Estamos estreando o “OPINIÃO”, uma vez por mês, aqui no MUNDO NOVELAS.
Estava lendo a formação do Brasil contemporâneo de Caio Prado Junior e comecei a fazer uma reflexão sobre o nosso querido Brasil. Fiz uma viagem no tempo. Como sou historiador de formação, comecei a tentar entender um pouco sobre a identidade cultural do nosso país e como se formou esta identidade. Me deparei com a vida dos índios, seus banhos nos rios, seus costumes, crenças e tradições. A chegada dos portugueses, explorando tudo que viam e trazendo um legado cultural bem diferente do que tínhamos, absolvendo um pouco de nossa cultura, também.Depois vieram os negros como escravos, os franceses, holandeses, italianos, alemães, japoneses, judeus etc. etc. etc.
Analisando o lado cultural do Brasil, hoje e dando um salto histórico de mais de quinhentos anos, verifico o quanto nós somos um povo miscigenado, misturado, como uma colcha de retalhos ou como uma massa de pão. Como diria Roberto da Mata, somos o feijão preto e o arroz branco, misturados com a farinha, como se fosse cimento para unir raças tão diferentes e se tornar o que somos hoje. Mas voltando para hoje, século XXI, vejo que ainda estamos em evolução, somos uma maça que não paramos de evoluir e que a nossa cultura é muito mais cheia de influencias de fora, do que possamos imaginar. Levando isto para o lado da televisão, é interessante o poder que a mídia tem, ditando regras, moda e costumes.
Segundo Caio Prado Junior, em seu livro: “A Formação do Brasil Contemporâneo”, o sentido da evolução de um povo, pode variar, acontecimentos estranhos a ele, transformações internas profundas do seu equilíbrio ou estrutura, ou mesmo ambas estas circunstancias, conjuntamente, poderão intervir desviando-o para outras vias até então, ignoradas. Aí me pego pensando nas diversas faces da “arte” no Brasil, se é que posso chamar algumas aberrações de arte.
Hoje, a grande parcela da população brasileira, quer ser famosa, mas, infelizmente, muitos não tem conteúdo, nem estrutura para isso. É só lembrar de algumas mulheres que temos hoje na mídia, parece até que estamos fazendo compra numa feira. Se você quer chupar melancia, temos a “Mulher Melancia”. Se quer fazer um churrasco, temos a “Mulher Filé”. Se quer tomar um champanhe, temos a “Mulher Moranguinho”, para realçar o gosto da bebida. Se eu não pudesse mais acreditar, surge a “Mulher Múmia, Mulher Melão e “Mulher Arroto” etc. etc. etc.Prefiro parar por aqui.
Me faço uma pergunta em relação a mídia brasileira. Ligamos a TV e nos perguntamos: aonde será que está Gal Costa, Maria Bethania, Caetano Veloso, Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Milton Nascimento e tantos outros artistas com “A” maiúsculo que fazem cintilar de estrelas o nosso céu? Graças a Deus, temos artistas de primeira linha em nosso país: Fernanda Montenegro, Glória Pires, Tony Ramos etc. que pena que não dá para descrever o nome de todos. Acho que o Brasil, com seu samba, seu frevo, Aché, maracatu, carimbó, seu batuque do candomblé, da macumba, sua missa nas lavagens do senhor do Bonfim na Bahia, suas igrejas evangélicas abarrotadas de fies, do preto, do branco, do amarelo, do índio é sem duvida um país multicultural e, graças eu dou a Deus, pois, temos gente de todas as cores, musicas de todos os ritmos, comida de todo os sabores. Isto deixa claro, que, mesmo sem gostar de pagode, me sinto num país livre, onde posso ouvir o que quero, dançar como quero e viver como quero.
Que bom saber que o Brasil, mesmo com toda desigualdade social, a falta de respeito aos deficientes físicos, aos homossexuais, aos negros etc. mesmo assim, podemos ver na TV, novelas que tentam quebrar preconceitos e que ajudam a desmistificar conceitos. Novelas como, Vale Tudo (1988), Laços de Família (2000), Senhora do Destino (2005) e tantas outras que, de uma certa forma, ajudam a abrir um pouco a mente do povo brasileiro.
Terminando este texto, eu me deparo, sentado numa poltrona, assistindo o “Fantástico” da TV Globo, que mostra cenas de vereadores, gastando dinheiro publico em viagens e onde o goleiro de um time famoso, é um assassino frio e cruel. Vejo também um país onde muita coisa termina em pizza. Ainda assim, o Brasil é um país bom para viver.
