domingo, 3 de abril de 2011

Divã: estreia na Globo com Lilia Cabral ( ULTIMAS NOTICIAS)



Era 1987, quando Lilia Cabral sentou-se num divã pela primeira vez. A perda da mãe foi o baque que impulsionou a atriz a procurar a análise, mas uma série de conflitos, pessoais e profissionais, já rondavam sua cabeça há tempos...

— Estava em meio a um turbilhão de acontecimentos. Sou filha única e, com a morte dela, me senti realmente sozinha no mundo. Ao mesmo tempo, a carreira custava a engrenar. Já tinha feito meia dúzia de trabalhos na TV e as pessoas ainda estavam começando a me conhecer. Tive que aprender a lidar comigo mesma para sobreviver, e essa luta interna muitas vezes me desestabilizou. Eu era ingênua, não tinha muita experiência de vida. Aprendi na porrada — lembra Lilia, na época com 30 anos.

E assim foram duas décadas de encontros semanais com o analista, aprendendo a afastar os medos e a controlar os anseios. Até que, em 2007, em seu auge profissional — ela vivia a amargurada Marta, de "Páginas da vida" —, Lilia deixou a terapia, e não mais voltou.

— Por pura falta de tempo! — garante a atriz, de 54 anos: — Daqui a pouco, volto. Por enquanto, se sinto falta de desabafar, ligo para uma amiga, mas não é a mesma coisa.

Mercedes Cunha Ribeiro, a personagem que Lilia interpretou nas bem-sucedidas versões para o teatro e para o cinema do livro "Divã", se antecipa à atriz e retoma sua análise nesta terça-feira — quando estreia, na Globo, a versão da obra para a TV, em forma de seriado.

— No filme, Mercedes se transforma com a terapia (ela se separa do marido e se relaciona com homens mais jovens) e termina sozinha, mas bem-resolvida. Agora, ela volta às consultas com Lopes (o analista) porque está apaixonada por um homem casado. Chegou a hora de Mercedes ser a amante — adianta Lilia, aos risos.

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