sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Aguinaldo Silva explica o título da série "Lara com Z" (ULTIMAS NOTICIAS)


Aguinaldo Silva tentou desvendar o mistéiro que envolve o título de sua série "Lara com Z", estrelada por Susana Vieira. Veja o comentário que o autor escreveu em seu portal:

Todo mundo me pergunta:

“Por que Lara com Z?”

E eu dou a mais arrogante de todas as respostas:

“Porque eu quero, ora bolas!”

Mas não é bem assim. “Lara com Z”, o spin off de “Cinquentinha”, tem esse título por uma razão muito especial. Ela só será revelada a certa altura do seriado; e é o que nos remeterá à segunda temporada que, tudo indica, será produzida no próximo ano.

“E você não vai nos dizer que razão é essa?” – é o que agora me perguntarão.

E eu responderei que não, ora bolas de novo, não vou dizer por que, se eu o fizer vou estragar a surpresa, e não haverá nenhum impacto quando ela for apresentada a vocês no decorrer do seriado estrelado por Susana Vieira (na foto abaixo).

De qualquer modo, uma coisa eu já posso antecipar: mais do que quaisquer das minhas obras televisivas (hum! Gostei disso…), “Lara com Z” terá uma história toda baseada em grandes viradas. Haverá uma surpresa a cada cena… E de cada cena as personagens sairão – como é de praxe na melhor dramaturgia – modificadas.

O que significa isso? Significa que todos os que se envolveram com a escritura do seriado botaram nele a própria alma! Isso não devia ser novidade nenhuma na teledramaturgia, gênero no qual os roteiristas são mais bem pagos que em qualquer outro… Mas a tentativa de ir além dos próprios limites, e assim justificar o que lhes cai na conta bancária todos os meses, não é o que se vê nos trabalhos mais recentes dos nossos queridos roteiristas, incluindo esse que vos fala.

Seria por que, no fundo, não levamos o nosso trabalho a sério, e achamos que ele pode ser feito nas coxas?…

Ou ainda seria por que o que aspiramos mesmo é escrever “Leite Derramado” e nos tornarmos todos clones do late Chico Buarque de Holanda?…

Qualquer que seja o motivo: mea culpa, mea culpa, mea máxima culpa – eu também já andei praticando o “não tem tu, vai tu mesmo”… Só que me arrependo mortalmente disso.

O que me salvou é que, de uns tempos pra cá, nunca fico feliz ou satisfeito com o que escrevo, e a expressão que mais uso para classificar o resultado dos meus trabalhos é: que merda! Mal acabei o 14° episódio de “Lara com Z” ontem à noite, tratei de relê-lo e fiquei horrorizado, pois pensei:

“Meu Deus, eu podia ter me esforçado mais e feito melhor que isso!”

Se este sentimento de frustração é bom ou ruim?

É uóóóóóóóóóóóóóóóóoóóóóóóóóóóótimo!

Pois é ele que nos move e nos faz ir além e mais além… Na esperança de um dia conseguir enxergar o que está escondido atrás da Porta Verde.

(Agora vão me perguntar:

“Mas que droga de porta verde é essa?”

E eu responderei:

“Não sei, acabei de inventar… Mas não ficou legal pra fechar o texto?…”)

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