Sob chuva, Mangueira fecha a primeira noite de desfiles no Rio de Janeiro (ANTENADO)

Às 4h50 desta segunda-feira, os 4 mil componentes da escola de samba Estação Primeira de Mangueira entraram na avenida cantando o enredo “O filho fiel,sempre Mangueira”, em homenagem ao compositor Nelson Cavaquinho. Debaixo de chuva, a Mangueira foi a última escola a desfilar na primeira noite do Grupo Especial.

Antes do desfile, a concentração da escola foi marcada por muita confusão. Às 4h15, os ritmistas ainda não estavam posicionados. A desorganização teria sido reflexo da troca dos diretores, ocorrida faltando menos de um mês para o Carnaval.

A chegada de Ronaldinho Gaúcho pouco depois de sua participação no desfile da Portela também gerou tumulto. O jogador apareceu vestindo um terno branco adornado com as cores da escola e os dizeres "diretoria operacional" - ele desfilaria mais tarde na bateria da escola.

Ronaldinho Gaúcho foi recebido pelo ator Milton Gonçalves, que minutos antes do desfile leu um discurso que emocionou os integrantes da escola. Milton ressaltou que mesmo sem patrocínio, a apresentação da Mangueira iria ficar na história do Carnaval do Rio de Janeiro em 2011.

Com um desfile emocionado, a escola evoluiu bem, sem erros. A comissão de frente coreografada pelo bailarino Jaime Arôxa levantou aplausos da arquibancada do setor 1.

Um dos destaques foi a bateria comandada pelo novo mestre, Ailton Nunes, que fez paradinhas longas, com 20 segundos de duração. O público acompanhava o ritmo enquanto cantava o samba da escola, que trazia trechos de músicas dos compositores.

A sambista Beth Carvalho voltou a desfilar na escola depois de um hiato de quatro anos, ao lado do compositor Sergio Cabral. Os dois estavam no terceiro carro da escola, que representava o bar Zicartola, junto a uma escultura em tamanho real de Nelson Cavaquinho, que foi parceiro dos compositores.