quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Documentário sobre a vida de Roberto Marinho é lançado no Rio (ÚLTIMAS NOTÍCIAS)


Foi lançado, na noite de segunda-feira (8), no Rio, o documentário “Roberto Marinho - senhor do seu tempo”. Depoimentos e imagens inéditas mostram curiosidades e fatos polêmicos que marcaram a vida do fundador das Organizações Globo.

Escritores da Academia Brasileira de Letras, autoridades, amigos e a família participaram à noite da festa de lançamento do filme no Palácio da Cidade, sede da Prefeitura do Rio.

A intimidade do homem público discreto aparece nas imagens da casa onde ele morou durante mais de 60 anos, criou seus filhos e viveu o amor maduro com a terceira mulher, Dona Lily.

Tudo se mantém como era, quando o jornalista Roberto Marinho morreu em 2003. “A gente mostra a casa, a intimidade dele, mas também como é que ele tinha mão de ferro para as Organizações Globo, para o jornalismo, para as decisões políticas. Então, acho que a gente conseguiu um contraponto bastante interessante entre o público e o privado”, conta a diretora Rozane Braga.

O documentário, lançado próximo ao oitavo aniversário de morte de Roberto Marinho, completado no último dia seis, faz parte de uma série que já retratou brasileiros como Tancredo Neves e Darcy Ribeiro, entre outros.

Em 56 minutos, os diretores mostram a trajetória do empresário que assumiu ainda jovem o comando do jornal ‘O Globo’. Depois vieram a rádio e, aos 60 anos, sua principal realização: a fundação da ‘Rede Globo’.

Também são abordadas polêmicas, como a CPI que, no início da TV, levou ao rompimento com o grupo americano Timelife e as desavenças com Leonel Brizola.

O documentário relembra a Ditadura Militar, mostrando as relações de Roberto Marinho com o regime, mas também a resistência do empresário à censura e a recusa em denunciar jornalistas de esquerda.

“Um personagem rico porque foi um personagem que foi testemunho e atuante da história do Brasil. Falar de Roberto Marinho é falar de história do Brasil, de Getulio a Lula”, afirma o diretor do documentário, Demerval Netto.

O espírito empreendedor superava as barreiras da idade. Aos 91 anos, Dr. Roberto inaugurou no Rio de Janeiro o Projac, maior centro de produção de televisão da América Latina. No discurso, ele não conteve a emoção. “O que vemos aqui é a vitoria de uma empresa”.

A emoção está registrada também nas lembranças dos filhos de Roberto Marinho e de pessoas que trabalharam com ele. Uma história folclórica e verdadeira: o jornalista tinha uma relação especial com a idade e com a morte: “Ele sempre achou que tinha todo o tempo do mundo para fazer tudo o que ele quisesse. Ele sempre achava que a vida não ia terminar”, conta o escritor João Ubaldo Ribeiro.

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