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Carlos Augusto Strazzer, Vera Fischer e Tarcísio Meira |
Inconformado com os limites que a vida do interior de Pernambuco lhe impunha, estando certo de seu talento artístico, o escultor Juca Pitanga (Tarcísio Meira) enviava suas obras para serem vendidas no Rio de Janeiro. Mas, depois de saber que estavam sendo negociadas pelo dobro do preço pelo atravessador Leandro, não teve mais dúvidas, reuniu sua família: a mãe, Dalva (Yara Salles), e os irmãos, Anselmo (Paulo Figueiredo) e Aldeneide (Simone Carvalho), e parte para o Rio. Juca, então, encontra seu outro irmão, Gabriel (Carlos Vereza), que estava desaparecido, e um tio, Rômulo Pitanga.
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Débora Duarte e Tarcísio Meira |
A trama da usineira de sonhos – título concedido a La Clair, porque durante sua vida literária nunca parou de criar novelas –, é sua penúltima novela do então horário nobre das oito. Sua última das oito foi “Sétimo Sentido (1982)”, a novela da paranormal Regina Duarte.
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Janete Clair |
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Aracy Balabanian (Maria Faz Favor) e Jardel Filho (Tássio Van Strauss) personagens que encantaram o público em "Coração Alado" |
A verdade é que ninguém ainda sabe a verdadeira intenção, mas onde há fumaça, há fogo.
De repente, a Globo ficou determinada em produzir novas versões de suas novelas remotas, assim como aconteceu recentemente com “Pantanal”. Embora tenha sido produzida originalmente pela extinta TV Manchete, em 1990, a trama de Benedito Ruy Barbosa quase seria da Globo se a emissora não tivesse esnobado a obra prima.
Naquela época o Benedito dava logo o troco pra Globo. Se ela recusasse produzir uma novela do autor, ele arrumava a mala e levava para outra emissora, fazia sucesso, tirava a audiência da Globo a deixando nervosa, que logo cuidava em trazê-lo de volta, pedindo que ele escrevesse uma novela parecida com a que ela recusou e fez sucesso na concorrência.
Também foi assim com “Os Imigrantes (1981)”; após ser preterida pela emissora dos Marinhos, Benedito Ruy Barbosa a transformou num sucesso na Band. Mas será o Benedito!
Outros remakes no gatilho da Globo são Renascer (1993), também de Benedito Ruy Barbosa para ser adaptada por Bruno Luperi – seu neto que encabeçou o remake de Pantanal –, com previsão de estreia para meados de 2024, ocupando o lugar da nova novela de Walcyr Carrasco, ainda sem título definido que, por sua vez, sucederá “Travessia”, De Glória Perez.
E o burburinho do momento, “Elas por Elas”, novela do saudoso Cassiano Gabus Mendes adaptada por Thereza Falcão e Alessando Marson que, caso aconteça mesmo, tem previsão de estreia para setembro, ocupando o lugar de “Amor Perfeito”, novela de Duca Rachid e Julio Fischer que sucederá “Mar do Sertão”, de Mário Teixeira, em março. Ufa!
E não venham com a história de “ai não gosto de remake”, que remake de novela sempre deu mais que chuchu na serra! Em outros casos, foram um atrás do outro. Um bom exemplo são as novelas de Ivani Ribeiro na Globo (Amor com Amor se Paga, A Gata Comeu, Hipertensão, O Sexos dos Anjos, Mulheres de Areia, A Viagem), 99% delas foram adaptadas da Tupi.
O Cravo e a Rosa, foi uma adaptação de O Machão, da Tupi, para quem não sabe!
Remake é uma coisa prática e constante, não apenas na TV, mas cinema e teatro também. Agora, o grande diferencial é a mão do autor e do diretor responsáveis em adaptar a obra original para os dias atuais e, outro fator importante, é se esta obra é adaptável à atualidade.
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