Ai que saudade do Cassino do Chacrinha (OPINIÃO)

Abelardo Barbosa, o mestre Chacrinha, um pernambucano arretado que chegou para revolucionar a TV brasileira. Fez sua historia nos anais da TV, Chacrinha era original, autentico e verdadeiro, por que não dizer único?! Até hoje, ninguém o substituiu. Mesmo com tantos apresentadores querendo copiar o seu jeito de ser e de fazer TV, nada se compara ao velho guerreiro.


Em 1956 estreou na televisão com o programa Rancho Alegre, na TV Tupi, na qual começou a fazer também a Discoteca do Chacrinha. Em seguida foi para a TV Rio e, em 1970, foi contratado pela Rede Globo. Chegou a fazer dois programas semanais: Buzina do Chacrinha (no qual apresentava calouros, distribuía abacaxis e perguntava "-Vai para o trono, ou não vai?") e Discoteca do Chacrinha.

Dois anos depois voltou para a Tupi. Em 1978 transferiu-se para a TV Bandeirantes e, em 1982, retornou à Globo, onde ocorreu a fusão de seus dois programas num só, o Cassino do Chacrinha, que fez grande sucesso nas tardes de sábado.


Sua buzina, o troféu abacaxi, a animação de seu auditório, as inesquecíveis chacretes como Rita Cadillac e os jurados, como Elke Maravilha, Pedro de Lara, Rogéria e tantos outros que ajudaram o “Cassino do Chacrinha” a revelar talentos na arte brasileira.

Chacrinha criou um programa para toda família. Quem não se lembra da música “roda e avisa, um minuto de comercial, alô alô Terezinha, é um barato o cassino do Chacrinha”?! Frases antológicas que só uma pessoa como Chacrinha, poderia criar e dizer nas frentes das câmeras, como: “Quem não se comunica se trumbica!” e “Eu vim para confundir, não para explicar!”.


Como o eterno velho guerreiro dizia: “na TV nada se cria, tudo se copia”, parecia até que ele estava profetizando. Hoje na TV, quase tudo se copia. É raro vermos algo novo, inovador.

Chacrinha saiu da TV e deixou saudades. Como diria o também pernambucano Alceu Valença: “o velho guerreiro, subindo, subindo, foi pro céu brincar”.

Hoje, a mídia da TV brasileira, relembra pouco da historia de Abelardo Barbosa que sempre merece ser recordado através de sua importância e obra. O velho guerreiro é peça fundamental para a cultura brasileira e está imortalizado na categoria grandes personalidades.