Estava lendo a formação do Brasil contemporâneo de Caio Prado Junior e comecei a fazer uma reflexão sobre o nosso querido Brasil. Fiz uma viagem no tempo. Como sou historiador de formação, comecei a tentar entender um pouco sobre a identidade cultural do nosso país e como se formou esta identidade. Me deparei com a vida dos índios, seus banhos nos rios, seus costumes, crenças e tradições. A chegada dos portugueses, explorando tudo que viam e trazendo um legado cultural bem diferente do que tínhamos, absolvendo um pouco de nossa cultura, também.Depois vieram os negros como escravos, os franceses, holandeses, italianos, alemães, japoneses, judeus etc. etc. etc.
Analisando o lado cultural do Brasil, hoje e dando um salto histórico de mais de quinhentos anos, verifico o quanto nós somos um povo miscigenado, misturado, como uma colcha de retalhos ou como uma massa de pão. Como diria Roberto da Mata, somos o feijão preto e o arroz branco, misturados com a farinha, como se fosse cimento para unir raças tão diferentes e se tornar o que somos hoje. Mas voltando para hoje, século XXI, vejo que ainda estamos em evolução, somos uma maça que não paramos de evoluir e que a nossa cultura é muito mais cheia de influencias de fora, do que possamos imaginar. Levando isto para o lado da televisão, é interessante o poder que a mídia tem, ditando regras, moda e costumes.
Segundo Caio Prado Junior, em seu livro: “A Formação do Brasil Contemporâneo”, o sentido da evolução de um povo, pode variar, acontecimentos estranhos a ele, transformações internas profundas do seu equilíbrio ou estrutura, ou mesmo ambas estas circunstancias, conjuntamente, poderão intervir desviando-o para outras vias até então, ignoradas. Aí me pego pensando nas diversas faces da “arte” no Brasil, se é que posso chamar algumas aberrações de arte.
Hoje, a grande parcela da população brasileira, quer ser famosa, mas, infelizmente, muitos não tem conteúdo, nem estrutura para isso. É só lembrar de algumas mulheres que temos hoje na mídia, parece até que estamos fazendo compra numa feira. Se você quer chupar melancia, temos a “Mulher Melancia”. Se quer fazer um churrasco, temos a “Mulher Filé”. Se quer tomar um champanhe, temos a “Mulher Moranguinho”, para realçar o gosto da bebida. Se eu não pudesse mais acreditar, surge a “Mulher Múmia, Mulher Melão e “Mulher Arroto” etc. etc. etc.Prefiro parar por aqui.
Me faço uma pergunta em relação a mídia brasileira. Ligamos a TV e nos perguntamos: aonde será que está Gal Costa, Maria Bethania, Caetano Veloso, Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Milton Nascimento e tantos outros artistas com “A” maiúsculo que fazem cintilar de estrelas o nosso céu? Graças a Deus, temos artistas de primeira linha em nosso país: Fernanda Montenegro, Glória Pires, Tony Ramos etc. que pena que não dá para descrever o nome de todos. Acho que o Brasil, com seu samba, seu frevo, Aché, maracatu, carimbó, seu batuque do candomblé, da macumba, sua missa nas lavagens do senhor do Bonfim na Bahia, suas igrejas evangélicas abarrotadas de fies, do preto, do branco, do amarelo, do índio é sem duvida um país multicultural e, graças eu dou a Deus, pois, temos gente de todas as cores, musicas de todos os ritmos, comida de todo os sabores. Isto deixa claro, que, mesmo sem gostar de pagode, me sinto num país livre, onde posso ouvir o que quero, dançar como quero e viver como quero.
Que bom saber que o Brasil, mesmo com toda desigualdade social, a falta de respeito aos deficientes físicos, aos homossexuais, aos negros etc. mesmo assim, podemos ver na TV, novelas que tentam quebrar preconceitos e que ajudam a desmistificar conceitos. Novelas como, Vale Tudo (1988), Laços de Família (2000), Senhora do Destino (2005) e tantas outras que, de uma certa forma, ajudam a abrir um pouco a mente do povo brasileiro.
Terminando este texto, eu me deparo, sentado numa poltrona, assistindo o “Fantástico” da TV Globo, que mostra cenas de vereadores, gastando dinheiro publico em viagens e onde o goleiro de um time famoso, é um assassino frio e cruel. Vejo também um país onde muita coisa termina em pizza. Ainda assim, o Brasil é um país bom para viver.
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