinha certeza desse amor, quando o correspondia através dos sonhos se encontrando com o anjo. Quando acordada, Isabela não se lembrava de nada e tratava Adriano com muita indiferença, ao mesmo tempo que ele se fazia passar por um simples mortal.


A roqueira e vampira Natasha (Claudia Ohana) era outra que se apaixonava pelo mortal e bonitão Lipe (Fábio Assunção) em “Vamp (1991/1992)”. A relação seria impossível se não tornasse possível. Os dois viveram uma inusitada e sobrenatural relação amorosa, ainda tendo que lidar com a interferência maléfica do vampiro chefe Vlad (Ney Latorraca).


AMOR BANDIDO
Bebel (Camila Pitanga) e Olavo (Wagner Moura) são sinônimos maior de amor bandido “di catiguria”. O casal deu um show de vilania em “Paraíso Tropical (2007)”. Bebel era a “profissa” do sexo que se envolvia com o ambicioso Olavo. Ela se apaixonava pelo pilantra e fazia com que ele ficasse apaixonado por ela. Determinado a acabar com a carreira de Daniel Bastos (Fábio Assunção), o vilão Olavo acaba se ferrando e morrendo. No final da novela, Ivan (Bruno Gagliasso) leva um tiro do irmão Olavo que também morre nos braços do pai. Bebel é presa e condenada a um ano de prisão pela falsificação do DNA, e ao sofrer e se prostituir na cadeia, ela sai de lá após cumprir pena, conhece um deputado milionário, ladrão e bem velho que trabalha na câmara de vereadores de Brasília. Bebel, sempre esperta, se casa com ele por interesse no dinheiro e vai para Brasília. Lá ela vira assessora parlamentar, roubando muitos euros, dólares e reais. Depois vira amante de diversos políticos milionários e passa a ter vida de rainha, posando nua para várias revistas, sem jamais esquecer de Olavo e do aborto que sofreu na cadeia.


Amor bandido de caráter ou “mau caráter” foi vivido pelos vigaristas Maria de Fátima (Glória Pires) e César Acioli (Carlos Alberto Riccelli) em “Vale Tudo (1988)”. A dupla era mais que dinâmica e mudaram o destino de quase todo o elenco da novela, para conseguirem seu objetivo maior: se dá bem na vida! E olha que eles conseguiram o que queriam e por um bom tempo. Juntos, Maria de Fátima e César tramaram e realizaram a separação de Raquel (Regina Duarte) e Ivan (Antonio Fagundes) e do outro casal Afonso (Cássio Gabus Mendes) e Solange (Lídia Brondi). Ainda puseram a mão nos 800 mil dólares de Marco Aurélio (Reginaldo Faria) e curtiram muito com a cara da megera Odete Roitman (Beatriz Segall). Mesmo depois que descobriram tudo e Fátima ficou na rua da amargura com um filho de César a tira colo para criar, eles deram a volta por cima e conseguiram sair do vermelho, através de um novo golpe para se dá bem. No final, Fátima conhece um príncipe através do parceiro César, onde se casa através de um contrato milionário. Na verdade, o príncipe era amante de César, que por sua vez mantinha um caso com Fátima.


AMOR E SUPERAÇÃO
A novela “Viver a Vida (2010)” foi maravilhosa ao mostrar a superação da personagem Luciana (Alinne Moraes) que não se deixou abater, mesmo depois dum acidente que a deixou paraplégica. Luciana era determinada e tinha muita força de vontade, requisitos suficientes para conquistar o amor eterno do Fisioterapeuta Miguel (Mateus Solano). Uma história de emoção e otimismo, onde o preconceito não tem vez.


AMOR VENCE PRECONCEITOS

A relação amorosa entre pessoas do mesmo sexo, foi muito bem representada na novela “Senhora do Destino (2004/2005)”, através das personagens Eleonora (Mylla Christie) e Jeniffer (Bárbara Borges). Aguinaldo Silva, autor da novela, conseguiu contar bem uma história de amor lésbico, num curto espaço de tempo, através de uma novela do horário nobre da Globo. A história ainda mostrou o preconceito que o gay passa quando os pais e amigos sabem da verdade sobre sua sexualidade e, principalmente, as dificuldades e barreiras que enfrentam para serem aceitos na sociedade. Eleonora e Jeniffer viveram uma romântica história de amor na telinha, dispensando um esperado beijo gay porém, com bastante propriedade, mostrando que amor entre pessoas do mesmo sexo é digno de respeito e admiração como qualquer outro tipo e forma de amar. Juntas, elas amadureceram, enfrentaram as barreiras e viveram felizes para sempre.


Em “Ti Ti Ti (versão 2010/2011)” não foi diferente. O casal gay Julinho (André Arteche) e Osmar (Gustavo Leão), conquistaram o publico logo no início da novela e a morte de Osmar fez com que o telespectador torcesse para que Julinho encontra-se um novo amor. A história romântica do cabeleireiro comoveu a todos até que Thales (Alexandre Babaioff), apareceu para preencher o coração do solitário, para alegria do publico em geral e provando que o importante é amar e ser amado!

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